terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Fora do ar por uns dias (mais um pouco do que eu ando ultimamente)

Olá, caros amigos! Pela primeira vez desde que chegamos no Canadá estamos arrumando as malas para uma viagem que não é nem para o Brasil, nem a trabalho. Vamos para Canmore, uma cidadezinha perto de Calgary, encostada nas montanhas, passar o ano novo com alguns amigos aqui de Calgary. O Arthur já fez a sua mala dos brinquedos, a maior da casa, mas amanhã a gente vai diminuir o tamanho da bichinha já que ele quer levar TODOS os bichinhos de pelúcia que ele tem, e depois de vários anos acumulando, não são poucos.

Acho que vai ser bem legal. Já faz muito tempo que a gente vem planejando uma "escapada" da casa (coisa que a gente fazia todo final de semana no Brasil), e agora finalmente este dia chegou. O hotel é bem legal para as crianças e, para deleite do Arthur, fica em frente à uma linha de trem (ruim para a gente, bom para ele).

Ano novo. 2009. DOIS MIL E NOVE. Laiá laiá. Eu quando tinha meus treze anos pensava em como seria o ano de 2010, eu com TRINTA E DOIS anos (eu tinha um vizinho com 32 anos e achava ele muito estressado, magro e ocupado, tinha medo de ficar igual), e parecia um dia que nunca ia chegar. Mas chega. 2010 agora está há um ano de distância. 2009 já chegou. Preciso lembrar de escrever as datas certas nos cheques e nos E-Mails da vida, coisa com o qual eu sempre tenho problema. Sou meio devagar, sabe? Sempre achei bom que na escola eu era um dos últimos da chamada (meu nome começa com "R"), pois é só me tocava de que o professor estava dizendo o nome de todos os alunos lá pelo "Edson". Coitado era do Akira, cujo nome é Alessandro, que também era lerdinho que nem eu e era o número 1 da lista, mas só se tocava do que estava acontecendo lá pelo número 10 ou 12 da lista. Aliás, Akira, se você estiver lendo o blog, parabéns pelo aniversário da Andressa!

2009. Eu com 30 anos que eu acho que estão sendo bem vividos, um menininho para alegrar a casa e que anda bem barulhento, ainda mais porque hoje o bonitão aqui comprou uma flauta doce e mais umas coisinhas de 1 dólar ponto 99, e no fim virou tudo apito. A Soraya também está na mesma virada e a gente anda muito feliz com a vida aqui nos últimos tempos, esta época de festas está sendo ótima e as férias da empresa ajudaram a coroar o fim de ano. Foi bom para dar uma quebrada neste inverno que chegou bem, chegou frio e chegou nevado.

A única coisa da virada de ano aqui que eu não gosto muito é que não tem calor, não tem praia e não tem queima de fogos. Mas fazer o quê?

Bom, daqui a uns dias eu escrevo de novo.

Fui!

domingo, 28 de dezembro de 2008

Sujeira

O meu carro está SUJO. Nunca na minha vida inteira eu tive um carro tão sujo. Está tão sujo, mas tão sujo, que quando eu abro a porta eu tento literalmente só usar as pontas dos dedos. E o pior de tudo é que eu nem tenho coragem de lavar o bichinho - com as temperaturas como estão era bem capaz do carro ficar todo congelado na hora em que eu saísse do lava-rápido, e aí ia ser uma maravilha para tentar abrir (ou mesmo destrancar a porta).

O esquema é lavar o carro no caminho até o trabalho e deixar ele secar na garagem da empresa, subterrânea e aquecida. É uma maravilha para derreter a neve que sobrou no carro da última nevasca. Mas, como eu só volto a trabalhar em uma semana, o carrinho provavelmente vai ficar sujo por este tempo todo.

E, com as ruas sujas como estão (por causa da neve), dá vontade de usar a desculpa que criança costumar usar para não tomar banho - "pra quê, se eu vou me sujar de novo?".

E eu que tirava sarro do pessoal do meu trabalho porque os carros deles estavam sempre imundos. Mal sabia eu...

...

Bom, Natal passou, foi bem legal, o Arthur ganhou um teclado mas quem usa sou eu (já aprendi a tocar Greensleeves (na mão direita, ainda falta a mão esquerda), a gente acendeu a lareira, o Arthur acordou de manhã para ver os presentes do Papai Noel (eu que gasto e ele que leva a fama), no dia 24 à noite jantamos, no dia 25 comemos os restos do dia 24, eu estou de folga no trabalho, ontem vieram uns amigos aqui em casa e foi bem legal, bebemos, conversamos, eu consegui fazer toda a comida que estava na geladeira (droga, esqueci do bacon), o Arthur alugou as visitas, mas só um pouquinho, hoje nevou, eu baixei um joguinho para o Wii bem legal chamado The World Of Goo, eu não estou considerando colocar o pé na rua hoje, o Arthur colocou um filminho de criança na TV, eu fiz macarrão e agora vou ler alguma coisa nesta tal de Internet.

Fui!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Boas festas!

Um feliz Natal e um próspero ano-novo para todo mundo!

Hoje o pequeno acordou CEDO e veio correndo para sala (acho que ele acordou para ir no banheiro e foi dar uma espiada), e gritou "o Papai Noel veio" ou seria "o Papai Noel véio", e veio correndo abrir os seus presentes.

É, é Natal.

Vou tocar aquela música do John Lennon, mas na voz da Fátima, para a Soraya.

"Então é Natal"...

Fui!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Ontem, Domingo, a gente foi no Farmers Market, traduzido literalmente como "A Feira dos Fazendeiros", em uma antiga base aérea aqui de Calgary, perto de casa.

É como se fosse um mercadão municipal, com várias barraquinhas, várias comidinhas, bebidinhas (mas sem bebidas alcoólicas que eles não podem vender por lá), gente tocando música com o chapéu para receber um extra, lembrancinhas, algumas frutas, e uma sensação de estar em um "país tropical" que quase fez a gente esquecer que do lado de fora a temperatura era de -25 graus (Celsius só para ser específico).

Sensacional.

Bom, o frio aqui continua, o Natal está chegando, o Arthur está com cabelo estilo Moicano, a Soraya está quase dormindo no sofá e eu acabei de chegar em casa.

Fui!

sábado, 20 de dezembro de 2008

Ravi ivaR
 Raw waR
  Ra aR

Então. Sexta-feira. A gente foi ver o Desperaux, o conto do camundongo valente (aqui camundongo é "mouse" e rato é "rat"). Da hora.

A Soraya está vendo Mama Mia. Eu estou escrevendo. O Arthur está jogando. A árvore de natal está apagada, preciso ligar as luzes. Lá fora está -27 graus.

E eu fui!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Olha, este Natal vai ser branquinho, branquinho. Com as atuais temperaturas e a previsão dos próximos dias a se confirmar, vai ter bastante neve para enfeitar a paisagem e se bobear vai nevar na noite de natal e no dia seguinte também.

Mas...

. -23 graus C hoje;
. Máxima de -22 C amanhã;
. Domingo vai esquentar. Segundo o cara da rádio pode ser que a máxima bata nos -10 C.

Delícia. O mais legal de tudo isso é que as estradas REALMENTE estão um sabão. Eu sei que eu já falei sobre isso mas tenho que contar mais um capítulo. Hoje, descendo a ponte que chega no centro da cidade, reparei que o carro começou a escorregar no asfalto. Gelo negro. Nem pneu de inverno resolve. Já sabendo da "malandragem", tirei o carro da "faixa" aberta (sem neve) por todos os carros que passam ali todos os dias, e fui para a parte "branca", onde tem neve, e consegui reduzir a velocidade - olhei no retrovisor e tinha um carro descendo de lado.

Patinar pode até funcionar para fazer o carro andar para a frente, mas para brecar, se a roda travar, tem é que destravar e frear de novo. E dá-lhe paciência e gasolina nestes dias de trânsito travado.

O mais surreal do frio pega um pega geral que anda fazendo é que os pelinhos do nariz congelam. Literalmente. É só sair na rua, respirar (um mal necessário), que dá para sentir o ar entrando e saindo... Ninguém merece. Ninguém merece também o meu escritório que desliga o aquecimento às cinco da tarde, e não fica tão quentinho durante o dia. Uma mulher trabalha de casaco e gorro, outro trabalha de gorro, e eu só não trabalho de luva porque senão não dá para usar o teclado do computador.

Pois é.

E de resto, tudo na mesma. Amanhã à noite acho que vamos no Telus tentar ver as estrelas no observatório que eles tem por lá, e o natal já está chegando por estas bandas.

Fui!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

"Neve" ever give up

Ah, como é bom quando a temperatura chega nos -10 graus que nem ontem e hoje... O carro funciona que é uma beleza (quando está -25 ele fica meio bobinho), eu só fico passando frio por uns 5 minutos depois que eu entro na Mystery Machine, a garrafinha de água que eu esqueci dentro do carro congela do mesmo jeito, enfim, uma beleza.

De ontem para hoje nevou e as estradas estavam um sabão. Sabão gelado. Ontem quando a gente foi almoçar eu falei com o povo que era engraçado ver "coisas" congeladas que você nunca tinha visto antes - havaianas, carros, livros, mapas, bancos, churrasqueiras, árvores, esquilos... É realmente uma experiência interessante. Eu uma vez esqueci um livro na geladeira e reparei que o livro, obviamente, ficou frio (eu fui abrir a geladeira para pegar alguma coisa mas estava com as mãos ocupadas - larguei o que quer que fosse na geladeira e esse qualquer que fosse era um livro. Pior era quando eu ia no banheiro e a luzinha acendia sozinha) - será que sabia eu que o livro ficar frio era um presságio dos meus 30 anos, como se a minha vida fosse a série Lost? Será que eu vou cair em uma ilha no meio de nada que depois vai desaperecer? (CONTEI O FINAL DA 4a TEMPORADA, AHAHAHAHAH, EU ME SINTO TÃO BEM AGORA).

Bom, amigos, acabei de chegar no trabalho. Lá fora está ventando, nevando, frio pra caraio, e assim mesmo eu vou correndo só para ver o meu amor.

Vou trabalhar que eu preciso pagar a conta do aquecimento em casa.

Está ventando e a neve em cima dos telhados aqui em frente está fazendo acrobacias. Neve é surreal. Parece isopor. Mas frio. E liso.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Presidente dos EUA recebe treinamento ninja!



Impressionante.
A neve é surreal. Mas mais surreal ainda são as ruas residenciais que nunca vêem um cascalho ou uma daquelas misturas ecológicas que eles jogam para derreter o gelo - ou simplesmente para "segurar" melhor os carros. Tudo vira um tapete branco. É difícil acreditar que exista asfalto ali embaixo, e para mim é mais difícil de acreditar que aquele tapete branco vá de fato desaparecer no verão.

E por hoje é só! Amanhã eu escrevo mais.

Surreal!

