quarta-feira, 30 de julho de 2008

Ócio criativo

Achei o vídeo que eu queria. Com legendas em Árabe ou em alguma outra linguagem língua que não usa o mesmo alfabeto que a gente. Pule para 48 segundos para pular a introdução (e dê mais um pulo só para ficar mais redundante).

(do filme Love Actually):

As pequenas alegrias do dia-a-dia

. Ir dormir tarde, acordar no horário em que eu já devia estar no trabalho, e mandar um E-Mail dizendo "vou chegar atrasado" às nove e meia da manhã;
. Sair de casa com calma, esperar dez minutos pelo ônibus, comprar um café, esperar mais dez minutos pelo trem, mudar de lugar porque sentou uma mulher fedorenta do seu lado, ficar olhando os trilhos do trem e pensar em dez coisas e nada ao mesmo tempo;
. Depois de sair do trem, esperar mais cinco minutos por um outro ônibus, novo, sem nenhuma pintura, que anda sete quadras para me deixar a meia quadra do meu trabalho, que fica a três quadras (cada uma do tamanho de um oceano) da estação de trem;
. Chegar no trabalho e ver a secretária com distúrbio bipolar mal-humorada porque metade da empresa chegou atrasada e a outra metade nem se deu ao trabalho de chegar;
. Ouvir promessas impossíveis do meu chefe (vou te dar casa, comida, carro e nem precisa dar beijo na boca), saber que é tudo mentira mas mesmo assim fingir felicidade;
. Ficar quinze minutos com a bunda na cadeira, colocar o Google AdSense de novo no blog e sair para almoçar;
. Voltar do almoço uma hora e dez minutos depois (mas por uma porta diferente para ninguém poder saber o tempo exato em que você ficou fora), e ficar fazendo a mesma coisa de antes do almoço - mexer no blog, procurar bloopers (video-cassetadas) no YouTube, gastar neurônios na Wikipedia e ocasionalmente mudar uma linha de código aqui e lá;

Assim eu vou virar gerente.

Eu lembrei daquela frase que a polícia tem que dizer aos recém-presos, "tudo que você disser poderá e será usado contra você em um tribunal". Futuros chefes, não se impressionem por estas palavras de ostracismo escritas neste humilde espaço. Situações à minha revelia me obrigaram a adotar a "Lei de Vampeta" (eles fingem que eu pago e eu finjo que jogo), e é por isso que eu adotei esta postura de "Como Enlouquecer seu Chefe" (não viu? veja!).

Outras alegrias do dia-a-dia:

. Assistir três programas ao mesmo tempo na TV ou ver quatro vídeos no YouTube simultaneamente e não prestar atenção em nada;
. Comer o queijo "The Laughing Cow" (o Polenguinho daqui) com o doce-de-leite Argentino que é vendido na SuperStore - o doce-de-leite fica tão escondido que todas as calorias contidas nele são gastas à sua procura;
. Ler o jornalzinho do Metro e ficar prestando atenção nos anúncios horrorosos - e querer mostrar para quem está por perto quando falam alguma coisa do Brasil, mas ficar quieto porque aprendeu a viver em sociedade;
. Chegar em casa como a "forma decadente", tomar um banho e ficar o "Mun-Ra", se bem que isto não é uma vantagem (se você, caro leitor, não entendeu é porque nasceu na época errada);
. Tentar achar algum filme novo na locadora;
. Ler os outros blogs, na sua grande maioria escrito por mulheres (elas escrevem mais e melhor do que nós, parte XY da sociedade), e comentar quando o assunto não é estritamente feminino;

Nota: Quando a Roberta Close era famosa, a peãozada da Cosipa comentou que ela ficou bonita e que namorava (para não usar uma linguagem chula). Quando me perguntavam, eu dizia "olha, ela pode ser até mulher por fora, mas na sua essência ela ainda é XY e não XX" - na época as aulas de biologia ainda estavam bem frescas na memória;

PS:
. A Dercy Gonçalvez morreu - 101 anos - li uma frase engraçada, criada antes dela morrer - "a esperança é a penúltima que morre".

Bom, por hoje é só, pessoal.

Fui!

terça-feira, 29 de julho de 2008

E a busca pelo Rump Steak continua

Hoje eu fui na Horizon Meats ver se eles tinham o famoso, suculento, apetitoso e impossível de achar Rump Steak, que segundo meia dúzia de Brasileiros (eu inclusive) e mais uma dúzia de sites na Internet é o corte Americano correspondente à Argentiníssima (ou seria Gauchíssima?) Picanha...

...será? Fui procurar Picanha na Internet e caí em uma página que fala que na verdade o que eu quero é Rump Cover. Droga, vou ter que voltar lá de novo.

Bom, continuando a historinha, fui lá, perguntei se ele tinha Rump Steak, ele disse que sim, meus olhos brilharam de emoção, mas ele trouxe uma carne estranha que não parecia Picanha. Depois ele me mostrou umas outras carnes e até uma que tinha o formato da Picanha, mas sem capa de gordura e, blame these guys, já vinha temperada. Quem é que compra carne de boi temperada?

O lugar é o paraíso dos carnívoros e o inferno dos defensores dos animais. Lotado de carne de cima a baixo, com carne de porco, de frango, de boi, de ovelha e de vários outros animais. Nem comprei nada porque o meu freezer (como é que se diz quando é só a parte de cima da geladeira?) já está repleto da última compra que eu fiz.

Mas a busca continua. Até agora o Bottom Sirloin é a mais parecida que eu achei. Eu também comprei Top Sirloin, que segundo as más línguas é como a nossa Alcatra.

Answering Comments

Rodrigo:

Não se preocupa não porque dá para se virar aqui. E tem que ficar esperto porque as comidas aqui em geral são mais gordurosas do que no Brasil, se bobear acaba engordando e não emagrecendo. Eu emagreci um pouco porque no Brasil eu era totalmente sedentário e aqui eu tenho que correr atrás do ônibus e acabo chacoalhando meu esqueleto.

Ana:

Pois é, espero que a minha próxima empresa seja mais limpinha.

Fui!

Algumas coisas com a qual eu já me acostumei aqui...

Transporte

Fazer o itinerário da viagem de ônibus, com horário de saída e chegada, no site do departamento de trânsito:


(este é o trajeto que eu costumo fazer todo dia de casa para o trabalho - bom saber que se eu pegar o ônibus de 8:04 eu chego aqui no horário)

O site da prefeitura de São Paulo tem um sistema para consulta às rotas mas o coitado fica no chinelo perto do de Calgary. Em São Paulo você tem que saber direitinho o endereço da parada de ônibus (perto de qual cruzamento a parada está), e aqui é só colocar a origem e o destino que a rota é traçada para você. E funciona!

E também saber que hora que vai passar o próximo ônibus:


(não é tão importante em dias de semana quando os ônibus demoram no máximo 15 minutos para aparecer, mas em finais de semana, quando é de meia em meia hora, é legal saber para não ficar plantado no ponto de ônibus por muito tempo)

Doidinhos

Ver os doidinhos na rua, nos ônibus, nos trens e em outros lugares. Eu falo para a Soraya que o Canadá deve ter a mesma proporção de pessoas com síndrome de Down, altismo e retardos mentais que o Brasil ou qualquer outro país do mundo, mas aqui a sociedade estimula e dá suporte para estas pessoas levarem uma vida mais próxima do normal.


(poster do filme O Oitavo Dia, é a história de um homem de negócios que conhece um rapaz portador de síndrome de Down, e como isso afeta a vida de ambos. É um dos filmes que devem ser assistidos, se você não viu ainda)

De todas as outras coisas ditas de uma sociedade de Primeiro Mundo ou de um país como o Canadá, esta é uma das que eu acho mais virtuosas - igualdade. Pelo menos aqui em Calgary ser idoso, estar preso à uma cadeira de rodas ou não ter uma cabeça igual aos demais não é motivo para ficar preso em casa. Hoje mesmo quando eu estava vindo para o trabalho tinha uma guia com um rapaz com síndrome de Down e uma menina que parecia meio autista, eles estavam indo para o aeroporto mas perderam o ônibus, e iam até o Tim Hortons tomar um café para depois continuar o passeio. E o rapaz com síndrome de Down parecia o Arthur cumprimentando os motoristas de ônibus, "Good morning", "Have a nice day", "How are you today?" e poraí vai.

Confesso que fiquei com um pouquinho de inveja sobre ir passear no aeroporto, eu particularmente acho um lugar bem legal, não só pelos aviões em si, o que já valeria a viagem, mas pelas pessoas em si:


(o começo do vídeo eu acho meio chatinho mas a parte do aeroporto é bem legal)

O nome do filme é Love Actually, e um dos diálogos que eu gostei do filme é este (na verdade é mais para monólogo):
Prime Minister: Whenever I get gloomy with the state of the world, I think about the arrivals gate at Heathrow Airport. General opinion's starting to make out that we live in a world of hatred and greed, but I don't see that. It seems to me that love is everywhere. Often it's not particularly dignified or newsworthy, but it's always there - fathers and sons, mothers and daughters, husbands and wives, boyfriends, girlfriends, old friends. When the planes hit the Twin Towers, as far as I know none of the phone calls from the people on board were messages of hate or revenge - they were all messages of love. If you look for it, I've got a sneaking suspision love actually is all around.

Eu tentei achar o vídeo desta parte mas eu não consegui, infelizmente.

PS: Como diria Clint Eastwood, "It takes a real man to bring in a lady in a pink Cadillac.", eu diria que "It takes a real man to talk about a romantic comedy and airports".

