sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O Bolt (nosso Beagle) não vai ser mais tão briguento

Ontem à noite os cachorros perdidos que habitam a vizinhança vieram aqui do lado de fora de casa acordar todo mundo. Latido pra lá, latido pra cá, e a gente houve um latido mais alto, um ganido, e continuamos tentando dormir/ por a Hannah prá dormir/ dar água para o Arthur (ele resolve tomar toda a água do mundo antes de dormir), quando eu percebo que o Bolt está latindo nos fundos da casa.

Vou lá e vejo o Bolt latindo para a porta. Achei que fosse um sapo. Estes bichos tem alguma coisa com sapos. Outro dia eu vi a Leona amassando um sapo na boca dela e (se você tem coração fraco vá até o próximo parágrafo) deu para ouvir os ossos do sapo quebrando. Isso, associado com a baba branca que a Leona soltava por causa do muco na pele do sapo, fez com que isso se tornasse algo que eu provavelmente nunca vou esquecer. Dia seguinte lá fui eu recolher o sapo. Nem comer o coitado eles comeram.

Voltando ao Bolt. Latindo. Passo a mão nele e está molhado. Não é água, é um pouco de sangue... O Bolt enfiou a cabeça pelo único lugar da cerca por onde ele consegue enviar a cabeça, e tomou uma bela de uma mordida (ou mais de uma mordida) em ambas as orelhas, uma bem pior do que a outra. Ele não estava mais sangrando mas estava assustado que só. Se ele tem boa memória ele nunca mais vai chegar perto do muro com outros cachorros por perto.

Hoje fomos no veterinário e ele tomou uma injeção de antibiótico. A gente vai ter que limpar a orelha dele duas vezes ao dia, pingar remédio no canal do ouvido duas vezes ao dia, e dar remédio para dor nos próximos dois dias, período no qual ele vai ficar separado dos outros bichos.

Laiá laiá.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

It is a gorgeous day in Sao Paulo's country

É um dia lindo no interior de São Paulo



Antes da temporada de 4 anos no Canadá eu torcia o nariz para o interior. Achava que todo mundo era meio caipira e que o interior era feio e que não dava para viver longe do mar.

Que nada.

Eu estava completa e absolutamente errado. O interior de São Paulo é bão. É bonito. É rico. É mais vazio do que a praia. As temperaturas são mais amenas do que na praia. É verde, verde que só. Como incoveniência fica aquela terra vermelha que dá um jeito de entrar em todos os lugares.

No último final de semana ficamos em casa e demos uma esticada até Serra Negra, andamos pelas estradinhas que levam às fazendas aqui perto de casa, um lugar mais bonito que o outro. Nestes últimos dias choveu bastante e estava tudo meio cheio de vida. A estrada está meio judiada e precisava de um pouco de TLC (tender love care), mas tirando isso foi um passeio e tanto.

Eu estou feliz com a vida aqui. Feliz de estar de volta.

Antes de voltar eu achava que eu não ligava para o frio do Canadá, mas na verdade acho que eu ligo sim. Estou aliviado de saber que aqui não vai nevar nem ficar extremamente frio, achando ótimo que o tempo vai continuar como está e que pior não vai ficar. Agora começou o horário de verão, mas mesmo no inverno do ano que vem a sensação ainda vai ser diferente.

A Hannah faz um ano no mês que vem e o Arthur faz nove anos no próximo final de semana. A molecada está crescendo e está crescendo bem rápido, a gente nem percebe mas a molecada vai que vai.

Fui!!!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Ainda faz sentido fazer o blog? (e novas)

Acho que todo mundo que começa um blog se pergunta isso depois de um tempo, a não ser que seja um profissional (no sentido "qualitativo" e não "financeiro" da palavra) como o Octávio, dos trigêmeos. Já faz um tempo que eu parei de escrever no blog, e ultimamente eu virei um consumidor da internet, ao invés de continuar a gerar conteúdo que pode ser usado por outras pessoas.

Mas, bem, fazer o quê?

Vamos falar da vida então. Trabalhar de casa tem dado certo, já são 3 ou mais semanas nesta rotina, eu levo o Arthur para a escola, volto para casa, durmo um pouco já que o moleque entra na escola às sete da manhã, horário que eu considero desumano. Acordo, preparo uma garrafa térmica de café no estilo "Canadense" (fraco, perdi de vez o gosto por café forte, até joguei fora o resto de café Pilão que eu tinha e comprei Três Corações), e vou para o trabalho, duas portas para a esquerda.

Normalmente eu trabalho de portas fechadas para ajudar a concentração e também para eu me sentir em outro ambiente, importante para a concentração. Mas eu tento equilibrar bem as coisas... Agora, por exemplo, eu estou escrevendo no blog enquanto eu rodo um programa para extrair uma planinha Excel de uma base de dados de um cliente.

Eu não estou sentindo falta do escritório, mas eu falo com eles todo dia. É bom para manter o Inglês afiado. Na média acho que passo umas 3 horas no telefone por semana, às vezes mais tempo, às vezes menos. Estou usando o Skype porque o telefone do trabalho é uma b**ta aqui, eu assinei um plano que me dá ligações ilimitadas para o Canadá e os Estados Unidos pela bagatela de 15 dólares por mês.

...

Eu ainda estou tendo um pouco dificuldade de organizar meus documentos, carteira de motorista, etc... Eu preciso:

. Transferir e renovar minha habilitação;
. Pegar a segunda via do meu certificado de quitação com o serviço militar para poder renovar o passaporte;
. Quitar as minhas dívidas com o tribunal regional eleitoral;
. Colocar a minha PJ em dia;
. Abrir conta bancária.

Segunda-feira de manhã vou estar de folga resolvendo estas coisas... Serviço militar obrigatório é coisa da idade da pedra, tinha que acabar logo... Assim como o voto obrigatório.

Mas fazer o que?

Fui!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O povo aqui dirige estranho

Quer dizer, eles dirigem mal.

