terça-feira, 27 de outubro de 2009

Epiphany

Uma vez, há muitos e muitos anos atrás em uma cidade distante (São Paulo), conversávamos à beira da carruagem (o fretado) sobre o que faríamos se tirássemos a sorte grande (a tal da loteria). A minha única certeza era parar de trabalhar e fazer o que eu faço por diversão e não por obrigação. Um outro ia comprar uma Ferrari. Alguns iam conhecer o mundo. Muitas mães iam ganhar uma casa nova, alguns irmãos o capital necèssário para começar um negócio, mas um me surpreendeu:

- Eu ia aprender a tocar violão.

Violão? TOCAR VIOLÃO? Você precisa de ganhar na LOTERIA para tocar violão? Será que era o tempo que faltava, o instrumento que era caro ou ele que queria ter aula direito com o Eric Clapton?

Violão não é caro, na minha adolescência eu tinha um amigo (o Kb.Lo) que tem um irmão que é músico e que conseguia os violões quase de graça. Um dos violões tinha um monte de adesivos e, depois que a gente resolveu descolar tudo, a coitada da viola nunca mais foi a mesma.

Por mais que o cara quisesse aprender a tocar violão com o Eric Clapton, duvido que ele fosse querer ensinar. Nem ele, nem o cara do Iron Maiden, nem o do Led Zeppelin, nem o do Asa de Águia.

Acho que o lance dele mesmo era tempo. Eu aprendi a tocar violão na época em que eu mais tinha tempo livre na minha vida depois dos 16 anos, ou seja, aos 17. Quer dizer, "aprender" é um pouco de exagero de minha parte... Mas mesmo sendo um adulto, ainda sobram umas três horinhas por noite para aprender. Ele precisava é fazer que nem o cara do filme Mais Estranho Que a Ficção e não precisar ter um momento de redescoberta para começar a fazer as coisas.

...

Estes dias eu estava falando com um outro desenvolvedor na minha empresa e descobri que ele também não tem nível superior. Eu já pensei em fazer faculdade mas a minha época já passou e não é algo que eu lamente. Hoje em dia, para uma faculdade fazer qualquer diferença, eu ia ter que fazer um Master ou Bacharelado ou qualquer coisa assim, iam ser 5 anos sem dormir direito à noite e sem acompanhar o moleque direito.

No fim das contas, pesando os custos e os benefícios, não vale a pena.

Faculdade aqui conta menos na área do que no Brasil - as pessoas tentam ser mais pragmáticas - e em muitas posições, eles descrevem os requerimentos como sendo "formação na área ou experiência correspondente". Ou seja, se você tem faculdade, até é aceito que você tenha menos experiência - mas se você tem um monte de experiência e não tem faculdade, tudo bem. No Brasil, pelo menos nas empresas grandes (leia-se "bancos"), o processo nem começa se você não tiver o nível superior - não importa quem você seja.

Há um tempo eu tive uma discussão com um amigo meu sobre um projeto que alguém queria votar para obrigar os profissionais de TI a ter formação na área para trabalhar, e sobre o quanto eu achava que esta lei era desnecessária e míope. Embora uma faculdade com certeza ajude, alguns dos melhores programadores que eu conheci não tinham nível superior, ou tinham em outra área (Matemática, por exemplo), ou tinham só colegial técnico (meu caso), e um nem colegial tinha acabado. E ele era bom. Quando eu vi que a exigência da faculdade de jornalismo para poder ser jornalista tinha acabado, me lembrei desta discussão - e olha - eu sou TOTALMENTE a favor de NÃO haver a exigência de ser formado na área para ser jornalista. A lei começou na época da ditadura justamente para limitar quem podia ser jornalista, para apenas limitar quem podia falar mal do governo.

A faculdade deve ser algo que se faça para APRENDER, e não uma garantia de um título - no Brasil é comum as pessoas acharem o filme bom pelos créditos e não pelo conteúdo.

...

Se eu ganhasse na loteria eu ia:

. Viajar com a família pelo mundo.

E o resto não ia ser tão importante. Mas, de certa maneira, eu já estou viajando com a família pelo mundo. Queira ou não queira, estamos do outro lado dele, e a minha família também já viajou metade do mundo!

Fui!

domingo, 25 de outubro de 2009

O kit de química

No Sábado foi o aniversário do Arthur, e no Sábado à noite abrimos os presentinhos que ele ganhou:

. Um quebra-cabeça em 3D;
. Um Batman e o vilão do Batman - o Arthur quase acertou meu olho umas 3 vezes com a flechinha do vilão, e eu acertei ele algumas vezes com a minha flechinha;
. Dois carrinhos de fórmula 1 feitos de Lego - montei e sobraram quatro peças - será que eu montei certo?
. Um caminhão de bombeiros;
. Uma camiseta invocada;
. Uma pista de corrida do Hot Wheels;
. E possivelmente uma coisinha ou outra que eu esqueci de mencionar.

