terça-feira, 31 de março de 2009

Quando o céu virou outra coisa...



Eu acho que o meu MP3 (e o Winamp) não lidam muito bem com caracteres acentuados.

Especialmente com o "é", que vira "Ú".

Fui!

domingo, 29 de março de 2009

Tem horas que dá vontade de escrever por escrever. Simplesmente abrir o computador, dedilhar as teclas e ver que composição que sai - normalmente o resultado não é dos melhores. Ultimamente eu tenho passado dias e dias sem escrever porque a criatividade não vem e o leque de assuntos anda meio encolhido. Mas a gente vai tentando.

Ontem eu falei com o Rapha (vulgo Chuck), um amigo meu da época do colegial que tem uma sina de trabalhar em empresas que mudam de cidade. Embora eu saiba por experiência própria que o mundo é um lugar pequeno não importa onde você esteja, eu digo para ele com propriedade - vá para onde vá, mas guarde um dinheirinho para viajar. Porque ultimamente a coceirinha tá incomodando aqui em casa - ia ser bom tirar uma semana de férias e ir até um lugar um pouquinho mais quente, já que aqui o inverno teima em continuar dando as caras - ontem nevou qualquer coisa entre 20 e 30 centímetros.

Nestes dias eu falei com o Kb.Lo, que veio nos visitar aqui em Maio, e infelizmente a gente viu que realmente Calgary não é caminho para a Europa! Mas Kb.Lo, não se preocupe! A gente ficou super feliz de vocês virem visitar a gente ano passado e eu tenho certeza que vocês vão vir de novo! Só lembra de tirar todas as fotos da Itália e de fazer xixi na Torre Eiffel!

Eu não falo faz um tempão é com o Cunha, vulgo Fabrício, que é um dos cara mais incomunicáveis do mundo! Não tem telefone fixo (nem endereço fixo), não entra no Skype nem no MSN e não atende o celular.

Brincadeira.

Estou falando dos meus amigos porque eu acho que hoje ia ser um bom dia para sentar em um bar com os respectivos e as respectivas, tomar uma cerveja em copo de geléia e comer um pastel frito há uns dois dias atrás. Assim como a Soraya tem as inquietações dela de tempos em tempos, eu também tenho as minhas.

Inquietações, é engraçado. Eu tenho uma visão bem simples do que é imigrar para o Canadá e do que é viver aqui em relação ao Brasil - é como largar o lado "espiritual" da coisa e tentar focar mais no lado "material". Embora aqui as escolas sejam melhores, as casas sejam maiores, as cidades sejam mais bonitas e todo o resto seja mais "arrumadinho" do que no Brasil, às vezes parece que é uma coisa estéril, já que o nosso lado "espiritual" ficou no Brasil. A Soraya fala todo dia com a mãe dela, eu falo com os meus amigos e minha família toda semana - o Arthur ainda está na idade em que ele mais liga para os pais do que para tudo no mundo, então para ele vale o "se tiver com a gente, está bom".

Mas é engraçado quando eu me sinto com a vida "pausada" aqui - sensação que fica mais forte na Primavera, e agora eu digo com propriedade já que esta é a nossa segunda Primavera - eu acho que o problema é o Inverno que parece que vai acabar mas não acaba - e não é que eu esteja precisando de vitamina "D" ou de tomar mais sol, é simplesmente como se as coisas se tornassem mais claras, como uma pessoa que passa por uma experiência e marcante e passa a classificar as experiências da vida em duas categorias, a de "vale a pena" e a de "não vale a pena".

Eu acho que a minha conversa com o Rapha, que está para ter uma mudança na vida dele, me fez querer apressar as coisas aqui também. Como a Soraya diz, o "vento" está batendo na nossa janela (Chocolate?), e aí vem o "finiquito", aquela vontade de levantar as velas e ver onde o barquinho vai chegar.

Mas o Canadá não é só saudades. A gente tentar fazer um programa diferente a cada final de semana, ir dar uma volta nas redondezas, ir na casa de alguém (ontem fomos na casa da Andresa e do Márcio tomar uma cervejinha e comer uma pizza, ver um filme com todo mundo espremido na cama, comprar livros baratos nos sebos da vida, ver a neve caindo pela janela e pensar "é, f*deu".

:-).

Imigrar não é fácil. Quem diz que é fácil ou não gostava mesmo do Brasil ou não deixou a ficha cair.

Só vou parar de refletir quando esquentar!!!

...

Bom, é isso aí. Amanhã eu pressinto um dia longo no trabalho já que algumas coisas que deveriam ter funcionado no final de semana não funcionaram tão bem.

