quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Canadá, um ano depois

Fui para o Canadá agora em Setembro, passei dezessete noites por lá, eu lembro bem porque o cara do hotel falou "uau, você vai ser nosso hóspede por um tempo". Fui à trabalho, eu ainda trabalho para a mesma empresa Canadense de antes, e acho que estou indo para o terceiro ou quarto ano de trabalho consecutivo para eles, o que é bom depois de mudar de emprego duas vezes em dois anos.

Fui pelos Estados Unidos. Primeiro, Washington, DC, depois Houston, Texas, depois Calgary. Em Houston eu comprei uma miniatura de ônibus espacial para o Arthur, e a passagem pelos Estados Unidos foi tranquila. Pela primeira vez eu consegui dormir bem no avião, eu coloquei uns plugues de ouvido que eu comprei para usar com a furadeira, e a sensação que eu tive no avião foi de que alguém desligou os motores. Acho que é por causa do barulho que eu nunca conseguia dormir.

Chegando em Calgary eles me deram um pouco de trabalho porque 17 dias é muito tempo para uma viagem de negócios - e é um pouco demais mesmo. Eu conversei com a minha chefe e eles me disseram que eles não me chamaram antes para ir ao Canadá porque eles estava com medo de fazer pressão em mim, mas eu disse que eu gosto de viajar, e que se o período da viagem for menos (uma semana), e a frequência, maior (umas duas vezes por ano), fica mais fácil para a Soraya administrar os assuntos da casa sozinha. Vamos ver.

Antes de eu ir para o Canadá a única viagem de "negócios" que eu fiz foi ir de mini-van até São Paulo fazer um curso de eu nem lembro mais o quê. Bom, antes de eu ir para o Canadá eu só tinha feito viagem de avião quando eu era bem pequeno e nem tinha idéia do que era voar. Agora eu sei que o mundo é pequeno... De noite você sai de um canto do globo, de manhã você está em outro.

Calgary está igual! Não mudou nada em um ano! Foi bom rever os amigos que a gente deixou para trás. Consegui ver quase todo mundo, mas faltaram umas visitinhas que eu vou ver que fazer da próxima vez que eu for à Calgary. Fui até as montanhas com o Octávio & família, e pude mostrar para eles o que tem no final da trilha do Moraine Lake - indo por baixo, beirando o lago, sem subir a montanha, tem uma corredeira e do lado da corredeira, as árvores meio que "suspendem" o solo, e dá para ver água correndo por dentro dos buracos - um efeito muito louco.

Depois de morar 4 anos em Calgary, não estava com muito pique de ir muito longe a não ser para ir até as montanhas. Eu queria mais é rever os amigos, ir comer comida vietnamita, e levar um monte de tralha para casa.

Mas foi bom rever a cidade. Em Agosto, final do verão, friozinho à noite mas um solzinho gostoso de dia, vem aquele cheiro de eucalipto quando chove... As ruas de Calgary estavam lindas com o verde que ainda marcava presença. É uma realidade diferente da do Brasil, e ter a oportunidade de visitar Calgary é um privilégio que eu quero extender à minha família assim que for possível. É bom matar a saudade de um lugar onde você viveu por tanto tempo. O Arthur foi alfabetizado aqui, a Hannah é Canadense.

Acho que meio que me desacostumei a escrever depois de tanto tempo.

Na volta, passei o dia em Chicago. O avião chegou lá de manhã e o vôo para ir embora era só à noite. Duas coisas que me atrapalharam - eu não consegui dormir à noite, já que eu tinha que acordar às três da manhã e eu fiquei com medo de perder a hora - e não tinha armário para deixar mala no aeroporto de Chicago (por causa do 11 de Setembro), então tive que levar a mala de rodinha para cima e para baixo, e a mala de mão estava bem pesada. Mas eu consegui ir ver o tal do Cloud Gate, e olha, o feijãozinho prateado gigante é muito louco. O pouco que eu vi de Chicago foi muito legal. A cidade é muito bonita, o lago Michigan é imenso, os prédios são sensacionais e é fácil de se locomover. Pena que aparentemente só tem um orelhão no centro da cidade, na biblioteca pública, onde também tem free wi-fi e de onde eu pude acessar à Internet.

Dia seguinte voltei, cheio de tralha para entregar para todo mundo. Foi bom viajar, foi melhor voltar.

Vou ver se arrumo mais sobre o que escrever aqui - trabalhando de casa, com a Soraya levando as crianças na escola por causa da loja, fico meio sem ver muito do mundo. O que dá para dizer é que eu pratico continuamente o meu Inglês, ficando em média de uma à duas horas no telefone todos os dias falando com os brothers from another country.