A Cecília deu um "vale presente" e hoje fomos escolher alguma coisa para o pequeno. Ele quis comprar um "kit cientista", e a nossa sala/ cozinha/ basemente nunca mais serão a mesma. O kit até que é legal, mas as instruções podiam ser 30 vezes melhor do que elas são. Eu não consegui entender como montar uma bobina que é usada para medir a corrente que passa em um circuito. E olha que ensinaram isso na escola, eu fiz IUB (eu tinha 14 ou 15 anos e queria aprender eletrônica, quando chegou na parte difícil eu larguei mão), eu gosto destas coisas e eu já ajudei a enrolar transformador, mas nada disso serviu para entender a "imagem" mal desenhada que eles mandaram no manual.

Mas eu vou conseguir - nem que eu tenha que pesquisar na internet como é que faz um desses.

O pequeno ficou bem feliz - também, foram duas festas - uma na Sexta-feira, só com a gente, e outra no Sábado, para os amiguinhos. O bolo da Sexta-feira derreteu na geladeira e o bolo do Sábado, sobrou metade, assim como todo a comida da festa, já que calculamos mal e compramos praticamente o dobro da comida.

...

Para variar, começo a escrever em um dia e acabo no outro. Achei a foto do batismo do Arthur hoje:

From Álbum Arthur - Sempre Atualizado


O mais engraçado de tudo é olhar esta foto e me sentir na década de 80. Eu nunca mais vou usar bigode. A Soraya sente falta do óculos de vez em quando, eu nunca mais senti falta do bigode, ele coçava horrores.

Comprei Baixei as músicas do Bach.

Sensacional.

Vou fingir que sei trabalhar agora.

Fui!

sábado, 24 de outubro de 2009

Arthur Wallau, sete anos depois

Hoje é o aniversário do pequeno, 23 de Outubro. Em 2002, em Santos, nascia o Tutú.

. Em Outubro de 2002, ele nasceu!
. Acho que em Janeiro ou Fevereiro ele já encarou a primeira viagem, para o Rio Grande do Sul, conhecer a família do papai (eu). Nesta viagem um tio meu já reparou que o Arthur provavelmente ia ser canhoto (ou foi depois? Eu lembro de tudo, mas não guardo as coisas em order cronológica)...
. Lá pelo final de 2003 ele começou a andar de verdade e aí ninguém mais conseguia segurar o menino. Eu não gosto daquele andador onde a criança não se equilibra (um que não tem como a criança cair), a gente achou um outro que ele empurra com as mãos (como se fosse um adulto empurrando), e foi isto que fez ele andar bem;
. Eu lembro que o Arthur tinha um triciclo e que ele andava rápido naquele troço. Até mergulho na piscina do prédio da minha sogra já teve (a piscina pequena que dava pé para ele). Depois a madrinha dele deu uma bicicleta, mas ele teimava em gostar mais do triciclo;
. Um dia adotamos a Nina, nossa cachorrinha que a minha mãe adotou depois. A Nina era terrível - era um amor de cachorro, mas tinha uma energia infinita. A coitada da cozinha do nosso apartamento nunca mais foi a mesma! O Arthur tinha uma relação de amor e pavor com a Nina;
. O Arthur conheceu algumas cidades do Brasil - Santos, São Paulo, São Vicente, São Sebastião, Paraty, Jaguariúna, São Paulo, Torres, Porto Alegre, e provavelmente mais uma meia dúzia que eu esqueci de mencionar aqui - ops, lembrei mais uma - Serra Negra - quer era ótima para curar qualquer alergia.
. Em 2007 viemos de mala e sem cuia para o Canadá - O Arthur demorou para falar Inglês e agora só quer falar a língua Saxã. É Saxã? Está escrito certo?

O Arthur já teve a fase dos trens e agora está na fase de "cientista", tanto que o tema da festinha dele vai ser o sistema solar. De presente de aniversário ele pediu um telescópio (comprei um baratinho, vamos ver se a gente vai conseguir ver alguma coisa no fim das contas) e um helicóptero de controle remoto que também não é das coisas mais caras.

Hoje eu saí mais cedo do trabalho para passarmos a tarde juntos, pena que no fim da tarde me bateu um soooooono. Mas ele adorou que estávamos nós dois esperando o bumba da escola. Ele ficou todo feliz e falou que foi o "melhor aniversário ever"! Figurinha.

Vai entrar em um programa especial da escola para acelerar a leitura e a escrita - mas ele já está lendo e escrevendo, male male, mas aprendendo. A gente teve uma reunião na escola e ele disse que o que ele mais queria é aprender a escrever direito. Figurinha.

Feliz aniversário!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Visto

Segunda-feira fomos no consulado.

Terça-feira chegou o visto (pelos correios).

Foi rápido!

E o visto é válido por 5 anos!

Já que o governo dos Estados Unidos nos considera "residente permanentes" do Canadá (senão eles não dariam o visto por tanto tempo), bem que o governo Canadense podia fazer o mesmo, "tomaticamente".

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Curtas!

Eu tenho recebido mais comentários que o normal nos últimos dias!

E, embora eu ache que comentário não tenha que ser respondido, eu me sinto mal por não responder - embora eu não me sinta mal quando meus comentários (os poucos que eu deixo) não são respondidos.