Octávio, uma foto do inverno passado:

From Snow


Vou ver se consigo arrumar uma melhor e te mando.

Abraços, Ravi.

PS: 8:07 da manhã no escritório e parece que vai amanhecer...

domingo, 14 de dezembro de 2008

Frio, parte II

Amigos, obrigados pelos votos de "força" e "coragem". A verdade é que eu não gosto de passar frio. Eu não ligo quando a temperatura é de 5 ou 10 graus com uma brisa leve à noite, eu acho até agradável...

... mas, putamerdafriodosinfernos, -29 graus é frio. Ontem eu abri a porta da sala e deu para "ver" o frio entrando, quando o ar gelado do lado de fora invadiu a sala e condensou toda a umidade do ar, parecia mais um daqueles filmes "B" de terror (o "B" é porque o "B" vem depois do "A", mas podia ser B de "bosta"). Então. Hoje vimos o rio que corta a cidade "fazendo um fumacê", acho que a água do rio estava evaporando para chover em algum lugar mais quentinho.

O mais engraçado desta época do ano é ver os patos voando no céu. Quando eu vi eles voando em uma "revoada" (lobos = alcatilha, peixes = cardume, políticos = quadrilha, mas não lembro o nome de quando é um conjunto de pássaros), pensei que eles estivessem indo para o sul. Mas semana após semana eu vejo os patos voando, às vezes para o norte, às vezes para leste ou para oeste, para o sul ou para qualquer outro lugar. Eu acho que um dos patos deve pensar "ixe, mano, este lugar tá muito down, vamos lá ver as mina", e todos os patos vão atrás. Não faz sentido. Estes dias eu vi uma revoada de patos e fiquei apontando para o sul - "é pra lá, seus marrecos, run forrest, run, vai lá para onde o sol está!". Mas que nada. Acho que eu preciso arrumar um ultraleve e ver se os patos aprendem.

Falando em "B" de bosta, a gente pensou em colocar uma placa personalizada no nosso carro com alguma coisa em português, como "bosta", "foralula", "friod+", "mario" (mas que mário?), "umdoistres", "calaabocagalvao", "fusqinha", e poraí vai.

...

O carro fica tão barulhento quando a temperatura está fria como estava hoje. Eu tive que jogar o líquido do limpador do pára-brisa na fechadura da porta lateral para poder abrir a coitada, já que ela congelou e grudou no carro... Faz parte.

Bom, vou nessa. O trem do De Volta Para o Futuro III já vai cair na ravina.

Fui!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Esfriou...

E olha, eu tinha esquecido como era. Coitado do carro. Duas horas antes de eu ir no mercado liguei o coitado na tomada (para ligar o block heater, que mantém o motor do carro "quente" e facilita a partida), não tive problemas para ligar o carro mas quase congelei limpando a neve.

O porta malas não quis abrir, depois abrir, mas ficou meio grudado (por causa do gelo), depois o meu cinto de segurança não queria vir, tive que dar um soco na janela para quebrar o gelo e a poder abrir a mesma no drive-thru do banco, o câmbio automático ficou meio bobão por uns 3 minutos, acho que até o mesmo esquentar, o ar quente do carro não estava dando conta, o carrinho do mercado ficou congelado por uns 5 minutos depois que eu já estava no quentinho, meu gorro estava meio inútil, e tudo está gelado.

Hello Winter! Eh?!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Pensamentos...

De todas as coisas no Canadá que eu gosto e desgosto, de todas as vantagens e desvantagens, de tudo que é bom e ruim, tem uma coisa que me incomoda mais - eu me sinto meio deslocado aqui.

Não sei se são os bares de cá que são diferentes dos bares de lá, se é a esperança de ouvir alguma música Brasileira na rádio, se é a TV que é estranha - ou se é tudo isso junto. Ontem a Soraya estava vendo a Globo no computador e a gente ligou o computador na TV para ver a série "A Grande Família", que passou depois. Será que ainda passa "As Domésticas" na televisão? Eu sei que não é o fato de ter tanto imigrante de tantos países diferentes aqui em Calgary, mas talvez seja o fato de nunca ouvir um "orra meu" ou "ô mano" na rua, como era comum no Brasil.

O Canadá é o inverso do Brasil - aí a gente tem carro manual, aqui a maioria é automático. No Brasil a regra é carro pequeno, aqui os carros são grandes. No Brasil, mercado grande é atacadão, aqui em cada esquina tem um e a maioria dos shoppings são abertos e tão grandes que faz sentido pegar o carro para ir de uma loja à outra. Aqui não tem coxinha na padaria, quem dirá padaria. Em bares e restaurantes os apertivos são diferentes - acho que se eu abrir um restaurante Brasileiro que venda coxinha, croquete, pastel, quindim e empada eu fico milionário, porque aqui não tem nada que lembre remotamente isto.

Uma coisa boa de Calgary é que a cidade tem muito espaço verde. Uma coisa ruim de Calgary é que a cidade tem muito espaço vazio. Acho que uma coisa leva à outra. Eu particularmente acho a cidade muito espalhada, parece que falta uma sensação de "unidade" como quando eu morava em Santos. Uma coisa aqui e uma coisa lááááá longe e um monte de nada entre um ponto e outro. A cidade tem uns poucos lugares charmosos, mas acho que este é um problema de uma cidade muito jovem - é tudo muito com cara de novo e muito igual.

Com esta neve toda parece que eu estou no céu - uma musiquinha tocando de fundo, um monte de nada e uma vontade de descer até o inferno para ver como é que andam as coisas por lá.

Mas está tudo bem. Faz parte do ser humano reclamar da vida mesmo que a vida seja boa.

...

A Soraya está se recuperando da sua garganta rebelde e o Arthur tem visão 100% de longe e 95% de perto (ou algo assim), nada que o obrigue a usar óculos (nem de longe, segundo a médica, ótima por sinal). Ou seja, se ele estiver indo mal na escola o negócio é pegar no pé mesmo porque culpa da vista, não é.

Fui!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A day in the life

Este é o título de uma música dos Beatles...

"I hear the news today oh boy"
"About a lucky man who made the grade"
...



Estou ouvindo esta música agora. Ela fecha o álbum Sargent Peppers Lonely Hearts Club Band, e é uma das minhas músicas preferidas de todos os tempos, junto com mais algumas do Pink Floyd, Alice in Chains, Pearl Jam, Chico Buarque, uma meia dúzia de músicas clássicas e algumas outras.

Falando de "um dia na vida", nestes últimos dias brancos a vista da janela do escritório ficou mais bonita. Quase me faz esquecer o fato de que o sol se põe às cinco da tarde, mas com toda a neve nos telhados e na rua a noite fica mais clara, quase azul, como hoje - o céu está limpo, as ruas estão brancas e tem um vento vindo das montanhas que está derretendo a neve da varanda e limpando as árvores da sua cobertura gélida. Tem sido interessante dirigir nestes dias, principalmente nas ruas aqui perto de casa, com o tapete deslizante que insiste em ficar sobre as mesmas (olha o mesmo aí de novo). Eu me divirto acelerando e brecando o carro para tentar entender os limites de aderência nestas condições.

A Soraya está meio doente, hoje o menino nem foi para a escola mas amanhã ele vai, e acho que eu vou sair mais cedo do trabalho para buscar ele. Agora eu já consigo trabalhar de casa, é quase igual a ficar no computador do trabalho, até mesmo porque eu uso o computador do trabalho a partir do meu de casa - com uma conexão decente do lado de cá e do lado de lá, é quase como estar sentado na minha mesa. O trabalho tem sido divertido, é engraçado testar uma aplicação de voz, eu fico tentando interagir com a "voz" feminina do outro lado e xingando a mulher toda vez que algum problema acontece, sem lembrar que a mulher que grava todo o áudio que a gente usa senta numa sala à prova de som, não muito longe da minha mesa.

Até hoje me perguntaram porque diabos que eu converso tanto com o computador.

Outra coisa que tem acontecido nestes últimos dias é que eu não tenho dormido muito bem à noite - eu sei disso porque eu sonho a noite inteira. De vez em quando eu lembro do que eu sonhei, de vez em quando eu não lembro, de vez em quando os sonhos se cruzam e aí é uma beleza, minha manhã começa psicodélica. Junto com a paisagem surreal de Calgary no inverno, é uma maravilha.

E o carro gelado pela manhã? Sabe vaporzinho que sai da boca? Pois é, aqui o carro fica friiiiio de dar calafrio em pinguim, o volante fica gelado, os bancos parecem esculturas de gelo e a água que eu esqueci no dia anterior amanhece congelada. Surreal, surreal. A coisa ruim da neve é a sujeira, em certa escala é que nem areia, é muito bonito, sem isso o lugar fica incompleto (praia sem areia não é praia), mas incomoda, entra em tudo, suja, é uma tranqueira. Neve é igual, é muito bonita, deixa a noite clara, mas suja tudo. O coitado do carro que o diga, ainda mais com uma criança que faz questão de escalar o monte de neve mais alto que vê pela frente antes de entrar com as botas sujas e deixar toda aquela neve derreter no banco de trás.

Praia, oceano, que beleza.

Fui!

As fotos...



Conforme prometido...

:-)

domingo, 7 de dezembro de 2008

Viagem, neve, carro, neve, frio, neve

Neste Sábado a gente resolveu dar um dos nossos passeios. Resolvimos ir até Vulcan, a cidade, e não o planeta. Saímos de Calgary, pegamos a Highway #1, passamos por Chestermere, uma cidade dormitório, e eu tive uma sensação de Deja Vu, parecia que eu esta dirigindo pela BR-101 em Santa Catarina quando surgem os lagos de Itajaí. Foi bem bonito. Seguimos mais um tanto pela Highway #1 e depois fomos para a Alberta Highway 24, depois para a Highway 23 e, no meio do caminho, não sei se na 24 ou na 23, vimos uns vagões de trem da estrada, umas estufas, uma charrete, e resolvemos dar uma parada. Chegamos lá e, muito bem recebidos, fomos dar uma volta de charrete pela plantação de árvores de natal do pessoal. Foi bem, bem bonito. Depois resolvemos entrar na "vendinha" do lugar, com produtos com cara de Canadá e com cara de natal, mas todos "Made in China". O lugar também era bem aconchegante, e depois resolvemos ir ver o vagão restaurante, que o Arthur adorou.

Ficamos uma horinha no lugar e depois resolvemos cair na estrada de novo. Acho que mais uma horinha e chegamos em Vulcan, onde vimos uma réplica da Enterprise e tiramos várias fotos, pena que já era "noite" (agora aqui o sol se põe às cinco da tarde nesta época do ano), demos um rolê pela cidade (bem ajeitadinha, por sinal), e depois colocamos o pé na estrada de novo.

Foi bem bonito - como uma imagem vale por mil palavras, eu vou colocar as fotos amanhã.