PS: Veja o filme "O Oitavo Dia". E também "Love Actually", não é tão bobinho quanto parece. E depois alugue "A noite dos mortos vivos" para relaxar o cérebro.

Comida

(nota: estar ACOSTUMADO não quer dizer que a comida daqui seja MELHOR, o corpo humano é uma máquina adaptativa e a gente tem que se adaptar mesmo)

Bom. Pois é. Lembra da história do Pois é? É a história de um cara que tinha um carrinho velho e toda vez quer perguntavam para ele como é que o carrinho andava ele dizia...

- Pois é (história triste aqui)

A comida aqui é mais ou menos assim - "Pois é". Quem viu Ratatouille vai lembrar da cena em que o antagonista do filme, Anton Ego, prova a refeição preparada por Remi, o rato, e na primeira mastigada deixa cair a caneta e se lembra de uma tenra imagem de sua infância, com a sua mãe lhe servindo um belo e colorido prato com um recheio idem, após ele ter caído de bicicleta ou algo assim.

Pois é. Aqui, é mais difícil isso acontecer. Para mim, impossível. Aqui não tem Catupiry. Isso meio que já zera esta possibilidade. Mas, embora a comida nos shoppings seja "so so", existem restaurantes que tem uma comida mais caprichada (e conta idem). Mas a média das refeições nos "average restaurants" para os "average joes" não é grande coisa. Você coma e pensa "é, até que está bonzinho", e aí se lembra que no Brasil qualquer restaurantezinho tem um picanha escondida em algum lugar e bate aquela saudade.

TV

Já me acostumei com a TV também, embora também seja só "acostumado". De vez em quando a Soraya esquece que está aqui e tenta trocar de canal e achar a Globo. De vez em quando eu tento achar algum filme que não seja de antes de 2005. Busca inútil. Acho que vou assinar a TV Digital e vê se faz alguma diferença.

Propaganda

Lembrei de mais uma coisa. No Brasil os publicitários capricham mais nas propagandas. Vou colocar o anúncio de uma loja de maiôs que saiu no jornalzinho do metrô hoje e, acreditem, não vou precisar dizer mais nada depois disso:

segunda-feira, 28 de julho de 2008

RAW Film Reviews

Coisa rápida, sem links ou imagens - como será que eu poderia escrever link em português? Será que atalho seria certo? Bom, hoje a gente viu dois filmes (quer dizer, EU vi dois filmes):

Cloverfield - É como se fosse um Bruxa de Blair (como se a filmagem fosse feita por um dos protagonistas do filme), mas sobre um monstro imenso, mais feio que o Godzilla e maior que o King Kong, que ataca a cidade de Nova York e é imune às bombas, balas e xingamentos do exército americano. É bom, mas não dá para esperar "o" final de um filme que depende dos protagonistas para ser filmado. As cenas do monstro e de destruição são legais e a gritaria é da hora. Veja sem pretenções. E tenho dito.

Stop-Loss - É a história de um soldado Americano que serviu por um ano no Iraque, e na hora de ser liberado teve que voltar por conta de uma lei chamada "stop-loss". Ele foge, tenta vir para o Canadá, um dos ex-soldados se mata, ele volta, conversa com a família dele e decide o seu destino, que eu não vou colocar aqui porque tem gente que acha que estraga o filme (eu particularmente não ligo - se não for em filmes como Sexto-sentido, não tem galho). Vale a pena. O Ryan Phillippe era meio que galã juvenil quando fez segundas-intenções (eu acho), mas ele fez uns filmes até que bons, como Crash, Bandeiras dos Nossos Pais, um outro que ele fez com o Benicio del Toro e agora este, Stop-Loss. Vale a pena.

Outros filmes que a gente viu ultimamente e que valem a pena:

La View En Rose, sobre a maior cantora popular da história França, cujo nome eu não me lembro. É um bom filme e é legal ver a primeira vez em que ela ouviu "Non, je ne regrette rien", por mais gay que isso seja. Vale a pena também. E se for que nem aqui é fácil de alugar, o filme tinha uma mísera posição na prateleira de lançamentos.

Wall-E e Kung-Fu Panda, duas animações que valem a pena. E tenho dito. Não vá ver Space Chimps (um filme sobre macacos exploradores do espaço). O jornalzinho gratuito distribuído no trem insiste em dar boas notas para este filme.

Estes dias eu vi "B-4", "S-4", "T-4" ou algo do tipo, sobre uma garota (mulher nos seus 20 anos), loira, solteira, bonita e com belos atributos físicos, que fica presa na garagem subterranea do prédio onde ela trabalha, à mercê de um guarda de segurança sádico, solitário e praticador de sexo unitário. O filme é um pouco forte, com bastante sangue, gritos, unhas soltas e carros cantando pneu, mas é bom para congelar o cérebro por uma hora e meia.

Na secura de ver documentários eu aluguei um filme sobre o planeta Terra e um outro sobre o universo (DVD's ou filmes, na verdade). Vi uns dois capítulos sobre o Universo, um que falava sobre o sol e outro sobre o fim da vida na Terra. Depois o Arthur começou a pular, o DVD começou a travar, a falta de legendas encheu a paciência e eu devolvi tudo, sem nem tirar ao DVD sobre o planeta Terra da caixa.

Que mais? Eu sempre alugo um monte de filmes mas eu nunca me lembro dos nomes ou de escrever depois. Eu quero ver o Batman novo, quero ver o Iron-Man quando sair em DVD, e acho que por enquanto é só.

E por hoje é só, pessoal!

Fui!!!

Moleque + imigração

O moleque e o final de semana

O Arthur e as suas babás de Sábado à noite:


(O Curtis é o que está com a menina nos ombros, o Eugene está lá atrás, o Arthur galã de novela está ganhando um beijo da Zanika, filhinha do Curtis com a Krista)

Este final de semana foi bem tranquilo, Sábado saímos com uns amigos do trabalho e no Domingo recebemos um casal daqui (Karlson + Josy) para uma macarronada (qualquer semelhança com a Itália é mera coincidência).

Um outro colega do trabalho, o Jerry, foi em um festival de rock neste Sábado aqui em Calgary, no MaMahon Stadium. Tocaram Ozzy, Sepultura e mais outras bandas não tão importantes. Ozzy! E ainda por cima cantou War Pigs, Mr. Crowley, Iron Man, Crazy Train, No More Tears e vários outros su-su-sucessos. Pena que eu só fique sabendo na Sexta-feira. Aposto que a Soraya também gostaria de ir! Detalhe que começava meio-dia e ia até às onze da noite. Praticamente uma rave invertida regada à heavy-metal.

Verão é uma beleza mesmo.

Imigração

Neste final de semana eu também andei dando uma lida sobre as novas leis de imigração no Canadá. A principal mudança é que nem todo os processos de imigração serão aprovados, como acontece agora - quem vai trabalhar em áreas com mais demanda passa na frente, quem tem experiência em áreas que não tem demanda vai para a parte de trás da fila ou pode ter o processo devolvido (juntamente com as taxas), o que não significa que é hora de desistir, dá para tentar de novo depois, se este for o caso.

Eu também li alguma coisa sobre facilitar o processo de imigração para quem já está aqui com uma Work Permit, mas não sei quais são os termos disso. As mudanças nas leis de imigração se fazem necessárias, segundo o CIC, porque a fila de processamento em alguns países é de cinco anos, e também porque muitas vezes o imigrante chega aqui e demora muito tempo para conseguir trabalhar na sua área e ganhar um salário comparável à média Canadense (ou às vezes nem consegue e tem que voltar depois de algum tempo para o Brasil). A idéia, ao que me parece, é deixar o processo mais objetivo e mais voltado ao mercado de trabalho Canadense.

Como sempre, há uma voz de críticos e uma voz de pessoas que são à favor destas mudanças. Que há mudanças, isto ninguém discute, é o modelo proposto que é objeto de críticas, e o fato de que os processos podem ser vetados ou aprovados de forma arbitrária. Seria melhor um sistema que desse mais pontos para profissões que tem mais demanda, que é o que acontece na Austrália, segundo os críticos deste sistema.

E eu sei lá. Sendo egoísta, eu ficaria feliz se o processo de obtenção da residência permanente fosse facilitado para quem tem Work Permit (meu caso), e eu sempre serei beneficiado com prioridade para profissões em demanda (a demanda em TI sempre é grande), mas eu acho que para muitos aplicantes isso pode ser um problema, principalmente para profissões em que a demanda aqui não é tão grande ou em que a validação do diploma é problemática. Eu só sei que eu continuo pesquisando sobre o que anda acontecendo poraí. E quando eu tiver alguma idéia mais concreta sobre isso (mais do que estes pensamentos vagos que eu coloquei), eu vou escrever de novo aqui.

sábado, 26 de julho de 2008

As expressões engraçadas de busca

Eu gosto de ir no site que analisa as visitas ao meu blog para ver quais são as pesquisas que mais trazem resultados. Algumas coisas são lógicas, como meatcanada, outras são inusitadas, como dipirona em inglês, e outras são totalmente inesperadas, como FOTO DE MOLEQUE PRETO, em que o meu blog aparece como SEGUNDO na lista de resultados (e com esta página aqui colocando esta expressão de novo, meu blog deve aparecer em primeiro).

Fala sério, lista de preços oficina engraçado? E teve outras, como um cara que escreveu "torneira quente direita", e que depois eu entendi que (talvez) ele estivesse querendo saber qual torneira fica à esquerda e à direita (é a torneira quente à esquerda e a fria à direita).

O mais engraçado é que o meu blog é um dos primeiros que aparece ao se escrever "burcite". Agora, se você não for um analfabeto como eu e escrever "bursite", que é a palavra certa, o coitado nem chega perto de aparecer.