Às vezes o tempo é curto, às vezes eu também não saberia o que escrever. A Soraya que manda bem na hora de responder os comentários.

Como dizer que você gosta de responder comentários, mas não consegue responder comentários, sem ofender ninguém? Espero que eu tenha conseguido!

...

Hoje eu estava lendo o Le Québec Nous Attend, e o autor estava falando sobre as dificuldades de conseguir o primeiro emprego aqui. Eu concordo com o que foi dito no post e só acrescento que sim, pode ser difícil arrumar o primeiro emprego aqui (eu digo por experiência dos outros já que eu vim com Work Permit), os empregadores vão dar preferência para Canadenses com menos qualificação do que você, e você, imigrante Brasileiro, é tão bom quanto qualquer outro.

É a realidade. Eu li em algumas páginas da Internet (cujo link não vou colocar aqui já que a informação me pareceu mais a opinião pessoal de alguém do que fato científico) que o Canadá não precisa de tantos imigrantes como os que entram aqui todo ano. Está sobrando gente para sub-empregos, e os "bons" empregos ficam para o pessoal daqui. Eu vejo como se fosse um clube e, para poder usar a piscina "boa", você tem que ser daqui - caso contrário, é só sobra a "geral".

Existem exceções, e depois de algum tempo vem alguém te dar o cartão para poder ir até a piscina boa. Mas é como eu vejo as coisas aqui - eu falo para a Soraya que eles deviam mudar as fotos do A&W, mostrando mulheres loiras, altas e sorridentes, e colocar mulheres Filipinas, de estatura média e também sorridentes. Não porque é preconceito, mas porque são os imigrantes Filipinos que servem o lanche para os Canadenses. É como se o ciclo de usar os serviços do Terceiro Mundo continuasse - os produtos baratos vem da China, a mão de obra também.

A saída é vir com a expectativa baixa, calçar as sandálias da humildade, e ralar até conseguir "o" emprego, e torcer para ele vir antes da pilha acabar.

...

Mudando de pato para ganso. Hoje fomos no Consulado Americano, e eu nem dormi com a imagem do Zé que me entrevistou da última vez. Eu ia achar que eles iam implicar com o fato de eu querer tirar um visto de turismo e não só de trânsito, que ia ter coisa preenchido errado, que o Arthur ia ser interrogado, e no fim, foi uma tranquilidade só.

Quer dizer, tirando o alarme de incêndio que disparou no meio da manhã, a evacuação do prédio e a zona na hora de voltar para o Consulado.

Mas, no fim, parece que vamos conseguir o visto (eu tinha o visto, com três entradas nos Estados Unidos, e acho que isto ajuda), vai ser de turismo e negócios (para mim), e vai ser válido por mais tempo (ou seja, não só até Março, quando vence a minha WP atual, mas por um período maior, já que eu já posso aplicar para a PR de acordo com a já não tão nova lei de imigração destas bandas).

Fui!

Lendo uma reportagem da Wired no trabalho, antes de ir para casa...

... falando dos pais que optam por não vacinar os filhos e dos problemas que isto vem causando - doenças erradicadas ou extremamente raras que estão matando crianças - reparei com o seguinte parágrafo:

The rejection of hard-won knowledge is by no means a new phenomenon. In 1905, French mathematician and scientist Henri Poincaré said that the willingness to embrace pseudo-science flourished because people “know how cruel the truth often is, and we wonder whether illusion is not more consoling.” Decades later, the astronomer Carl Sagan reached a similar conclusion: Science loses ground to pseudo-science because the latter seems to offer more comfort. “A great many of these belief systems address real human needs that are not being met by our society,” Sagan wrote of certain Americans’ embrace of reincarnation, channeling, and extraterrestrials. “There are unsatisfied medical needs, spiritual needs, and needs for communion with the rest of the human community.”

Looking back over human history, rationality has been the anomaly. Being rational takes work, education, and a sober determination to avoid making hasty inferences, even when they appear to make perfect sense. Much like infectious diseases themselves — beaten back by decades of effort to vaccinate the populace — the irrational lingers just below the surface, waiting for us to let down our guard.

(http://www.wired.com/magazine/2009/10/ff_waronscience/all/1)

Não vou traduzir tudo - mas basicamente, o texto diz que é "a verdade é cruel, e às vezes a ilusão é mais consoladora".

Por exemplo, dizer que o Brasil perdeu a copa por causa do técnico quando, na verdade, talvez o outro time seja melhor. Ou acreditar na opinião ao invés na opinião de um médico quando o assunto é relacionado à vacinação. O artigo vale a pena ser lido.

Fui!

domingo, 18 de outubro de 2009

Eu gosto de música clássica

De verdade...

E eu sempre gostei desta música, mas não sabia de quem era:



É Bach.

Acho que eu deveria saber mais. Vou comprar esta obra para ouvir no trabalho. Eu não gosto de Ópera, mas eu gosto muito de Celos, Violinos e afins.

Fui!

