quinta-feira, 30 de abril de 2009

Quando eu ouço a rádio e imagino a cara do povo por trás do falante, eu sempre imagino as locutoras magras, altas e com a cara da Celine Dion, e os caras sempre meio gordinhos, barbudos, meio termo entre o Papai Noel e o "Homem Azul do Cotonete" (deve ter quem ainda lembre).

Hoje, nevou. Esta cidade é impressionante. A gente passa a vida inteira torcendo para nevar naquela madrugada fria de São Paulo (cinco graus), e aqui neva mesmo quando a temperatura é de uns poucos graus positivos (não sei se cinco graus, mas perto). Que coisa.

Bom, estamos com mais dois membros na nossa família. Duas, para ser mais exato. Não sei o nome em português (a chama tudo de rato mesmo), mas o nome em Inglês é Gerbil. Tem focinho de camundongo, rabo de camundongo, cara de camundongo, mas é Gerbil. É bem bonitinho, hoje quando eu cheguei em casa eles estavam soltos no quarto (só a branquinha, depois eu cobri a fresta da porta e soltamos os dois), eles ficaram correndo por tudo, ficam com um pouco de medo hora ou outra (principalmente com os movimentos abruptos do Arthur), mas no geral são bem amigáveis.

É bom a gente ter um bichinho, mesmo que seja um que tenha que ficar dentro de gaiola.

Bom, eu ia escrever mais mas preciso ir.

Fui!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Notas

Só sei que nada sei.

...

E do amor gritou-se o escandalo...
Do medo criou-se o trágico...
No rosto pintou-se o pálido...

Rosa Dos Ventos, Chico Buarque

No dia 5 de Junho de 2009 a gente (eu, a Soraya e o Arthur é só no dia 5 de Julho) completa DOIS anos aqui na terrinha. DOIS anos. É impressionante como o tempo passa rápido. Quando chegamos o Arthur tinha CINCO anos e agora ele tem SEIS anos.

Hmmm.

Alguma coisa não bate.

Quando chegamos o Arthur tinha QUATRO anos já que chegamos antes de OUTUBRO! Agora ele tem SEIS anos.

A Soraya vai me matar depois dessa.

O Arthur nasceu em Outubro de 2002:

. Então, em Outubro de 2006, ele fez QUATRO anos;
. E ele chegou aqui antes de Outubro de 2007, ou seja, ainda com QUATRO anos.

Que coisa, parece um passado tão distante... Para o menino é, no fim das contas ele já passou quase um terço da vida dele aqui.

Independente (independetemente? independeendendnentednenetemente?) da direção em que o vento assopre, vamos aplicar para a residência permanente, e garantir uma mudança de emprego mais tranquila quando for a hora :-). Vai saber. A mulher do banco me disse que eu preciso ter estabilidade no trabalho, e o fato de eu ter tido 3 empregos nos últimos 2 anos não é algo muito positivo, fazer o que?

...

Eu estava lendo no Crônicas do Iglu que o pacotinho anda tendo problemas para casar o gênero dos artigos e das palavras. O Arthur também anda falando "o mesa" e coisas do tipo. Normal, né? É essa língua inglesa estranha em que as palavras não tem sexo, onde já se viu. Eles tem até um artigo "IT" para se referir as coisas só para não ter que descobrir se abajur é feminino ou masculino. Mas em uma terra onde Kelly não é nem nome de homem nem de mulher, acho que é melhor que as coisas sejam assim mesmo.

São coisas da vida.

Bom, preciso trabalhar.

Fui!

domingo, 26 de abril de 2009

As novas

As minhas e as do mundo.

Primeiro, as do mundo:

. Tem uma tal de Swine Flu que começou a dar as caras pelo mundo... Mais de mil pessoas no Canadá México, não sei quantas nos Estados Unidos, algumas aqui no Canadá, e eu li em algum lugar que como algumas pessoas que não tiveram contato direto com os doentes contraíram a doença, pode ser que o estrago já esteja feito e o vírus se espalhe de qualquer jeito; Mas já não estamos mais em 1918 e o problema agora com certeza vai ser menor;

Eu devia ter escrito "do mundo", já que eu só lembrei desta. Humpf!

Bom, vamos lá. O Calgary Flames está fora da Stanley Cup, e isso parece que é importante para o povo daqui. Hoje nevou. Nevou bastante. Ainda está nevando. Amanhã eu tenho que entregar um negócio até o meio-dia e vou ter que pensar em alguma desculpa eficiente, ou vou ter que fingir que sou homem e bater com o p* na mesa, como diríamos nas sofisticadas empresas Brasileiras. Aliás eu não fui "oficialmente" avaliado na empresa nova, mas o meu chefe está bem satisfeito com o andamento do meu trabalho (escrita segura contra brincadeiras - não escreva expressões como "com o meu desempenho" e exclua permanentemente algumas palavras do seu vocabulário).