Coisas do google.

Fui!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Meu escritório, objeto de estudos científicos

Eu gosto muito de ler um site chamado The Daily WTF. Não é "What The Fuck", e sim "Worse Than Failure".

É como se fossem "histórias de escritório" mas relacionadas ao mundo de desenvolvimento de software. A maioria das coisas que eles colocam por lá só tem graça para quem é do meio - como por exemplo uma mensagem escrito "you should not see this", qual é a graça para quem nunca fez um programa e colocou uma mensagem como esta lá no meio?. Mas teve uma história que eu gostei, que foi quando eles limparam a geladeira:


UPDATE:Just to warn you, these were from a recent fridge cleaning in his company; the expiration date on this first picture should give you a clue of what's to come.



















"I should also note," rdunner added, "we only 'recently' moved into the new building in Mid 2006. Obviously, some of the food came with us."




Pois é. Eu já esqueci uma vez (ou eu ou minha mãe ou meu irmão ou o gnomo do jardim) o feijão fora da geladeira quando eu era criança pequena lááá em Caraguatatuba e não foi bonito. Não vou entrar em resumo, mas o que devia ser estático era dinâmico, onde não deveria haver vida havia, esta vida era branca e logo aprenderia a voar (eram larvas de mosca). E o cheiro, bom, o cheiro era qualquer coisa. Com coragem, sabedoria, paciência e muito pinho-sol a gente conseguiu limpar tudo. Acho que se a gente tivesse deixado a panela lá por mais umas três semanas a natureza ia terminar seu serviço e o cheiro ia embora.

Bom, como parte do pacote de problemas financeiras do meu escritório, vem também a ausência de faxineiras e afins. Já faz uns meses que a gente viu uma mulher limpando o chão pela última vez. Aliás eram duas, mãe e filha, acho que deviam ser das Filipinas, Tailândia ou algum país lá naquele fim de mundo. Desde então, está tudo ao Deus dará. De vez em quando eu limpo a minha mesa (quando o meu braço começa a grudar), passo um pedaço de papel úmido no monitor, já que eu não consigo trabalhar com monitores sujos, e dou uma limpadinha no mouse e no teclado.

E é só.

Um banheiro pode se manter razoavelmente limpo apenas com a descarga. Razoalvemente? Hmmmm, acho que não, fui muito bonzinho. Ontem eu fui escovar os dentes e reparei que a pia estava meio cinza - peguei um pedaço de papel (do tipo que se usa para secar o rosto), molhei e passei na pia - a mesma tinha uma bela de uma camada de sujeira da qual eu só consegui tirar metade. Bleurgh. Eu ainda limpo o tampão da pia depois de escovar os dentes mas não deixo a minha escova de dentes entrar em contato com lugar nenhum no banheiro.

A privada não está entupida. Mas a cada dia que passa ela fica mais nojenta. Visivelmente mais nojenta - embora ainda seja mais limpa do que a maioria dos banheiros públicos que existem poraí. Alguém largou uma garrafa de três litros de cloro no banheiro e se bobear vou EU mesmo limpar aquela privada. E depois vou jogar cloro no chão. E na pia.

Andar pela cozinha é como andar sobre um rolo imenso de fita adesiva. Diversos líquidos doces foram ao chão e sem receber atenção, o mesmo se sentiu solitário e quer a companhia dos sapatos de quem quer que passe por lá, voluntariamente ou não. Hmmmm. Exagerei, mas ficou engraçado. De qualquer jeito, tem umas manchas coloridas no chão, perto do lixo e do bebedouro, que são bem nojentas. Você pisa e pensa se aquela meleca vai sair alguma hora, e realmente o pé acaba ficando meio preso ao chão.

O carpete é cor de sujeira e não dá para saber se ele está sujo ou não. Se fosse para apostar, eu diria que ele está sujo.

E o ar? Uma beleza. Desde o dia em que chegamos aqui nos foi prometida uma limpeza nos dutos do ar-condicionado. Ah ah. Pelo menos o cara que era mais alérgico já se demitiu.

Já faz uns dois meses desde que o último café foi feito. Fui eu quem trouxe o pó. De casa. Sabe aquela borra de café que fica no coador depois que você faz o café? Fica tudo junto, não fica? Afinal, "borra" não tem o nome que tem à toa. Pois é, depois de algumas semanas a água toda evapora e aquilo vira um pó de novo. Parece um daqueles filmes em que você vai tocar alguma coisa e ela desmancha - a diferença é que você toca o filtro de papel e toda a borra dentro vira pó. É até poético. Será que sairia um café mega-fraco dali? Essa é uma pergunta para a qual eu realmente não preciso saber a resposta.

50% de chance que a minha Work Permit chegue semana que vem. 80% que chegue depois de duas semanas. E se não chegar eu vou parar de brincar com as probabilidades e ligar, já que se eu ligar agora a voz do outro lado vai ficar repetindo o tempo que o processamento demora, e vai me dizer para ligar depois da data X.

Agora eu preciso ir tomar uma água no meu copo que vê uma água fervendo todo dia de manhã para tirar a sujeira acumulada da noite e do dia anterior (não que eu ferva a água, mas a água da torneira quente sai quase fervendo).

Fui!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Passado e futuro

Hoje eu estava lendo umas entradas antigas no blog (Junho, Julho e Agosto do ano passado), e é engraçado olhar para o começo da nossa aventura aqui. De certa maneira, parece que eu estava falando de outras pessoas, até mesmo porque aquela família que veio em Julho só deveria ficar aqui algumas semanas e ficou um ano :-). Eu tinha criado este blog no fim de 2006, mas quando eu cheguei eu comecei a enviar uns E-Mails para os meus amigos explicando o que estava acontecendo aqui, depois de um tempo eu comecei a publicar as coisas no blog e coloquei também todos os E-Mails que eu tinha enviado naquela época.

Balanço de um ano? Não sei, talvez seja. Hoje, relembrando, eu penso mais no Arthur e na Soraya, de como o Arthur estava doido para ir para a escola quando ele chegou, como foi para ele aprender Inglês e como a gente ficou inseguro em relação à escola, mas também de como tudo acabou dando certo por lá.

A única coisa meio chata mesmo é que já era para eles terem ido visitar o Brasil há muito tempo. Agora eu percebo que a gente vai começar a ter uma definição melhor de quanto tempo as coisas demoram para acontecer, e como a gente pode fazer as coisas acontecerem mais rapidamente estando aqui. Mas não faz mal.

O ano que passou foi produtivo.

Ao chegar, você tem que aprender como funcionam os ônibus, os trens, quais são os nomes dos ingredientes dos sanduíches, e tudo isso...

(várias horas depois, em casa)

Continuando, esta fase de descoberta é bem interessante. Tudo bem que é inevitável se perder algumas vezes, pegar o ônibus errado e ir parar sabe lá Deus aonde, não saber para onde é norte, leste, oeste e sul, que o pessoal daqui sabe de cor e salteado (como se fosse direita e esquerda), mas depois você aprende que as ruas são no eixo norte-sul, e as avenidas no eixo leste-oeste. E que os Trails são aquelas avenidas imensas que mais parecem uma estrada, e que não são necessariamente alinhados com os pontos geográficos da Terra.

A descoberta do frio é bem interessante, mas depois você se acostuma. A neve é bonita, ainda mais quando está bem frio em uma noite sem vento, e parecem um floquinhos de algodão caindo bem devagar. Mas depois de um tempo você começa a ficar meio de saco cheio, principalmente porque a cidade fica meio suja e também porque sempre tem uns moradores que não limpam a calçada, e aí é aquela lambança. Mas o frio é suportável, não é quem no Brasil que a temperatura de dentro da casa é a mesma do lado de fora nos dias mais frios, aqui todos os lugares fechados (e ônibus e trens) são aquecidos, então dá para curtir a neve caindo do lado de fora de bermuda, chinelos e camiseta no aconchego do lar.

Demora um pouco para se acostumar com a segurança da cidade. É como "baixar a guarda" e relaxar em relação à algumas coisas, já que aqui todos os índices de criminalidade são bem menores do que no Brasil. Minha casa não tem muros, aqui não tem criança de rua (mas tem bastante adulto que mora nas ruas, acho que são por volta de 4000 agora), os ônibus e trens são bem conservados, e a polícia parece ser bem preparada. Existem muros pichados, existe vandalismo, infelizmente no centro da cidade existem vários "crackheads", mas não é tão ameaçador como era no Brasil. Eu uma vez fui atropelado por um mendigo no centro da cidade, mas faz parte.

O Canadá é bem diferente do Brasil, e Calgary é mais diferente ainda. A cidade é espalhada, as ruas são grandes, tem parque para tudo que é lado, parquinho, piscina pública e mais um monte de regalias. Os ônibus funcionam bem e o site da prefeitura, que permite traçar rotas e trás os horários dos ônibus é sensacional. Em resumo, é uma cidade de primeiro mundo mesmo.

Space Chimps

A Soraya falou que também vai escrever sobre este filme no blog dela, mas eu também tenho que dar o meu pitaco, afinal a gente ficou com vontade de falar (mal) deste filme...