O Arthur começou a dormir no carro antes das seis da tarde, chegamos em casa e ele emendou o sono, o resultado - uma e meia da manhã ele acordou, tomou o seu leite, pegou o seu cobertor e seu travesseiro e foi ver TV. Apagou no quarto de brincar. Fui tentar levar ele para o quarto de dormir e ele nem quis ir - só deu mesmo para ajeitar o cafofo e deixar ele por lá mesmo.

Hoje lá pelas nove da manhã o Arthur foi o primeiro a perceber que começou a nevar. E nevou. Aqui acho que foram uns dez centímetros - na casa do Curtis, um amigo meu do trabalho antigo, onde a gente foi hoje à tarde, acho que foram uns quinze centímetros. Foi uma experiência interessante dirigir em um dia que o departamento de trânsito de Calgary recomendou às pessoas não sair de casa a não ser que seja necessário. Mas olha, os pneus de neve fizeram uma diferença - eu escorreguei uma vez quando eu virei em uma esquina rápido demais, mas eu parei antes de bater no meio fio ou em qualquer outra coisa. Fora essa (é como o pessoal diz, você está com pneu de neve, mas ainda está dirigindo sobre neve e gelo, não esqueça isso), o passeio foi bem tranquilo. Eu vi carros patinando e carros dançando onde a van se comportou bem.

Acho que o pior tipo de carro para se ter nesta época é uma picape como a S-10, que tem tração traseira mas, se estiver descarregada, não tem quase nenhum peso no eixo traseiro. Eu vi um cara sofrendo horrores para poder estacionar em uma vaga com apenas uma camada fina de gelo no chão.

Pois é. Em homenagem a neve, uma tirinha:



Fui!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Curtas

Eu estou desconfiado que o carro anda vazando óleo - eu sempre vejo umas manchinhas pretas no estacionamento do prédio onde eu trabalho, e hoje eu resolvi dar uma olhada no nível do óleo no estacionamento da locadora.

Tira o marcador (qual será o nome daquele troço?), põe de novo, tira, limpa, mede, e vê que talvez esteja faltando um pouco mesmo. O Renato, antigo dono do carro, me deixou o resto do óleo que ele colocou no carro (van?!) antes de me vender e lá fui eu completar o danado. Com cuidado, vou, tiro a tampa do motor e... deixo ela cair.

O mais legal de tudo é que ela não chegou até o chão. Ficou em algum lugar entre aquelas dezenas de fios, cabos, tubos e metais quentes do compartimento do motor. Eu acho que eu procurei a tampa por uns dez minutos a partir de cima, até que eu tive que perder a compostura e deitar no chão, tateando (estava escuro, além de tudo), até que...

TÁ DÃ... achei a coitada da tampa. Eu já estava pensando longe, em ir até a Canadian Tire só para comprar uma tampa nova e poder andar com o carro. O Arthur que se divertiu vendo o seu pai se revirando inteiro para achar uma tampinha qualquer.

As mais incríveis aventuras...

...

Bueno... Eu estou com um sono de lascar, mas vou me segurar e escrever mais. Calgary é uma cidade meio doida. De manhã bem cedo a temperatura era de -15 graus Celsius, depois caiu para -17, depois começou a subir, subir, e agora é de 6 graus, com um belo Chinook vindo das montanhas. Se a previsão do tempo se confirmar, vai nevar quase uns 20 cm na semana que vem.

Bom, o sono está de lascar mesmo :-(. Vou ir dormir mas amanhã vou escrever mais.

Fui!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Música de novela

Estava falando com a Soraya em como a música de um artista famoso às vezes fica conhecida como "a música da novela"...

Stairway to Heaven NÃO É a música da novela! Embora enjoe de tanto ser tocada, é uma das melhores músicas do Led Zeppelin (na minha opinião), e o solo de guitarra no final é um dos melhores de todos os tempos. E aquele baitola da rádio de Caraguá ainda tinha coragem de CORTAR FORA o solo da música só porque era "a música da novela".

Tipo...

"You stairway lies on the whispering wind..."
"ooooooOOOOOoo"
"Pararãn ... pararãn ... pararãn"
... eu esperando um puta solo de guitarra e...
"Atenção! Atenção! Promoção do gavetão na loja do Manecão!!!"

Ninguém merece.

Tudo bem que eu sou meio fresco - eu digo que eu ouço a versão de uma música "cantada" por alguém, já que o autor original, vai saber. "The man who sold the world" não é do Nirvana, embora pareça ser já que ficou famosa no Unplugged - mesmo ele dizendo "This is a David Bowie song" ou algo do tipo.

Tudo bem que nada supere "música: Give me Love - autor: Marisa Monte" como eu vi em muito lugar (é do George Harrison). Ela canta, mas quem compôs foi outra pessoa.

E agora é hora de ir para casa. Nevou, a temperatura atual é de -5 graus e amanhã pela manhã será de -15 graus!

Sensacional.

Fui!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Hoje...

...a temperatura era de 14 graus Celsius à tarde. Agora é de -3. E com o ventinho de 39 quilômetros por hora a sensação é de -10. Em umas 3 ou 4 horas e sensação térmica despencou mais de 20 graus.

Perto de Calgary, as quatro estações por dia de São Paulo são fichinha.

De resto, tudo na mesma. O final de semana foi bem bão, uma tranquilidade só - Sábado fomos comprar uns livrinhos para ensinar o Arthur a ler, e à noite um casal de amigos veio nos visitar, a Andresa e o Márcio (aqui em Calgary, se não tem blog, está fugindo à regra), e foi bem legal. Domingo fomos no cinema ver Madagascar 2 e o áudio do filme enroscou nos 10 minutos finais, no IMAX!!! Assim não dá. Mas tudo bem, o filme é bom mesmo, e o começo realmente é de encher os olhos (não tanto pela emoção das cenas, mas sim por vem uma animação gráfica bem feita naquela tela imensa do IMAX).

Semana que vem a gente está planejando um passeio mais extendido (ou estendido) - se bobear vamos até Drumheller conhecer o parque dos dinossauros. E depois a gente quer passar um final de semana inteiro fora de Calgary - no Brasil, a gente passava um final de semana em casa e dois viajando - aqui eu sinto um pouco de falta de não estar em casa 100% do tempo.

Hoje eu fui almoçar no Desert e o meu chefe não queria cabbage (ele ficou trabalhando e a gente foi buscar o nosso almoço e também buscamos o dele). Eu fiz uma cara de quem entendeu uma palavra que soa estranha na minha língua, mas anotei e depois fui lá fazer o pedido:

"O que você quer senhor?" (na verdade, no lugar o mais correto seria "O que é que você quer?")

"Everything but cabbage"

Tudo menos repolho. Acho que o meu chefe não curte muito peidar. O "but" é uma palavra sensacional - assim como o "mas" no Brasil, significa "eu disse tudo aqui MAS eu acho isso", e além do "mas" também significa "menos" como no exemplo acima. E se põe mais um "t" no final vira "butt", uma preferência Brasileira (leia-se bunda).

A gente viu Get Smart na Sexta-feira. Sensacional. Que Mr. Bean que nada. O negócio é ser engraçado sendo inteligente. O humor é bom, o personagem principal não é retardado, a Bond Girl é bonitona (Anne Hathaway) e os coadjuvantes são impagáveis.

Sábado (ou ontem) vimos o "The Other Boleyn Girl", um filme que se passa há muitos e muitos anos em um país muito muito distante onde as pessoas eram muito ambiciosas :-). Sei lá. O filme até que é bom, mas o povo é muito vidrado em poder, dinheiro, rei, rainha, filho homem, dinheiro, posses, terras, dá calafrio e arrepio. Acho que eu já conheci pessoas assim (leia-se "meu antigo chefe") e não gosto muito destas idéias.

Bom, preciso escrever um E-Mail para o povo do trabalho enquanto as idéias ainda estão frescas na minha cabeça.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A vida e a loteria

Eu costumo jogar na loteria - aqui no Canadá as duas que tem os maiores prêmios são a 6/49 e a Super 7. O maior prêmio já ganho aqui no Canadá foi na 6/49, 54.3 milhões de dólares - os sortudos foram os trabalhadores de uma empresa na área de petróleo - coitado do patrão que perdeu os 17 empregados.

O que eu faria se eu ganhasse na loteria?

. Acho que eu ia continuar morando no Canadá - mas ia poder visitar o Brasil quando desse na telha;
. Ia comprar uma casinha por estas bandas;
. Ajudaria quem estivesse precisando de uma mãozinha no Brasil;
. Um carrinho novo, grande, com tração integral (bom para a neve) e com bancos aquecidos não ia mal, né?
. E eu ia levar a família para viajar por este mundão.

Não ia ser muito mais do que está aí em cima. Eu acho que eu sou uma pessoa mais simples do que penso - uso o mesmo tênis rasgado o tempo inteiro, tenho um carro simples com pneus novos, meu computador de 1900 e bolinha ainda funciona com seus 30 GB de disco, minha TV é de LCD - mas era o modelo mais barato que tinha na loja, os meus móveis são baratos e bonitos, a gente gosta de sebo e de comprar livros grandes e baratos na Chapters, e sobra um pouco de tempo e dinheiro para os passatempos - um cineminha aqui, um jantar ali, uma cervejinha no final de semana, um passeio de carro hora ou outra e alugar uns 10 filmes para ver durante a semana.

Dois catadores de papelão conversando:

"Ô Zé, o que você ia fazer se ganhasse na sena, homem?"
"Sei não, Zezé, acho que ia colocar uns pneus novos no carreto!"

...

Hoje no trabalho eu comentei com um colega sobre a frase que eu havia lido mais cedo:

"It's good do live in United States, but it sucks. It sucks to live in Brazil, but it's good"

E ele comentou "olha, sabe que pode até ser verdade, durante a minha viagem para a América Latina (este é o site dele), eu percebi que em todos os lugares que eu ia, mesmo os mais pobres, as pessoas estavam sempre sorrindo. Sei lá se é porque elas estavam felizes de estar vivas ou qualquer que seja o motivo, mas elas estavam sempre sorrindo".

As pessoas de cá me perguntam porque é que eu vir morar neste frio - acho que praia e calor para o povo destas bandas significa férias, Piña Colada (eles não vão tão para baixo a ponto de saber o que é Caipirinha), mulherada bonita e pacotaço de viagem "tudo inclusive". Aí eu explico que existem mais coisas na equação, blá, blá, blá, tento convencer quem quer que seja de que na vida nem tudo é sol, pão e água, até que me perguntam qual que é a temperatura média no Brasil, e todo o sermão de meia hora sobre violência e qualidade de vida é rapidamente esquecido.

Na verdade eu também perguntaria a mesma coisa para alguém que tivesse vindo de um país como o Caribe ou Nova Zelândia.

...

Esta semana a gente foi no Mercado Italiano. Eu queria porque queria comprar um panettone Italiano, da gema, e a Soraya me dizendo "vai no Carlos, compra o Bauducco", e eu dizendo "que Bauducco o quê, vou é comprar direto da origem".