E dirigem de forma estranha... Sei lá, me acostumei com o Canadá. O estranho mesmo é que aqui não tem placa de Merge, o triângulo na estrada quer dizer "Merge", o Pare na rotatória é o triângulo do Canadá, e o Pare da esquina é o Pare do Canadá também, mas como o Pare quer dizer tanto "Dê a Preferência" quanto "Pare", tem muita gente que nem parar para.

É uma confusão. E o pessoal que vai entrar na estrada e nem acelera?

PS: O Arthur ganhou um cachorrinho e está feliz da vida, mas o cachorrinho vai ter que se esforçar para tirar o moleque de casa :-).

Fui!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Cheguei

Ok, cheguei.

Oito caixas não foi fácil, mas chegou tudo inteiro. Nada quebrou. O que quebrou, quebrou aqui (uma garrafinha com areia dentro daquelas que eles vendem no Nordeste e uma bolacha de chopp chiquetosa). As caixas chegaram meio amassadas, deformadas, mas as alças chegaram quase todas inteiras (uma só que arrebentou), e nada abriu.

Onde o bicho quase pegou foi na hora de passar pela receita, já que eu não peguei o papel do consulado dizendo que eu morei fora e, com oito caixas, tive que passar pelo raio-x da alfândega. Não pegou nada, mas fica a lição - se você está voltando para o Brasil, arrume a tal da carta com o consulado.

O Felype, irmão da Soraya, foi me buscar numa Fiorino. Me acostumei mal com o meu carro velho com ar-condicionado. O dia foi de calor mas depois já esfriou um pouco, nada demais para os padrões de Calgary, mas aqui a casa realmente fica mais fria do que no Canadá e não tem água quente nas torneiras de casa.

A Hannah está uma figurinha e o Arthur está um figuraço. A Soraya estava tomando conta de tudo sozinha impecavelmente, e eu agora estou ajudando no que eu posso, fazendo as tarefas pesadas, arrastando as coisas de um lugar para outro, limpando quartinho de bagunça, tirando lixo do jardim, etc...

A casa aqui está em constante evolução e às vezes um retrocesso ou outro acontece, como o bonitão aqui que perdeu todas as chaves no Sábado. Ainda tem alguma coisa por fazer mas as maiorias das coisas já foram feitas, tem um forro ou outro por fazer, uma pintura ou outra para repintar, um chuveiro ou outro para trocar. A família da Soraya deu uma força tremenda arrumando a casa para a gente vir morar. A cachorrada apronta mas cuida bem da casa, e o Arthur de vez em quando não quer saber de ir pra fora, mas no geral ele está bem contente com as coisas, e feliz de ter o paizão dele de volta (e eu estou feliz em dobro por estar perto da família).

O que eu acho do Brasil até agora? Dá para dizer o que eu acho que Jaguariúna até agora... Aqui é cidade de campo, mais como uma cidade aos arredores de Calgary do que Calgary em si. A cidade é bonitinha, tem o seu lado feio e o seu lado mais bagunçado, mas no geral a impressão daqui é boa, o centro é tranquilo, tem o pastel (que só aceita dinheiro), o correio (que só aceita cartão de débito do Bradesco), tem a sorveteria (provavelmente só dinheiro também), tem a escola do Arthur, os bancos, tudo que um centro de cidade tem. O clima aqui é agradável, a estrada que vem até a nossa casinha é tranquila.

O home office tem funcionado bem, eu estou trabalhando de casa mesmo, vou ver se dá certo. Comprei um no-break (que nos Estados Unidos e Canadá é conhecido como UPS, ninguém sabe o que no-break quer dizer), tive que comprar um roteador wi-fi novo e um adaptador wi-fi para o computador, não sei se vai dar para cobrar por estas despesas mas não faz mal, se o computador queimar aí ferrou-se tudo. O Arthur fez o home-office dele no outro quarto e fez uma placa com o meu nome para eu pendurar na mesa, e me deu a estátua que ele fez de dia dos pais no Canadá.

Aqui no Brasil:

. Cinema é mais barato do que no Canadá (10 reais = 6 ou 7 dólares, no Canadá o ingresso custa uns 11 dólares);
. No mercado as coisas são caras mas não tão caras quanto eu pensei;
. Cerveja aqui é ridicularmente mais barato do que no Canadá;
. Motorista aqui é mais ou menos barbeiro mas o povo desta cidade gosta de dar ombrada quando anda;
. Eu queria que tivesse mais lugares que aceitassem cartão de débito aqui. Andar com dinheiro é quase obrigatório;
. Aqui realmente não tem waffle congelado, mas hoje eu comprei amendoim japonês e OPA (ou Mandix) no mercado, assim como queijo Catupiry, hmmmm;
. Ah, sim, a gente comeu pastel no outro dia.

O que eu acho cruel é o Arthur entrar na escola às sete da manhã e toda a logística envolvida em sair de casa sem que os cachorros fujam pelo portão. Agora o que a gente vai fazer em casa é:

. Forrar o teto, quer dizer, pagar para alguém forrar o teto;
. Aterrar um circuito ou outro na casa já que aqui tudo dá choque;
. Eu vou colocar uns quadros no meu "escritório" e vou trocar a tela horrível verde da janela por alguma coisa menos verde;
. Regramar a grama.

Mas é isso aí - estou feliz de estar de volta - é estranho não sair de casa para ir trabalhar mas eu acho que vou me acostumar.

Fui!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O fim e o recomeço

Terça-feira é o fim do meu tempo trabalhando em um escritório.

Quarta-feira é o fim do meu tempo de Canadá.

Quinta-feira é o recomeço do meu tempo de Brasil.

Segunda-feira é o começo da aventura de trabalhar em casa.