...

PS: Hoje eu aprontei - estava decendo uma rua aqui perto de casa quando eu resolvi brincar e travar as quatro rodas do carro (já que a rua estava coberta de gelo), eu acabei deixando o carro virar demais e quando eu soltei o pé do breque eu tive que segurar o cavalo bravo no braço. Ainda bem que eu joguei GT ontem com o Márcio e consegui não fazer o carro rodar depois de corrigir a trajetória do adolescente rebelde.

É engraçado porque toda vez que eu escorrego com o carro eu lembro do Kerry (meu chefe na Spring) falando que a pior coisa que um motorista pode fazer é compensar demais e fazer o carro rodar depois de uma derrapagem besta.

Aí, depois, quando eu fui sair de casa à tarde, tinha um velhinho, coitado, tentando subir com o carro na rampa de saída do condo e, sem conseguir ir para lugar algum, resolveu dar ré e dar uma chance para o próximo, que no caso era eu. O pneu de neve ajudou, mas não ajudou muito não - no gelo é tudo liso, não importa qual seja o sapato que se está usando.

Fui!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Neste último Sábado a gente deu uma esticada até Elbow Falls, uma horinha mais ou menos de carro a partir daqui de casa. O dia estava bem gostoso, não estava tão frio, e o lugar é muito bonito - foi o primeiro passeio que a gente fez aqui no Canadá. O rio já era rio (a cobertura de gelo já tinha ido embora), mas ainda tinha algumas reminiscências do inverno na beirada e eu e o Arthur ficamos "quebrando o gelo" (literalmente) e vendo os "barquinhos" descerem rio abaixo. Foi bem legal. Da próxima vez vamos ver se rola um carvão, uma churrasqueira e uma carninha, principalmente se o inverno for embora logo (toc toc toc).

O carro é engraçado. Até 60 km/h ele é mais ou menos, dos 60 km/h até os 100 km/h ele é uma maravilha e para cima de 100 km/h eu não sei, já que eu não arrisco muito - acho que o máximo que eu já dei com ele foi 110 km/h, que me parece ser o limite máximo em qualquer estrada aqui em Alberta (e talvez no Canadá). Agora que eu trabalho mais perto de casa o carrinho está mais tranquilo, sem ter que atravessar metade da cidade de uma vez.

E o trabalho, este estranho, vai bem, obrigado. Já vou entregar a segunda tarefa completinha, e esta é bem mais complexa do que a primeira, mas eu estou bem satisfeito com o resultado, e espero que os chefes também estejam quando for a hora deles brincarem com o gato que, até agora, não subiu em cima do telhado. Já comecei a aproveitar mais a estrutura da empresa e talvez semana que vem eu peça uma cadeira nova - já troquei de teclado, já ferrei meu computador, agora eu tenho que esperar o "grace period" antes de fazer alguma exigência nova. Algumas coisas de lá que eu gosto:

. A geladeira cheia (refrigerantes, que eu tento limitar a no máximo uns 3 por semana, chás, que eu bebo um por dia, V8, um monte de vegetais batidos em uma lata de refrigerante, meio estranho mas bebível, e alguns sucos);
. Os almoços grátis (metade da semana comendo de graça);
. O fato de ser perto de casa;
. O lugar onde a empresa é, que é bem tranquilo;
. O escritório, embora pudesse ser melhor, ainda é muito bom.

De resto, normal. O pessoal é meio fechado, mas acho que é uma característica deles mesmo. Mas eu estou gostando, acho que a experiência está sendo boa.

E... nós estamos esperando o frio ir embora! Espero que o inverno acabe de verdade!!!

Fui!

domingo, 22 de março de 2009

Eu e a máquina fotográfica

A nossa máquina fotográfica (Powershot S3 IS) foi torturada pelo Arthur, que enfiou o cartão de memória ao contrário e, com toda a delicadeza que Deus lhe deu, empurrou o coitado além do limite da trava que a máquina tinha para evitar que os cartões sejam enfiados ao contrário, e a máquininha apagou.

Literalmente.

Sem sinal de vida algum.

Snif.

Bom, eu quando era mais novo lá em Santos no litoral de São Paulo fiz o curso de Informática Industrial, e quando eu era mais novo ainda eu resolvi fazer o IUB (Instituto Universal Brasileiro) de eletrônica. Animado com a minha experiência teórica e com o fato de eu ter desmontado (e montado!) a secadora na minha casa anterior, comprei um jogo de micro chaves de fenda e fui à luta. O único problema é que agora não tinha como eu tirar nenhuma foto do que eu estava fazendo, já que eu estava desmontando a máquina fotográfica :-) (quando eu desmontei a secadora eu tirei fotos para saber onde encaixar os fios depois).