Pois é. O panettone Italiano da gema 100% garantia de origem não tem nada demais não. As outras coisas até que estavam boas, mas acho que doce é bom é doce Brasileiro mesmo - os chocolates estavam meio doce demais, o que era crocante estava muito crocante, e a expectativa talvez estivesse pra lá de alta.

Mas porém, contudo, todavia e entretanto não se intimidem. O salame estava bom, mesmo não sendo apimentado, o pão Ítalo-Franco estava fresquinho o suficiente, o chocolate que eu comprei estava até que gostoso, e a loja não deixa de ser deveras interessante - o Arthur por sua vez comprou uma bandeira da Itália - eu me dei a desculpa de que era para torcer pela Ferrari.

Depois da Itália fomos até o Brasil, na loja do Carlos, a Brasil with S. Não sei se tinha o panettone Bauducco por lá, mas tinha massa de pão de queijo, massa de pastel, bolacha passatempo e guaraná. O jantar foi bom, obrigado. É bom ir na loja do Carlos de vez em quando matar a saudade da comida Brasileira - não é tão grande e tão chique que nem o mercado Italiano (afinal a comunidade Brasileira aqui deve ser bem menor do que a Italiana), mas está de bom tamanho para o nosso bolso e apetite.

...

Ficou parecendo texto de marketing :-).

...

Bom, já escrevi páginas e páginas e páginas. Está na hora de ir fazer o pequeno dormir.

Fui!

...

Acabei de ler nos Invasões Bárbaras. Me desculpe, Jeanne, mas é tão sensacional que eu tenho que copiar aqui também:
Estes dia vi uma expressão que me chamou a atenção lá no Entrevistando Expatriados. Segundo a entrevistada, que mora nos Estados Unidos há quase 4 anos, a frase é do Tom Jobim :

Viver nos Estados Unidos é bom, mas é uma merda; viver no Brasil é uma merda, mas é bom. Aqui tudo funciona, tem bons empregos, pagam bem, o pessoal valoriza seu trabalho, as ruas são limpas, não existe violência, o custo de vida é mais baixo, os produtos são mais baratos… mas falta o calor humano do brasileiro, as paisagens lindas do nosso país. E isso, já dizia Mastercard: Não tem preço. E no Brasil tem o grande problema da violência, da pobreza. Ninguém valoriza seu trabalho, ninguém quer pagar o que você merece. Você vive com medo de ser assaltado, não pode sair pra andar de bicicleta ou iPod. Não pode usar relógio em ônibus. Não há liberdade nesse sentido.

No meu caso a saudade vai em volta. Tem uns dias que dá mais, outros que dá menos, outros que a gente nem pensa nisso. Tem uns dias em que tudo o que eu queria era poder parar e ir tomar uma cerveja e comer um pastel com os amigos de lá. Outros dias dá vontade de ir na praia. Até saudade de descer a Imigrantes e ver aquele tapetão verde quando a serra termina dá, hora ou outra.

Acho que o culpado é o inverno que está chegando, este danado.

Fui!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Estava eu fazendo a minha checagem mensal dos acessos e contadores do blog, quando me reparei com uma expressão de busca usando o diminutivo da palavra "safada" e outras palavrinhas relacionadas ao ato de copular. Óbvio que entrou no blog e saiu. Principalmente depois que viu o contexto da palavra "safada" no blog.

De resto, nada demais. O número de acessos ao blog diminuiu em relação ao quer era há uns dias atrás, acho que a média de acessos diários hoje em dia é de 40 ou 50 visitas, uns dias mais, outros menos, o que é muito mais do que eu achei que este blog jamais fosse receber.

Mas whatever.

Eu já disse antes que o meu bairro é o paraíso dos restaurantes Vietnamitas e afins - leia-se "outras culturas Orientais". Tem também uns fast-foods, tipo KFC, A & W e afins, mas a jóia do lugar são realmente os restaurantes Vietnamitas. E olha, eu já posso dizer que eu gosto de comida Vietnamita. A comida é boa, nutritiva e eu acho que não deve engordar muito - em todos os filmes de guerra que fizeram no Vietnam, eu nunca vi nenhum gordinho.

E é impressionante. Todos os restaurantes Vietnamitas tem sempre os mesmos pratos. E eles são tão parecidos que eu até começo a achar que deve ser isso mesmo que eles comem por lá!!! O meu prato preferido é que eles chamam de Bun Cha. A minha variadade preferida involve vermicelli noodle (não sei como traduzir isto para o Português) servido com brotos de feijão, carne de porco, uns rolinhos primavera (mas salgado, diferente do que a gente encontra nos restaurantes Chineses no Brasil), uma saladinha e mais algumas coisinhas, tudo com amendoim por cima e um molho servido em um potinho. Vem tudo misturado em uma tijelona. E é bom.

Outras variedades envolvem arroz com alguma carne, a clássica sopa vietnamita que é servida com carne de boi ou de frango, os subs (sanduíches) que são feitos com bastante recheio e um pão bem macio, e os side dishes, como rolinhos primavera e afins.

E o que é melhor - diferente da comida Tailandesa, a comida Vietnamita não é apimentada - a não ser que você peça para a comida vir apimentada, o que é uma grande diferença - nos restaurantes Tailandeses eles dizem que a comida vem sem pimenta, mas na hora que a comida chega, você vê que o padrão deles é diferente.

Mas é isso. Meu bairro é o oásis para quem gosta de comida oriental. Bom, não necessariamente bonito, e barato.

De qualquer jeito, não há neste mundo que supere uma boa pizza de catupiry ou um arroz + feijão + bife.

Bom, vou dormir que não só de comida vive o homem.

Fui!

domingo, 23 de novembro de 2008

Instalei os tais dos pneus de inverno no carro. Os pneus antigos estavam gastos e eu achei melhor jogá-los fora, o problema é que quando o inverno acabar vou ter que comprar pneus novos, all season. Mas não necessariamente precisam ser novos, já que não faz sentido gastar 500 dólares agora e mais 500 dólares depois, para um carro que vale só 1300 dólares.

Bom, os pneus ficaram bonitos na van - até parece que eles são maiores que os antigos, mas eu acho que é só impressão já que estes estão novos. O teste do alley foi um sucesso, o carro parou sem problemas em cima do gelo e também conseguiu subir a ladeira, embora patinando um pouquinho no trecho onde o gelo tinha uma camada d'água em cima. Como o pessoal fala, mesmo com pneu de inverno, ainda é necessário tomar cuidado e dirigir com cautela já que o pneu ajuda, mas não faz milagres.

Este final de semana foi bem tranquilo. Ontem fomos no cinema ver Bolt, o novo filme 3D da Disney, dirigido por um cara que era da Pixar. É a história de um cachorrinho que acha que tem superpoderes, enquanto na verdade ele é parte de um seriado de ação e nem sabe disso. Bem legal, bem engraçado, e o efeito 3D (eles dão os óculos na entrada) é bem suave. Muito bom.

Pois é. E depois fomos no Montana, um restaurante (na verdade, acho que é uma rede de restaurantes) aqui em Calgary. O ambiente é bem interessante, bem country, bem rústico, e a comida é BBB, boa, bonita e barata. Voltaremos lá, com certeza - o Swiss Chalet decepcionou da última vez, mas o Montana foi ótimo. Comi a versão destas bandas de carne assada, com purê de batatas, gravy e mais uns vegetais que passaram batido. Ganhamos umas asinhas de frango e conhecemos um Brasileiro que mora aqui desde os dois anos de idade e não fala mais Português. Ele chutou que a gente falava Português por causa do meu sotaque.

Bom, vou ver um filme agora.

Depois tem mais.

Fui!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Pneus e alguns curtas

Hoje eu larguei a Mystery Machine na Canadian Tire para a instalação dos pneus de inverno - Goodyear Nordic, 205/75/R14. Acho que é isso. Pelo menos é o que estava nos pneus que estão no carro atualmente.

93 dólares cada um (o que é barato), mais 60 dólares de balanceamento, 5% de imposto, taxas de dano ao meio ambiente (coisas do Canadá), e eu estou 500 dólares mais pobre - e sem carro até Sábado. Mas eu acho que é um dinheiro bem aplicado. Os pneus da van não estavam lá estas coisas e eu já senti o drama de dirigir em uma rua coberta de gelo. O Goodyear Nordic é o mais barato dos pneus de inverno, mas eu, como todo bom nerd, deu uma bela de uma pesquisada na internet, e os únicos pontos negativos que eu encontrei foram pessoas reclamando que o pneu é meio barulhento.

Antes que você comece a rir, uma das preocupações dos fabricantes de pneus é justamente fabricar pneus silenciosos. Pode não fazer diferença no meu carro que está entrando na puberdade, mas para um carrinho mais novo e todo azeitadinho a diferença é grande. Os pneus de inverno, com sulcos mais profundos do que os pneus normais, fazem mais barulho quando tocam o asfalto.

Bom, voltando à minha pesquisa, os fatores positivos do pneu pesaram mais alto que os fatores negativos. Este é, de fato, um pneu de inverno, com aderência muito superior à dos pneus "all season" ou dos pneus de verão. Embora não seja provavelmente tão bom quanto os seus irmãos mais caros, dá para o gasto. Mas isso eu só vou saber mesmo quando eu estiver com o carro :-).

...

Amanhã vou trabalhar de bumba.

...

PAPO NERD. A parte aí de baixo ficou meio chata... Espere o próximo post :-)

Eu digito em média umas 77 palavras por minuto na língua inglesa. Sem erros (quer dizer, o texto final estava sem erros, mas eu apertei o backspace acho que pra lá de uma caraiada de vezes).

We Are Typists First, Programmers Second

Males da profissão. Eu tenho que saber escrever rápido. Principalmente, porque como o cara define no artigo aí de cima, a memória da gente é curta e quanto mais rápido uma idéia vira código, mas idéias se concretizam. É engraçado porque quando eu era uma criança pequena lá em Caraguatatuba eu fiz uns cursos de datilografia - o que foi bom, porque eu escrevo quase como mandava a lição. Tem uns dedos que eu deveria usar com mais frequência mas que no fim ficam relegados para as teclas de controle, como Caps, Enter, etc... No fim, acho que eu escrevo com nove dedos, o mindinho da mão direita praticamente relegado.

Falando em profissão, quando eu paro para pensar nas pequenas coisas do dia-a-dia que eu faço para acelerar o meu trabalho, saio com uma listinha:

. Aprendo atalhos para tudo. Por exemplo, para testar a aplicação de voz eu faço uma ligação do meu computador. Ao invés de achar o programa e clicar com o mouse no botão de rediscar (o que levaria uns 5 segundos), eu uso Ctrl + Alt + R e gasto menos de um décimo de segundo;
. Eu uso uma configuração da ferramenta de desenvolvimento que a gente usa que me permite iniciar a aplicação que a gente usa em menos de 10 segundos. O outro jeito leva uns 2 minutos. Sei lá porque cargas d'água ainda tem gente que faz do outro jeito;
. Configurações padrões, softwares atualizados e tudo azeitado - meu computador no trabalho funciona 100% do tempo e TUDO funciona. É impressionante como em alguns outros computadores as coisas não funcionam tão bem. É aquela velha máxima - "mas funciona no meu computador";
. Largar o mouse de lado é importante. Sério. O mouse é um freio de mão.