Pois é, o fim é próximo e o recomeço também. Depois de dois meses a Hannah já nem deve nem mais lembrar quem eu sou, mas Hannah, logo, logo eu estou chegando. Eu estou com saudades da família mas a minha situação agora é muito diferente do que era quando eu cheguei aqui, sozinho, sem dinheiro, em um hotel... Saber que as coisas estão caminhando e ter um número menor de incertezas tira a aflição da equação, e eu sofro muito menos quando eu tenho a certeza de que o que eu espero que vá acontecer vá de fato acontecer. A família está no Brasil mas eles estão bem, e eu tenho data para vê-los. A casa aqui já não mais existe mas a gente tem uma casa por lá. Este mês vai ser um pouco apertado financeiramente por conta de vários motivos, mas mês que vem o dinheiro vai chegar. E poraí vai.

O Paulo e a Eliane me ofereceram o basement deles para eu morar neste mês e meio depois que eu entreguei o meu apartamento, e foi uma ajuda e tanto, um favor que um dia quem sabe eu possa retribuir.

Ontem a gente desceu o Bow river de barco e eu fiquei pensando "porque a gente não fez isso antes?". O meu celular deu um mergulho, ele ainda funciona mas agora eu nem posso mais vendê-lo.

Para trás fica a experiência de viver em um país estrangeiro e os amigos que a gente fez aqui.

O resto a gente leva com a gente.

As cidades Canadenses são muito bonitas, as vizinhanças sempre são ajeitadas, as casas não costumam ter muros e a grama costuma ser cortada. Exceções à regra, as vizinhanças Canadenses são sempre mais ajeitadas que as Brasileiras. O setor público aqui é melhor do que o setor público do Brasil, mas eu acredito que quando você compara a saúde privada Brasileira com a saúde pública Canadense, a saúde privada Brasileira sai ganhando. As escolas públicas daqui são muito boas e nisso eu ainda não posso fazer comparação, com certeza são melhores do que as escolas públicas Brasileiras, mas eu preciso fazer a comparação com a escola privada do Arthur no Brasil.

A comparação de privado x público não é completamente furada porque quem imigra para o Canadá teria condições de pagar por serviços privados de qualidade no Brasil. Mas, de resto, o Canadá é melhor nos números do que o Brasil - aqui tem menos violência, menos corrupção, os filmes saem antes nos cinemas, e o país é muito mais rico. O clima aqui é frio, e o inverno é longo.

Mas aqui não é o Brasil. Não tem aquele lugar que você possa dizer "eu fui ali quando eu era criança", ninguém viu os mesmos programas que você na TV, ninguém sabe quem é a Xuxa. Quando alguém fala um nome de filme em Inglês você não sabe o que é porque você só lembra o título em Português. Aqui não tem a família, os amigos de longa data, o pessoal que foi no seu casamento ou que estava no hospital quando o primeiro filho nasceu. Aqui não tem a casa de alguém para ir passar o final de semana, não tem Vejinha para ver os programas de final de semana, não tem pastel à céu-aberto.

Todas estas coisas fazem parte de quem você é. A gente nunca quis mudar e ser Canadense. Eu nunca fui esquiar, e quando tentei patinar fui um fracasso. Eu não gosto nem um pouco de Hockey. Nunca entendi Curling.

Se você tiver a chance de ir morar fora, vá. Se for para o Canadá, melhor ainda. Este é um país maravilhoso com várias oportunidades, que no geral acolhe bem estrangeiros. Esteja preparado para passar necessidade e viver sem dinheiro por um tempo, e esteja preparado para voltar se for necessário. O Canadá é bom mas dinheiro aqui não dá em árvore. A imigração é difícil, e não por acaso o processo migratório é comparado à um processo de luto.

Preciso ir agora.

Fui!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Heat Wave, Google + e viagens

Olá amigos da Rede Globo!

Eu vi a final da Copa do Mundo Feminina de Futebol em um bar nos Estados Unidos e posso garantir que tinha bastante gente torcendo para o time nacional! Não tinha ninguém chorando nem ninguém xingando as Japonesas, mas que a galera estava torcendo, isso eles estavam.

Eu estava em Connecticut, nordeste dos Estados Unidos, do dia 4 de Julho ao dia 20 de Julho. Aparentemente eu perdi todo o verão de Calgary (a gente fez uma piada com o pessoal de lá dizendo que íamos perder metade do verão, so para descobrir que a piada não era uma piada), já que hoje fez 12 graus Celsius e estava frio de verdade. Depois de ter que esperar o avião esfriar em Toronto (sério, ligaram o ar-condicionado do avião e dava para ver a "fumacinha" no ar na saída do ar frio), foi meio chocante chegar em Calgary no frio.

Mas lá estava em quente.

Conheci duas praias novas e algumas cidades novas. Misquamicut, New Port (Rhode Island), Rocky Neck (uma praia), e algumas cidades nos arredores de Hartford, a capital de lá. A viagem foi legal mas foi cansativa, ficar em reunião o dia inteiro por vários dias à fio é meio chato.

Mas a viagem acabou e eu voltei.

E...

Dia...

17 DE AGOSTO eu estou indo para o Brasil rever minha esposa amada, meu filho amado e minha filhinha amada! Agora falta menos tempo para o dia 17 do que faltava quando eu comecei a escrever esta frase. Vou lá ajudar a mulher a arrumar a casa, ajudar o filho a fazer bagunça e ver a Hannah aprender a andar. Sensacional. Dois meses é bastante tempo.

A casa lá está entrando em ordem mas eu preciso ver tudo com os meus próprios olhos para poder me situar melhor. A Soraya me conta tudo pelo telefone mas eu sou ruim de imaginar as coisas sem ver o que está acontecendo. Acho que é por isso que eu não gosto muito de livros mas adoro filmes.

Anyway. Dia 17 estou indo para lá. Sem entrar em muitos detalhes, vou continuar a trabalhar para a empresa daqui, e vou vir para o Canadá e os Estados Unidos mais ou menos regularmente se o pessoal da fronteira me deixar entrar.

E...