Ferramentas para blogueiros

Existem algumas ferramentas bem legais para ver como anda o seu site na Internet. Eu gosto bastante destas aí embaixo:

Google WebMasters

Esta ferramenta permite a você "controlar" aspectos do WebSite relacionado ao Google. Por exemplo, dá para ver quais são as expressões de busca que mais fazem o seu blog aparecer, e quais são mais clicadas. Eu vou só colocar a imagem, e não o texto, para não deixar o Google maluco.



A coluna da esquerda são as expressões que mais fazem seu blog aparecer, a da direita são as que fazem as pessoas clicar no blog. Para entender porque a primeira expressão da coluna da esquerda está lá, procure o texto no Google.

Eu também vi que existem mais de 1300 links para o meu site, e é por isso que ele aparece tão bem em algumas das buscas. Pena que eu não consigo ganhar din-din com o site, tenho o Google AdWords já faz mais de um ano e acho que não juntei nem déz dólares ainda.

Uma outra estatística bem legal é a que mostra as palavras mais comuns no seu site.

Google Analytics

Este é para ver quantas pessoas costumam acessar o seu site por dia, semana, mês e ano. É meio vaidade, mas é legal para ter uma idéia. Eu gosto mesmo é de ver quais são as expressões de busca que mais fazem meu site ser aberto.

Fui!

PS: Domingo foi bem legal - fomos no Zôo, pelo portão Oeste (já chega na parte legal, perto dos tigres), fomos no mercado, tiramos a foto para o visto, e agora acho que vamos ver um filme antes de dormir.

Fui!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O lado bonito do inverno...

... são as noites claras. É como se o céu estivesse iluminado com uma luz pastel, e todas as ruas ficam claras - parece que alguém ligou os postes no 220V.

Eu queria ter tirado uma foto mas não deu... Mas aí vai a foto de outra pessoa:

DSC_9553 - 15th Ave from Balcony at Night (snow) - web
(Flickr - Creative Commons License)

É bonito. O que eu mais gosto do inverno são as noites claras e quando a temperatura não fica abaixo dos -3 ou -4 graus Celsius - ou seja, apenas uma pequena parte do inverno, já que em Dezembro/ Janeiro/ Fevereiro não é incomum a temperatura bater nos -25 graus Celsius.

Para quem nunca encarou um frio destes, vou falar - temperaturas de até -3 ou -4 graus Celsius, mesmo com umidade, são tranquilas (ok, Calgary é uma cidade seca, mas depois que neva e com a névoa dá para ter uma idéia de como é frio com umidade). Fica um pouco frio, mas a roupa não congela de doer quando a gente põe a mão. Mas eu sempre fico pensando que sim, -2 ou -3 graus Celsius com chuva (a tal da "Costa Oeste") é mesmo melhor do que -30 graus Celsius e sol.

Aliás, a neve vai derreter toda hoje.

Fui!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Que coisa...

Só dá para ver a bandeira da Inglaterra do post abaixo no Google Chrome.

Foi mal!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A van vermelha na neve

Vermelho e branco! A bandeira da Inglaterra. Estes dias nevou, a neve grudou no carro, e o bonitão aqui resolveu desenhar a bandeira da Inglaterra, mas eu acho que inverti as cores.


Agora eu vejo que também tem um azul ali.

Hoje, nevou. Acordei, atrasei, tomei um banho, desci, vesti, olhei pela janela e assustei - tudo branco. Desta vez a neve acumulou. Entrei na van, xinguei, peguei o troço de limpar a neve (trem para os Mineiros, bagulho para os Cariocas, coisa para alguns), xinguei de novo, saí do carro, tirei a neve do vidro de trás, do lado, da frente, entrei no carro, xinguei quando eu vi que a minha limpeza do dia anterior tinha ido pelo buraco, e fui trabalhar.

Saí do condomínio e a fila de carros estava quase aqui. Mau sinal. Dei meia volta, fui até a escola do Arthur, e vi que a fila de carros também era 5 vezes maior do que devia ser. Paciência.

Eu hoje:

. Tive que mudar de faixa uma ou duas vezes para evitar ridículas colisões a 10 km/h. É a primeira dica de dirigir na neve - comece a brecar BEM antes, porque se der merda você vai ter tempo de fazer QUALQUER coisa que não seja parar ao encontrar um obstáculo. O meio fio também quebra um galho;
. Passei batido por umas 3 esquinas - virei o volante mas o carro foi reto. Aí é a rotina de parar, dar ré, ir para a frente, ré, frente, ré, frente e ir embora;
. Em uma ladeira passei por um ônibus que não subia e um carro que estava quase indo para baixo ao invés de para cima. Eu fui, mas quase que não subo. O cadillac que vinha atrás de mim subiu que foi uma beleza. Sensacional;
. Brequei na descida e foi só para constar que eu brequei, porque quando não tem neve (só gelo), brecar na descida é só para constar mesmo, já que o carro ignora qualquer coisa que aconteça no pedal da esquerda nestes dias de neve e gelo.