Bom, em primeiro lugar, o jornalzinho grátis distribuído nos trens (Metro) deu uma nota 4 (a nota máxima é 5) para o filme, a mesma nota que eles deram para Kung-Fu Panda e Wall-E. Pensei com meus botões, este filme deve ser bom. É, eu meio que acredito nas críticas de filmes impressas em jornais e revistas. Ontem a Soraya me liga e a gente combina de se encontrar no cinema. Lotaaaaaaaaaaaaaaaaaado. Pensei "tomara que eu consiga ingresso!", mas era tudo para ver o Batman novo ou o Hellboy novo (e já não tinha mais nenhum ingresso para ver o Batman às seis da tarde, sendo que ainda tinham umas cinco ou seis sessões pela frente). Bom, fui na maquininha automatizada, digitei uma meia dúzia de botões e comprei os ingressos. Fomos para a sala direto, sem comprar pipoca nem nada. Entramos, subimos uns degraus e...

Sala vazia! Ninguém. Nem uma alma. Era meio cedo ainda, faltava uns 40 minutos para começar o filme. Chegam mais umas três pessoas (três adultos!!! - acho que queriam ver o Batman mas desistiram da idéia), algumas famílias com crianças e só. Bom, com 10% da sala ocupada, começa o coitado do filme. Olha, não sei se eu estava muito exigente depois de ver Wall-E, Kung-Fu Panda e Ratatouille (que a gente alugou), mas o filme tinha alguns problemas:

. Piadas sem graça;
. Animação meio tosca, uns bichinhos sem graça, uma moral meio estranha;
. Clichês a perder de vista, mas é filme de criança, elas ainda não sabem o que é isso;
. Uma criança inquieta atrás de mim que ficou chutando a minha cadeira pela primeira meia hora do filme.

O Arthur até que gostou. Mas ele gosta também do filme "Carrinhos", uma imitação tosca do filme "Carros" feita por um estúdio no Rio de Janeiro (eu para variar fui dar uma pesquisada para ver quem fazia aquela bomba), então acho que ele ainda não está preparado para ser um crítico de cinema. Tudo bem que a gente foi por causa dele (acho que ele ia ficar com medo do filme do Batman), mas normalmente as animações saem de fábrica com um controle de qualidade melhor.

Em resumo, se você está em dúvida entre Wall-E, Kung-Fu Panda e Space Chimps, já sabe qual não ver. Se você já viu os outros e quer ir no cinema de qualquer jeito, veja Wall-E ou Kung-Fu Panda de novo. O Space Chimps até que tem uma piada e meia engraçada, mas de resto não tem muita graça mesmo.

Comentário:
I just took my 4 year old boy to see this movie and we left shortly before it was over. We were not the only ones to leave early either. Only once was there any laughter from the audience. I thought most of the punch lines were aimed at the adult audience, but no one was laughing. I was very disappointed that there wasn't any moral to the story - if there was, it was vague. The characters were not all that likable either. I didn't feel any connection to them at all, nor did my son. I left the theater thinking that this was the biggest waste of time and money. Space Chimps is no Shrek. This has to be the worst G-rated movie I have ever seen. My son thought it was very boring and he usually loves action/adventure movies. The only thing he liked about the whole experience was the pack of Twizzlers I bought him.
...

Boletim do Canadá

Segunda-feira fez 30 graus e a gente ligou o ventilador, ontem esfriou e hoje a temperatura está na casa dos 15 graus, bom para os padrões daqui, congelante para os recém-imigrantes que acabaram de chegar aqui. A gente conheceu uma família do Nordeste neste final de semana na casa do Renato, eles tinham acabado de chegar (acho eu que eles vieram de Fortaleza) e estavam estranhando o "frio" de 12 graus que fez semana passada. O nosso primeiro inverno aqui não foi marcado tanto pelo frio, mas sim pela expectativa de não saber o que vem à frente, imagino que para eles seja a mesma coisa, e acho também que o nosso segundo inverno vai ser bem mais tranquilo, agora a gente já sabe onde é que o bicho pega - e também que as folhas vão voltar para as árvores, cedo ou tarde.

De resto, tudo igual, o centro da cidade parece um canteiro de obras, a construção na minha quadra vai indo de vento em popa (no meu bairro eles compram um "bangalô" - uma casa térrea pequena em um terreno imenso - e depois de demolir esta casa eles constroem duas casas grandes em um terreno que é metade de um terreno imenso), os ônibus continuam vindo no horário e eu não preciso mais da cola com os horários dos mesmos, o trem continua funcionando e eu comecei a tomar café sem creme.

E o Arthur está dormindo melhor agora que ele voltou a ter um quarto para a bagunça e um quarto só para dormir - já que a bagunça fica em um lugar e a caminha, limpinha e sem migalhas, em outro.

Bom, é hora de ir! Fui!!!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

A mulher e o trem

Hoje, ao vir para casa, reparei que tinha um trem parado na estação. Nos cinco minutos que demoram para eu chegar à estação, o mesmo continuava lá. Mais cinco minutos, entrei no mesmo, que não se mexeu. Daqui a pouco, vem o aviso no alto-falante:

"Devido à um acidente na 7 AV, a mesma está fechada e estamos tendo atrasos em todos os trens. Por favor, aguardem até podermos ir embora. Se vocês quiserem, podem esperar na estação que eu vou chamar quando o trem for sair (o trem aqui fica um forno em um dia como hoje, com a temperatura batendo nos 30C)"

Bom, meia hora depois cheguei no centro da cidade. Tive que andar umas cinco quadras e descobri que tinha um trem parado bem no cruzamento da rua por onde o meu ônibus deveria passar. Perto do trem, uns 10 policiais, vários carros de polícia e um monte de gente curiosa. Perguntei para o guarda o que aconteceu e ele me disse que alguém tinha ficado preso embaixo do trem (struck under the train). Fiz cara de "que merda", o policial concordou e fui embora.

Ao chegar em casa, procuro na Internet e acho a seguinte notícia:

Fire captain says road work kept Calgary train victim's injuries from being worse

CALGARY — A Calgary fire department captain says road work likely kept a woman who was run over by a commuter train from being more seriously injured.

Lorne Morgan says excavation around the downtown C-Train tracks allowed for more room underneath the train. Fire crews pulled the 30-year-old woman from underneath the train late Monday afternoon. They say she suffered head and arm injuries, but wasn't trapped.

Witnesses say she may have been chasing someone when she was clipped by the train.

Morgan says that if the accident had happened in a spot on the tracks that wasn't being excavated, "there would have definitely been a different outcome."

Essa nasceu de novo.

Nada não

O cara que cuida do restaurante Italiano agora está com dois competidores que talvez estejam lhe tirando o sono, o Coreano da esquerda e o Vietnamita da direita. O coitado até que tinha algum apelo antes, quando à esquerda era habitada por uns tapumes, e a direita por um rosbife horroroso e com cor de burro quando foge - mas, agora que a concorrência voltou e veio com seus letreiros iluminados, suas cores berrantes e seus orientais mais atenciosos, a coisa começou a pegar. Vamos ver se o coitado consegue ir para a frente. Eu até que gostava de pedir as asinhas de frango com um pedaço de pizza, com uma cenourinha para não pesar na consciência, mas depois que veio o restaurante Coreano eu nunca mais fui lá.

...

Ontem eu estava pesquisando sobre comida Brasileira (uma das 1001 utilidades da Internet), e descobri esta página da Wikipedia, com uma lista de comidas (pratos) Brasileiras. Infelizmente, Catupiry só tem no Brasil mesmo. E deu um pouco de saudade da feijoada e da nossa boa e velha Pizza - acho que é inevitável.

...

Sexta-feira choveu, Sábado a coisa melhorou e Domingo esquentou. E hoje, Segunda-feira, 28 graus, sol de verão e eu trancado no meu maravilhoso escritório sem janelas. Pelo menos o escritório é grande e a nossa sala é pintada com 3 ou 4 cores diferentes.

...

O corpo humano tem dois picos de sonolência em um períódo de 24 horas. Às duas da manhã e às duas da tarde - no meu caso, à uma da manhã e durante toda a tarde. Ontem eu fiquei vendo um documentário sobre o Airbus A380 - parte da minha secreta vida nerd - e fui dormir no primeiro pico de sonolência. Acho que eu nunca mais vou sair dele.

...

O animal símbolo do Canadá é este bichinho aí:



Beaver, ou castor. Beaver no jargão inculto também é sinômino para "pombinha":



Só para ver que ele é quem manda aqui mesmo:



Agora, fui!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Ah, o verão...



Pelo menos não sou só eu que ando achando este verão meio frio. De qualquer jeito, dizem que o número de tempestades que anda acontecendo é o mesmo de qualquer verão, a diferença é que agora as mesmas estão acontecendo em áreas mais populosas (em cima da minha cabeça).

Fui!

Tira do dia...


(está quase no nível do "Deus Segundo Laerte")

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Eu sou um bundão - 1408

1408

Ontem a gente viu um filme de terror. 1408. Terror psicológico (ou seria psicodélico + psicótico), não era daqueles filmes de zumbi em que jorra sangue para tudo que é lado. Até que foi legal, mas eu sou muito bundão para ver este tipo de filme. Eu gosto mais é de filme de zumbi. Não me causa nenhum problema depois, ao contrário dos filmes que são feitos para dar medo mesmo, já que:

. Eu fico arrepiado metade do filme e por mais umas boas horas depois;
. Se eu tomo banho eu não gosto de fechar os olhos, se eu não fecho os olhos sempre pinga uma gota de espuma do sabonete ou do shampoo, sempre que cai uma gota de espuma o olho arde;
. Eu tenho que ficar aguentando tiração de sarro da Soraya;
. Se eu tenho que ir fazer alguma coisa em outro ambiente eu tenho que ligar todas as luzes no caminho;
. Se eu durmo eu tenho que me cobrir inteiro;
. E eu não posso dormir com o braço para baixo da cama.