Que mais?

Hoje a gente fez bolo de laranja e o Tutú comeu. Na Quinta-feira me atacou um resfriado, na Sexta-feira eu parecia um zumbi de nariz escorrendo e no Sábado eu estava mais ou menos. Hoje eu estou me sentindo meio lelé, mas acho que eu já devia estar mais acostumado com isso.

Bom, que mais?

Hmmmmm, acho que nada demais... Ihihih. Vou deixar a Soraya usar o computador dela agora já que o Arthur monopolizou o meu.

Fui!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Hora de ir embora...

... mas antes vou dar uma palavrinha aqui no blog. Espero que a patroa não fique brava em casa.

Hoje,

NEVOU!

Inacreditável!!! Ontem a temperatura era de 23 graus, hoje de manhã estava friozinho, perto da hora do almoço ficou tudo com cara de neve (é a mesma cara que fica quando vai chover), e aí...

NEVOU!

Já caíram uns bons 3 centímetros, como o chão está (aham) quente, a neve derrete e só acumula mesmo na grama.

Eu não estou empolgado com a neve - mas é impressionante anyway.

Bom, hora de ir.

Fui!

terça-feira, 21 de abril de 2009

Hoje, 23 graus positivos. Quinta-feira, previsão de neve.

Aqui até que tem uns dias em que a temperatura fica igual à de um dia normal no Brasil. A diferença é que no Brasil não há previsão de neve para depois de amanhã. Esta cidade é meio doida.

Já pensou se nevasse em São Paulo? Uma vez um caminhão de xarope de chocolate tombou (ou a válvula abriu) na periferia de São Paulo e a meninada fez literalmente splash no que mais parecia ser o rio da Fantástica Fábrica de Chocolate. Será que se nevasse ia ser igual?

Diz que teve uma vez (eu não vi, mas o pessoal da Spring, onde eu trabalhava em São Paulo, me contou) que um caminhão carregados de latas de tinta deixou um ou dois galões cairem na marginal, e um pobre motoqueiro que vinha atrás ficou todo pintado de branco. Não acho que "neve" deva ter sido o que ele pensou naquele momento (talvez "merda branca"), mas eu fico imaginando que sobre os olhos de uma criança tonta (que nem eu), a cena ia guardar certa semelhança.

Mas o clima aqui é estranho. É quase inacreditável que os lagos CONGELEM no inverno e DERRETAM no verão, embora a temperatura da água ainda seja fria de lascar. Os coelhos são uns corajosos que não se importam com o frio e não hibernam, ao contrário dos bundões dos ursos que dormem o inverno inteiro. Eu vi patos durante o inverno, eu vi coelhos, vi corvos, vi fumaça, mas não vi duendes.

Nem anão. Eu vi uma anã que dirigia um carro similar à um Humvee (aquele jipe imenso), mas já era na Primavera.

Pois é.

Bom, vou espalhar meu non-sense pela casa.

Fui!

domingo, 19 de abril de 2009

Em Calgary, 19 horas.

Olá amigos da Rede Globo! Faz tempo que eu não apareço por estas bandas... Neste final de semana aproveitamos os dias de SOL e, aham, CALOR (dentro do carro de costas para o sol) e fizemos dois passeios bem legais - ontem, Sábado, fomos levar o Arthur no Supertrain, uma exposição de trens em miniatura que acontece uma vez por ano aqui em Calgary, e foi tããão fácil de chegar - acho que levamos uns 25 minutos de carro X 2h30m que levamos no ano passado, quando fomos de ônibus. E no ano passado estava fazendo um frio de lascar, ventando, nevando, apitando, congelando, azulando, uma desgraceira sem tamanho. Agora, em 2009, não. Maravilha, sol, rolinhos de feno rolando no horizonte (sério), e mais ânimo para ir passear.

E depois do Supertrain fomos dar uma volta de C-Train para satisfazer os desejos do nosso czar.