Foi tudo tranquilo, exceto pelo fato de que existem parafusos de 4 tamanhos diferentes e eu definitivamente vou errar o tamanho de algum, mas paciência. Eu anotei os que eram mais toscamente diferentes e o resto vai no achômetro. O outro problema é que, depois de tirar 4 peças plásticas e duas placas de circuitos integrados, desconectando uns 7 ou 8 plugues e afins (mas estou bem, ainda não quebrei nada), descobri que a p* do slot onde você coloca o cartão SD é soldada na placa principal - vou ter que comprar um ferro de solda (deve custar uns 20 dólares aqui) para poder terminar de arrumar a máquininha.

Detalhe que a máquina desmontada parece um Frankestein. A Soraya, coitada, quase teve um treco quando viu. Se eu não conseguir arrumar a bichinha, ou se o conserto for muito caro, ou se qualquer coisa do tipo acontecer e ela for desta para a melhor, já sabemos que a próxima máquina vai ser:

. Pequena;
. Compacta;
. Diminuta.

Máquina pequena dá para colocar em qualquer lugar e pronto. Óbvio que eu vou pesquisar antes. As minhas especificações técnicas seriam as seguintes:

. Resolução: Entre 4 e 8 MP; (4 MP é o máximo que eu usava na minha máquina que vai até 6 MP);
. Capacidade de tirar fotos em ISO 800 sem um nível absurdo de ruído - embora 400 já tivesse bom;
. Responder rápido quando se aperta o obturador;
. Zoom ótico de 3x;
. Um display LCD decente mas também com aquele lugar para olhar com a máquina colada no rosto;
. Boa capacidade de captar diferenças de áreas claras e escuras (seria "contraste?");
. E outras besteirinhas.

Eu gosto do site dpreview. É bom, tem bastante informação, e dá uma boa ajuda na hora de comprar uma máquina. Vale a pena dar uma conferida. Eu tenho algumas opiniões sobre máquinas digitais:

. Qualquer coisa que se paga por resolução (MP) acima de 5 MP é besteira. Com 5 MP dá para imprimir a foto em uma ampliação de tamanho de capa de revista - se dá para fazer isso, dá com sobra para colocar a foto na Internet ou afins;
. Aliás, se a máquina tem um número de mega-pixels mais elevado, como 8MP ou 10MP ou mais do que isso, pode ser que o tiro saia pela culatra - com os pixels mais "grudados" no sensor da máquina, o calor gerado é maior e o nível de ruído também - neste caso, se você fosse comparar uma foto de 10MP com uma foto de 5MP a de 5MP talvez ficasse melhor.

Eu acho que esta história de MP é desculpa para vender máquina fotográfica - e é um mito o pensamento de que mais mega-pixels signifiquem uma máquina melhor. Eles precisam de um motivo para as pessoas trocarem a sua máquina digital assim como os fabricantes de computadores precisam do Windows novo da Microsoft para venderem unidades mais potentes - no fim, é tudo marketing.

Fui!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Today I learned a new thing

I finally understood what weak references are for:

http://weblogs.java.net/blog/enicholas/archive/2006/05/understanding_w.html

Simply put, the referenced object (by one of the reference classes) can be claimed by the garbage collector at any time, and you wouldn`t have that object anymore. Why the hell would I want to use that, then?

The answer is simply: caching.

By doing some hack around the class SoftReference, you could have a caching mechanism that would delete objects from the cache when the Java VM needs more memory. Instead of crashing, you would lose some objects from the cache, which would have to be obtained later, but no big deal - that`s just a small performance penalty.

I would like to have that knowledge 5 years ago. It would have been useful.

NOTA: Era para ter saìdo no outro blog.

quarta-feira, 18 de março de 2009

O motivo da polícia de manhã...

Man shot by police in SW Calgary dies
Amigos e amigas, obrigado pelos comentários nos últimos posts! O trabalho vai indo bem, obrigado!

Hoje eu até trabalhei de verdade! Yay!

E hoje eu almocei de graça na empresa! De Segunda à Quarta-feira, eles fazem treinamento para o aplicativo Primavera TM (Primavera ser TM é brincadeira), e o povo tem que comer, e como o povo come mais do que eles acham que o povo vai comer, sobra um monte de comida, e comida da boa.