Normalmente depois de um filme desses eu vejo alguma comédia para me descontaminar, mas ontem a gente foi dormir direto. Sinceramente, eu não me considero muito bundão, e meu problema nem é com as imagens - eu não tenho problema nenhum com filmes que tem sangue, tanto é que eu adoro filmes de Zumbi ou filmes de guerra, daqueles em que o sangue pinga na câmera - meu problema é com estes diretores e roteiristas f.d.p's que estudaram os mecanismos que fazem o ser humano ter medo e aplicam este conhecimento para fazer os seus filmes.

Mas até que o filme é bom. Não me arrependi de ter visto.

Mas não veria sozinho em casa.

Eu sou um bundão. Nem comercial de filme de terror ou daquele programa dos paranormais que passa no Discovery Channel eu gosto de ver.

Falei demais e comprometi o resto de dignidade que me sobrava. Só restou uma palavra a dizer:

Fui!!!

PS: Uma vez quando eu era criança a luz acabou em uma cidade minúscula, o céu não tinha lua ou estrelas, e eu achei que tinha ficado cego. Será que é por isso que quando eu durmo sozinho eu nunca fecho a cortina?

Comic of the day



Lembrei da piadinha:

Q: "O que o Ayrton Senna estaria fazendo hoje se estivesse vivo?"
R: "Estaria arranhando a tampa do caixão"

Nada como uma dose de humor negro para começar bem uma Quinta-feira.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Ratos

A gente alugou o DVD de Tatatouille Ratatouille de novo, e este DVD tem uma historinha que conta a história dos ratos ao redor do mundo. Em uma parte desta história, eles contam que os ratos se espalharam por todo o globo (exceto Alasca e Antartida, já que eles congelariam por lá). E, além destas terras congeladas, o estado de Alberta, Canadá, também não tem ratos. O estado de Alberta é onde fica Calgary, e Calgary é onde eu moro! Segundo o DVD, em 1950 o estado criou um programa agressivo de combate aos ratos, e com sucesso impediu que os mesmos se instalassem aqui.

E é verdade.

Wikipedia (Brown Rat):

Alberta is unusual in that rat infestation was eliminated by aggressive government action.[41] Although it is a major agricultural area and has a fairly high human population density, it is far from any seaport and only a portion of its eastern boundary with Saskatchewan provides a favorable entry route for rats. They cannot survive in the boreal forest to the north, the Rocky Mountains to the west, nor the semi-arid High Plains of Montana to the south. The first brown rat did not reach Alberta until 1950, and in 1951 the province launched a rat-control program that included shooting and poisoning rats, and bulldozing, burning down, and blowing up rat-infested buildings. The effort was backed by legislation that required every person and every municipality to destroy and prevent the establishment of designated pests. If they failed, the provincial government could carry out the necessary measures and charge the costs to the landowner or municipality.

In the first year of the program, 64 tonnes of arsenic trioxide was spread in 8,000 buildings (8 kg/building) on 2,700 farms along the Saskatchewan border. In 1953 the much less toxic and more effective poison Warfarin was introduced, and since then the control program has consumed between 5 and 13 tonnes of Warfarin annually. By 1960 the number of rat infestations in Alberta had dropped below 200 per year and has remained low ever since.[42]

Currently, only zoos, universities, and research institutes are allowed to own caged rats in Alberta, and possession of an unlicensed rat (including pet rats) is punishable by a $5,000 fine or 60 days in jail. The adjacent and similarly landlocked province of Saskatchewan initiated a rat control program in 1972, and has managed to reduce the number of rats in the province substantially, although they have not been eliminated.[43]

E esta página traz maiores detalhes do programa:

http://www1.agric.gov.ab.ca/$department/deptdocs.nsf/all/agdex3441

MAIS:



E MAIS:



(eu achei isso beeeem interessante)
Eu adoro estes videos antigos, em que dá para perceber que o passar da idade e em que as cores já não são mais exatamente as mesmas:



De uma certa maneira isto me faz lembrar de quando eu era mais novo, sei lá porque cargas d'água. Acho que é a lembrança de filmes em videocassetes, fotografias analógicas e televisão preto-e-branco - alguns dos meus vizinhos não tinham TV colorida, e alguns ainda colocavam uma espécia de tela de vidro na frente da televisão, que supostamente deveria deixar a imagem colorida mas que só dava é barato na molecada. Sempre tem quem compre 1406, seja qual for a época.

Uma coisa que eu adoro ver são fotos antigas, com máquinas de qualidade, em que dá para perceber um pouco da granulação do filme - parece que a foto tem uma "mensagem" a mais, e o seu envelhecimento traz mais memória para a imagem gravada ali.

E para fechar, eu sempre tenho a impressão que no fim do século passado as coisas aconteciam mais rápido e era tudo em preto e branco:

Leitura matinal

Embora o título deste blog seja "Me At Canada", eu gosto de escrever sobre outras coisas que acontecem na minha vida, já que nem sempre tem tanta coisa assim para falar do Canadá. De vez em quando me dá vontade de falar sobre as pessoas que eu vejo no trem e nos ônibus (são dois, já que eu estou meio preguiçoso e decidi não fazer mais a caminhada de 1000 metros da estação de trem até o meu trabalho). Hoje não tinha nada de muito especial...

. Tinha uma pessoa no ônibus que vem da estação de trem até perto do meu trabalho, sentado duas poltronas à minha frente, que, do nada, virou para o fundo do ônibus e começou a falar em voz alta, dizendo apenas uma palavra - "mal". Acho que ele queria chamar alguém, mas quem estava na poltrona exatamente atrás dele não entendeu nada, assim como o resto do ônibus;
. Neste mesmo ônibus tinha alguém com aquele cheiro característico de três dias sem banho. Eu sou meio alérgico à perfumes, mas sou três vezes mais alérgico à CC. Meu nariz trava, eu começo à espirrar, dá vontade de abrir os vidros do ônibus ou mudar de lugar. Como o meu ponto já estava chegando, nem precisei me preocupar;
. O trem estava tranquilo, vazio como todo dia. Eu tenho espaço para poder ler o que eu quiser ler e para colocar o meu copo de café onde eu quiser colocar. Quando eu saio do trem jogo o café fora (sempre sobra um pouquinho), e deixo o jornalzinho do Metro dobrado entre a cadeira e a lateral do trem.

...

Falando de outras amenidades, ontem a gente viu o filme baseado no livro Caçador de Pipas, que por sinal é homônimo. A história começa no fim da década de 70, no Afeganistão, e conta a história de uma família afetada pela invasão do Afeganistão pela Rússia, o êxodo que se seguiu, e como o regime Taliban afetou o modo de vida naquele país. Outro dia eu tinha escrito aqui no blog sobre como a falta de conhecimento sobre outras culturas faz a gente achar que eles "sentem" as coisas de forma diferente, e este filme colocou um pouco de luz sobre o povo Afegão e como eles foram mais vítimas do que culpados de tudo que aconteceu com eles. Antes do regime Taliban e da invasão Russa (e de tudo mais que aconteceu), o povo Afegão podia ouvir música, ver filmes, empinar pipas, as mulheres não eram obrigadas a usar a burca e podiam frequentar a escola, não existia a "patrulha da barba" e o país parecia estar em boa forma. Provavelmente não era um Óasis, como eu acredito que não seja nenhum dos países naquela região dominada por conflitos religiosos, mas com certeza era uma terra melhor do que hoje em dia.

A história é dominada por um herói e um anti-herói (que só é um anti-herói, mas não um vilão), e como a integridade e a justiça de um mostram os valores em que ele acreditava, e como a covardia de outro mostra como, segundo o próprio autor do livro, a comunidade internacional virou as costas para o país quando a guerra com a Rússia acabou e eles acabaram com um governo extremamente corrupto e depois extremamente radical. E um pouco esta história me fez pensar um pouco em todos os imigrantes que estão aqui no Canadá e qual deve ser a história por trás deles, especialmente os que vem de países que estão ou estiveram em conflito recentemente (Iraque, refugiados da África, Afeganistão, Kuwait, entre outros). O que é bom para mim necessariamente não é bom para os outros, mas eu acho que este é um filme que deve ser assistido.

...

Ontem eu comprei um livro para mim. Acho que deve ser o primeiro livro que eu "me" comprei nos últimos cinco ou dez anos - eu gosto muito de ler, mas normalmente a minha leitura envolve jornais, revistas, a Wikipedia, blogs e outras literaturas que tem mais "função" do que "conteúdo". Mas este livro me interessou porque eu li o primeiro capítulo na Internet (você pode ler aqui), e também porque a história é sobre um grupo de funcionários da Microsoft e seu modo de vida, visão do mundo e como eles encaram a vida profissional. O nome do livro é Microserfs. Eu li ontem no caminho para casa e li hoje no trem também - como eu já me acostumei a ler em veículos em movimento graças ao jornal gratuito distribuído na cidade, ler um livro sentado com a paisagem passando à volta e com vários sacolejos no caminho já não me incomoda mais. A Soraya sempre me tenta fazer ler alguma coisa (a gente começou a ler o Mundo de Sofia, que eu pretendo acabar um dia), mas nem sempre histórias "normais" me despertam interesse. Mas este livro especificamente me cativou e até agora está sendo uma boa forma de passar o tempo no transporte público da cidade.

PS: Agora eu me lembrei que eu comprei outros livros para mim ou que ganhei de presente. Um deles foi sobre o Ronaldo Fenômeno, que eu li até a parte que explica o que aconteceu na copa de 1998, e o outro foi a "Filosofia de Matrix", que eu não passei da segunda página.

Vamos ver se eu tomo gosto pela coisa.

...

