quinta-feira, 17 de abril de 2008

Avião



Eu sempre gostei de aviões, mesmo nunca tendo voado em um até os 29 anos de idade. Quer dizer, eu até que voei quando criança junto com a minha mãe, mas eu nada lembro dos meus 2 ou 3 anos de idade. Pois é. Meu primeiro vôo (um do qual eu me lembre) foi o que eu fiz de Toronto para São Paulo. Foi que nem quando eu fui trabalhar em São Paulo e tomei um Capuccino pela primeira vez, o cara que trabalhava comigo na época disse "cara, você NUNCA tomou um Capuccino?", e eu disse que lá na roça não tinha não. Eu trabalhava na COSIPA e lá só tinha um café coado lazarento, e antes de trabalhar eu não tomava café.

Bom, São Paulo -> Toronto -> Calgary, depois Calgary -> São Francisco mais a volta, depois Calgary -> Montreal -> NY -> Barcelona e Barcelona -> NY -> Toronto -> Calgary, e ainda teve a viagem para o Brasil no fim de Fevereiro, que foram mais quatro vôos. Para quem não se lembrava de ter voado até que eu tirei o atraso. E olha, eu curti. Para mim a viagem é MUITO mais legal se eu estiver na janelinha - eu gosto de ficar em um lugar onde eu possa ver a asa, nada mais legal do que ver todos os mecanismos da bichona funcionando.

Caso você esteja se perguntando agora, é, eu já me considero um nerd (eu já admiti isso antes). Um exemplar sociável, mas fazer o quê?

Bom, voltando à alegria do bobão aqui. Mais legal do ver os flaps subindo e descendo é ver a asa vibrando quando o avião encontra alguma turbulência. Por faltas de montanhas russas na adolescência, eu acho turbulência emocionante. Emoção boa, tipo "irrraaaaaa" (o Arthur que gosta de gritar irraaaa), e não emoção ruim do tipo "ai meu Deus vou morrer Jisus Ave Maria mainhã querida". Eu e mais uma meia dúzia de gato pingado sorrindo e o resto chorando. Eu sei que o negócio vai ser bão quando até as aeromoças tem que sentar - acho que eu fico meio tranquilo porque eu confio na tecnologia e sei que as probabilidades de um avião cair são bem baixas. Depois de andar a vida inteira de circular poucas coisas podem te dar medo.

Devido ao fato de eu nunca ter pilotado carros muito potentes eu também adoro a decolagem. É que nem o Arthur brincando de esconde-esconde, você sempre consegue achar ele porque ele solta uma risadinha. Eu não fico soltando risadinha porque isso é boiolagem total, mas que eu fico com um sorriso bobo na cara, isso eu fico. A única decolagem que me deu um pouco de medo foi numa escala em Montreal, parecia que o avião não ia sair do chão nunca e quando ele saiu, ficou tudo branco por causa da neve que caía na hora. Fora que eu estava grogue depois de vinte horas voando. Pelo menos era o último vôo antes de chegar em casa.

O pouso é legal também, mas é a única hora que eu não gosto muito, eu sempre acho que o avião vai capotar, sei lá porque cargas d'água. Coisas da vida. Quando eu fui para São Paulo uma menina vomitou do meu lado durante o pouso, eu expliquei isso lá pelos meados de Março. Coitada. E eu ainda fiquei contando historinha de que avião é seguro falando sobre acidentes de avião. Eu não sou uma boa companhia para viagens de avião.

Bom, tenho que trabalhar e terminar a minha aplicação para extensão da WP.

Fui!

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