Embora possa ser meio estranho falar que "eu como os restos", na verdade não é bem assim - a comida é da boa mesmo, tem sobremesa da boa (até mesmo para os padrãos Brasileiros), tem salada, tem refrigerante e suco de graça, e hoje teve pizza! Yay! Se bobear eu vou começar a comer mais de graça no trabalho, assim eu economizo uma graninha (de grão em grão se chega fácil em uns 200 dólares por mês).

...

Quando eu estava indo trabalhar vi que a polícia tinha fechado uma metade da avenida que eu pego para ir trabalhar (Richmond Road) - tinha caminhão da polícia, carro de polícia e tinha policial também - chegando no trabalho eu fui procurar o que era mas ainda não tinha nada.

Curiosidade é fogo.

...

A primavera começa no papel em quatro dias! Yay!

A primavera de verdade só vai começar a dar as caras lá por Maio (que é quando as árvores saem da hibernação). Shit!

No nosso primeiro inverno esperamos a Primavera chegar com unhas e dentes! Depois que ela chegou continuamos a Primavera chegar com os dentes tremendo! Yay!

terça-feira, 17 de março de 2009

Hoje foi o segundo dia no emprego novo - e a diferença principal em relação ao primeiro dia é que eu consegui de fato trabalhar. Esta empresa, pelo que eu percebi, é um pouco mais parecida com os lugares no Brasil onde eu trabalhei - mais focada em resultados, um pouco zoneada, algumas pessoas reclamando de excesso de pressão (mas nada que me preocupe - ainda), com algumas pessoas muito competentes e outras, nem tanto. É diferente da Call Genie onde eu achava o povo mole demais - da mesma maneira que é ruim demitir à torto e à direito também é ruim manter um Zé ganhando mais do que você e fazendo a metade - não é bom para a moral do resto dos funcionários.

Mas, venhamos e convenhamos, nestas 16 horas que eu passei por lá eu já consegui aprender algumas coisas novas e já esqueci algumas outras também, como uma maldita senha para acessar uma base de dados que eu não anotei em lugar algum. Como nas empresas do Brasil, não rola Messenger, Skype ou Google Talk (eu usava os três na Call Genie), o que é bom e ruim - não rolam interrupções, mas eu me sinto meio "desconectado do mundo" hora ou outra - acho que eu estava é mal acostumado.

Acho que a experiência vai ser interessante - mas daqui a um ou dois anos, quando eu mudar de emprego de novo, vou querer ir para uma empresa que crie produtos, que tenha prazos realistas e metas folgadas, em um escritório nota 10 com almoço grátis todo dia e vista para o mar. Para que sonhar pequeno?

Mas estou bem - na primeira semana na Spring eu quebrei 3 copos, na 7COMm, depois de algum tempo de casa, quebrei um galão de 20 litros de água que quase inundou o andar onde a gente trabalhava, na Interchange eu praticamente desliguei o servidor que era usado por 100 pessoas, na Cosipa eu tomei choque e me arranhei inteiro quando fui tentar segurar um armário que ia cair no chão (e que acabou caindo, no fim das contas), na GoLemur eu não fiz cagada nenhuma mas a empresa inteira foi uma cagada, e na Call Genie foi tudo mais ou menos azul. Eu acho.

Eu não sei porque, mas eu tenho a impressão de que pelo tempo que eu estiver no Canadá, eu não vou ficar mais do que um ano no mesmo emprego. A gente tem que ter incerteza em alguma coisa nesta vida, ó pá!

Vou lá terminar de ver o Senhor dos Anéis.

Fui!

segunda-feira, 16 de março de 2009

O primeiro dia no trabalho novo...

... foi meio estranho.

Pela manhã, fiquei com a mulher do RH, que me explicou os procedimentos, formulários, como funcionam as férias, planos de saúde, seguro de vida e todos os afins. A parte mais interessante foi quando ela me mostrou o resultado de um teste de personalidade que eu fiz - sem meias palavras, o teste foi interessante - embora eu não concorde com algumas das coisas que ali estavam escritas, a maioria era a verdade verdadeira:

. Eu sou auto-confiante;
. Eu não tenho paciência de explicar a mesma coisa três vezes para a mesma pessoa;
. Eu gosto de respostas rápidas e de respostas objetivas;
. Eu "mascaro" a minha falta de paciência bem (sob um cobertor de afetividade, ou algo assim, segundo o teste), mas sob pressão o meu verdadeiro "eu" pode se aflorar (ui) - esta eu concordei em termos - sob pressão, eu costumo ser bem mais objetivo, e sob pressão eu costumo não ter paciência mesmo com a lerdeza alheia, mas eu continuo sendo o verdadeiro "eu".