Fui!

PS: As fotos estão aí:

Google+ 2012-09-12

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Os porquês

A Yuka Lura tinha me perguntado porque a gente voltou, em um comentário que demorou um tempão para ser publicado (eu preciso achar a configuração no blog que autoriza comentários a serem publicados automaticamente).

Bom, a idéia de voltar já estava cimentada e decidida antes de irmos para o Canadá. A idéia era ir, passar uns anos lá, e voltar. Tanto é que eu nunca apliquei para o processo de imigração. A gente levava uma vida razoavelmente confortável no Brasil, tanto eu como a minha esposa temos família e amigos por estas bandas, e a idéia era adquirir uma experiência nova e não mudar de forma permanente a nossa vida.

Foi por isso que voltamos.

Porque fomos? A curiosidade natural do ser humano.

O que mudou? Sei lá. Eu acho que eu fiquei um pouco mais chato, mais politicamente correto, mais tolerante de diferenças culturais, ciente de que uniões estáveis não dependem de sexo e que eu não preciso esconder homem dando mão para homem do meu filho, já que esta é uma realidade da época em que vivemos.

Eu conheci lugares novos e fiz novas amizades, amigos que espero manter pelos anos que se seguem. Eu dirigi na neve, me diverti com a minivan no gelo, mas rodei (literalmente) quando fui virar uma rua com um carro menor. Eu mudei a minha forma de falar conforme o meu Inglês foi melhorando, e comecei a falar "Tailenol" na farmácia, e preciso me reacostumar a falar "Tilenol" mesmo que me soe errado.

Se senti um pouco a "síndrome do órfão que morou fora do país e voltou e estava tudo diferente?". Sim, senti, não no começo, mas agora venho sentindo mais. A morte de um amigo próximo, o Rapha, há alguns meses, mudou a perspectiva em relação às coisas aqui. A tristeza a gente continua a carregar com a gente, e um pouco de solidão também. Você fica mais velho, e você percebe o quão frágil a vida é.

Em Agosto estoura o prazo para eu aplicar para a imigração no Canadá. Temos até lá para decidir se vamos aplicar para PR, se aplicarmos, teremos um ou dois anos para entrar no Canadá, e depois, se quisermos manter a PR, teremos que ficar por lá dois de cada cinco anos. Pode ser que a gente vá fazer isso, pode ser que não. Eu acho que eu vou aplicar de qualquer jeito só para deixar a possibilidade aberta. A pequeninha é Canadense, o pequeno é Brasileiro, se um dia ele quiser ir estudar/ morar lá, ter a residência permanente por aquelas bandas vai ajudar muito.

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Eu e a Soraya gostamos de conhecer lugares novos. Chegamos no Canadá sem carro, com um emprego que pagava mais ou menos mas que não era muito estável (não pagava sempre). Demoramos um ano para ir até as Montanhas Rochosas e só fomos quando o Kb.Lo e a Sabrina vieram nos visitar, já que eu não podia alugar um carro já que eu não tinha cartão de crédito. Mas era tudo novo, então valeu. Depois ganhamos um pouco mais de estabilidade, fizemos algumas viagens longas, eu viajei para alguns lugares bem interessantes à trabalho (o que é uma façanha para um Programador), e a vida foi melhorando.

Não tenho nada a ruim à dizer de lá, tirando que... eu não gosto muito do clima de Calgary, acho muito seco, e vou confessar que aquele sol à 45 graus no horizonte (o sol lá nunca fica à pino) me dava nos nervos. O inverno é muito longo, a Primavera não chega, mas lá se come, se vive, se tem filho, se toma café de manhã, a gente saia para jantar, fizemos bons amigos Brasileiros, Canadenses, Russos e de outras nacionalidades, eu aprendi que contar de 1 a 10 em Romeno e em Português é quase a mesma coisa, e foi muito bom comprar uma minivan por 1200 dólares.

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Cada imigrante enfrenta e encara a imigração de forma única - o que é bom para mim pode não ser bom para você, e vice-versa. Para a gente valeu a pena e um dia vamos repetir a dose.

Fui!

quinta-feira, 12 de abril de 2012

A vida aqui no Brasil depois de morar no Canadá

Olá amigos.

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Acho que a vida está voltando aos eixos agora. A tristeza pelo que aconteceu com o Rapha ainda está presente, às vezes parece que não é verdade, que foi um engano. É uma coisa muito forte perder alguém tão próximo, alguém com que você mantém contato semana sim, semana não. Você não só deixou de ter um amigo, mas você também perde parte de quem você era, as lembranças que você só tinha com aquela pessoa, a possibilidade de fazer uma visita rápida para relaxar um pouco, etc... A vida da gente continua, o Rapha vai sempre viver em nossos corações e em nossa memória, mas que ele vai continuar a fazer uma falta danada, ele vai.