Hoje acordamos com a expectativa de sol (que deu as caras uma hora ou outra) e de calor (que foi sabotado pelo vento), e fomos dar uma volta de bicicleta (a gente correndo atrás do Arthur) no Prince Island, o parque que fica no centro da cidade onde eu fui várias vezes antes da Soraya e do Arthur chegarem do Brasil. A Soraya não gostava muito do parque porque era uma caminhada cansativa para chegar lá (várias e várias e várias quadras de comércio fechado e prédios vazios), e eu a convenci de que ia ser que nem o Chinook - o shopping que ficou mais bonito quando a gente foi de carro pela primeira vez. E não é que é mesmo? O carro, a gente para bem perto do parque, e de final de semana o estacionamento é de graça. O Arthur andou de bicicleta um monte, a gente andou um monte, e depois fomos fazer as compras da semana cansados que só. Mas foi bom, temos que agarrar estes dias de sol com unhas e dentes mesmo.

E nós vimos uma represa de castor, uma toca de castor, várias árvores cortadas por castores (e entendemos porque eles colocam uma tela metálica em volta de algumas árvores, é para impedir que os beavers a derrubem), mas não vimos nenhum castor.

Fica para a próxima.

E de resto?

. Não que a mulher desempregada, que "nunca foi beijada", humilde, simples, canta bem mesmo? Impressionante. Se eu gostasse desse estilo de música eu até comprava um CD;
. Falando em música - eu começo meu dia de trabalho com música clássica (sério), pulo para Nirvana (um dos meus álbuns preferidos é In Utero - a vergonha maior é saber que eu comecei a dar mais atenção para este álbum depois que eu ouvi Scentless Apprentice no Lost), vou para Chico Buarque, estou com pressa e pulo para Rage Against The Machine, depois volto para a música clássica para corrigir as cagadas que eu fiz durante o meu "sprint", de vez em quando emendo com um pouco de Led Zeppelin, e quando eu vejo que não tem ninguém olhando eu ouço Queen e Secos e Molhados. Aí eu volto e ouço os primeiros CD's do Metallica;
. A gente tem uma toca de algum bicho no nosso jardim - não sei se é coelho ou chipmunk - mas eu acho que em breve a gente descobre;
. E o tempo mudou - embora eu não duvide de nada, acho que não neva mais não.

E é isso aí amigos. Quando eu tiver alguma novidade, a colocarei aqui.

Fui!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Coisa de filme

Impressionante...

http://www.nytimes.com/2009/04/13/world/africa/13pirates.html?_r=2&hp
Two of the captors had poked their heads out of a rear hatch of the lifeboat, exposing themselves to clear shots, and the third could be seen through a window in the bow, pointing an automatic rifle at the captain, who was tied up inside the 18-foot lifeboat, senior Navy officials said.

It took only three remarkable shots — one each by snipers firing from a distance at dusk, using night-vision scopes, the officials said. Within minutes, rescuers slid down ropes from the Bainbridge, climbed aboard the lifeboat and found the three pirates dead. They then untied Captain Phillips, ending the contretemps at sea that had riveted much of the world’s attention. A fourth pirate had surrendered earlier.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Páscoa...

3 dias sem trabalhar, que beleza.

Mas agora voltei ao batente.

Mais notícias conforme os acontecimentos se desenvolverem...

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Eu recebi um E-Mail...

... perguntando sobre o mercado de trabalho aqui em Calgary, crise e tudo mais. Infelizmente eu não pude responder o E-Mail antes porque o sol anda saindo mais por estas bandas (é sério, não é desculpa esfarrapada), está na época de declarar o imposto de renda e eu tenho uns documentos que eu preciso mandar para o meu pai neste final de semana. Fora o fato de que eu estou no emprego novo e de que a vida aqui anda corrida neste começo de Primavera.

Mas, vamos lá.

Em relação à crise, tem gente que diz que ela está assombrando estas bandas, tem gente que não, tem gente que não sabe, tem gente que nem viu.

Se você for perguntar para um vendedor de carros, ele vai dizer que a crise está brava.

Se você for perguntar para a empresa que provê serviços de telefonia, eles vão dizer que não estão nem aí.

Tudo depende do que você faz e do quão essencial é o seu serviço para o seu público. É simples assim. Eu fui afetado pela crise já que a minha empresa dependia de investimentos para poder operar, os investimentos secaram e eu fui procurar empregos, conseguindo achar outra vaga em duas semanas pelo mesmo salário mas com um bônus anual que pode chegar a 20% do salário - ou seja, ainda tem emprego poraí, principalmente na área de TI.

Em relação à que experiência adquirir no Brasil antes de vir para cá, não é uma boa arrumar trabalho pensando em emigrar. O melhor mesmo é ser bom no que você faz onde você está, não importe onde quer que seja. E, para TI, os mercados são todos parecidos. As pessoas aqui são bem capacitadas, as duas plataformas principais são Java e .Net (que nem no Brasil), Inglês é importante (que nem no Brasil), ter um bom resumo e ir bem na entrevista são essenciais (que nem no Brasil). Eles dão bastante importância para referências aqui...