À noite eu fui comprar umas coisas e brinquei um pouco no estacionamento da loja, é bom para saber como reagir na vida real. Sei não, acho que eu vou precisar dos pneus de neve... É meio punk ir sem.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Weather nothing to be thankful for

Less than three weeks after Calgary shattered a heat record and marked its hottest day of 2009, temperatures have gone from one extreme to the other, plummeting to a new low today.

The mercury dropped to -16.1C about 8 a.m. breaking the previous record of -13.3C set more than eight decades ago in 1928.

“We broke it by nearly three degrees and this is a longstanding record,” said Brian Proctor, meteorologist.

“It’s uncommon; we usually break our records by one degree, two at most.”

O artigo completo está aqui:

http://www.calgarysun.com/news/alberta/2009/10/12/11378171.html

PS: Eu saí de manhã para brincar de foguete com o Arthur - achando que fosse estar -8 graus - mas na verdade eram uns -12, e uns -16 umas horas antes.

FRIO!

domingo, 11 de outubro de 2009

Thanksgiving

Na Sexta-feira me perguntaram no trabalho:

- E aí, Ravi, você vai preparar um perú para o Thanksgiving?

No que eu respondo "não, acho que não - eu não gosto muito de perú e o Thanksgiving, sinceramente, não tem um significado muito forte para mim". Aí vem a tréplica "mas você está no Canadá agora!", para a qual eu só solto um grunhido.

A gente até fez um perú. No natal. Mas foi demais, na próxima vez, vai um galetinho mesmo. Ou até codorna - eu vi no mercado hoje. Quem sabe, pato. Mas se depender da gente, não só os perús de pescoço torto vão ver a virada do ano.

O mais engraçado do Thanksgiving é que este feriado me faz mesmo notar que nós somos imigrantes - todas as casas cheias com os membros da família, pais, avós, netos e sobrinhos e nós, aqui, sem família próxima. Não é a mesma coisa e não adianta tentar tapar o sol com a peneira, pois nunca vai ser. No fim, aprendemos a viver com a distância.

Bom, isto foi ontem, e ontem não deu para acabar de escrever!

Ontem eu comprei para o Arthur um "foguete" em que você colocar uma mistura de vinagre e bicarbonato de sódio (que aqui eles chamam de "baking soda"), mistura, coloca o foguete na base e sai de perto. Quando funciona (reações químicas ocorrem mais rápido quando está mais quente, e hoje a temperatura é de -7 graus), você ouve um POW!, ou melhor, um PUM!, olha para o alto, e lá está o foguete começando a cair. Na verdade ele sobe até uns 20 metros e cai. Como o foguete tem só uns 8 cm de altura, é de plástico, leve, com a ponta de borracha macia, o brinquedo é praticamente inofensivo.

Fizemos uns 4 lançamentos hoje e fomos vencidos pelo frio. O Arthur se protegeu dentro do carro, depois correu para casa, e eu fui limpar o carro decentemente com o aspirador de pó! Quer coisa melhor para fazer em um dia de -8 graus? O carro está limpinho agora, acho que nem a limpeza que a gente fez no dia em que compramos o carro limpou tanto o Cascão.

Eu estou gostando do feriado, estamos curtindo bem devagar, dormindo mais um pouco do que o normal, arrumando a casa aos poucos, sem pressa. De vez em quando é bom dar uma "parada". Ontem eu fiz um espaguete e hoje eu preparei um nhoque que eu comprei no Safeway, ficou muito bom. Fazia tempo que eu não comia nhoque.

Hora de ir!

Fui!!!
Um dos meus cartoons preferidos:

(clique na imagem para ver tudo)


Para quem, como eu até um tempo atrás, não entende um terço do que está escrito:

- Quando eu era um garoto, o parquinho da minha escola tinha um escorregador tão alto que sempre me deixava nervoso
- A gente foi embora, mas o escorregador ficou na minha memória, se tornando um arranha-céus monstruoso
- Anos depois, eu passava pela minha velha vizinhança e me lembrei daquele escorregador; Eu dirigi até a escola para ver aquele escorregador que o meu "eu" de seis anos pensava ser tão grande
- E ele ERA imenso. Eu SABIA!

E não é sempre assim?

A memória é uma coisa engraçada. A gente meio que escolhe o que quer lembrar, o que esquecer, o que diminuir e o que aumentar.

Bom, fica aqui a filosofia da noite.

Fui!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Bons frutos do mar, pôr do sol duca


View Larger Map

(Vancouver)

A gente foi jantar aí, eu, Soraya, meu pai, a Cristina e os filhos. Muito bom.

Sensacional! Que se ferre a privacidade, mas sensacional!

Achei a árvore do Senhor dos Anéis em Vancouver


View Larger Map

Impressionante

30 graus há duas semanas, -5 agora, -10 no final de semana.

Só em Calgary faz frio de manhã e "calor" à noite :-)

PS: Eu gosto de ver a neve caindo. É tão bonito...