É estranho fazer um balanço da vida no Brasil sem levar isso em consideração, mas esta é uma tragédia pessoal e não um reflexo do que é a vida no Brasil. O lugar onde o acidente aconteceu já foi consertado (um dreno foi feito para evitar que água se acumule na pista), o problema apareceu porque alguém resolveu fazer um muro em volta de um condomínio novo, e as pessoas tem um péssimo costume de concretar a base do muro, eliminando o caminho natural para o escoamento de água. Acidentes acontecem aqui e acidentes acontecem no Canadá, mas foi aqui que o acaso nos atingiu de frente. Aparentemente nenhum acidente havia acontecido naquele local antes, mesmo com a água ficando na pista do jeito que ela ficava. Tinha que ser naquele dia, naquele local, daquele jeito.

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O Arthur está "gostando" da escola como ele sempre "gostou", ou seja, dizendo que não gosta. Mas ele está estudando bastante, fazendo lição de casa todo dia, tirou até 10 um dia destes. O Arthur ficou meio popular na escola já que ele é "o menino que veio do Canadá", e sendo o Arthur meio vaidoso ele não se aguenta. Ele continua ruim de comer como sempre, mas agora eu mais que dobrei o tamanho do café da manhã, vamos ver se o menino também dá uma alargada. Agora a mania na escola é um tal de Beyblade, as crianças da escola do Arthur adoram e ele agora começou a levar o dele para eles brincarem. É a bolinha de gude adaptada às escolas que tem pátio de asfalto em minha humilde filosofada. O Arthur estuda em escola particular, como em toda escola do Brasil tem uniforme e ele também tem período, estudando de manhã.

A escola aqui não é tão estruturada como a do Canadá (a sala de aula não é tão arrumada, etc...), mas eles fazem excurções hora ou outra, e as aulas são BEM puxadas, o Arthur tem lição de casa quase todo dia e, fácil, fácil, a média de tempo de estudo em casa fica entre uma e duas horas todos os dias. Acho que a tendência é ele ir cada vez melhor.

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A Hannah é uma espoletinha. Ela é impagável. Você deita no sofá, ela deita do lado. Eu sento no computador, ela vem e apaga a luz do meu abajur. A gente colocou um monte de ursinho de pelúcia no cercadinho dela, ela acha que é piscina de bolinhas.

Foto da família no trem daqui:



A Hannah mexe com todo mundo na rua e todo mundo mexe com ela. Ela é uma figurinha.

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De resto, vamos indo. Trocamos o portão de casa, arrumamos as telhas quebradas, trocamos os vidros quebrados de algumas janelas que não estavam muito à vista, e finalmente trocamos os vidros "canaletados" (aquele que não dá para ver nada do outro lado) por vidros lisos na janela da salinha de TV. Ô mania que o povo daqui tem de não querer ver o lado de fora. A burocracia daqui existe, mas a gente já sabia o que ia ser, não dá para ficar pê da vida e as coisas até que tão andando. Quem sabe daqui à uns dia o TSE reconhece que a gente pagou a caríssima multa de 3 reais por eleição perdida e a gente possa transferir os títulos e renovar os passaportes?

A Sô está deixando a nossa casinha com cara de casa cuidando das coisinhas que só ela sabe cuidar. Quem vem aqui em casa agora fala que finalmente aqui está com cara de casa! Parabéns Sô, te amo!

Bom, fui!

terça-feira, 6 de março de 2012

Ao meu amigo Raphael



Este aí acima é o Rapha. A gente chamava ele de Chuck no colegial e o apelido continuou por vários anos, mas de uns tempos para cá a gente só chamava ele de Rapha. Cara adulto, crescido, casado, separado, viajava toda hora, eu já não me sentia à vontade só chamando ele de Chuck. Acho que era meio-a-meio, metade do tempo era Rapha, metade era Chuck.

Em 2010 ele veio nos visitar e nós fomos juntos para Vancouver, Victoria, Portland, Seattle, vimos um vulcão, conversamos, bebemos, discutimos, conversamos mais, conversamos mais ainda, afinal passamos quase dez dias na estrada, dividindo o mesmo quarto de hotel (eu, a Soraya, o Arthur e o Rapha) ou dividindo os poucos metros cúbicos da minha valente van vermelha. Foi muito legal. Eu vou ter boas memórias desta viagem para sempre.

Assim como eu vou ter boas memórias deste querido amigo para sempre.