Com o último ponto, eu não concordei muito - eu não me considero "mascarado" ou algo parecido, mas como no teste eu não conseguia achar a resposta certa em várias questões e respondi no "eu acho que essa é a certa", pode ser que alguma coisa tenha saído meio torta mesmo. Estes testes não são absolutamente confiáveis porque costumam ser na língua Inglesa - e, embora este tivesse uma versão em Português, a tradução era meia-boca.

Mas assim andamos. O outro teste me disse que eu sou bastante teórico, que eu gosto de adquirir conhecimento simplesmente "for the sake of knowledge", e este sou eu mesmo. Se não me engano, os pontos principais do teste (objetivamente falando) foram:

. Eu gosto de desafios no trabalho;
. Logo depois de fazer alguma coisa que seja "desafiante" eu posso perder o interesse em tarefas menos interessantes (verdade);
. Sou guiado por metas e objetivos;
. Eu gosto de assertividade e de respostas objetivas (eu só gosto de personagens ambíguos em filmes).

Amanhã eu olho o teste com mais carinho e escrevo aqui o que não for denegrir a minha imagem.

O bonito mesmo foi à tarde, quando depois de um, vamos dizer, "erro de comunicação", apaguei uns arquivos no meu computador que não eram para ser apagados. Os caras da rede passaram uma boa parte da tarde tentando recuperar os arquivos e eu tive que ficar de braços cruzados...

Assim não dá, logo no primeiro dia já ficando conhecido do pessoal que administra as máquinas - em todas as empresas, é a mesma sina.

:-).

Acho que isto não saiu no teste de personalidade!

Mas, lados positivos:

. O povo é focado;
. O café é sensacional (é café expresso);
. O almoço hoje foi de graça;
. Eles realmente tem sucos de latinha, refrigerantes e outros engordativos de graça, na geladeira;
. A água de beber é meio sem gelo (isto não é tão legal);
. A janela é grande e a vista legal.

PS: Amanhã eu vou trabalhar de verdade e o dia vai ser mais interessante.

Agora eu vou ver o Senhor dos Anéis!

Fui!

domingo, 15 de março de 2009

Me desculpem, mas isto é estupidez

No Rio, brasileiros protestam pela permanência de filho de americano no país

Eu li, reli, pesquisei, pensei, e eu acho que o pai da criança está certo - é ele que tem o direito da guarda do menino, e pronto. Ele não é só o pai biológico, ele criou a criança até os 4 anos de idade quando a mãe levou o menino para o Brasil e cortou a relação que existia até então. Ele é o pai. Ele pode não ter sido o pai afetivo pelos últimos 4 anos, mas ele foi o pai afetivo pelos primeira metade da vida da criança, ele é o pai biológico de fato e ele só não foi o "pai" nos últimos anos porque ele foi privado desta possibilidade.

E se...

... A gente invertesse a história e ela fosse uma Americana que fugiu para os Estados Unidos com a criança e ele fosse um Brasileiro tentando reaver a guarda da criança? Quem ia apoiar quem?

O único argumento, que seria irrefutável neste caso, é de que a criança correria riscos estando com o pai biológico, o que não me parece ser o caso. Os advogados da família no Brasil estão tentando fazer a história do "golpe do baú", mas eu acho que este enfoque é no mínimo peculiar.

A criança pode ter nascido no Brasil mas ela é metade Americana, metade Brasileira, chore quem quiser chorar. Se a criança quiser jogar Football e nÃo Soccer, é um direito dela.

Fui!

quinta-feira, 12 de março de 2009

Last day

Hoje é o meu último dia aqui na empresa "gênio das chamadas". Segunda-feira eu começo na "associação esmeralda". É impressão minha ou os nomes das empresas soam ridículos quando traduzidos para o Português?

Último login. Última vez ouvindo David Bowie cantar "Ground Control to Major Tom" olhando o telhado do vizinho pela minha janelona. Lá também tem uma janela, eu vou sentar perto dela, mas não vai ser a mesma coisa. Minha janela é maior, minha janela tem uma vista bonita e sabe fazer um arroz com feijão mais gostoso.

"Da janela lateral, do quarto de dormir"...

Bom, mas coisas passadas são coisas passadas. Já fiz meu último scrum. Já fiz meu último login. Tomei o que provavelmente não vai ser o meu último café aqui (tem o da tarde ainda, mas paciência).

Agora tudo começa de novo em outro lugar.

Fui!

Milk



Milk é um filme que conta a história de Harvey Milk, o primeiro político abertamente gay a ser eleito para um cargo público na Califórnia. Um dos focos principais do filme é a luta do (de) Milk pelos direitos dos homossexuais, até mesmo porque na época em que o filme se passa (na década de 70), uma tal de Anita Bryant, junto com um tal de John Briggs, tentaram fazer entrar uma lei que expulsaria todos os gays e lésbicas (e simpatizantes) das escolas públicas Americanas.