Bom, vou dormir.

Amanhã, bumba.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Calgary Downtown

Eu acho Calgary uma cidade bonita, ajeitada. Mas às vezes eu também acho a cidade meio espalhada demais, muitos espaços vazios, aquele jeito de interior com o qual eu não estou acostumado, por ter vivido bastante tempo em Santos e em São Paulo, cidades densamente povoadas e ambas com vários prédios, principalmente São Paulo.

Mas Calgary também tem o seu lado de cidade grande. E onde isto se destaca mais é no centro da cidade, Calgary Downtown:



Tem mais aqui.

Eu trabalho na região leste da cidade, na 17 AV SE, no lugar onde está a setinha vermelha no mapa aí de baixo:



Eu tenho vários caminhos para ir para casa. Eu posso pegar aquela rodovia número 2 no mapa, que na verdade é a Deerfoot Trail, depois ir pelo Glenmore Trail até chegar no Crowchild Trail, e de lá para casa só mais cinco minutinhos. Eu chamo de o caminho das "highways", já que eu só vou pegar um semáforo quase em casa. É bom quando eu não quero "pensar" para dirigir, só ligo o piloto automático e vou embora - o problema é que no caminho não tem nada interessante.

Outro caminho é ir "por dentro", pegar aquela 17 Ave SE no mapa aí de cima, depois a 9 AV SE e passar por Inglewood, um dos bairros mais antigos da cidade, e passar perto do centro. Este caminho é interessante para quebrar a rotina e para passar por um dos lugares de Calgary que eu considero mais com cara de "filme dos anos 50". Mas não é lá muito diferente do caminho das highways...

O meu trajeto preferido mesmo é ir pela Memorial Drive, já que na minha humilde opinião é o lugar que tem uma das melhores vistas do centro da cidade - e, agora que está anoitecendo às cinco da tarde, os prédios acesos do centro criam uma atmosfera mais interessante ainda. De bônus, eu ainda passo por cima do Bow River e vejo as obras que estão rolando por lá. Hoje, por exemplo, eu vi o primeiro esboço da The Bow, um arranha-céu que estão construindo entre a 7 AV e 5 AV SW, perto 1 ST SW, cujo "buraco" começou a ser cavado mais de um ano atrás, mas que agora já tem alguma estrutura aparecendo.

Outro bônus hoje foi ver um prédio que estão demolindo, pedacinho por pedacinho, com uma grua ou sejá-lá-o-que-for-aquele-monstro. Parece cena de filme de desastre Japonês, o prédio só com uma metade inteira, os andares todos aparecendo e aquele monstro tentando derrubar uma viga de metal de um dos andares. Sensacional. Se eu fosse vendedor ambulante eu com certeza ia fazer ponto do outro lado da rua - eu quase que dei a volta na quadra só para ficar bisbilhotar mais um pouco.

...

Pois é. E agora dá para ver melhor o centro da cidade já que estamos motorizados. E hoje eu tive duas experiências interessantes, relacionadas à fina camada de gelo que anda nas ruas desta cidade climatizada e a Mystery Machine (é com dois "Y", eu achava que era com um só), que ainda anda com os seus pneus "All Season". O primeiro foi parar para um pedestre na rua aqui de casa, mesmo a 20 km/h eu travei todas as rodas e só não tive que "destravar" para corrigir a trajetória do carro porque eu estava bem devagar mesmo. Acho que se o meu carro já teve ABS um dia, este deixou de funcionar há muito tempo.

A outra foi a minha idéinha de passar pelo alley aqui atrás de casa e parar na ladeirinha que tem ali. Quem disse que eu conseguia sair dali? Tive que soltar o carro, deixar ele descer a ladeira até o plano, e aí tentar de novo, desta vez com um embalo.

Pneus de inverno, aí vou eu.

...

Hoje eu fui almoçar no Marlborough Mall, como eu já disse antes, o shopping dos manos de Calgary. Hoje era também o shopping dos moradores de rua e de uma senhora (moradora de rua também, com o seu carrinho de compras à tiracolo) com chulé que tirou o tênis do lado da nossa mesa, e ainda pediu desculpas pelo mal-cheiro - e, bem educada, ainda agradeceu quando a gente mudou de lugar (a mulher realmente tinha um chulé do outro mundo, eu tentei pensar que era queijo mas a minha psicologia não anda das melhores).

Sem preconceito. Mas mal-cheiro é triste. Ainda mais quando se está almoçando.

Ir para o Marlborough Mall é como ir para o lado "B" de Calgary, e ir no Wal-Mart do Marlborough Mall é como ir para o lado "C". O meu ex-gerente definiu o Wal-Mart muito bem - é um lugar onde você tem que ir de vez em quando, mas onde não dá vontade de ficar muito tempo. Não sei, é estranho, apertado, os funcionários não são educados, as pessoas são muitas e muito apressadas, é como uma mini 25 de Março (rua do comércio popular em São Paulo).

...

Um dos caras que trabalha comigo é da Índia, e todo dia ele leva o seu almoço para o trabalho. Mas que almoço perfurmado, viu? Todo dia que eu atraso a saída para o meu almoço e ele prepara o rango dele no microondas, a fome aperta. Agora que o cara que era alérgico à Curry saiu da empresa, presumo eu que o que quer que esteja lá naquele tupperware vai abrir mais ainda o apetite da galera.

Bom, vou ver o Wall-E. Só eu, que o pequeno capotou no sofá.

Fui!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Novas

Pois é. Vamos bem, obrigado.

O Arthur indo para a escola pela manhã e fazendo sons de explosão enquanto brinca com o seu helicóptero pela sala. E eu aluguei o Wall-E, que acabou de sair em DVD por estas bandas...

... pausa ...

Acabamos de ver o Wall-E. Filminho bom. É desenho, mas é bom. Vimos também os extras. Extras, mas são legais. Tem algumas coisas que eu não gosto de ver nos DVD's que eu alugo:

. Cenas deletadas - é fácil perceber porque a tal cena não era tão querida e não entrou na versão que foi para o cinema;
. Versão do diretor - tudo bem que os diretores precisem ter liberdade criativa e tal, mas depois que eu aluguei Apocalypse NowRedux, eu percebi que a versão "menor" dos cinemas provavelmente tinha um motivo em ser. Dizem que esta versão do diretor até que é boa, mas eu dormi e não vi até o final.

Eu aluguei um filme chamado Brazil. Dizem que é um filme do tipo "ame ou odeie". Vou precisar alugar de novo porque eu fiquei com o filme em casa por uma semana e não tomei vergonha na cara para assistir.

Aqui no Canadá tem muito filme que vem com um "UNRATED" em letras garrafais na capa. O "UNRATED" quer dizer que o filme não foi avaliado por um ser etéreo, que diz qual a idade mínima recomendada para um jovem poder assistir o filme sem criar traumas irreversíveis. Sei. O "UNRATED", até onde eu entendo, é só para dizer para a molecada que o filme vai ter mulher pelada. Ponto. Que trauma irreversível, que nada.

... Até mesmo porque eu já filme em que o "UNRATED" fazia as vezes da faixinha preta na foto da capa do DVD.

...

Hoje eu fui almoçar com o pessoal do meu trabalho antigo. Depois do almoço eu dei uma carona para o povo e fui dar uma andada pela vizinhança do meu trabalho antigo - uma hora alguém avistou um prédio e comentou "olha, parece o prédio onde a gente trabalha", só para ser replicado pelo outro "pois é, mas eles tem uma coisa que a gente não tem - JANELAS".

As empresas por estas bandas de cá estão sentindo a recessão na economia dos Estados Unidos, e a minha não é exceção. Estamos em uma época de corte de custos. A partir do Dezembro, fico uma Sexta-feira de cada mês em casa, sem receber. Um corte de 4 ou 5 % do salário. Não é um mundo ideal, mas é melhor do que um amigo meu de NY que estava contemplando a possibilidade de receber um corte de 10% do salário, ponto final.

E embora eu tenha ficado meio triste pelo corte do salário eu também mal posso esperar pela primeira Sexta-feira neste esquema novo, até mesmo porque eles vão tentar casar o dia de folga com um final de semana que já seja um feriado prolongado, para criar um feriadão de 4 dias.

Família, não se preocupem, ainda estamos indo bem, obrigado :-)

...

Começou a temporada da neve aqui em Calgary. Neve padrão Calgary, diga-se de passagem. No máximo 3 centímetros, em algumas raras ocasiões 10 centímetros, em ocasiões mais raras ainda uns 20 centímetros e uma vez a cada não sei quantos anos neva como nevou em Maio, quando fomos soterrados por uns 40 centímetros de neve.

E hoje está nevando. São só uns flurries, mas está tudo branquinho, e a rua fica com aquele "brilho" refletido pela neve que está no chão. É um efeito bonito que fica mais forte enquanto a neve ainda está em cima do asfalto na rua, amanhã à noite, se não nevar mais, as ruas já vão estar mais escuras.

A nova para amanhã é o frio matinal, -10 graus. Ainda bem que eu trouxe as minhas luvas e o gorro para dentro, pois amanhã cedo, com este friozinho e com a neve de hoje, vou ter que gastar uns cinco minutos para limpar o carro antes de colocar a Mistery Machine para trabalhar.

...

E as minhas piadas? Pois é, ando meio sem criatividade e estou vendo o parto de um bezerro na TV, e isto não ajuda muito.

UPDATE: Acho que está nevando mesmo - não diria que são só flurries agora não. Sabe quando você olha para o poste e vê a chuva caindo? Com a neve é a mesma coisa, só mais branco :-).

Ia voltar a falar de piadas mas o coitado do bezerro está pendurado na vaca e a vaca está dando uma voltinha pelo estábulo. O nome do programa é Dirty Jobs e o canal é o Discovery Channel. E eu já vi este episódio, mas estou com preguiça de mudar de canal.

...

Voltando ao frio, ontem pela manhã as ruas do meu bairro estavam com uma fina camada de gelo. Dirigi com cautela, e funcionou - cheguei inteiro no trabalho. Mas logo, logo, vou instalar os pneus de neve. 90 dólares cada um, já vi o preço para o tamanho da roda da caranga.

Agora eu vou dormir.