Eu tenho convites para o Google+. Eu nunca sei o que fazer com estas tais de redes sociais, mas se você estiver maluco para conhecer o Google+ coloque um comentário no blog que eu tento te adicionar.

E por hoje é só pessoal.

Fui!

PS: Estou fazendo um upgrade de uma base de dados (Oracle 11.2.0.1.0 para Oracle 11.2.0.2.3) e me parece que eu vou ficar aqui mais um tempinho.

Fui!!!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

E a mala foi para o saco







Segunda-feira, 4 de Julho de 2011. Ao chegar em Hartford, do lado de lá do continente Norte-Americano, Ravi Wallau encontrou a mala do seu filho, Arthur, destruída na esteira de bagagem. A princípio Ravi achou que a mala não fosse sua mas, depois de inspecionar a etiqueta localizada na parte de trás da mala e reconhecer a letra de sua esposa, Ravi finalmente reconheceu que aquela mala amassada, queimada e rasgada era, de fato, dele.

Merdas acontecem. Mas esta merda foi federal. Eu falei para os caras que estavam viajando comigo que era para eles esperarem um pouco, eu não era chato mas aquela mala já era e eu precisava reclamar. Fui lá conversar com o cara da Air Canada, o cara gente boa, eu nem estressado estava porque eu sabia que cedo ou tarde eles iam ter que me dar uma mala nova, talvez quando eu voltasse para o Canadá, mas com sorte por estas bandas mesmo.

Aparentemente, malas não costumam ser atropeladas com muita frequência (a nossa teoria para a mala é que ela foi atropelada), e o cara nem sabia preencher o formulário. Uns dez minutos se passam, o cara aflito, e eu pergunto para ele "cara, as coisas dentro da mala estão inteiras. Não quebrou nada e o bolso da frente estava vazio. Se você tiver uma mala sobrando aí, eu fico feliz.".

Ele não tinha nenhuma mala de reserva, já que a Air Canada tem um vôo chinfrim em um avião em que cabem apenas 18 pessoas para Hartford. Aparentemente, não é a cidade com mais passageiros dos Estados Unidos. Mas aí o cara foi além e eu achei legal - ele ligou para a Delta, outra empresa aérea, e perguntou se a moça tinha uma mala sobrando. Ela disse "vem cá ver o meu estoque" para o atendente da Air Canada e lá fomos nós. O cara andava rápido que só, parecia o meu chefe, o Ian. Quando eu fui para Toronto com ela e uma mulher que trabalhava na empresa na época, a gente sofria para manter o ritmo do chefe e o fato dele ser chefe não ajudava, não dava para dizer "caralho, mano, calma aí". Anyway. Chegamos lá e a mulher deu uma mala novinha, marrom, de marca genérica mas melhor que a que eu tinha, sem papelada, sem formulário, off the books, off the hook, e eu saí de lá de mala nova. O cara me disse que algumas empresas aéreas não mantém um super inventário, e que por camaradagem eles ajudam um aos outros.

Melhor para mim :-).

PS: Está bem quente aqui em Connecticut. Fico aqui até o dia 20 de Julho.

PS: Comecei a assistir Dexter com o Paulão lá na casa da Eliane. A série é boa, copiei uns capítulos e tenho assistido no hotel, para meu desespero na hora de acordar no dia seguinte. Eu sempre penso "é hoje que eu durmo no trabalho e tomo um pé na bunda."

Fui!!!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Os causo

Desde Domingo eu estou sendo um hóspede inoportuno do Paulo e da Eliane, que me deixaram ficar no basement da casa deles por este tempinho que falta até eu ir embora para o Brasil. Valeu Paulão, valeu Eliane, o Basement de vocês é sensacional e é muito bom ter um teto sobre a cabeça.

Eu trouxe 2.5 carros de tralha na mudança. Carreguei tudo sozinho. Eu sou meio desastrado, então eu me arranhei em dez lugares diferentes, chutei um parafuso que estava preso à uma mesa, furei o dedo com um prego em dois lugares diferentes, ou foram dois pregos ao mesmo tempo, ou algo assim. A minha mão está descamando por causa do produto que eu usei para limpar o fogão, e ontem eu ainda me espetei com a vaca maldita que a gente usa para segurar o milho.

Mas, faz parte. O pessoal do meu trabalho falou para eu tomar cuidado e sobreviver ao final de semana.

Na garage sale, teve um cara das Filipinas que comprou a cama de casal, a escrivaninha da Soraya, uma cadeira, duas mesas de colocar do lado da cama, uns livros, e eu dei os dois sofás para ele porque eu percebi que eu ia morrer com estes sofás na casa. Ele me disse "ok, Sábado que vem eu passo aí para pegar as coisas", e eu disse "ok, venha de carro".

Sábado ele veio. Com isso:



Aqui a gente chama de "dolly", sabe Deus porquê. Não sei qual o nome no Brasil. Quando ele chegou em casa eu tinha saído para almoçar, o telefone toca e é o cara que veio buscar as coisas. Peço para a mulher que me atendeu embalar o lanche, e quando chego em casa encontro o cara no jardim com a dolly do lado.

- Cara, você vai carregar dois sofás, uma cama, um colchão, um outro colchão e uma escrivaninh em cima disso?

Se ele me dissesse "mas é uma coisa de cada vez" eu ia trancar o cara do lado de fora e falar para ele voltar depois de uma semana. Mas eu sou um bom samaritano e tentei colocar o sofá no carro, e é óbvio que o sofá não passou no porta-mala. Liguei para a Cecília e envergonhado pedi o carro deles emprestado... Cê, brigadão. Duas viagens depois a bronca estava resolvida. Devolvi o carro (Cê, brigadão) e voltei pra casa e fiquei a contemplar a sala vazia.

O Brian (dono da casa) passou lá Terça-feira durante o dia para medir uma janela, e depois de ver o estado lastimável da casa, achou que eu nunca fosse conseguir acabar a limpeza/ mudança.