A lei não entrou, graças à uma campanha ferrenha e graças ao apoio da comunidade gay e de simpatizantes, e também de pessoas que achavam que a história toda era absurda. Mas o casamento gay ainda não é reconhecido nos Estados Unidos. No Brasil, só no Rio Grande do Sul. Nos outros estados, não é proibido mas também não é reconhecido. Como esta informação veio da Wikipedia, vale a pena conferir.

No Canadá o casamento entre parceiros do mesmo sexo é reconhecido perante à lei já há algum tempo (mas não muito tempo). Tanto é que é possível provar a união comum no processo de imigração, o que dá direitos ao parceiro perante a lei Canadense.

Hoje na hora do almoço, por coincidência, estávamos discutindo este tema. Casamento gay, você é contra ou a favor? Pelo menos na mesa, todo mundo era a favor, eu inclusive. Eu sempre sigo algo que meu pai pregou - "não faça aos outros o que você não gostaria que fizessem com você". Eu gostaria que alguém viesse e me dissesse que eu não poderia casar com a minha esposa? Não, eu não gostaria - eu acharia um absurdo. Porque então eu vou meter o bedelho na vida pessoal de outra pessoa, sendo que isso não me afeta?

Para mim, isso encerra a questão. Mas existem dogmas religiosos na história - e como eu não me considero religioso já há vários anos, não vou andar por esta tortuosa estrada.

O que foi interessante na discussão, de verdade, foi quando começamos a conversar sobre adoção de crianças por casais gays. Eu falei "bom, nada contra - acho que não vai fazer mal para a criança crescer tendo papai e papai ou mamãe e mamãe (ou algo do tipo)". Mas aí que veio a frase "é, mas se a criança crescer com papai e papai, ela não vai entender tudo errado?".

Bom, não, ela não vai. Porque se casamento do mesmo sexo não é uma coisa errada, não há nada de errado nem torto no fato de que a criança foi criada por dois pais do mesmo sexo. Os valores de uma sociedade mudam conforme a sociadade muda. Se um dos pilares da sociedade é a família, uma família com mamãe e mamãe é uma família errada? Quem julga isso? Eu? Eu já passo apuros tentando cuidar bem da minha família, não vou meter o bedelho nem julgar a família dos outros.

Eu não acho que homossexualismo e pedofilia andem juntos (uma preocupação relativemente comum), então eu acho que uma criança adotada por uma família de homossexuais corre tanto "riscos" quanto uma criança adotada por uma família de heterossexuais. E assim como a recíproca é verdadeira, uma criança adotada por homossexuais não será homossexual por conta disso.

Eu não gosto de ver homem beijando homem. Eu particularmente acho nojento. Eu tento não ficar chocado quando eu vejo cenas de homossexualidade (homem beijando homem é um bom exemplo), é algo que eu não entendo. Mas não é algo que eu condeno. Eu posso dizer abertamente que eu não gosto de ver homem beijando homem e também dizer que eu não sou preconceituoso, e não ser hipócrita. Porque existe uma diferença grande entre uma coisa e outra. Se algum dia eu tiver que votar contra ou a favor qualquer tema relacionado aos gays, seja casamento, seja adoção de crianças, seja ensinar em escola públicas, eu sempre vou votar a favor dos gays - porque eu acho que tirar a liberdade de alguém é o pior crime que existe, e porque eu não gostaria que fizessem algo similar comigo se eu estivesse na mesma situação.

A minha verdade é a minha verdade e não é a verdade que eu quero para os outros. Cada um faz da sua vida o que quer, com todas as liberdades que a vida possa lhe dar.

Fui!

terça-feira, 10 de março de 2009

É chegada a hora...

... de mudar a cara do blog.

Vou colocar uma foto de uma praia com coqueiros em um dia de sol. Ou uma foto de um óasis no meio do deserto. Talvez uma foto de uma varanda qualquer, na praia. Talvez uma foto de uma modelo de biquini, talvez na praia. Talvez só um coqueiro. Talvez só o sol, amarelo.

Talvez uma foto de uma gaivota roubando um sorvete:



Mas eu sei que eu não vou colocar uma foto de neve:


(esta foto não é daqui, mas já pensou?)

A temperatura agora, neste momento em que aqui escrevo, é de -23 graus. Mais frio do que o freezer. Mais frio do que o c* da foca.