Fui!

domingo, 16 de novembro de 2008

E nevou de novo. Acho que uns 3 centímetros. Ontem à noite, quando começou a nevar, as ruas aqui do bairro ficaram super claras. É como se alguém tivesse ligado um holofote ou a lua estivesse SUPER cheia (eu ia escrever EXTRA cheia mas este é um dos maneirismos que a gente pega da língua inglesa). Aliás, eu não me lembro se no inverno passado eu vi um dia em que está tudo coberto de neve com lua cheia (e sem nuvens, of course).

Bom, vou só escrever um pouquinho que a gente vai dar uma saída. Ontem fomos ver a chegada do Papai Noel no centro da cidade e, olha, foi sensacional. Parecia show da Broadway (Bródéi), quer dizer, deve parecer, já que eu nunca fui nesta tal de Broadway. Em determinado momento o Papai Noel estava cercado por mais de 100 dançarinas e dançarinos, teve fogos de artifício, música, efeitos especiais, foi bem legal. Às seis da tarde tudo acabou, fui pegar o carro no estacionamento (primeira vez que eu parei o carro no centro da cidade, YAY!), e fomos patinar. E desta vez até que a brincadeira rendeu, o Arthur gostou já que:

. Ambiente fechado = temperatura ambiente positiva;
. Apoio para quem está aprendendo = menos tombos, embora eu tenha caído de bunda no chão uma vez.

Fomos no Olympic Oval com um grupinho de Brasileiros. A gente foi direto do Olympic Park (que fica no centro da cidade), e acho que demoramos uma hora para conseguir achar o lugar. Chegamos lá e fomos procurar alguma coisa para comer, só que do lado de fora não dava para perceber que o prédio deve ter 1 KM de comprimento e o rinque de patinação é de um lado, e a praça de alimentação, do outro. E já estava quase tudo fechado, o Arthur comeu duas bananas, eu comi um sub vietnamita e a Soraya comeu alguma coisa em formato de coração na cafeteria do lugar.

Mas foi bem, bem legal. O Papai Noel e a patinação. Agora temos que voltar lá. E desta vez, eu espero ficar sem dor nos pés :-).

...

Eu estou trabalhando tanto (8 horas por dia, mas são quase 8 horas trabalhadas de fato), que no Domingo eu tenho uma certa preguiça em escrever no blog. Ainda mais com este tempo frio, o sofá do lado, a TV, a neve do lado de fora e o zono.

Vou ver se escrevo mais à noite.

Fui!!!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Unidades de medida

Ravi, eu vi o seu post do prá carário e não resisti de enviar este email

Cassaniga

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Preste atenção nisso, repare o quanto é UTIL no dia a dia!!

UNIDADES PRÁTICAS DE ENGENHARIA

Após vários sistemas de unidades (internacional MKS, CGS, etc), que não
"pegaram" porque não refletiam o universo prático dos engenheiros, estamos
oficializando um novo sistema, que já se encontra em uso corrente no mundo,
pelo sentido implícito que possui.

Confira...

POTÊNCIAS DE DEZ
prá caralho = infinito
prá cacete = 100.000
uma porrada = 10.000
uns mil = 1.000
um monte = 100
um pouco = 10
miséria = 1
um cisco = 0,1
porra nenhuma = 0,001
nem que a vaca tussa = 0,000001
nem fodendo = zero absoluto

PORCENTAGEM
tudo = 95%
quase tudo = 90%
todos = 85%
quase todos = 80%
meio = 60%
metade = 40%
ninguém = 15%
nada = 10%
quase nada = 5%
nadica de nada = 2%
1 titiquinha = 1%
1 cagagésimo = 0,1%
1 pentelhésimo = 0,001%

COMPRIMENTO
um palmo = 30cm (na compra)
um palmo = 20cm (na venda)
um quilômetro = 600m (ida)
um quilômetro = 1400m (volta)
um pinto = 30cm (dono)
um pinto = 6,31cm (outro)

GRAU DE PRECISÃO
nas coxas = erro de + ou - 30%
mais ou menos = erro de + ou - 20%
exatamente = erro de + ou - 5%
perfeitamente = erro de + ou - 4%
na bucha = erro de + ou - 3%
na lata = erro de + ou - 2%
na mosca = erro de + ou - 1%
no olhinho do __ = erro de 0,001%

MASSA
um pedação = 400 g
um pedaço = 200 g
um pedacinho = 199,5 g

VOLUME
um gole de cerveja = 600 ml
um gole de chopp = 300 ml
um gole de caipirinha = 250 ml
um gole de pinga = 100 ml
um gole de café = 50 ml
um gole de água = 25 ml
um gole de leite = 2,6 ml
um gole de remédio = 2,5 ml
um balde = 7500 ml
um mijão = 500 ml
um mijinho = 30 ml
um pinguinho = 2 ml
um cuspe = 1,5 ml
uma gota = 0,1 ml
um cheirinho = 0,001 ml

VELOCIDADE
a milhão por hora = 170 km/h
a mil por hora = 160 km/h
a cem por hora = 120 km/h
a dez por hora = 60 km/h

TEMPO
uma semana = 14 dias
duazoras = 5 h
um minuto = 30 min
um momento = 20 min

um instante = infinito

Boa, muito boa - principalmente o "um instante = infinito".

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Falando de qualquer coisa

Eu tenho exatamente 10217 E-Mails no meu Google Mail. E mesmo assim eu estou usando apenas 14% de toda a capacidade da minha conta - 1023 MB de 7261 MB disponíveis. Com a velha regra de três, temos que:

10217 = 1023
X = 7261

(10217 E-Mails estão para 1023 MB assim como X está para 7261 MB)

1023 * X = 7261 * 10217

X = (7261 * 10217) / 1023

X = 72510

72510 = E-Mail pra caraio

Caraio é uma unidade matemática para dizer que uma certa quantidade é absurdamente grande. Por exemplo, se você perguntar para um matuto na rua quanta água tem nos oceanos, ele dirá:

"Tem água pra caraio"

Destes 10217 E-Mails, se eu tiver lido uns 2000, talvez seja muito. O Google Mail tem um negócio bem legal chamado "filtro". Por exemplo, eu participo de um sem número de grupos de discussão - alguns do Canadá, alguns de Tecnologia, eu também recebo E-Mails de empresas de emprego para o qual eu me inscrevi quando eu estava trabalhando na padaria, e poraí vai. Ao invés do bonitão aqui ficar perdendo tempo com os 30 E-Mails que chegam todo dia, eu crio uns filtros e redireciono os E-Mails que não me interessam para o "Archive" e eles não poluem a minha caixa de entrada. Aí quando eu tiver um tempinho, vou lá, clico no filtro em questão e leio as mensagens que estão lá mofando.

Eu também recebo uns 20 spams por dia. A maioria dos 10217 E-Mails que eu já recebi foram, de uma maneira ou de outra, solicitados por minha pessoa (eu mesmo). Os spams são de pessoas inescrupulosas que compraram o meu endereço de E-Mail em uma lista qualquer - um pacote com 10000 endereços válidos de E-Mail deve custar uns 15 dólares na Internet. Tem spam em Inglês, em Japonês, em Alemão, tem spam que veio com o meu endereço de E-Mail como remetente (caso você não seja "da área", isso é fácil de fazer), tem um monte de E-Mail de remédios baratos pela Internet, E-Mails em Engrish, E-Mails de algumas empresas do qual eu me enchi de receber E-Mails e simplesmente cliquei no botão "Report Spam" ao invés de me "desinscrever", e também E-Mails de uns coitados que queriam mandar um E-Mail autêntico mas que escreveram algo que o Google Mail achou que era spam.

É tudo algorítmo, no fim das contas.

Eu decidi escrever sobre E-Mails, spams e afins porque a danada da Nintendo me manda um E-Mail TODO SANTO DIA com informações sobre a loja online da mesma. Hoje eu me enchi e achei no E-Mail o botão "unsubscribe", cliquei lá, selecionei tudo, recebi a mensagem de OK com o aviso "por favor note que o processo de exclusão do seu E-Mail das listas pode levar até DEZ dias úteis para ser concluído".

10 dias úteis. 80 horas de trabalho. 240 (ou mais) horas corridas. Se eu mando um E-Mail para o Japão ele chega lá em menos de 5 minutos. Ou até menos. Dez dias úteis. Será que eles tem que imprimir um memorando e mandar para todas as filiais? Será que eles não tem um sistema de mensagem eletrônica para avisar as outras filiais e tem que mandar tudo pelo correio normal? Ou será simplesmente que eles não vão me tirar da lista e eu vou ter que clicar no botão "Report Spam" e pronto?

Que coisa. Dez dias é uma eternidade.

...

Sabe como é picolé em Inglês? É ice pop. Muita gente chama de lollipop, mas segundo a Wikipedia o termo certo é mesmo ice pop. Vamos falar de contexto - não lembrei de ice pop por nenhum motivo relacionado à esta terra onde filmaram Brokeback Mountain, mas sim porque hoje eu fui comprar Pedialyte para o Arthur (já que o pequeno está com uma leve diarréia) e decidimos que o picolé era uma boa porque quando ele foi para o hospital há uns meses, o médico deu o picolé e funcionou que foi uma beleza. Não sei se tem o picolé de Pedialyte no Brasil, mas é uma boa.

...

Sabe como é guinchar em Inglês? To tow (away). I tow, you tow, they tow. Será? Sei lá. Não consegui achar um lugar com a conjugação verbal deste verbo. Se é que é verbo. Pelo menos, eu acho que é um verbo. Deve ser.

...

E nossa, já está bom com hoje. Vou lá fritar um bacon, fritar um macarrão, juntar mais alguma coisa e ver meu colesterol disparar.

Fui!

E eu ainda estou com IMC 29, ainda caracterizado como SOBREPESO, e não OBESO. O f* é que para chegar no peso ideal eu preciso perder uns 12 quilos. Eu acho que eu devo estar com uns 92 quilos agora, mas eu preciso me pesar para ter certeza.

Fui mesmo!

Eu e o blog

O blog é como um "ser" que precisa de atenção de tempos em tempos - é sempre bom ir lá e escrever um pouco sobre como as coisas estão indo, os últimos acontecimentos, passeios, etc... Mas de vez em quando este filho fica relegado em favor do trabalho, do filho de verdade, da família, dos passeios, da preguiça de Domingo, etc...

Por isso que hoje, Segunda-feira de manhã, resolvi dar uma palavra aqui. Estou no trabalho mas Segunda-feira é um dia devagar. Ainda mais esta Segunda-feira, que está bem gelada (-4 C), com sol na minha vizinhança mas com neblina aqui no meu trabalho. Resolvi ser macho hoje e saí de casa só com uma calça (sem a amada ceroula) e só com uma camisa de flanela (sem o casacão herdado do Rafael). E olha, hoje eu digo que, se o bolso e as condições permitirem, meu próximo carro terá bancos aquecidos. O carro inteiro fica gelado, mas é o banco do carro que te faz tremer de frio. Aliás, hoje o carro parecia mais um picolé, já que não só estava gelado por dentro como tinha também uma camada de gelo por fora.