Mas eu acabei! A casa ficou limpa, eu ainda fui no dia seguinte limpar umas coisas que sobraram, mas a casa ficou limpa! Exceto por uma pia quebrada e uma janela que nós vamos rachar meio-a-meio, vou receber o depósito inteiro de segurança, assim o acho.

Maravilha.

Segunda-feira, 4 de Julho, nós vamos para os Estados Unidos passar duas semanas e meia fazendo reunião. Vai ser uma beleza.

Fui!

domingo, 26 de junho de 2011

Checklist da mudança

* Paredes repintadas - yep;
* Carpete "lavado" com o Rug Doctor - afirmativo (comecei à limpar 0:30 e acabei às duas da manhã);
* O que é para jogar fora do lado de fora, o que eu vou levar do lado de dentro - má ou menos, ainda deve ter um lixo ou outro dentro de casa;
* Um andar inteiro pronto - quase, ainda falta limpar a privada do banheiro lá de cima mas é só;
* Esquadrias das janelas limpas - sim e deu um trabalhão;
* Geladeira limpa - é um processo, a parte que não sai de dentro está limpa mas a parte que sai está na pia;
* Banho - é um brincalhão;
* Janelas limpas - os vidros das janelas estão mais ou menos;
* Tomando cerveja vencida - yep, tava na geladeira, eu fiquei com pena de jogar fora.

Caramba, estou cansado. A sala da minha casa parece que saiu daquele programa onde mostram as pessoas que não conseguem jogar nada fora e acumulam um monte de tralha.

Planos para amanhã:

* Acordar babando da cama porque agora já é 2:30 da manhã;
* Achar uma toalha limpa;
* Tomar um banho frio para acordar;
* Me arrastar até o 7-11 e comprar alguma coisa com cafeína;
* Tirar TODA a tralha de dentro de casa;
* Mudar;
* Limpar os banheiros;
* Limpar o chão de madeira da sala;
* Fazer a mudança de facto;
* Levar o lixo da casa para o lixão da cidade;
* Talvez, bem talvez, cortar a grama;
* Fazer a inspeção da casa.

Fui!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Reflexões

Voltar para o Brasil é um processo. É uma decisão complicada de ser feita já que existem muitas coisas que devem ser levadas em conta - O Brasil é o Brasil e achar que não é assim é tapar o sol com a peneira. Várias decisões tomadas para a nossa volta foram feitas com isso em mente:

- Estamos indo para uma cidade onde a qualidade de vida, até onde sabemos, é muito boa;
- O Arthur e a Hannah vão estudar em escola particular;
- Eu vou fazer um plano de saúde familiar - eu já vi quanto custa, não é barato, mas faz parte do pacote;
- Eu vou trabalhar para o mesmo lugar onde eu trabalhava antes, e eu vou tentar manter um horário de trabalho similar ao que eu fazia aqui. Parte da qualidade de vida é chegar em casa no horário e curtir um tempo com os filhos.

A gente morava em Santos e em São Paulo antes de vir para o Canadá. As duas cidades foram cortadas da lista de potenciais "moradias" por motivos similares - Santos é abarrotada de gente e, talvez por ser cidade de praia, sofre com um número de furtos e assaltos que é exageradamente grande. São Paulo é São Paulo. Grande, divertida, estressante, poluída. Jaguariúna pode até ser meio monótona (é uma cidade de campo no fim das contas), mas é a nossa aposta para o futuro.

Eu achava que eu nunca ia morar no interior, mas depois de morar 4 anos aqui no Canadá, você passa a priorizar outras coisas na vida. Ter a oportunidade de morar em Jaguariúna removeu um dos grandes empecilhos da nossa volta ao Brasil. Eu estou ansioso para voltar logo e ver como é que vai ser.

...

A garage sale (ou moving out sale) acabou. Final de semana que vem ainda vem um cara buscar a cama e os dois sofás da sala. Hoje eu vou comprar uns pincéis para retocar a pintura da casa, e vou começar a complicada e demorada "operação limpeza". Ah é. Vou jogar fora o que é para ser jogado fora, organizar o que eu vou levar, arrumar o que vai ser dado. Vai ser uma beleza. Uma maravilha. Sim, sim... Eu preciso me organizar e colocar um calendário de metas para cada dia da semana, senão eu vou deixar para fazer tudo no sábado e isso não vai ser legal.

...

Bom, preciso ir-me.

Fui!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

The plan

Hoje a Soraya foi para o Brasil com 200 e poucos quilos de bagagem, um carrinho de bebê, um bebê e um bebezão crescido. O bebezão maior ficou para trás. Amanhã de manhã eles chegam no Brasil. O Octávio foi para casa me ajudar a levar a tralha para o aeroporto, e olha, foi essencial e nós seremos eternamente gratos. Eram seis caixas grandes, duas malas, e um monte de silver tape para segurar tudo no lugar. Fazendo as contas, foi um rolo de silver tape por caixa. A mulher da Air Canada ficou feliz com o meu empacotamento, ainda bem, já que o check-in levou uns 45 minutos.

Mas...

Embora do Canadá para sempre? A gente acha que não, e eu vou explicar o porquê. A empresa em que eu trabalho aqui no Canadá ofereceu a possibilidade de eu trabalhar remotamente do Brasil, e eu aceitei. Conversando com a Soraya, nós decidimos que vamos aplicar para a residência permanente no Canadá (eu tenho direito à aplicar depois de viver aqui por tanto tempo). Quando o processo for concluído, nós teremos de um à dois anos para visitar o Canadá, e depois, nós próximos 5 anos, nós teremos que viver aqui por 2 anos para poder renovar a residência permanente.

É assim:

a. Chegou no Brasil - 1 ano para aplicar;
b. 11 meses depois a aplicação fica pronta;
c. X meses depois a gente tem que visitar o Canadá;
1. Nós próximos 5 anos depois da primeira entrada no Canadá, nós temos que viver 2 anos aqui para manter o "status" de imigrante Canadense;
2. Volte para o passo 1 (a cada 5 anos, viver 2 no Canadá).