Google Street View em Calgary

A entrada do nosso condomínio (não tem fotos dentro):


View Larger Map

A nossa última casa antes de vir morar aqui:


View Larger Map

Nosso primeiro prédio:


View Larger Map

A escola do Tutú:


View Larger Map

Da hora.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

E acabou a temporada de imolação à cidade de Calgary

Vou falar coisas mais leves e agradáveis, afinal na vida nem tudo na vida é reclamação.

Não vou falar nem mal de Calgary nem bem de outras cidades até o dia em que eu atolar meu carro na neve...

... Fui!
Tem hora que não tenho o que escrever aqui...

Tem hora que dá vontade de escrever - e mesmo assim não tenho o que escrever - e aí sai uma bobagem como esta que você está prestes a ler.

Estou ouvindo Metallica. O cd "novo" deles que já foi lançado à treze anos atrás (Load)

............... caaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaioooooooooooooooooooooo .......................
(será que vale como xingamento?)

Treze anos desde o Load e Mama Said.

Às vezes eu me espanto com o tempo, como ele passa rápido. Eu já sentia a "passagem do tempo" quando eu morava no Brasil, mas aqui é mais estranho. Às vezes eu me sinto mais "velho" aqui do na velha república. No Brasil a gente costumava sair mais, ia em barzinhos com música interessante e cerveja barata (ok, às vezes, nem tanto), e eu sei que embora eu tenha aproveitado bastante estes momentos, a lembrança faz tudo ser melhor do que foi (ou de como seria). A gente só lembra das coisas positivas, e eu esqueço das negativas - dormir na mesa, a ressaca no dia seguinte, o olho ardendo.

Mas eu sei que as lembranças dos amigos e dos momentos passados juntos, estas, a memória não exagera - estes momentos são mesmo especiais e únicos.

Mas, voltando ao mundo "jovem" e à todo o resto - embora eu não seja nenhum garotão, eu sinto que Calgary é como o "ponto final", a hora de sossegar na vida quando eu não quero sossegar, nem eu, nem a Soraya. Sei lá, eu não estava pronto para morar no interiorzação ainda. Embora a Soraya seja a mais extrovertida, com tatuagens e tudo mais, eu, assim como ela, gosto de mar, gosto de ver gente na rua, gosto de me sentir em uma terra mais "moderna". Parece fútil, mas não é. Toda a minha queixa com Calgary no fim das contas vem do fato que a gente nunca se identificou com a cidade.

Nunca, nunquinha.

Calgary é a cidade dos ambientes fechados, e eu gosto de espaços abertos. Calgary é a cidade do clima seco, e eu gosto de mar. Para quem está no Canadá ou nunca morou em lugares diferentes pode parecer bobagem, mas se identificar com a cidade onde você vive é deveras importante.

Sabe aquele filme Chocolate?. Pois é.

Bateu a porra do vento.

O plano "further west" segue firme e forte.

Fui!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Alguns dos meus melhores amigos vão discordar de mim, mas...

... eu ODEIO o Movimento dos Sem-Terra no Brasil.

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1331536-5605,00-JUSTICA+DE+SP+DETERMINA+QUE+MST+DEIXE+FAZENDA+NO+INTERIOR+DE+SP.html

Vai morar na Cuba que te pariu! Porra, vai querer invadir fazenda em São Paulo, um dos estados que mais produz no Brasil? E ficar destruindo a propriedade dos outros, ainda por cima?

Bando de ignorantes. E nem vem me dizer que "todo mundo tem que ter terra" porque esta pode até ser a realidade em lugares onde as fazendas existem para subsistência, mas em terra onde as fazendas puxam o Brasil para a frente, esta frase é hipocrisia - fica todo mundo melhor trabalhando para o patrão do que arando o próprio pedaço de chão.

O MST é uma das poucas coisas que me deixam de cabelo em pé no Brasil - eles andam junto com os guardadores de carros - e com todas as pessoas que dizem que "é melhor dar um trocado para ele guardar o carro do que ele ir lá e te roubar!".

Ah é, claro. Um bando de bêbado e drogado que só quer o dinheiro para poder beber mais uma cachaça ou fumar mais uma pedra de crack, e a gente lá, dando dinheiro para eles. Eu sou bem tolerante em relação à um monte de coisas, mas eu odeio que venham me dizer o que eu posso ou não posso fazer, o que eu tenho ou não tenho que pagar, em um lugar público onde eu tenho direito às coisas.

E vote em mim para Presidente!

Fui!

Este tal do Chinook

Eu não sei se o resto do Canadá é assim, mas aqui em Calgary tem uma coisa que me chama a atenção - as nuvens.

Especialmente em um dia de Chinook:

Chinook over Calgary, Nov. 2005
(Flickr - Creative Commons License)

Mas não só em dias de Chinook. Eu coloquei a expressão calgary clouds no Flickr e vi que não sou só eu que sou fascinado pelas nuvens. A hora mais bonita do dia é durante o pôr do sol (quer dizer, é meio raro eu ver o sol nascer, então vai saber), especialmente quando:

. Dá para ver os raios de sol atravessando as nuvens com as montanhas rochosas de fundo;
. Em dias de Chinook quando as nuvens são empurradas e iluminadas de cima para baixo;
. E quando fica tudo vermelho.