Pois é, o inverno está chegando. Ontem a temperatura estava boa, uns 12 graus à tarde, que para Novembro é uma beleza. A neve ainda está em algumas casas e provavelmente em alguns lugares da cidade (onde nunca bate sol), a mesma neve vai resistir até o fim do inverno (na verdade, até Maio ou Junho, quando as primeiras chuvas varrerão o que sobrar).

No Sábado fomos almoçar no restaurante Português (Mimo) com a Scheila, Fábio e família. 19 dólares por um bacalhau bem servido, vou te dizer que vale a pena. E é restaurante Português da gema, a mulher que te atende é baixinha, tem cara de Portuguesa e bigode, fala Português de Portugal e cozinha bem. Eu comi um filé ao molho madeira e o Arthur comeu pão com manteiga. O lugar é simples, mas quem vê cara não vê coração, dinheiro não traz felicidade e tamanho não é documento, já diria o cara feio, sem dinheiro e de bilau pequeno. Brincadeira, o crime compensa, a comida é boa, o atendimento é amigável e o bacalhau é bom (assim como o filé ao molho madeira).

No Sábado também fomos no aniversário do Matheus (filho da Cecília e do Antônio), onde eu brinquei quase tanto como o Arthur, e depois nos perdemos (literalmente) em um emaranhado de ruas e avenidas redondas perto do lugar onde a festa aconteceu, nas redondezas da Anderson Road. O sol estava se pondo e a gente tinha que ir para LESTE (onde o sol nasce, ou seja, onde estava escuro), e não para OESTE (onde ainda estava claro), e era broxante quando a rua começava a virar e tcha-rãm, lá estava o sol de novo. Eu passei pelo mesmo lugar umas 5 vezes até que eu realmente vi que a única saída do labirinto era pelo mesmo lugar de onde viemos - a Soraya, minha querida e digníssima esposa, tinha tirado o mapa do carro sem querer uns dois dias antes, então só no achômetro mesmo.

No Domingo fomos dar uma volta na ilha que não é ilha (nas vizinhanças do Elbow Park), conhecemos uns bairros novos de Calgary e achamos o tal do mercado Italiano - lá tinha o torrone das "antigas", segundo a Soraya, duro de doer mas, mesmo assim, gostoso. À noite a Soraya foi dormir cedo e eu fiquei vendo Kung-Fu Panda com o Arthur, que espalhou pipoca pela sala inteira.

E eu acho que é isso. Hoje o Arthur não teve aula e eu pude dormir até um pouco mais tarde.

Agora eu vou trabalhar.

Fui!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

E nevou...

E não foi a primeira neve do ano porque nevou em Abril, mas podemos dizer que foi a primeira neve do inverno. De Segunda para Terça nevou uns 3 centímetros e eu tive que limpar o carro inteiro antes de sair de casa, teto, vidros, capô, é bom tirar o excesso para a neve não voar no pára-brisa e nem no carro de trás ao se dirigir. Como a temperatura na Terça-feira de manhã era bem próxima de zero grau(s), a neve estava meio "molhada", o que eles chamam por estas bandas de "wet snow". É uma neve mais grudenta, boa para fazer bolas imensas de neve - você começa com uma bola pequena e vai rolando ela no jardim até formar uma bola enorme.

De Terça para Quarta nem nevou e nem geou. Maravilha. De Quarta para Quinta (hoje) geou e geou bem, e eu tive que raspar o gelo de todos os vidros do carro. Ainda bem que o líquido limpador do pára-brisa de inverno (tem um para verão e um para o inverno) ajuda bastante na tarefa, já que ele é capaz de tirar uma boa camadinha de gelo do pára-brisa e do vidro de trás.

Agora, na Quarta-feira estava nevando quando eu vim para casa. E, olha, dirigir com neve caindo é uma coisa estranha. A chuva não reflete muito o farol de carro, mas a neve... Eu via cada floquinho que caía e o mundo parecia uma chuva branca. Estranho. Interessante, mas estranho.

Está ficando escuro cedo agora. 5 da tarde o sol já está indo embora. Acho que eu estou com o sono de inverno. Vou brincar um pouco com o moleque que está meio energético.

Fui!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

YAMAHA C40

Não, não é moto não.

É um violão:



Finalmente comprei o bichinho. 139 dólares na Guitar Works da Mc(Mac)Leod Trail (eu não até hoje como escrever este nome), e eu sem ritmo aprendendo como tocar MPB decentemente com a Soraya, que manja de ritmo mas não sabe tocar violão. Eu comecei a brincar com o violão na minha adolescência, deixei o meu que meu pai me deu há muitos anos no Brasil e resolvi "reaprender" a tocar. Embora eu saiba umas 30 introduções de várias músicas diferentes, possua a técnica necessária para dedilhar e até talvez usar a palheta, careço de saber mais do que uma música inteira e careço miseravelmente (gíria do Inglês mal adaptada ao Português) de algumas habilidades chave:

. Ritmo;
. Cantar e tocar ao mesmo tempo.

Ou seja, minha habilidade com o violão é mais uma distração pessoal do que uma distração para o grande público. Mas já estou treinando umas músicas que a Soraya gosta (Give Me Love, música do George Harrison na versão da Marisa Monte, e também A Sua, da Marisa Monte), e eu até imprimi umas cifras de algumas músicas do Chico Buarque - mas PELOAMORDEDEUS, quem é o polvo que consegue montar aqueles acordes? Preciso fazer alongamento diário dos meus dedos ou achar uma versão simplificada das cifras, senão vai rolar o samba de um acorde só.

Mas caminhando e cantando e seguindo a canção a gente vai, e eu não faço muita questão de aprender esta música. Agora como parte do processo natural de recomeçar a tocar violão vem a dor nas pontas dos dedos até que estes "calejem" com o exercício diário.

...

Que mais? Neste Domingo fomos no Stanley Park, em Kensigton, um parque simples e bem bonitinho, no Sábado fomos andar de trem e vimos um ser com uma maquiagem de zumbi bem sinistra no rosto e que devia estar com a maior ressaca dos seus 17 anos de idade, já que tremia mais do que o Ozzy Osbourne e não conseguia andar em linha reta. Tinha também um cara com um Rottweiller que dava para alimentar uma família de 5, um bêbado com uma bicicleta que segundo ele é mais velha do que eu (deve ser velha mesmo, já que normalmente erram a minha idade para mais), um outro bêbado que só sabia falar bebedês com o bêbado que tinha a bicicleta (na verdade, relembrando agora, ambos os bêbados tinham bicicletas), um grupo de 6 moglis com idades entre 14 e 7 anos, alguns vampiros e outros fantasiados já que era Sábado pós-Halloween e acho que de peculiar, só isso.

Como eu pude viver tanto tempo sem viajar de trem? E é bem mais legal quando é diversão e não único meio de transporte possível.

...

Sexta-feira foi o Halloween. Fomos eu, a Soraya, o Arthur, o Antônio e o Mateus na nossa vizinhança, e para surpresa geral da nação a maioria das casas tinham doces e, surpresa maior ainda, os doces e afins eram "do bom" e não "do doce" (contexto para entender a piada - há muitos e muitos anos, tinha uma empresa que vendia doces - balas e afins - e colocava uns brinquedinhos bem vagabundinhos para a molecada - quando a gente diz "do doce" quer dizer que "não presta", já que o que vem de graça no doce não presta). Talvez nestes dias de Kinder Ovo o correto fosse dizer "do chocolate", mas acho que não tem tanta graça.

Em resumo, foi bem legal, com direito a cervejinha depois (+ vinho = ressaca no dia seguinte).

Bom, vou dormir.

Fui!

Inverno chegando...

5:30 da tarde.

Da minha janela no escritório eu vejo a oficina acesa na minha frente, umas luzinhas e...

O MEU REFLEXO NO ESPELHO!

O HORÁRIO DE VERÃO ACABOU!

JÁ ESTÁ ESCURO DO LADO DE FORA!

Pois é. Que coisa. Acabou a mamata. 5:30 da tarde e o sol já se foi. Pelo menos às oito da manhã já é dia, agora já não fica tão chato acordar de manhã mas fica meio deprimente voltar para casa.

Que aliás é o que eu vou fazer.

Fui!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Muitas vezes quando eu ia dormir na casa dos pais da Soraya eu ficava no quarto do irmão dela, o Danilo, que já se debandou para Jaguariúna há muitos anos. O quarto dele era, no mínimo, peculiar:

. Livros e mais livros de RPG;
. Livros e mais livros de Mangá (histórias em quadrinhos japonesas - quer ofender alguém que gosta de Mangá? diga que se tem quadrinhos é tudo gibi);
. Um aquário que eu nem me lembro mais se tinha água ou não;
. E mais uma dezena de outras coisas estranhas, inclusive uma camisa minha que ele afanou e largou no armário.

Mas nada superava a CAVEIRA. Na cabeceira da cama tinha uma caveira de gesso que devia pesar uns dois quilos. Sem brincadeira. Caveira dos infernos. Um dia estava eu, dormindo um merecido sono, quando vou virar de um lado para o outro, esbarro na caveira dos infernos e desequilibro a coitada - que caiu bem em cima da minha cabeça. Maldita caveira. Doeu. Já pensou se faz um corte e tenho que explicar no hospital que uma caveira caiu em cima da minha cabeça? Iam pensar que eu gosto de dormir em cemitério.

...

Os dias aqui em Calgary estão mais ou menos e as noites estão gélidas. O centro da cidade estava particularmente bonito hoje de manhã (eu adoro ver Calgary Downtown, para mim é uma das partes mais bonitas da cidade). Como eu trabalho no lado EAST da cidade e moro no WEST, de manhã eu dirijo em direção ao LESTE e à tarde em direção ao OESTE. Como o sol nasce no LESTE e se põe no OESTE, eu sempre dirijo com o sol na cara. De manhã é particularmente ruim, mesmo com os óculos de sol na cara e o tapa-sol abaixado, tudo que eu vejo pela frente são vultos e sombras.

Hoje na volta eu vi vários carros de bombeiro na pista oposta à onde eu estava passando, acho que aconteceu algum acidente de carro.

E é isso :-).

Fui!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Ditados e frases

Good from far, far from good

O Ucraniano que trabalhava comigo tirando sarro da minha van do Scooby-Doo, carinhosamente apelidada por eles (meus ex-colegas de trabalho) de "Jesus Van" graças à cruz enorme adesivada em um dos vidros traseiros.

Eu de volta respondi perguntando "como vai o juicy can?", o Miata que ele tem que está parado na embreagem com a embreagem quebrada.

Empate técnico.

Dois mais dois são quatro

Eu explicando alguma coisa para o meu líder técnico.

"Ravi, eu acho que dois mais dois são quatro". Meu líder técnico, quase uma loira tentando entender uma piada, duas horas depois quando finalmente conseguiu assimilar a idéia.