Complicado? Nem tanto. Nada é para sempre e nenhuma decisão é final. Se a gente fizer isso, a gente dá ao Arthur a possibilidade de viver no Canadá um dia se ele quiser, e ele poderá estudar aqui e no Brasil, aprendendo as duas línguas de forma igual.

Vai dar certo ou não? Vamos fazer isso mesmo? Não sei, é uma idéia. No momento estamos muito felizes de voltar para o Brasil e eu estou extremamente ansioso de poder voltar à viver entre as pessoas que nós deixamos para trás há quatro anos. O Arthur está maluco para viver em Jaguariúna (ele não gosta da neve e ele não gosta do frio), e todo mundo está doidinho para ver a Hannah.

O dia chegou!

Fui!!!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Posts antigos

Eu estava lendo uns posts antigos do blog (de 2008, o ano em que eu escrevia sobre tudo), e resolvi que bem, eu devo escrever mais e melhor, escrever "de dentro" que nem eu escrevia naquela época.

Vou tentar ser que nem o Octávio.

Estes dias no journal do Arthur tinha uma página que ele escreveu na viagem de RV que dizia:

I SAW
A BEAR
TODAY
AND IT WAS
NOT AT THE
ZOO

A gente ficou todo orgulhoso. Depois eu pergunto para ele se eu posso tirar uma foto para colocar no blog.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Um capítulo que se fecha

Olá amigos da rede Globo. Como vocês já sabem, a Soraya, a Hannah e o Tutú estão voltando para o Brasil em aproximadamente vinte dias. Eu estou procurando emprego em Campinas, com o plano B (São Paulo) engatilhado. Eu devo voltar em dois meses, no começo de Agosto. Eu preciso achar um lugar para passar o mês de Julho, eu vou ver se consigo alugar algum porão por este tempinho.

Pois é.

Quatro anos.

Vimos e revimos as estações do ano de Calgary. Aprendemos que aqui a Primavera chega no final de Maio e o verão é só em Julho mesmo. O transporte público daqui funciona relativamente bem para uma cidade tão espalhada. As ruas são muito bonitas e a explosão de vida no Verão em um lugar onde o Inverno dura bem uns 6 meses é algo que eu nunca vi em nenhum outro lugar. A gente experimentou e gostou do sistema de saúde daqui (a Hannah é Canadense), viajamos bastante pela região (e neste final de semana vamos levar meu irmão, Rodrigo, com a sua esposa, Cristiane, até as montanhas rochosas), conhecemos os arredores de Calgary nas quatro direções. Fomos até Montana, até as Rochosas, até Edmonton (parece Calgary, mas a gente foi em uma época do ano em que tudo é cinza, acho que hoje a impressão ia ser diferente), fomos até Drumheller e chutamos o balde e fomos de carro até Vancouver e quando a gente chutou mesmo o balde levamos a van vermelha até Seattle, Portland, e mais um monte de lugar.

Neste último feriadão tivemos a chance de viajar de RV (motorhome) e foi muito legal. É caro, mas vale a pena para fazer de vez em quando. Eu tentaria fazer todo ano se a gente fosse ficar aqui, ou, melhor ainda, eu ia tentar comprar um daqueles pequenos que dá para rebocar no nosso carro mesmo.

Conselhos? Deixa eu ver... Eu gosto do pacotão da Shaw para Internet, TV e telefone mas tem gente que acha caro. Eu prefiro usar o telefone ao invés do Skype e eles tem 1000 minutos de ligação internacional no plano de telefone de 60 dólares, e a gente usa bastante.

Dá para comprar carro por 1000 dólares no Kijiji, só tem que tomar um pouco de cuidado porque se o carro tiver mais de 12 anos de idade é obrigatório passar por uma inspeção - pára-brisa rachado de lado a lado, pneu careca, escapamento furado, tudo tem que trocar.

calgary.kijiji.ca - ótimo para comprar coisas usadas. Bicicleta, churrasqueira, poltrona, carro, o que puder ser vendido eles vendem neste site.

A Ikea é ótima para comprar móveis modernos, baratos e, dependendo da escolha, duradouros. Tem muita gente que ama e tem muita gente que prefere a Sears ou o The Brick. Eu particularmente adoro a Ikea. Onde mais dá para comprar uma luminária de papel por 6 dólares?

Coisas que eu não sabia mesmo antes de chegar aqui:

. Que você não precisa andar a pé se você tiver 1000 dólares (ou até menos) para gastar em um carro;
. Que passe de ônibus vende em tudo que é canto;
. Que JCT nas placas é Junction e que XING é Crossing (para pedestres);
. Que eu ia colocar gasolina no carro eu mesmo;
. Que tem depósito de segurança (1 mês de aluguel adiantado que deve ser devolvido no final do período do aluguel) na hora de alugar a casa;
. Que utilities custam 300 ou 400 dólares no inverno;
. Que chuveiro elétrico é uma m* comparado aos chuveiros daqui.

Aqui os eletrônicos são mais baratos do que no Brasil e no geral as coisas são mais baratas (o poder aquisitivo aqui é maior). O Canadá é bem mais seguro do que o Brasil (e mais do que muitos outros países de Primeiro Mundo), as casas aqui são todas bonitas e não tem criança de rua nem favela igual ao Brasil. Aqui em Alberta existe muito respeito à vida selvagem (natureza em geral), mas o povo gosta de carro grande. Para a nossa família as desvantagens daqui são basicamente o clima frio e o fato de que a família e os amigos de mais longa data ficaram no Brasil. A gente fez bons amigos aqui mas a gente sente falta dos nosso amigos de lá.

E é isso por hoje.

Fui!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Viagem de RV!