No dia 3 de Março de 2012, Sábado, às oito da noite, depois de um dia de risadas aqui em casa, o Rapha sofreu um acidente na estradinha que liga o condomínio onde eu moro à cidade de Jaguariúna, a menos de três minutos de casa. A estrada estava alagada por causa da chuva que caíra há algumas horas, e da qual todos tivemos que nos proteger por causa das goteiras que afligem a nossa casa. Ao tentar desviar de um trecho alagado, o Rapha jogou o carro para o lado oposto da pista, mas na direção contrária vinha um Pálio e ele jogou o carro de volta para o seu lado da pista, voltando para a água e aquaplanando, e atingindo um poste em cheio com a lateral do carro. Outros dois amigos que vinham atrás pararam para ajudar mas já não tinha muita coisa que pudesse ser feita. O resgate chegou, ele foi levado para o hospital, mas quando eu consegui chegar ao hospital, apavorado depois de ver o estado do carro que a polícia estava colocando no guincho, a notícia já estava lá - ele já havia falecido.

Nós estudamos juntos no colegial. 1994 foi quando eu e o Kb.Lo nos conhecemos. Acho que o Rapha foi estudar com a gente em 1995 e o Fabrício, em 1996. O colegial acabou em 1997, mas nós continuamos amigos desde então. Eu fui padrinho de casamento do Rapha e do Kb.Lo, e ele foi padrinho do nosso casamento. Nós chegamos tão atrasados no casamento dele, achei que não fosse dar tempo... O Rapha foi o primeiro a saber do nascimento do filho de todo mundo, foi o primeiro a ver a Bebela, foi o primeiro a receber a notícia do nascimento do Arthur. Ele estava ali em todos os momentos, em todos estes 17 anos.

Ficamos com saudades quando fomos para o Canadá, curtimos a viagem em 2010, sentimos quando a irmã dele faleceu no comecinho de 2010 mas ficamos felizes de saber que talvez nós tenhamos ajudado um pouco levando ele conosco. Agora, 2012, o Rapha tinha mudado fazia uma semana para uma casa perto da nossa, em Jundiaí. No Sábado ele estava nos contando como ele achava que tinha sido roubado pelo cara que instalou a máquina de secar a lavar que ele tinha comprado pela Internet, e como ele achava que talvez fosse rolar um curso intensivo de Inglês na Inglaterra pela empresa dele.

Tem uma época da vida que a gente está se preparando para viver... Foi quando o Cláudio morreu em 2002, com vinte e poucos anos. Ele ainda estava morando com os pais, não tinha acabado a faculdade, estava no segundo emprego, ainda estava se preparando para o que ia vir pela frente.

O Rapha já estava vivendo, já morava fora de caso fazia váris anos, tinha casado, tinha se separado, tinha viajado para Canadá, França, Praga, Dubai, Índia, e ultimamente passava tanto tempo em Vitória que a gente achava que uma hora ele não ia mais voltar.

A vida dele estava plena e foi assim que acabou. Com uma risada dada horas antes, com um encontro que estava marcado, com uma casa que estava comprada, com amigos que iam estar ali em todas as horas até o fim. É uma tristeza que tudo tenha acabado, e a gente espera que esta tristeza tenha um fim um dia. Agora eu quero ficar triste, eu não quero esquecer do meu grande amigo. Eu tenho a minha família para me ajudar a passar por esta hora triste, e tenho os meus amigos para me suportar e à quem eu também devo suportar.

Rapha, vamos sempre nos lembrar de você, no seu aniversário, no aniversário do Arthur que é dois dias depois do seu, sempre que nos reunirmos, sempre que pensarmos no Curintia ou no projeto Jundiaí, ou em Vitória, ou na Vila Cascatinha, na nossa amizade, em tudo que passamos e em tudo que vamos passar na nossa vida que vamos levando adiante.

Um abraço meu amigo, te amamos muito e vamos sempre lembrar de você.

Ravi.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

2012

Um próspero 2012 para todos!!!


(é uma foto de aniversário mas está todo mundo aí)

Acho que não vou ter muito o que escrever no futuro próximo. A vida aqui está boa e eu estou feliz de ter voltado. Não sinto falta do Inverno e sinceramente nem muito da cidade, mas sentimos falta dos amigos que fizemos no Canadá.

O interior é lindo, o carrinho tem levado a gente para cima e para baixo, os cachorros vão fazendo as suas cachorradas (o Bolt infelizmente morreu após fugir para rua, não sei se foi briga de cachorro ou se ele foi atropelado, só sei que filhote a gente só vai ter depois que trocar o portão, melhorar a tela na frente casa e colocar uma cerca em volta da piscina). A Hannah está começando a andar e o Arthur vai começar a quarta séria no fim do mês.

Sensacional!!!