Eu tinha lembrado de mais alguma coisa mas agora já era.

Vou tomar um banho e ir dormir.

Fui!

KB.LO!

Vamos ver se a gente consegue se falar um dia! Maldito fuso!

Fui!!!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Novas (novas, curtas, shorts, é tudo a mesma coisa)

Pois é, não tenho escrito muito no blog. Pelo menos não no mesmo ritmo de antes. Tudo culpa do trabalho, este velho conhecido que resolveu dar as caras por estas bandas. Agora que eu tenho tarefas, metas e prazos, fica difícil gastar 50% do meu dia navegando na Internet, 30% dormindo e 20% escrevendo no blog.

Tudo bem, faz parte.

Pois bem, hoje lá estava eu fazendo a minha contribuição para o efeito estufa no banheiro menos privado da face da Terra, quando ouço alguém entrando e barulhos de saco de lixo velho sendo retirado e novo sendo colocado. Sem entrar em detalhes técnicos, acabo o que eu tenho que fazer, abro a porta do meu cubículo azulejado e lá está a faxineira SAINDO do banheiro.

Ninguém merece.

Bom, passado o susto vou lá tentar escovar os dentes, e CADÊ A ESCOVA? Por motivos higiênicos mais do que óbvios, eu deixo a escova de dentes junto com a pasta na PIA quando vou dar minha opinião sobre a reciclagem de materias biológicos, bem enroladinha no papel toalha que eles deixam no banheiro para a gente secar as mãos. Presumo eu cá com meus botões que a faxineira olhou aquela trouxinha de papel amassado na pia e, sem saber que existem pessoas que escovam seus dentes após o almoço, pensou "É LIXO", e para o lixo minha escova foi. Junto com um restinho de pasta de dente que ainda ia durar umas duas semanas.

Por uns poucos segundos eu ainda pensei em ir falar com a faxineira, mas aí pensei no que eu ia falar e também que não ia ser bonito eu fuçando o lixo de um banheiro, e depois eu fui além e concluí que mesmo que eu achasse meu kit higiene bucal eu não ia querer usá-lo já que a parte que diz respeito à "higiene" poderia não ser mais verdade.

Coisas da vida.

Hoje eu fui cortar o cabelo. Fui no Marlborough Mall, o shopping dos manos de Calgary. Antes de ir cortar o cabelo, fui encher a barriga em um restaurante Chinês que tem por lá. Eles tinham um pastelzinho que eu posso quase que garantir que tinha Catupiry. E camarão. Ainda bem que meu sexto-sentido é forte e eu pedi 4 de uma vez. Como diriam em Minas, b'm d'mais. Depois, de barriga cheia, fui aparar a juba na cabelereira Chinesa. Muito simpática, por sinal. Só fiquei assustado quando ela me perguntou se eu queria "jail" e eu falei "não, obrigado" (jail é prisão em Inglês), mas no fim ela queria é oferecer "gel". É bom que eu esqueço que eu tenho sotaque. Ela ainda me disse "você tem um monte de cabelo", e eu disse "pois é, só na parte de trás da cabeça", e depois eu ainda tive que ouvir a minha tiração de sarro ser devolvida para mim umas duas vezes - "ih ih ih, você tinha um monte de cabelo, mas só na parte de trás da cabeça".

Falando em sotaque, ontem a gente foi almoçar no "desert", um restaurante com um dos nomes menos apetitosos já inventando, quando o Mike, dono do produto onde eu estou trabalhando (tecnicamente falando), disse que tem uma filha de um ano que aprendeu a andar semana passada. Fui lá eu perguntar qual era o nome dela, e ele me disse "Ella", e eu entendi "Ela", e eu disse que era "She" em Português, e ele entendeu que era "Sheep" (ovelha), e fez uma cara de "well, whatever", e eu me corrigi e disse que era "She, a esposa do He", e ele entendeu, e me disse que era "Ella" e não "Ela", e eu disse que então não tinha significado nenhum em Português, mas aí o Jeremy, que passou um ano na América Latina, disse que "Ella" era "She" em Espanhol e eu fiquei feliz que a confusão não recomeçou.

Depois de reler o parágrafo acima, com profusão de vírgulas mas com poucos pontos finais, me lembrei daquela musiquinha que toca em corridas de cavalo. A moral da história acima é que se "Ela" realmente significasse "Ovelha" em Português eu não ia dizer nada. E se eu por acaso dissesse que algum nome é algum animal eu provavelmente destacaria as boas qualidades daquele animal e voltaria para o trabalho a pé.

Well, well, well. Preciso ir ver se o meu arroz parbolizado está pronto.

Qualquer coisa escrevam comentários.

Fui!

sábado, 25 de outubro de 2008

Easy rider

As fotos deste dia estão aqui:
Mountains and more
Hoje pela manhã a gente resolveu dar um passeio pelas montanhas rochosas. Mas, ao invés de nos preocuparmos com o destino, resolvemos mudar o foco e fazer do passeio, o caminho.

Não é exatamente a rota mais curta até Canmore, mas é mais interessante do que ir direto pela TransCanada Highway:



Tudo começou como sempre com quem quer ir até as montanhas - a rodovia número 1, a TransCanada Highway. Depois de andar 50 km, saímos para o sul na Highway 68 - que depois vira à Oeste e acaba na Highway 40.

Na Highway 68 vimos o primeiro laguinho congelado:



... e também a primeira vista da viagem:



... a Highway 68 é um tanto quanto rural:



... e nem sempre tem asfalto:



Ao chegar na Highway 40, poderíamos virar para o norte e voltar para a TransCanada, ou ir ao sul e fazer um caminho mais "colado" nas montanhas.

Óbvio que decidimos ir para o sul, como o mapa acima mostra. Seguimos pelo município de Kananaskis, fomos até a entrada da estação de esqui Nakiska, que estava fechada já que ainda não há neve suficiente para se poder esquiar...



Voltamos para a estrada, e seguimos para o sul em direção ao frio, literalmente:







Embora a minha vontade fosse de seguir mais e mais por esta estrada (a Highway 40), no mapa vimos que a próxima cidade era MUITO afastada e que a viagem não ia acabar no mesmo dia. Andamos uns vinte minutos e demos meia volta - só para depois virar à Noroeste na Smith Dorrian/ Spray Lakes Road, passando por dois parques, o Peter Lougheed Provincial Park e o Spray Valley Provincial Park.

A estrada que passa dentro do parque é de asfalto em alguns trechos e em outros trechos ela já está totalmente coberta de cascalho como preparação para o inverno. Levamos uma hora para percorrer uns 60 km já que o limite de velocidade é baixo e cascalho não é exatamente a melhor coisa que existe para dar tração.

Algumas fotos:


Estradinha congelada - detalhe que a câmera focou o vidro do carro ao invés da estrada em si.


Veado na beira da estrada.


Mato


A estrada de cascalho


O Arthur brincando na neve


O nosso carrinho no meio da estrada


Uma montanha qualquer


Eu e o pequeno no meio da neve, no meio do nada, um frio absurdo


Então é assim que eu pareço de casaco e luvas...


Neve


Dentro do carro, as meias do Arthur secando no banco - já sabendo que isto poderia acontecer, a Soraya trouxe roupas extras para o menino - um par de meias, uma calça, luvas e umas coisinhas a mais. É que nem ir para a praia, depois que a brincadeira acaba lá se vão uns 10 minutos limpando a meninada e se preparando para a volta.

A estrada é larga e o limite é de 80 km/h em boa parte do caminho, mas no final a estrada dá uma afinada e o limite diminui para 50 km/ h, e diga-se de passagem, é bom mesmo reduzir a velocidade - a estrada vai COLADA no lago:




Uma pontezinha no meio do caminho



E do nada a paisagem se abre e surge Canmore:



Infelizmente com um carro atrás da gente e uma estrada apertada não pudemos parar para tirar as fotos, e no meio do caminho tinham umas árvores:





Ao chegar em Canmore, resolvemos comer uma pizza (do lado onde aconteceu o acidente com a véia safada), e para felicidade geral do Arthur um trem passou bem na hora:





E esses somos nós:



Resumo da ópera - não fomos até Banff, como eu tinha pensado originalmente, mas vimos algumas paisagens memoráveis - o momento em que a estrada se abre e que Canmore aparece emoldurada por um lago de um azul profundo, a cidade de Canmore e as suas casas em um estilo mais "alpino", a Highway 40 e as montanhas que estão logo ali do lado, a represa de águas verdes logo que se sai da Highway 68 em direção ao sul, a estrada de cascalho que passa no meio dos parques e a neve que já começou a cair por aquelas bandas.

O carrinho foi impecável. A luzinha de "CHECK ENGINE" continua a acender uma vez a cada 5 dias, e eu descobri como ignorá-la - coloquei um cartão em cima da parte do painel onde a luz aparece e agora não me preocupo mais. Quando estávamos indo para o sul na Highway 68, deu para perceber que a temperatura esfriou MUITO do lado de fora porque a carroceria do carro e as janelas esfriaram, e deu para perceber o frio irradiado de fora para dentro.

Ainda bem que temos ar quente :-).

Vimos neve, pegamos uns flurries, vimos montanhas, lagos, paisagens, um trem e seus 40 vagões, vimos uns veadinhos mas não vimos o URSO!

Que sacanagem. E o pior é que em todo o lugar vimos placas de "cuidado com o urso", "jogue o lixo na lixeira à prova de urso", "tranque seu carro" e outros avisos.

Da próxima vez, da próxima vez...

As fotos estão aqui:

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Toda Sexta-feira no trabalho a gente joga um jogo chamado Wolfenstein - Enemy Territory. É um jogo do tipo "First Action Shooter", em que você atira nos seus inimigos e tenta conquistar um objetivo na Segunda Guerra Mundial.

Se você for um aliado, seu objetivo é invadir um alvo defendindo pelos alemães. Se você for um dos alemães, o seu objetivo é não deixar os aliados atingirem o seu objetivo.

Até que o joguinho é interessante. E o mais legal é que é meio "oficial" de Sexta-feira, a gente costuma jogar toda semana. É mais legal quando o número de jogadores é alto (maior do que três ou quatro), já que com poucas pessoas fica difícil achar algum inimigo.

:-).

Papo nerd.

...

Durante a semana eu pensei em várias coisas para escrever aqui. Mas eu já esqueci tudo. O que dá para lembrar são das coisas recentes:

. Ontem foi o aniversário do Arthur, a gente fez uma festinha aqui em casa, o Arthur se divertiu horrores, a gente conversou horrores e hoje eu estava cansado horrores. Faz parte;
. Hoje o trânsito na cidade estava bom - de manhã e na volta - o trânsito aqui normalmente é bom nas Sextas-feiras;
. E eu acho que eu vou ter que escrever mais aqui no blog no decorrer da noite (ou no final de semana), porque a criatividade acabou.

:-(

Mas eu ainda quero escrever mais aqui!