No fim das contas, o que importa é que as coisas não são tão diferentes assim.

Simples assim.

:-)

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Remembers da primavera

Estes dias eu finalmente percebi a dura verdade - o frio está acabando e eu vou continuar a escrever menos e menos no blog. É por um motivo - aproveitar a vida do lado de fora, ir passear na vizinhança e tirar o limo que se formou depois de um inverno que viu mais de um metro de neve (não sei se foi recorde, mas deve ter sido perto).

O sol vai continuar a brilhar e os chipmunks vão continuar a chipmunkar. Aliás, os chipmunks começaram a aparecer, e eu estava ouvindo na rádio que os ursos já voltaram. É a primavera chegando. A neve do lado da minha casa, que eu achei que fosse ser eterna, já começou a derreter. A grama, que um dia deverá ser verde, continua naquele marrom característico do inverno - mas pelo menos agora dá para VER a grama.

Ontem quando eu cheguei em casa resolvemos ir comer um sanduíche-íche (esta piada já está velha) em um Subway que tem perto de casa, e resolvemos ir andando para dar uma variada - e olha, foi ótimo. É gostoso andar pela vizinhança agora que dá para andar nas calçadas. O Arthur foi guiando a gente com a sua bússola de brinquedo (que até funciona), e passeando fomos. Eu sei que é SÓ uma caminhada mas é gostoso poder usufruir mais das coisas agora que o inverno parece que está mesmo acabando. Eu acho que ainda neva (ano passado deu uma nevasca de meio metro em Maio), mas agora a Primavera parece que está mesmo começando.

Finalmente!!!

Até no outro dia (Segunda-feira, se não me engano), fiz uma carninha em casa. Tomei coragem, liguei a churrasqueira e preparei umas coisinhas. Embora a churrasqueira a carvão seja muito boa, eu estou pensando seriamente em comprar uma churrasqueira à gás pela praticidade, e também porque eu tenho certeza que ninguém ia implicar - queira ou não queira, a churrasqueira a carvão solta um pouco de fumaça. E também porque eu não ia ter que esperar 15 minutos até começar a preparar as iguarias culinárias que saem da minha pequena varanda.

Finalmente também!!! Lá se vão seis meses querendo comer um churrasquinho!

Bom, que mais?

Eu estava ouvindo Simon And Garfunkel estes dias aqui no trabalho (hoje, na verdade. Quando eu digo "estes dias" eu quero dizer que foi agora há pouco), e é engraçado, quando eu ouço esta dupla eu inevitavelmente me lembro do Rio Grande do Sul (onde eu nasci). Eu gosto daquele pedaço de Brasil, de Torres, de Xangri-lá, da casa dos meus avós, da "estrada do sol mar" (acho que é este o nome), uma estrada muito bonita que liga Torres até outra cidade cujo nome eu não me lembro, de como as casas em Xangri-lá não tinham muros quando eu era criança (infelizmente agora muitas casas estão cercadas), de como ventava que era uma desgraça na praia, de lavar a minha roupa e colocar para secar no varal da casa da minha vó e ver a roupa de fato secar em pouco tempo, de ficar com o pé sujo de barro, das ruas de pedra e areia de Torres e de mais um monte de memórias.

É engraçado porque a Soraya tem a mesma lembrança do Ceará, da terra do pai dela, das coisas, dos cheiros, das pessoas. Nós fomos juntos até o sul duas vezes - a primeira, junto com o meu pai, antes do Arthur nascer - dividimos o nosso tempo entre Torres e Xangri-lá, eu e meu primo Arthur (olha só) ficamos tomando a "cerveja que nunca esquentava" e eu dirigi pela praia com o Uninho. Foi bem legal. Em Xangri-lá a Soraya conheceu o resto da família e ainda passamos por Porto Alegre. Da segunda vez o Arthur já era nascido e o roteiro foi um pouco diferente, passamos pela serra gaúcha, o Arthur tirou foto com o papai noel e também foi bem legal.

Uma das coisas ruins de se morar fora é que quando a gente for visitar o Brasil vai ser muito, mas muito difícil descolar um tempo para ir até o sul ou outros pedaços que ficaram nas nossas lembranças.

Fazer o quê, né?

segunda-feira, 6 de abril de 2009

sábado, 4 de abril de 2009

Arrumando a máquina...