. Já pensou como seria esquecer uma revista no freezer? Eu sei como é, mas não vou contar (ahahahahahahahah);
. No frio, as havaianas ficam duras (eu deixei as minhas do lado de fora um dia - não me pergunte como elas foram parar lá);
. No frio, os botões de ligar e desligar o rádio do carro ficam duros;
. No frio, o bingulim entra no modo de economia de energia;
. Já pensou como seria sentar em um cubo de gelo gigante e ter que ficar manejando uns pedais e girando uma roda qualquer de um lado para o outro durante uns 20 minutos? Bem vindo à minha vida no caminho entre a casa e o trabalho;
. Eu nem mencionei que o câmbio automático fica totalmente bobo com este tempo;
. E eu estou com medo da minha primeira conta de gás;

Mas tem mais...

. No frio de hoje, o rosto fica doendo no caminho do carro até o restaurante (que por sua vez, fica a duas quadras do trabalho);
. No frio de hoje, a mão dói nos 15 segundos que você fica sem luva para pegar o maldito cartão de débito na hora de colocar gasolina.

Eu sempre pensei que estava muito "frio" para o meu carro quando a temperatura era de 10 graus POSITIVOS. Eu sempre achei que ar quente fosse besteira. Eu sempre pensei se as lâmpadas, motores elétricos e afins funcionam bem em um dia de muito frio, e eles funcionam.

Tá frio. Tá muito frio. Tomara que o inverno acabe logo...

Fui!

Interesting stuff

http://www.baekdal.com/design/Art/all-alike-babel-tales/

segunda-feira, 9 de março de 2009

Mais casinha

A casinha...



O bumba do Tutú...



A merda branca do lado de fora...



...

A gente está bem feliz com a casinha e com o bairro. A nossa casinha antiga até que era boa, mas estava meio judiada - esta nova está mais arrumadinha, mas o que eu mais gosto mesmo é do bairro e do condo (condo = condomínio). Condo aqui não tem a mesma conotação do Brasil, não tem guarita nem nada do tipo, só as casas que são mais juntinhas e a rua que é um pouco mais iluminada. Mas, sei lá, dá uma carinha de interior, de cidade do Brasil, todo mundo empilhado, pertinho um do outro, quase que nem o prédio do BNH em que eu morei quando estavam me nascendo as espinhas na cara, em Santos.

Visão aérea:



O melhor de tudo é que são 16 KM até o meu trabalho atual - e serão 7.5 até o trabalho novo. Maravilha, metade da distância! Se eu tivesse com o Uninho eu ia ir e voltar do trabalho com menos de um litro de gasolina, já pensou? Mas com a van adolescente pode colocar uns 2 ou 3 litros na conta.

Olha só:



O mais interessante de tudo isso é saber que o Cirque D'Soleil (nomezinho fresco dos infernos) estava ATRÁS do prédio onde eu vou trabalhar:


(este quadrado cinza vazio é, na vida real, um quadrado cinza vazio)

Interessante, interessante...

Vamos divagar, amigos. Mudar é bom, já diria o sem teto. É engraçado como eu e a Soraya não paramos mais do que 2 anos na mesma casa. É sério. Desde que a gente casou, há 8 anos atrás, já moramos em sei lá quantos endereços:

1. Nosso primeiro apartamento em São Paulo;
2. O apartamento na Nabuco em Santos;
3. O coiso no canal 4, em Santos;
4. O apartamento na Paulo Orozimbo, em São Paulo;
5. A casa dos pais da Soraya, em Santos;
6. Nosso primeiro apartamento no Canadá;
7. O 4plex onde moramos por 15 meses aqui;
8. A townhouse onde estamos agora.

Laiá laiá. Na média dá um endereço por ano. Somos as alegrias dos vendedores de caixas e das empresas de mudança. E eu já sei desmontar e montar móveis com uma mão nas costas. Já virei craque em massa-corrida e vou ver se ganho a vida pintando paredes.

...

Lamentável o frio que anda fazendo aqui. Já é MARÇO! -23 graus?!?!?!?!?! Ninguém merece. O carro não merece. A conta de gás não merece. A janela embaçada por dentro não merece. O caminhão que quebrou no caminho para o trabalho hoje não merece.

Assim não pode! Assim não dá! Cadê este efeito estufa?!

Fui!

As fotos da casinha!

