quinta-feira, 22 de abril de 2010

Aqui em casa não tem piscina, mas perto tem uma piscina pública.

Onde um bebê/ criança/ adulto cagão fez uma obra de arte e interditou a piscina por algumas horas. É. Foi a maior cagada. Ou, como eu disse para um cara que estava perto de mim na piscina de bebês (que ficou cheia de marmanjo), "literalmente, shit happens".

Merdas acontecem.

Mas a piscina pequena valeu, pelo menos eu cheguei em casa inteiro e sem a cabeça chacoalhando (a piscina maior, que é a que foi premiada, é uma piscina que tem ondas artificiais). Eu até nadei um pouco na piscina de gente grande.

Acho que amanhã eles vão reabrir a piscina. Para quem pensa que é demais, quando eu era criança eu peguei Hepatite (a mais leve de todas), e eu acho que eu contraí a amarelosa em uma piscina. Então é bom mesmo parar tudo, deixar a merda ir embora, e depois reabrir quando a situação estiver sobre controle.

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Eu acho que eu vi muito filme de ação - toda vez que eu saio do trabalho e vou andando até o carro, eu acho que uma bomba vai explodir antes da hora e o carro vai sair voando pelos ares. Pode ser também que eu ache que o carro é tão velho que ele possa explodir sozinho.

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O Arthur acabou de dormir do meu lado no sofá. A nossa próxima casa não terá escadas.

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Hoje choveu em Calgary - anteontem eu reguei o arbusto que tem em frente de casa e ontem começaram a aparecer umas folhas. Eu espero que com a chuva de hoje a cidade amanheça verde amanhã. De todas as coisas que me fizeram querer tentar ir para Vancouver, o verde de lá foi uma das forças motrizes mais poderosas. Mas em Julho a gente está planejando uma viagem grande, e Vancouver será um dos destinos. Vamos ver se dá certo.

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Está passando um programa no Discovery Channel sobre os tubarões no mundo e os povos que matam os tubarões para comer as suas barbatanas.

Eu fico pensando - se todo mundo comesse mais peixe e menos carne vermelha, porcos e galinhas, não ia ter peixe para todo mundo e aí sim que os Oceanos iam secar de vez. Eu acho errado a maneira como os tubarões são caçados e eu acho muito errado comer de uma espécie em risco de extinção ou mesmo apenas ameaçada (mas eu sou um carnívoro aficionado).

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Fui!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Hoje foi um dia inusitado

Primeiro, as novas - Vancouver não rola.

Pois é. Sem entrar em muitos detalhes mas já entrando, a gente não tem cliente em Vancouver nem em BC, eu preciso estar no escritório - aparentemente eu estar junto com os outros desenvolvedores é importante, etc...

Mas não faz mal.

Em Julho nós vamos até Vancouver para ir no Circo du Soleil, e se os meus planos derem certo e funcionarem, vamos até Seattle também. Se bobear, garota eu vou para Califórnia, mas San Fran acho que é muito longe. E vamos com a Van vermelha. Eu vou fazer cada centavo dos 900 dólares que eu dei a mais naquela vanzinha valerem a pena. Eu já andei fácil uns 20 mil quilômetros (eu acho, para falar a verdade eu chuto), 900/20000 = até agora eu paguei 4.5 centavos por quilômetro de carro que eu usei (of course, fora a gasolina e o óleo).

Se eu chegar a 90000 km rodados, vai ser 1 centavo por quilômetro rodado de carro. Pense bem, uma nova, que custa 30000 dólares, ia chegar a 1 dólar por KM só depois de 30000 km.

E hoje o meu chefe me disse que o barulho de "vento" que eu odeio tanto pode simplesmente ser a borracha da porta que secou. Eu vou pesquisar no Google para ver.

Bola para frente.

Ao invés de aprender a surfar, vou tentar esquiar.

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Um causo:

Hoje eu perdi o meu telefone (mas já o recuperei). Fui na Best Buy devolver a câmera barata que a gente comprou e não gostou, depois fomos em uma sorveteria, e no caminho para comprar um brinquedinho que o Tutú guardou dinheiro para comprar, percebi que o celular não estava comigo.

E procura. E fuça. E eu lembrei de mexer nele na Best Buy para ver a avaliação de uma câmera, e alguma coisa me distrair. É. Eu perdi. Na Best Buy.