Hoje eu fui na Active Tech, uma lojinha de peças no noroeste da cidade, e comprei o tal do ferro de solda por 29 dólares, preço que eu considero relativamente honesto pela qualidade do que eu comprei - algo que não vai se desmanchar na primeira semana de uso. Para quem não conhece patavinas de eletrônica o "ferro de solda" esquenta tanto quanto um ferro de cozinha e serve para derreter o estanho que é usado para soldar os circuitos eletrônicos na respectiva placa.

Ele tem esta cara:



Demora uns minutinhos para esquentar mas ajuda. Além do ferro de solda eu comprei uma proto-board (uma placa para colocar componentes eletrônicos sem soldar, para brincar ou para fazer testes), uns resistores, três transistores e alguns leds, além de fio. Eu montei alguns circuitinhos com o Arthur, mas para fazer coisas mais interessantes precisamos de algum esquema e dos componentes certos (capacitor + indutor para fazer um pisca-pisca, por exemplo).

Mas vamos ao que interessa. A tal da máquina. Abri o armário, tirei o pó dos sacos plásticos (cada um com um membro diferente do defunto), achei o "cérebro" da danada e lá fui eu tirar a capa de metal que cobre o slot onde o cartão SD é encaixado. Como eu tinha pensando, os pinos estavam todos prensados mesmo, e foi uma dificuldade tirar eles sem causar nenhum dano, mas o inevitável aconteceu - alguns pinos quebraram pela metade, ainda ficando em cima do contato no cartão SD, mas sem permitir o efeito de "mola", necessário para poder tirar e colocar o cartão no slot.

Eu pensei, pensei, e pensei (na verdade, estava mais refletindo - a idéia eu já tinha deste antes), divaguei, e deduzi - é, é melhor não conseguir mais tirar o cartão SD e ter uma máquina que funciona (a gente pode usar o cabo para subir as fotos para o computador), do que nadar, nadar, e morrer na praia. Lá fui eu SOLDAR o cartão SD na placa da máquina.

Depois daí foi mais tranquilo - consegui resolver o quebra-cabeça dos seis conectores e dos 15 parafusos com dez tamanhos diferentes (só coloquei os mais importantes, sobrou uma meia dúzia depois que eu fechei tudo), coloquei as pilhas e...

... a máquina LIGOU!!! E tudo funcionou (ela estava meio aberta ainda, eu queria testar antes de fechá-la completamente), e eis que surge uma mensagem na tela dizendo "CARD IS LOCKED". PUTA MERDA, depois de tudo isso, soldar o cartão e tudo mais, colocar os parafusos, me queimar com o ferro de solda, pensei "a máquina SABE que eu prendi o cartão lá?! Dã?!". Mas não era isso - assim como os velhos disquetes, cartões SD também tem um pininho para permitir que alguma coisa possa ser escrita ou não - e ele estava na posição de "somente leitura". Felizmente, só precisei tirar uns parafusos para arrumar o pininho, mesmo sem colocar os parafusos já liguei a máquina para testar e ela funcionou, depois daí foi só colocar as tampas plásticas e tcha-rãm!!!

TEMOS A MÁQUINA DE NOVO!

E eu sou f*.

Fui!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

É, eu sei, o blog anda meio devagar ultimamente. É a vida corrida, o inverno que teima em não acabar (embora hoje o sol brilhou forte e a temperatura estava agradável), e as atribuições domésticas (um pequeno ser de 6 anos).

E o Tutú, coitado, ontem tomou três vacinas (acho que foram 5 porque em uma das seringas tinham 3 vacinas diferentes). Ou, melhor seria, o coitado tomou 3 injeções, duas em um braço e uma no outro. Ele tentou não chorar mas a última vacina era doída e ele chorou doído - deu a maior dó.

Mas é um mal necessário - melhor a injeção do que a doença que a injeção previne. De resto, o moleque está bem - tirando uns machucadinhos no braço que teimam em não sarar (vamos no médico semana que vem para ver o que fazer), ele está com o peso e a altura ótimos para a idade.

Mas hoje ele já está bem e nem lembra da dor de ontem. Ontem também fizemos a carteirinha das bibliotecas de Calgary (a mesma carteirinha é válida para todas as bibliotecas), custa 12 dólares por ano e dá direito a pegar filmes, livros e audio-books até um limite de 30 por vez, se não me engano - a biblioteca que a gente foi é bem legal, vale bem a pena, a gente se arrependeu de não ter feito a carteirinha antes. Lá também tem Internet de graça para o povo poder acessar, mas a molecadinha que tinha lá só ficava vendo Facebook e MySpace mesmo...

Vou ver se vou lá para escrever no blog :-).

Fui!