Dente de leão aqui se chama "dandelion", que vem do Francês "dan de lion".

...

O verão aqui é meio inconstante. Não tem nenhuma massa d'água grande por perto para segurar a variação da temperatura entre os dias frios e os dias quentes, e a temperatura pode ser de 10C em um dia e de 25C no outro. De qualquer jeito, a cidade fica muito melhor no verão, as árvores tem folhas, a grama fica verde e dá para usar só uma calça.

Agora preciso trabalhar.

Fui!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Filosofando

Eu reflito e filosofo profundamente com meus botões - o grau (leia-se profundidade) destas divagações depende enormemente do tipo de música que eu estou ouvindo. Agora, por exemplo, eu estou ouvindo Serenata Espanhola (um exemplo aqui e outro aqui). Acho que a música deve ressonar com meu cérebro e eu divago mais profundamente nestes momentos...

... três horas depois...

Resolvi trabalhar um pouco, revisando o código do carinha que trabalha comigo, refatorando as piores partes para permitir que o código seja mais "expandível" no futuro. Agora o ímpeto de trabalhar já passou e eu preciso ir escovar os dentes, que desde o almoço já se passaram quatro horas. A filosofia saiu e entrou o bafo de onça no seu lugar. Aliás, será que onça tem mesmo bafo de onça? Taí uma questão que eu pretendo morrer sem ficar sabendo, já que eu posso muito bem morrer aprendendo a resposta para esta questão.

Hoje eu estava lendo uma reportagem na revista Veja sobre a necessidade de imigrantes para países de Primeiro Mundo (como Canadá, Estados Unidos e quase todos na Europa). Mesmo podendo exportar muito mais gente qualificada, o Brasil é um país com o menor número de emigrantes qualificados no mundo. Ou seja, gente que poderia imigrar legalmente para um outro país mas não o faz por n motivos. Eu tenho na minha cabeça que pode ser alguma coisa cultural mesmo:

. Impressão que vai ser impossível viver longe da família e dos amigos (mas se até os Italianos saíram da Itália, porque não os Brasileiros saírem do Brasil?);
. Para o Canadá, medo do frio - olha, o inverno é frio, não vou colocar panos quentes não, mas até que aqui tem verão (e Canadense mora em casa - aquecida - e não em Iglú);
. Falta de "cultura global". Um dia no Orkut eu vi uma menina que escreveu - "não quero conhecer nenhum outro lugar do mundo porque no Brasil tem tudo que eu preciso conhecer". Ledo engano, o resto do mundo também é interessante;
. Medo não ser aceito (preconceito) - eu acredito que isto seja verdade para quem viaja para os Estados Unidos e talvez para alguns países da Europa. Aqui no Canadá, imigrante costuma ser muito bem aceito, mesmo na média ganhando menos do que quem nasceu em solo Canadense;
. Amor à praia, caipirinha, churrasco, cerveja, pastel no final de semana, catupiry, feijoada, futebol na TV e outras coisas que o Brasil tem a oferecer. É, aí não tem jeito, tem que colocar tudo na balança e ver o que é melhor.

Aqui no Canadá existem muitos Chineses, Filipinhos, Indianos (Hindús) e outros povos. A minha opinião sobre algum destes povos ficou pré-concebida (é, preconceito mesmo) pela incompetência alheia na empresa onde eu trabalho. Eu tive a impressão, no começo, de que todo Chinês era ou incompente ou mal-educado, porque os que eu conheci no começo eram as duas coisas juntas. Depois de um tempo, comecei a observar melhor as pessoas (sem nenhum pré-julgamento), e percebi que os Chineses são mais simpáticos do que eu imaginei a princípio, e eu acho que às vezes eles ficam mais reclusos mesmo porque alguns tem uma dificuldade imensa de adaptação e aprendizado do idioma. Uma coisa que alguns não tem é noção de espaço mesmo, mas acho que dá para entender isso sendo a China um país com um bilhão de pessoas (embora incomode um pouco mesmo).

Como no meu trabalho novo existem vários desenvolvedores da China na equipe, vou "zerar" todas as coisas que aconteceram no meu trabalho atual e entrar no time sem nenhuma idéia pré-concebida. Vamos ver no que vai dar.

PS: Não estou falando de filho de Chinês ou de "raça", porque este tipo de preconceito eu acho que eu não tenho. Estou falando de imigrantes Chineses que carregam muito dos seus vícios profissionais no país de origem, o que pelo menos no meu caso foi um problema sério de "sabonetar", atirar pedras para se defender e extrema incompentência. Mas foram três casos isolados e, como eu disse, é hora de deixar as mágoas para trás e ir em frente. Sobrou um Chinês aqui, o Yong, tímido que só ele (e com dificuldades imensas de comunicação), mas que é razoavelmente competente e que eu resolvi tentar voltar a "guiar" nestas últimas semanas, embora ele também sofra de algunas lacunas profissionais, a maior dela poderia ser definida como a incapacidade de escrever com qualidade "A", no geral ele ficaria no "C" (passa de ano, mas sem nenhum mérito).

PS 2: Hoje eu vi um cara no guichê do Alberta Health Care (um senhor Chinês, na verdade), tentando preencher um formulário e conversar com a atendente, sem falar uma palavra de Inglês. A moça que estava no atendimento teve que despachar o coitado - não dá para ela fazer nada se ele não entende uma pergunta simples como "quando você foi demitido?". Eu já vi isso aqui uma dezena de vezes. Acho que são pais de imigrantes qualificados que vieram em programas de reunificação familiar. Vendo a dificuldade que eles tem com o idioma até que eu entendo porque existe tanta Chinatown poraí.

PS 3: No ano passado fomos na piscina do Eau Claire e tinha uma menininha Chinesa de uns dois anos correndo na água com a fralda total, absolutamente e fartamente cagada. Aquela imagem ficou de uma maneira registrada na cabeça da gente que até hoje não voltamos naquela piscininha :-). Taí mais uma idéia a ser combatida - que haverão crianças cagadas na piscina pública.

PS 4: Solidão é uma coisa engraçada. Eu não me sinto sozinho aqui porque eu tenho a Soraya e o Arthur e a gente tem alguns amigos - é lógico que eu sinto muita saudades do Brasil, família e de todo mundo que ficou para trás, mas solidão mesmo é algo que eu não sinto aqui - até que se porque eu sentisse, voltava para o Brasil rapidinho. É engraçado porque eu tenho a impressão que os povos de outros países (Índia, China, Paquistão) se sentem mais sozinhos do que os imigrantes Brasileiros, mas sei lá porque cargas d'água eu penso nisso. Acho que deve ser porque eu não conheço a cultura deles, ou então é porque são eles que ficam com a cara mais séria nos trens e ônibus da vida.

PS 5: Falando de solidão, era engraçado a imagem que eu fazia das cidades vistas na beira da estrada à noite, viajando de carro. Como você só vê umas luzinhas e nada mais (só dá para ver as luzes das ruas à noite), dava a impressão que era todo mundo sozinho. Bom, dependendo da cidade ninguém coloca o pé na rua à noite mesmo.

Eu ainda acho que não dá para imigrar sozinho - tem que ter família junto. A casa da gente acaba sendo o nosso santuário. Como dizem em um comercial na TV, o lugar mais importante do mundo é a casa da gente.

Bom, preciso ir escovar os dentes e dar um jeito no bafo antes de usar o sistema de transporte público da cidade.

Fui!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Wi-Fi, no more

O modem wi-fi do meu notebook morreu de vez. Depois de ser esmagado uma dúzia de vezes, ele não aguentou e o conector USB se separou da placa do coitado. Eu fui no quarto do Arthur agora e lá estavam os restos mortais do mesmo. Mas como eu fiz o curso técnico que tinha enfase em eletrônica e eu queimei muito dedo fazendo solda em circuitos eletrônicos e conectores, eu acho que eu até consigo cortar o cabo da extensão USB, soldar direto na placa mãe, colocar um monte de fita isolante até que fique tudo parecendo uma grande almofada preta.

Agora eu preciso descobrir como que é ferro de solda em inglês. Como ferro de passar é roupa é "iron" (nada como uma tradução fácil), imagino que ferro de solda deve ser "welding iron" ou algo do tipo. Estanho é "tin", em latin é "stannum", e é o que se usa neste tipo de solda... (5 minutos depois). Pesquisando na Wikipedia achei como é ferro de solda, é solder. Vou dar uma pesquisada.

Já que eu comecei a falar de inglês, tenho algumas palavras preferidas (pelo som que elas fazem). Uma delas é youth, que significa juventude, outra é yield, que significa "dê a preferência", e existem outras...

. Bulk (acho que é "em lote", como "processamento em lote");
. Raw, significa crú, eu gosto porque são minhas iniciais;
. Wasted, podem ser várias coisas, desperdiçado, estragado, não é a toa que uma pessoa que bebe demais e fica estragada, fica "wasted" (I was wasted after last night);
. Terrific, que é "sensacional" ou algum sinômico, pelo fato de ser o oposto do que terrível significa em português;
. Eu odeio Push e Pull - ainda me confundo;

Bom, por hoje é só, companheiros. Vou tomar uma cerveja e me cuidar para não ficar "wasted".

See u.

Went!!!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Morro e mato

O título ficou bem ambíguo. Na verdade é morro, geograficamente falando e mato, o vegetal.