Compramos o brinquedinho do menino, parei no posto de gasolina mais tosco de Calgary onde teoricamente um Zé vem encher o tanque do carro (mas hoje o Zé não estava lá), desisti do posto tosco e fui em um posto decente, e fui até a Best Buy.

Nada. Não estava lá.

"Merda", eu pensei. Fui na sorveteria em que a Soraya foi matar o seu desejo de grávida.

Nada. Não estava lá.

"Puta Merda", eu pensei. Viemos para casa. Liguei o computador para conferir onde estava o celular no Google Latitude (o Google Latitude é um serviço em que a minha localização atual é enviada para uma central e disponibilizada para os meus amigos), mas antes que eu sequer entrasse no computador, resolvi ligar o celular mais uma vez. Só para desencargo de consciência, sabe como é - na prática eu já estava pensando "AINDA BEM QUE EU FIZ A PORRA DO SEGURO".

Ligo. Toca, toca...

ATENDE!!! Pensei "pfuuu, recuperei ele".

Um menino atende o telefone. Papo vai, papo vem, vem a mãe dele falar comigo e me explicar o ocorrido - o filho dele achou o celular na Best Buy e, sei lá porque cargas d'água, resolveu não levar o tremendão para o departamento de atendimento ao consumidor - ao contrário, ele resolveu levar o celular consigo mesmo.

Estranho. Mas eu acho que eles acordaram para a vida. Marcamos de nos encontrar no Mack's que fica perto da locadora, e desta vez eu liguei o Latitude no telefone da Soraya, e vi que eles realmente estavam por perto. Liguei, disse que eu era o cara com cara de mau na Van vermelha, e esperei.

E lá eles vieram, mãe e filho. Novinhos, os dois. A mãe tinha menos de 30 e o menino, menos de 15. Eles me devolveram o celular, pediram desculpas, agradeceram e foram embora. O telefone estava inteiro mas o menino me mudou os papéis de parede.

Eu acho que eles eram refugiados de algum lugar - eu acho que não tinha pai nenhum na história, e eu acho que o menino pegou o telefone de curiosidade e porque ele achou que era da Best Buy, estava solto (normalmente os telefones ficam presos na parede), ninguém ia sentir falta e pronto.

Mas... Tudo bem... Recebi meu telefone de volta...

Ele apagou os contatos até a letra "G" (adeus amigos cujo nomes começam com "A", "B" (Battalion Park School), "C" (Cecília, Cinara, etc...), "D" (Dan e outros), "E" (Emerald Associates, Eliane), "F" (Fabrício), ele retirou o meu link com o Facebook e todas as fotos que eu tinha para os meus contatos!!!, ele mudou meus panos de fundo...

Nada que meia hora não resolva. Mas sacanagem... Eu não fiquei bravo porque ele é um menino e eu acho que ele teve o bom senso de devolver o telefone quando ele viu que tinha dono, eles me devolveram sem alarde, mas eu fiquei meio chateado.

Mas faz parte.

Me lembra de quando eu perdi a minha carteira, e de quanto ela foi estranhamente devolvida.

Particularidades

Nesta viagem para Revelstoke a gente passou por um lugar chamado Rogers Pass, onde costuma nevar uns 10 metros por ano.

É.

Dez metros.

É quase seis de mim.

Eu vi umas estalactites que davam medo. Eu quebrei uma e outras quebraram, e o barulho do gelo caindo no chão parecia o de vidro se partindo.

Sensacional.

Eu nunca tinha visto nada igual.

O Tutú também não, e ele ficou todo faceiro.

Tem algumas outras coisas que eu vi nesta viagem que eu já tinha visto antes - cabrito montês, veados e esquilos. Eu vi os canos de uma represa hidrelétrica e achei bem louco, mas aí eu lembrei dos canos que sobem a serra do mar depois de Cubatão e pensei "nááá".

Depois desta viagem eu me toquei que eu talvez eu precise mesmo arrumar o pneu do carro que está assoviando, eu estou começando a achar que pode ter quebrado algum rolamento, e que o freio não seja o cúlprito.

Vamos ver se eu descubro o que é.