No picasa da Soraya:

http://picasaweb.google.com/sorayacw/NossaCasinha

They came back

They came back

Um filme diferente (Francês) de zumbi. A idéia é mais ou menos a de um filme de zumbi - sabe-se lá porque motivo, durante duas horas os mortos recentes (que morreram nos últimos dez anos) se levantam e voltam a viver (um pouco pálidos, mas com a mesma aparência que tinham em vida). O filme tem alguns momentos bem interessantes, como os três reencontros principais - os pais que perderam o filho de 6 anos, a mulher que perdeu o marido de 30 em um acidente de carro, o senhor (que é prefeito da cidade) cuja esposa retornou. As pessoas voltam como "embalagem vazias", conversando termos genéricos que são a memória da vida passada e o eco do que as outras pessoas estão dizendo - juntando tudo isso, elas "passam" uma impressão de normalidade, mas é como se elas nunca tivessem voltado.

Frio

Esfriou de novo. Em Março já era para ter esquentado, não?

Sono

Eu odeio quando o horário de verão começa, embora eu goste do horário de verão em si - o problema é que na Segunda-feira seguinte eu sempre fico grogue - e o horário de verão começou aqui em Calgary neste Sábado.

Última semana...

... e Quinta-feira é meu último dia. Semana que vem eu já começo no emprego novo.

...

A gente veio para cá em 2007. E eu pensando em 2004. A gente já vai chegar em 2010. Já vai fazer 10 anos que chegamos no ano 2000. O menino nasceu em 2004. Foi? Não. O menino nasceu em 2002. É o sono de Segunda-feira. Este ano ele já vai fazer sete anos. Eu ainda fico surpreso com a velocidade com que o tempo passa - e eu sempre lembro daquela propaganda do Bamerindus...

Estou com muito sono. Vou parar de escrever no blog e vou começar a escrever alguma aplicação crítica aqui.

Fui!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Mais um ano, mais um emprego

COSIPA, Interchange, 7COMm, Spring Wireless
Scammax (apelido carinhoso da primeira empresa em que eu trabalhei aqui), Call Genie

E agora Emerald Associates - dá até para ver que esta empresa é mais "corporativa" do que as outras onde eu já trabalhei.

Agora é oficial. Já recebi a Work Permit nova, que chegou em vinte dias (clap, clap, clap), já dei o aviso prévio e no dia 12 de Março eu volto para casa com as minhas coisas:

. Meus mostrinhos de epóxi;
. Os três macaquinhos (o surdo, o mudo e o cego);
. O porta caneta de metal;
. Meu fone de ouvido xique e os 3 DVD's de música que eu trouxe do Brasil;
. O aviso de "não perturbe" que eu ganhei de alguém;
. O hidratante para as mãos (aqui não é frescura, embora se eu estivesse lendo isso ia pensar "mas que frescura");
. E acho que é só. O que sobrou é do escritório - a xícara de café, o copo de água, o telefone que tocou umas cinco vezes nos seis meses que eu fiquei aqui, o computador, os monitores, a montoeira de papel e umas boas semanas de pó!

Pois é.

Fui!

segunda-feira, 2 de março de 2009

Mudamos.

Deu um trabalho, os caras da mudança atrasaram (mas depois fizeram tudo super rápido), eu perdi os parafusos da cama (mas depois eu achei, montei a cama, e vi que a porta do quarto fecha por menos de 5 milímetros), o Arthur adorou o quarto dele (mas fez uma bagunça no basement - a tradução de basement seria "porão", mas basement como existe aqui no Canadá é algo que não existe no Brasil), nós conseguimos ter uma boa noite de sono (o barulho dos carros no Sarcee Trail não atrapalha nem um pouco), a casa é bem iluminada pelo sol, já que estamos em uma montanha virada para o lado leste e AQUI o sol nasce sempre no leste :-), o bairro é bonitinho e hoje eu caí na calçada graças à neve que derreteu durante à noite.

O Arthur já está inscrito na escola e o ônibus para a uma quadra de casa.

A casa já está segurada, as contas já vão vir no meu nome e eu lavei bem atrás da orelha hoje.

É, acho que já estou grandinho.

...

Estou me sentindo meio "desconectado" nestes últimos dias.

Preciso ligar para os meus amigos, dar um sinal de vida para o meu pai, fazer alguma coisa no próximo final de semana NÃO relacionada à mudança ou à casa, comer algo que não seja pizza ou sanduíche, responder uns E-Mails, carregar o celular, me acostumar com as escadas da casa, trocar a van por uma van de 7 lugares, ir no cinema ver o "Watchmen" que dizem que é sensacional, ir no cinema com a Soraya e o Tutú ver outro filme de gente "grande" (O Arthur viu Marley & Me até o final), e acho que é só.

Na verdade eu preciso ter uma lista de afazeres menor.

Vou comer alguma coisa.

Fui!