Hoje eu tenho história nova para contar, mas antes... Estes dias eu reparei que um monte de imagens que eu tinha no blog não funcionam mais, o motivo principal é que eu consolidei as minhas duas contas do Picasa em uma só, paga, e aí eu quebrei tudo que eu tinha colocado na conta novo. É uma trabalheira que só arrumar tudo, um dia eu vou tomar a coragem e, com algum tempo de sobra, vou arrumar a casa.

Ok, história.

Este último final de semana foi um feriadão, e eu dei uma estendida tirando a Sexta-feira de férias. Eu, o Octávio e a Bia e o Quico e a Marina alugamos 3 RV's (motorhomes) para ir viajar no feriado a ver como é andar com a casa nas costas:



Saímos de Calgary na Sexta-feira e voltamos na Segunda. Dormimos uma noite em Banff e duas noite em Jasper. Em Banff ficamos na Tunnel Mountain, e em Jasper dormimos em Wapiti e Whistlers. Tivemos o privilégio de ver nosso primeiro Grizzly bear:



A viagem foi sensacional. Eu sempre digo que tudo é sensacional mas esta viagem foi realmente sensacional. O Octávio é um amigo velho que a gente conhece faz pouco tempo, o Quico e a Marina acabaram de passar pelo primeiro inverno aqui, viajar com eles foi bom para a gente e para as crianças. As crianças foram crianças, se divertiram, brigaram, brincaram, brincaram mais um pouco, se perderam, se acharam, fizeram marshmallow no fogo, queimaram marshmallows, queimaram pipoca no fogo, queimaram bolacha no fogo, foi uma farra.

Os campings daqui são bem legais. O camping é bem selvagem, de propósito, com várias árvores, animais silvestres e afins, mas com chuveiro quente e uma estrutura bem decente de suporte aos RV's. Cada camping tem o seu charme, e o mais legal é poder fazer fogueiras à noite e deixar as crianças se divertirem.

A turma é essa:



As fotos da Soraya estão aqui:

https://picasaweb.google.com/sorayacw/ViagemDeRV

Dicas de viagem de RV:

* Calcule a gasolina - o nosso RV fazia 5 km/ litro, andamos 1000 km, gastamos mais de 200 litros de gasolina; O bichinho bebe;
* A nossa RV veio com panelas, geladeira, talheres, copos, xícaras, fogão, aquecimento, água quente, tudo que a gente precisava para a viagem; Veja o que tem na RV para você não pegar um monte de coisa que não vai ser necessário (que nem nós);
* Tome cuidado quando for atirar pedrinhas na beira do rio.

Fui!!!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Obama's Speech



Os comentários (em Inglês) são ótimos:

The Obama Speech

domingo, 8 de maio de 2011

Feliz dia das mães e NY

À todas as mães, à minha mãe, à minha esposa, à Cristina, à Sabrina, à mãe da minha esposa, feliz dia das mães!!!

Yay!

Bom, agora vou voltar a ser egocentrista e falar de mim. Eu estou em Connecticut (Crowmell) à uma viagem de trabalho, e eu sabia que ia passar um final de semana aqui. A cidade onde eu estou fica à uns 200 ou 300 km de NY, uma hora e meia de carro mais uma hora e meia de trem.

Eu sempre quis conhecer NY, então Sexta-feira eu e um colega do trabalho pegamos o trem e fomos até lá. Não deu para ver tudo, mas os 15+ quilômetros andados me permitiram:

. Ver o Times Square à noite (e de dia);
. Andar na beira do mar no Brooklyn;
. Subir o Rockefeller Center e ver a cidade do alto;
. Ir no Central Park duas vezes (o Central Park é tudo o que Ibirapuera queria ser);
. Ir no Ground Zero (onde tinha as torres gêmeas). É impressionante, emocionante, depressivo - é como se uma parte da cidade estivesse faltando - não foram só as torres gêmeas que caíram, outros sete prédios foram ao chão - este é o site do memorial que estão fazendo);
. Ir no Battery Park;
. Ver o touro da Wall Street;
. Ir no Carnegie Deli;
. Ir no Moma;
. Ver o Grand Central Terminal;
. Ver os prédios magníficos de NY.

New York é sensacional. Em Manhattan, cada esquina é uma novidade. O Times Square foi uma surpresa à noite, porque eu não sabia que ele ia aparecer depois de esquina. Sensacional. Os prédios, sensacional. O metrô, não tão sensacional, mas os táxis, quase sensacional.

I (heart) NY.

Fui!

domingo, 1 de maio de 2011

At the airport

Olá amigos!

Aqui venho conversar com vocês no dia primeiro de Maio, DOMINGO (eu ficava maluco quando feriado caia em Domingo no Brasil), para lhes dizer que eu estou indo viajar. É uma mensagem meio vazia, eu meio que ia escrever isso para dizer que eu talvez não escreva no blog, mas acho que é mais para avisar a família e os amigos no Brasil que eu não vou conseguir ligar para ninguém até Sábado, 14 de Maio, quando eu volto.

Estou indo para Hartford ou Cromwell ou alguma coisa assim, em Connecticut, no canto superior direito dos Estados Unidos. Agora eu acho que eu vou mesmo porque eu já passei pela imigração e estou esperando o vôo sair... Infelizmente eu ainda tenho mais umas duas horas de espera. Normal. A imigração foi tão rápida que até deu medo que alguém ia correr atrás de mim depois que o cara carimbou o meu passaporte.

Hoje está um dia lindo de sol em Calgary, eu trouxe a máquina fotográfica e vou tirar umas fotos dos arredores e do lugar onde eu vou. Final de semana que vem eu vou pegar um trem ou algo que o valha até NY, e preciso comprar um presentinho para a Soraya, uma para a Hannah, e um para o Tutú, fora o globinho de neve já que a coleção agora está bem grande.