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Em Julho vamos realizar um mini-sonho e vamos ver o Cirque du Soleil em Vancouver. Vamos de qualquer jeito, morando lá ou não. Amanhã eu vou saber o que o amanhã nos reserva. Independente da mudança para Vancouver rolar ou não, eu quero visitar aquela região de novo e quero ir até Seattle. Se a gente for para lá mesmo, o plano é ir até a Califórnia de carro e, quem sabe, São Francisco. Se bobear, vou com a Van mesmo - onde ela quebrar, eu a deixo.

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Vou ver um pouco de How It's Made e depois tentar dormir.

Fui!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Revelstoke!

Este final de semana nós decidimos esfriar a cabeça, esquecer de Vancouver e de outras preocupações do dia-a-dia, desencanar da casa e ir viajar. O destino:

Revelstoke!

Revelstoke é uma das cidades "amostras grátis" que existem nas montanhas rochosas. As outras amostras grátis que a gente viu no caminho são Field e Golden. Revelstoke, com 7000+ habitantes, ainda é maior do que Golden, com 3500+.

Na verdade Revelstoke não tinha nada demais - a única coisa que tem na cidade que a gente conhecia era o centrinho (a gente parou lá a caminho de Vancouver quando meu pai e família vieram nos visitar) e a Floresta Encantada, que fica um pouco mais a frente na estrada, mas que está fechada - eles só vão abrir no meio de Maio.

O hotel em que ficamos, Glacier House Resort, tinha uma vizinhança para lá de estranha:

. No caminho (8 km da estrada principal) tinha um lixão;
. Tem uma represa perto do hotel;
. No fundo tem umas torres de transmissão de energia...

Eu olhei para a Soraya, ela olhou para mim, e eu disse "vamos ver o quarto". E até que o quarto era legal, espaçoso, com vista para as montanhas. Não tinha frigobar, o que foi estranho... Mas valeu - embora eu ache que na próxima vez eu vá procurar outro hotel.

Em Revelstoke fomos no Railway Museum, bem legalzinho:

From Revelstoke


Mas o mais impressionante foi a neve que vimos na Rogers Pass:

From Revelstoke


From Revelstoke


From Revelstoke


From Revelstoke


O mais legal foram as estalactites de gelo, mas destas não deu para tirar foto, já que nem no lugar onde elas estavam a gente deveria (ou poderia) ter ido.

A Soraya tirou mais fotos com a máquina nova dela, depois ela posta aqui.

Fui!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Vancouver...

Nestes últimos dias eu tenho aguardado uma "conversa" com a empresa para ver se rola uma "transferência" para Vancouver ou não. Vamos ver o que me aguarda. Eu tenho trabalhado bem e bastante pela empresa, agora é saber se isto vai valer alguma coisa ou não! E quando eu menos esperava, a recrutadora que arrumou meu segundo emprego aqui deu um sinal de vida, ela estava de licença maternidade e voltou a trabalhar só hoje.

Montanhas...

Neste Sábado nós resolvemos ir até as montanhas de novo, já fazia um tempo que não íamos para aquelas bandas. Ao invés de ir pela Trans Canada Highway, fomos pela 1A, que passa por Cochrane e vai até Canmore. É um caminho diferente, mais demorado, mas que é bem "charmoso". No caminho nós vimos um monte de cabritos monteses (como é o plural disso?) na beira da estrada, foi bem legal. Demos um bom rolê em Banff, mas não saímos ou paramos o carro porque a cidade estava BEM cheia (foi feriado aqui Sexta-feira). De lá a gente decidiu ir mais para Oeste e fomos até um lugar que é chamado "Spiral Tunnels", que a gente viu quando foi para Vancouver pela primeira vez, mas que diz que é bem legal quando tem um trem passando. Infelizmente, o acesso para o lugar estava (bem) fechado, aqui eles fecham tudo no Inverno, é meio sacal. Mas eu quero voltar lá no meio de Maio, quando as coisas já estão funcionando (e quem sabe as estradas que estão fechadas já abriram)...

Mas foi bem legal passear.

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A gente quer fazer uma viagem grande de qualquer jeito, quanto antes, melhor. Dá saudade de viajar. A gente gosta de conhecer lugares novos, e ir nas montanhas agora depois de tanto tempo foi como conhecer aquela paisagem de novo. E o tempo estava bom, nem tão quante, nem tão frio, com sol e com neve. Estava bonito.

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Bom, hora de ir. Coloquei o Twitter aí do lado. Fui!