O tempo aqui em Calgary é meio louco, por causa das montanhas. O Chinook é um fenômeno que eleva a temperatura em 10, 15 graus em poucas horas. Agora estamos com 17C, e ontem a temperatura era de 1 grau, ou até menos. O vento vem do Pacífico, sobe as montanhas e, na hora que desce, ganha a temperatura de volta e esquenta tudo. É bom, pena que dure pouco.

Fui!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

PS, Calgary

PS

Lendo meu post anterior percebi que peguei pesado com a cidade.

Aqui tem um pouco de cultura sim. O Canadá é um país multi-cultural, embora em peso, qualidade e quantidade, o Brasil ganha, e na minha opinião, ganha bem. Calgary é uma cidade nova, o "coração do Oeste", e aqui não existem construções antigas, o que contribui para dar para a cidade uma cara exagerada de "novo mundo".

Esta semana esfriou. Neste final de semana nevou. O humor vai para baixo junto, e eu fico bravo de aqui ser tão frio, a mesma raiva que eu ficava de São Paulo quando tinha que ir trabalhar com cinco graus na Avenida Paulista, e xingava os Jesuítas que resolveram fazer a cidade em um lugar tão frio.

O Canadá é um país bom para se viver. Não é o melhor lugar do mundo mas eu também nem sei se este lugar existe. Há problemas, há soluções, há diferenças.

É um país.

Fui!

domingo, 4 de outubro de 2009

Despatriado e com frio

Eu estava lendo no Colorida Vida um post com o título Despatriada e Feliz, que fala sobre diversos tópicos relacionados à "despatriação". O tópico vem de uma "postagem coletiva" criada em outro blog. Resolvi dar o meu pitaco também.

Internet

A sua relação com esta tal de World Wide Web vai mudar. O Skype, você vai começar a usar. O blog, você vai começar a postar. O E-Mail, você vai começar a checar. O MSN, você vai usar para conversar. No Flickr, no Picasa Web, ou qualquer outro serviço de fotos, você vai passar a publicar. Não existem fronteiras com a Internet. O E-Mail que você manda agora, cinco segundos depois já chegou no destinatário do outro lado do mundo. A foto do seu filho desdentado já está sendo vista pelas avós antes da fada do dente deixar uma moedinha embaixo do travesseiro.

O negócio é não ter medo do computador, este estranho!

E o blog? Eu gosto do meu blog. É legal ter um. É importante atualizar com frequência, mas com frequência outras coisas (como viver experiências que podem ser blogadas) ganham prioridade. Tem hora que a gente tem coisa para falar mas que não convém escrever. Outras vezes, o que você escreve nem sempre tem pé nem cabeça, como este parágrafo, por exemplo. Hmmm.

Adaptação

Já me acostumei com a distância dos amigos e da família, embora a saudade ainda aperte de vez em quando. Já me acostumei com a televisão e agora eu até acho a TV do Brasil meio estranha (a Soraya vê Globo no computador dela). Já me acostumei com os shoppings daqui, embora sinta falta dos centro comerciais pequenos, apertados e com lojas minúsculas que a gente tinha em Santos. Já me acostumei com mulheres de burca e homens de turbante. Já sei distinguir, male male, Coreano de Chinês e Japonês de Tailândes. Difícil é dizer quem é da Índia e do Paquistão. Mas tem algumas que são complicadas, que parecem pequenas para quem lê mas que são grandes para quem vive (no caso, eu):

. Impossível ir até o boteco da esquina comer uma feijoada por 10 reais na Quarta-feira. Aqui não tem feijoada nem boteco. Não tem também o sanduíche de pão, bife e queijo na chapa, nem bar com comidinhas, como diria a revista Veja. Aliás, aqui, para poder beber uma cerveja com todos os membros da família (os menores de 18 anos), só se for em restaurante, porque em Pub não entra menor (aqui beber uma cerveja parece algo meio fora da lei, tamanha são as restrições - em compensação, todo mundo fuma maconha em todas as horas e lugares);
. Já falei que aqui não tem misto-quente?
. Para falar a verdade - tirando honrosas exceções, o Brasil ganha de goleada no quesito "comer fora de casa". Aqui tudo é fast-food, mesmo os restaurantes mais caros são todos parte de uma rede, falta criatividade, falta catupiry, falta sal, sobre pimenta. A gente foi em uma pizzaria que tem uma pizza mais parecida com a do Brasil (Pulcinella, eu acho, embora eu deva com certeza ter escrito errado);
. Que mais? No começo eu achei legal eu mesmo colocar gasolina no carro, mas agora eu já acho chato, principalmente quando a mão fica cheirando a gasolina e quando está frio. Faz parte.