Pois bem. Quando eu era pequeno eu ficava fascinado com uns morros que ficavam em outra parte da cidade - estes morros tinham uma cobertura de mato que devia ter um metro de altura, e quando o vento sobrava sobre este mato, em cima do morro, ele dobrava um pouco e expunha a sua raiz (um pouco mais escura), e é como se ondas fossem formadas sobre o morro conforme o sabor do vento. Acho que esta é uma cena meio clássica em filmes, desenhos infantis e coisas assim. E no filme, eles sempre mostram alguma criança correndo no meio do mato, com a mão sobre o mesmo, como se ele fosse feito de algodão.

É mentira.

Um dia, eu, Ravi, fascinado por aquele mato, resolvi subir o morro para ver como o mesmo é de perto. Acho que ele devia ter mesmo quase um metro de altura, algo assim, e, cacetada, como cortava. É como se as folhas fossem todas serrilhadas com um zilhão de espinhos, minha canela ficou toda ralada. Para completar, ainda tinha uns espinhos que grudavam nas meias e os borrachudos, malditos.

Pois é. Seria melhor se eu tivesse visto de longe. A propósito, não há metáfora nenhuma aqui, foi só a vontade de contar uma memória de infância.

Abraços, Ravi!

Reflexões

Antes de refletir, algumas fotos do Stampede:


Eu e o pequeno na roda gigante


Soraya e o pequeno no Carrossel


Ó Santos ali, ó


Eu e o boi imenso

Muito bom. Tem mais uns fardinhos de foto em casa, depois eu coloco na Internet.

Falando da vida, aqui no meu trabalho o número de trabalhadores diminui pela metade nos últimos meses. Também, recebendo 70% do salário não dá. Primeiro foram os contadores a ir embora, um de cada vez até que os três (dois senhores e uma jovem) vazaram. Depois, foi a vez da garota de marketing da empresa, que inventou algumas idéias legais que agora ficaram para trás. O Harminder, programador Java que fazia parte da minha equipe, também vazou e por um salário bem melhor. O Ruangvid, o cara da Tailândia, também foi dessa para a melhor, é gerente-assistente de vendas em uma loja de sapatos no Chinook - ganhando a mesma coisa, mas mais perto de casa. Os últimos a respirar o ar de liberdade foram o Curtis (o Ucraniano) e o Eugene (o Russo), que deram as boas novas nesta Segunda-feira.

Na minha sala sobramos eu, o Jerry, designer e programador PHP, a Karina (esposa do Russo), designer também, que deve escapulir nas próximas semanas, o Yong, outro programador Java que também pretende passar dessa para a melhor em breve, e o Ray, que está em um programa de trabalho temporário (só no verão - algumas pessoas viajam, outras trabalham). É engraçado porque aqui tem uns 10 computadores e 4 pessoas, mas não dá para aumentar o número de monitores porque eu não tenho mais saídas no meu computador (shit!).

E eu? Eu devo ir dessa para a melhor em breve também. Na verdade eu só estou esperando a papelada sair - mais uns 15 dias e eu vou mandar aquele videozinho do FREEEEEEEEDOM para meu chefe. Acho que não deve dar nenhum enrosco, mesmo que o processo demore um pouco mais para ser concluído não tem problema, a vaga já é minha. A gente deve entrar em uma "nova fase" depois disso. Eu pelo menos pretendo comprar um carro até o fim do ano, e eu acho que não vai ser um "pois é". Assim que sair o meu Tax Refund eu vou começar a acertar as coisas - deve demorar só uma ou duas semaninhas a mais porque eu caí na malha fina e fui auditado (desk audit, como eles chamam). Ontem eu mandei um envelope com mais de 50 folhas - cópia de tudo que é documento possível - para provar que eu estou no Canadá, que eu estava empregado, que a gente existe, que 2 + 2 = 4 e poraí vai. Como outras coisas na vida, pode demorar um pouquinho mas no fim vai!

Bom, algumas lições que eu tirei da minha experiência no Canadá até então (em relação ao meu empregador):

  • Quando eu fiz a entrevista eu achei tudo muito fácil, muito legal, sem perguntas técnicas, só um bate-papo e mais nada. Quando eu cheguei aqui eu vi que a qualidade da contratação realmente é ruim - algumas pessoas trabalharam por seis meses em um módulo e não chegaram à lugar algum, sendo que o tempo necessário para concluir tal tarefa seria de poucas semanas, no máximo;
  • Eu acabei indo demais pela opinião dos outros e fiz duas cagadas:
    1. Não pesquisei muito sobre a empresa antes de vir;
    2. Saí do meu emprego no Brasil antes de ter a Work Permit em mãos.
  • Não ter pesquisado muito sobre a empresa não me deu a total visibilidade de que o dono da mesma é um Zé. Mas, não vou ser chato, a gente queria mesmo vir para o Canadá e hoje em dia eu não me arrependo da decisão de ter vindo, mesmo vindo trabalhar neste sanatório;
  • Ter saído do emprego no Brasil é que foi furada. Fiquei seis meses no Brasil praticamente sem receber, e isto, vamos dizer de forma bem resumida, não foi muito positivo para a minha conta bancária. Foi uma situação chata e é algo que eu definitivamente reitero - está para ir trabalhar em outro país e precisa esperar alguma documentação? Pegue a documentação e depois peça demissão de onde quer que você esteja. Não faça na ordem contrária. A gente conheceu uma família do Brasil que decidiu vir para o Canadá com uma Work Permit - o processo ia levar mais de seis meses, depois de uns três meses o chefe da família pediu demissão do seu trabalho e ficou esperando o processo ser concluído. No fim das contas, a empresa no Canadá acabou nem dando entrada no processo e a família ficou a ver navios - eu acredito que eles não poderiam vir de qualquer jeito, o governo do Canadá não ia aceitar uma família de 5 filhos com uma renda anual de meros 40000 dólares (acho que este era o valor aproximado da oferta de trabalho que eles receberam);
  • Depois que eu cheguei aqui as coisas funcionaram bem, com alguns percalços no meio do caminho, até que os pagamentos começaram a rarear uns meses atrás e começou a diáspora. Alguns meses no mercado (demorou mais do que eu achei que fosse demorar), e eu consegui alguma coisa, uma empresa bem decente, com pacote completo de benefícios e escritórios com janelas (atualmente o local onde eu trabalho é desprovido de janelas). Uma importante lição que eu tirei é que para se fazer uma entrevista decente, só se for ao vivo e em cores. E ter ficado no Canadá, trabalhando nesta mina de ouro de tolo onde eu estou, me deu o reforço no Inglês e a carga técnica necessária para poder "passar" em todo o processo de contratação (foi um dos mais longos que eu já vi - sem dinâmicas de grupo, ninguém merece);
  • Eles precisam de muita mão de obra aqui no Canadá. Na área de TI, também. Mas não é tanto assim a ponto de eles atirarem para todos os lados. Contratações por telefone podem até funcionar, e para ter certeza de que você está indo na direção certa é bom se certificar que a empresa é séria, que está oferendo um salário justo, e que o processo de seleção pelo qual você está passando é criterioso (se não for criterioso, é sinal de que a empresa pega qualquer um - neste caso, ou você vira Messias ou vira Judas);
  • E não tenha ilusões de grandeza em relação ao Canadá...
    1. Aqui dinheiro não dá em árvore;
    2. Eles precisam de gente para trabalhar em todas as áreas, mas se você não tiver muitas qualificações pode demorar um pouco para chegar nos melhores empregos;
    3. Existem despesas fixas aqui, igual ao Brasil. Tem que pagar plano de saúde (às vezes o empregador paga), não é caro, mas tem que pagar (vai ser grátis a partir de Janeiro de 2009). Tem que pagar aluguel como qualquer outro cidadão, TV a cabo, telefone, cerveja é mais cara, tem que levar tudo isso em consideração, colocar na ponta do lápis e ver quanto dinheiro vai sobrar no fim do mês, não esquecendo de tirar a fatia do imposto de renda sobre o salário anual (que sempre será bruto);
    4. O inverno É frio mas é sobrevivível. O que pega mesmo é a saudade da família;
  • Mas também tem o lado positivo, claro. As escolas são muito boas, Calgary é uma cidade limpa, violência aqui praticamente não existe quando se compara ao Brasil, a gente mora em uma casinha sem muros, este tipo de coisa é que faz o Canadá valer a pena. Até agora, a gente acha que continua valendo, e vamos ver se este emprego novo dá uma nova injeção de ânimo no esqueleto.
Agora tenho que ir que senão eu perco a carona e tenho que andar até o trem.

Fui!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Stampede

Bom, fomos no Stampede, o maior espetáculo à ceu aberto da Terra, realizado em um parque que fica no Beltline District, em Calgary, Alberta. Bom, já coloquei links suficientes para a Wikipedia, vamos escrever de fato agora sobre o tal do Stampede.

Domingueira eu preparei um belo de um café da manhã e fomos todos pegar o bumba e o trem para chegar até o lugar onde o evento é realizado. Dava até ir para ir só de ônibus, mas tem um menininho em casa que adora trens, e sempre que a gente pode, andamos no tal do trem, mesmo que seja só por uma estação (como o bilhete já foi pago no ônibus e a gente recebe a tal da Transfer), pegar o trem sai de graça. Quando a gente chegou na estação e todos os passageiros desceram para ir em direção ao parque onde o Stampede é realizado, eu achei que eu ficar meia hora na fila só para conseguir comprar o ingresso, mas não levou nem 5 minutos. Custa 13 dólares por cabeça e crianças até seis anos não pagam.