As coisas legais:

. Aqui tudo é mais organizado (tanto que às vezes é até meio chato);
. As escolas públicas aqui são muito boas (varia às vezes de escola para escola, mas qualquer escolhinha aqui é melhor do a média Brasileira);
. O trânsito aqui flui é beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeem menos estressante do que o trânsito em São Paulo. Tanto que eu dirigo devagar, sem pressa, sem buzinar, sem me preocupar com motos ziguezagueando entre as faixas. Fator de stress - você tem que olhar para a calçada para ver se não tem pedestre querendo atravessar, a multinha é de doloros 500 e poucos dólares se um guardinha te flagrar não dando a preferência;
. Eu acho que aqui é melhor para trabalhar do que no Brasil - pelo menos na minha área - as empresas são mais organizadas, tem mais livros, e salvo exceções os desenvolvedores são mais preparados do que na terra tupiniquim.

Cultura

Que cultura?

:-)

Aqui falta cultura - o Canadá é um país novo, com uma penca de Imigrantes, e Calgary é uma cidade, venhamos e convenhamos, meio provinciana. Aqui é roça, e o rodeio que acontece em Julho é a maior festa da cidade. O povo aqui usa chapéu de cowboy, e em volta da cidade é tudo fazenda. Existem faculdades, existem pessoas alternativas, mas podia ser melhor.

Mas e aí?

Eu gosto da experiência de morar fora. Eu lembro de quando eu cheguei aqui e de todas as coisas novas que eu vi. De ouvir Inglês e 30 outros idiomas no dia-a-dia, do centro da cidade (que eu achei caralhístico, desculpe o palavrão), de ver as montanhas de longe, de sentir as estações do ano (os três dias de Outono e Primavera e os meses de Verão e Inverno). Mas eu acho que nós cansamos de Calgary - aqui não tem mar, é frio demais (nevou hoje, segunda semana do Outono), a cidade é ótima para quem gosta de esportes (não é bem o nosso caso), e não é tão legal para quem gosta de passear e ver coisas diferentes e urbanas (mais o nosso caso).

É engraçado porque a resposta para a pergunta "porquê você escolheu Calgary?" normalmente é "porque em Calgary tem mais emprego". Não deixa de ser verdade (pelo menos é o que dizem os jornais e afins), mas a impressão que eu tenho é que outras cidades são escolhidas por outros motivos além do monetário (ter dinheiro para comprar comida é importante, of course). Os planos de ir para a Costa Oeste seguem firmes e fortes.

Se eu posso dar conselhos, aí vai:

. Aprenda a língua - eu acho curso de Inglês uma tortura, e se este for o seu caso aprenda em casa - tente ler livros em Inglês, veja filmes no idioma original e veja como as pessoas falam, ouça audiobooks, como a Soraya fez diversas vezes, coloque a cara a tapa, arrume um emprego, e não tenha medo de errar. Falar um Inglês razoável abre dezenas de portas e melhora muito a qualidade de vida;
. Use a sua cidade, vá em galerias, frequente os cinemas, conheça lugares interessantes que não sejam interessantes apenas pela paisagem, conheça pessoas fora da comunidade Brasileira da sua cidade (os nossos melhores amigos aqui são Brasileiros mas é sempre bom conhecer outras pessoas), viva da mesma maneira que você vivia no Brasil;
. Use mais a farmácia do que o médico (sério - da última vez que meu ouvido inflamou, a farmacêutica me deu o antibiótico e me disse como tomar o remédio). O atendimento médico costuma demorar e, se você não precisar realmente de um médico, é melhor não se dar o trabalho;
. Ikea. Ikea. Ikea;
. Em São Paulo tinha o Pão de Açúcar, o Extra e o Carrefour. O Pão de Açúcar daqui é o Safeway, o Carrefour e o Extra são a Superstore, e o Wal-Mart é como o Extra e o Carrefour, mas sem frutas e com gente estranha; Cada supermercado para uma ocasião. Eu odeio o Wal-Mart, mas tem horas que não dá para evitar ir lá.

Escrevi demais!

PS: Calgary é uma cidade legal, é bonita, estruturada, organizada, limpa, ótima para quem gosta de praticar esportes, do lado das montanhas, com transporte público que poderia ser melhor mas que funciona. Mas o mundo não é pequeno e nós nunca nos sentimos casados com a cidade, por isso que eu de vez em quando destaco os pontos negativos que nós vemos aqui. Mas eu conheço muita gente que adora a cidade e que não pensa em ir embora, porque coisa boa, aqui também tem.

Fui!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Copa 2014 e Olímpiadas 2016

Olha.

Eu sou meio crica.

Tem hora que eu acho que o governo do Brasil é uma bosta e que qualquer evento que tiver por lá vai ser um fiasco.

Eu não gosto do Lula.

Eu já fui Petista e me arrependo.

Eu às vezes acho que o Rio é só um rostinho bonito e que o Dunga na seleção é foda.

Mas porra.

SENSACIONAL!!!

COPA do MUNDO!



OLÍMPIADAS!



Mesmo com todos os problemas, mesmo eu estando longe, olha, hoje eu estou feliz e orgulhoso de ser Brasileiro. Foda-se que são só uns jogos, que vai ter um monte de roubalheira, etc, etc, mas porra, os jogos Olímpicos vão ser no Brasil il il!

E dá-lhe Galvão!

Fui!