Bom, uma vez lá dentro, a melhor coisa é estabelecer uma meta (um teto) do que você vai gastar e ficar dentro deste teto. As coisas lá dentro são meio caras, cada brinquedo no parque de diversões custa uns 5 dólares (você compra os bilhetes antes), e depende de quem está no brinquedo a decisão se vai cobrar a taxa do pequeno ou não. Em metade eles cobraram, em metade não.
  • O trem fantasma é fraquiiiiinho, nem vale a pena;
  • A casa maluca é legal;
  • O Arthur quis porque quis ir em uma mini montanha-russa em que o carrinho tem formato de tartaruga. Ele se divertiu por uns 2 minutos, acho que na segunda "queda" (sobe e desce), ele já não queria ir mais :-). Fora que parecia mesmo que o carrinho ia cair lá embaixo :-). Quando você está para "cair" em uma das "quedas" eles tiram uma foto do carrinho para mostrar a cara de banana que as pessoas fazem - e a gente teve que comprar a foto porque a cara do Arthur está impagável - depois eu vou tentar colocar aqui.
O parque de diversões é bem grande. Tem aquele elevador que fica em queda livre por uns dois segundos, um "estilingue" com dois lugares que voa bem alto, um outro brinquedo que gira bem rápido e que vai muito alto, entre outras coisas. Dependendo, talvez valha a pena comprar um passe diário (custa 45 dólares), que permite ir em todos os brinquedos do parque de diversões - mas eu não achei maiores informações sobre isto, então não tenho certeza de que ainda é válido. De qualquer jeito, estes passes diários só são válidos em dias de semana, nunca em finais de semana. Eu achei um site interessante sobre como não gastar muito no evento, é este aqui: http://www.tripadvisor.com/Travel-g154913-c95009/Calgary:Alberta:Stampede.On.A.Budget.html.

Depois que o parque de diversões ficou para trás, fomos dar uma volta pelo resto das instalações. Em um dos galpões tinha uma competição de tratores antigos. Em outro, tinha um boi que devia pesar mais de uma tonelada e provavelmente tinha uns dois metros de cabo à rabo. O bicho era grande. Dava para fazer uma bela de uma festa de casamento com um bicho daquele tamanho. Fora o boi, a gente viu filhote de porco, filhote de galinha (pintinho para os mais íntimos), cabrito, porco crescido, galo, carneiro (uns com lã e uns já pelados, como fica feio aquele bicho sem pêlo), e mais uns outros bichos que eu não sei o nome.

Que mais? Fomos todos à carater, cada um com o seu respectivo chapéu de cowboy. O Arthur foi até com botas de cowboy que a nossa vizinha deu para ele (acho que devia ser de um dos filhos dela mas não devia caber mais). No Sábado a gente comprou a tal da arma d'água para o moleque poder competir de igual para igual com o vizinho, e não é que o jato d'água da mesma vai longe mesmo? Acho que dá uns dez metros fácil, fácil.

Tiramos um monte de fotos mas elas ainda estão na máquina. Hoje à noite eu coloco tudo no Picasa e coloco o link aqui no blog.

O verão está sendo bom. Depois de tanto tempo enfurnado em casa no inverno, é bom poder ficar do lado de fora um pouco de bermuda e camiseta e passar um pouco de calor. Agora eu entendo este povo Canadense que no primeiro dia de sol vai para a rua tirar o mofo. Ontem eu e a Soraya estávamos conversando sobre o que faz do Canadá um país de Primeiro mundo (quando comparado com o Brasil), e tem duas coisas que se destacam mais: segurança, porque a gente não viu uma briga, nem no Canada Day, nem no Stampede (quando tinha um monte de gente junta no mesmo lugar), e também que não tem criança na rua.

Fui!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Fotos do feriadão

Estão todas aí embaixo:



Fui!!!
Hoje o cara do Mack's que eu vou de manhã apareceu no jornal do Metro, em uma matéria sobre como as coisas melhoraram na esquina em que ele tem a lojinha dele, depois que a polícia criou um programa para revitalizar aquela região.

O mais engraçado foi descobrir que o tiozinho era mesmo o dono do lugar.

Fui!
Hoje eu estava lendo sobre aquela política Franco-Colombiana que foi libertada faz uns dias, Ingrid Betancourt, juntamente com outros sequestrados (três Americanos e vários Colombianos).

Seis anos sequestrada. Eu resolvi ler um pouco sobre a história das FARC e achei um artigo na Wikipedia (até que bem imparcial) descrevendo como a organização opera, seu tamanho, líderes, áreas de atuação, entre outras informações. Eu sabia que as FARC eram uma organização que tem tendências terroristas, e os ataques de 2005 mostram bem isso. Foram assassinados trabalhadores rurais, trabalhadores americanos, reféns e outras pessoas. Dá MESMO para chamar as FARC de organização política? Para mim, é organização terrorista e pronto. Assim como o MST, com seus ataques à fazendas produtivas e à fazendas que fazem pesquisas com plantas trangênicas ou que produzem plantas que não possam ser usadas como comida (como árvores para fabricação de papel).

Eu vejo as pessoas que vão ao Foro de São Paulo ou àquele Foro de Porto Alegre e que acham o Hugo Chavez o tal, ou que consideram que as FARC são um movimento genuíno, e me pergunto "será que eles olharam todos os lados da questão?". Eu penso mais nas FARC, será que eles se colocaram no lugar dos sequestrados ou de suas famílias, ou nas pessoas que são assassinadas por este grupo terrorista? Quem será que influencia a sua cabeça e como eles gostariam que o Brasil fosse? Será que eles apóiam Mao Tse Tung?

Fui!

Para variar, CURTAS!!!

  • As fotos do feriadão estão no Orkut. Como o notebook da Soraya tem leitor de cartão, Wi-Fi embutido e mais um monte de fru-fru-frus (como controle remoto), é ela quem coloca as fotos na Internet primeiro. Hoje eu devo colocar as fotos no Picasa no meu notebook, com o seu monitor manchado, seu teclado que está abrindo, suas partes que caem, seu gigantesco HD de 30 GB e o modem Wi-Fi USB que logo, logo abre o bico;
  • Saiu uma reportagem interessante hoje na revista MacLeans com o título "How Canada stole the American dream" (se você não sabe que "the book is on the table" quer dizer "o livro está na mesa", o título significa "como o Canadá roubou o sonho Americano". Uma das partes mais interessantes da reportagem é a que diz que no Canadá se faz mais sexo e com mais parceiros do que nos Estados Unidos, mas como aqui educação sexual não é estigma e as pessoas são estimuladas a usar camisinha, a proporção de pessoas com DST e de garotas grávidas na adolescência é bem menor do que nos Estados Unidos;
  • Agora que acabaram as aulas os ônibus demoram mais para vir - mas em compensação vem mais vazios - e o trânsito também melhora. Quase a mesma coisa que acontece em São Paulo, a criançada fica em casa junto com os pais e os carros dos pais (e quem não tem carro não precisa pegar ônibus). Acho que esta foi a conclusão mais óbvia que eu já tive na minha vida;
  • Falando em conclusões óbvias, sempre que me perguntavam algo do tipo "Ravi, o sistema dá dando erro porque diz que um arquivo XPTO não foi criado" (querendo uma explicação do erro), eu respondia, às vezes sem maldade "então, sabe o arquivo XPTO? Tem que criar este arquivo senão o sistema vai ficar dando erro". Dããã;
  • Aniversário da minha mãe hoje. Parabéns mãe!
  • No final de semana a gente foi na piscina pública - a Soraya foi junto desta vez - para variar eu chego em casa morto depois e com o ouvido doendo de ficar pulando no trampolim. Quando eu consigo pular certo, me dói o ouvido porque eu afundo demais na piscina - se eu pulo errado, fica tudo bem com o ouvido, mas me dói a batata da perna porque eu giro demais e quase dou um mortal;
  • Quando a gente foi no Prince Island no Canadá Day (deve ser Canada Day, sem acento), tinha uns caras fazendo acrobacias de bicicleta, tipo "urban mountain bike" ou algo do tipo. Mais ou menos como esse vídeo aí embaixo, mas sem a mesma habilidade:
  • E outro dia tinha um moleque aqui na estação de trem com uma BMX fazendo umas acrobacias;
  • Eu sempre achei que eu poderia fazer algumas destas acrobacias - pelo menos as de subir em obstáculos mais altos. Bom, como eu planejo comprar uma bicicleta e pedalar até o trabalho, pode ser que eu tente alguma coisa. Eu provavelmente vou comprar uma bicicleta com no máximo um amortecedor (na frente), porque eu acho que com os dois fica meio difícil de fazer a bike pular;
  • A Soraya deve ir para o Brasil em Julho. Acho que eu vou comprar um videogame para me fazer companhia, se o banco me deixar (e a Soraya também). Sô, eu prefiro você à um videogame, não me entenda mal!!!
  • O clima em Calgary está esquentando. Junto com o calor vem os mosquitos, que aqui são meio grandinhos (mesmo para quem cresceu perto de um rio em uma cidade litorânea);
  • Eu acho que eu tinha mais alguma coisa para escrever mas as palavras me fogem agora. Tem um Russo que está me esperando para ir comprar um café, e como na Rússia os bebêm são forjados, não nascem, é melhor eu ir logo.
Fui!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Fim de semana prolongado (Canada Day)

Começou na Sexta-feira, que foi meio período, e acabou agora há pouco. Vou escrever os "tópicos importantes" e depois escrevo mais...

. Wall-E é duca;
. La vie en Rose é duca (filme Francês sobre Edith Piaf);
. Fogos de artifício são duca ao quadrado;
. A chama acesa em cima da Calgary Tower é da hora;
. O Prince Island continua sendo legal;
. Cerveja é da hora;
. O Arthur se divertiu bastante...

E agora estou pregado. Amanhã teremos fotos, e amanhã eu escrevo-lhes mais.

Fui!