A Hannah está uma figurinha, como a Soraya diz, é uma bolinha, fica rolando no chão e tem ido cada vez mais longe. O Arthur é um amor com a irmãzinha. Ela tem dormido bem à noite (consirando que ela é um bebê), e tudo tem estado em paz em casa. Vou sentir falta da família nestes 13 dias que eu vou ficar fora. Eu tenho jogado Portal 2 com o Arthur (este jogo é SENSACIONAL, não tem violência, é mó legal). Eu acabei o jogo "single player" e agora eu e o Arthur estamos jogando o modo "cooperativo", em que os "quebra-cabeças" são mais complicados. Quebra-cabeça é modo de dizer... Bom, tem que ver para saber.

Caramba, eu tenho que ir ver alguma coisa para comer. Ver e comprar. A fome tá fogo.

Isso aí companheiros de viagem. Fui!

domingo, 3 de abril de 2011

Algumas fotinhos

O nosso carro "novo", ao lado dos postes tortos que vimos na nossa viagem para Drumheller semana passada:



A família em Drumheller:



Aqui em Calgary nevou entre Sexta-feira e Sábado (Sábado inclusive), no total caíram uns 40 centímetros, aparentemente a maior quantidade de neve a cair no mesmo dia nesta "temporada", eu não vou dizer inverno porque o inverno acabou faz uns 10 dias.

Neve caindo #1:

From 2011-04-02


Neve caindo #2:

From 2011-04-02


Noite depois da neve:

From 2011-04-02

(não dá para perceber, mas a noite estava super clara por causa da neve. A noite do dia que neva é especialmente quieta e especialmente clara, principalmente se ainda estiver nevando um pouco - a neve no ar reflete a luz e abafa os ruídos da rua.

Dia seguinte (hoje), quando toda a neve que caiu começou a derreter:

From 2011-04-02


A Hannah comendo um pouquinho de papinha:

From 2011-04-02


Aqui anda tudo em paz. Estamos planejando ir para os States de novo em Junho, visitar a cidade dos Goonies e ficar por lá uns dias (na verdade fazer daquela região o nosso destino), esta vai ser a nossa última trip antes de voltarmos para o Brasil.

É isso aí.

Fui!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Japan Explains Nuclear Problem to Japanese Kids

Árvores brancas



Eu sempre acho bonito quando as árvores ficam assim, mas eu nunca tiro fotos. Mas finalmente eu parei e tirei uma foto, com o celular, da janela do carro, por isso que está tudo torto.

Está bem frio por estas bandas estes dias, frio e úmido.

Fui!

terça-feira, 22 de março de 2011

Está nevando a neve que é bonita

Neve de filme, branca, grande e que cai devagar. Parece rosas brancas caindo do céu.

sábado, 19 de março de 2011

terça-feira, 15 de março de 2011

O Arthur vai ficar louco da vida comigo...

... ele é louco para conhecer Nova York (sei lá porque cargas d'água), e parece que eu vou para Connecticut em Abril por 2 semanas. Connecticut é do lado de Nova York de acordo com o Google Maps. Eu falei para a Soraya que eu ia levar um cartaz com a foto do Tutú para tirar foto em algum lugar e mandar para ele.

É por estas e outras que o Arthur acha que trabalhar é mais legal do que ir para a escola. Mas aí eu falo para ele que para arrumar os trabalhos legais você tem que estudar e ele fica em dúvida do que quer fazer da vida.

Alô alô amigos

Só para quebrar as regras eu estou escrevendo este post do trabalho, e só porque eu sou valente eu estou escrevendo direto no blog e não em um arquito texto que eu posso usar para fingir que eu estou fazendo alguma coisa de verdade!

A volta para o Brasil está concretizada e é certa. As passagens da Soraya, da Hannah e do Tutú já estão compradas, agora é foco em arrumar um trabalho à modo de pode comprá pão, ver o que vai e o que fica, e decidir em qual escola o Arthur vai estudar em Jaguariúna.

Vamos sair de uma terra de fazendeiro para ir para outra. Ê laiá. Faz parte. Campinas é ali do lado. Jaguariúna tem 41 mil habitantes e segundos as manchetes dos jornais que eu li é uma cidade bem tranquilinha para se viver. Até uns anos atrás eu dizia que eu "jamais" moraria no campo, que eu gosto é de praia, mar, areia, maresia, ferrugem em tudo e toalhas que nunca secam, mas depois de viver alguns anos à mais de 650 km do mar (as the crow flies), eu percebi que viver no interior não é tão ruim assim. E outra, eu não vou ficar sofrendo com o calor do litoral nem com a superlotação de Santos.

Agora eu percebi que talvez eu não tivesse escrito antes que nós voltaremos ao Brasil! Mas nós estamos voltando. Depois de 4 anos e muitas aventuras acabou a areia da ampulheta e o jogo chegou nos 45 minutos finais. Nós nem imigrantes somos, eu sou apenas um trabalhador temporário, e esta era a idéia - viver uma aventura, conhecer um lugar novo, dirigir por tudo que é canto, ver como é este tal de Primeiro Mundo que tanto falam, e depois voltar. A nossa vida está no Brasil. O Canadá é muito bom e tudo mais, mas não é a nossa casa.

E eu, eeeeeeeeeeeeeeeeeuuuuuuuuuuuu, estou voltando pra casa, de vez... Pá pã pa rá rã! Acho que tem uma música assim, será que é do Lulu Santos?

Nós vamos fazer uma Moving Out sale quando chegar a hora, para vender o que der e o que ainda está em condições de ser vendido. Todos os móveis, a TV da sala, os eletrodomésticos, as bicicletas, a ratinha, a casa da ratinha, a tralha da ratinha, a rampa de colocar o carro em cima, etc... Tudo vai. Vamos levar para o Brasil o resto.

Será que a gente volta? Talvez, mas acho que não tão cedo. A gente está voltando para o Brasil com as coisas mais ou menos certas e para um lugar que a gente sabe que gosta. De qualquer jeito, depois de trabalhar quatro anos aqui, eu ganho o direito (na verdade depois de 2 anos você já pode) de aplicar para a residência permanente, e eu tenho que aplicar até um ano depois da minha experiência de trabalho no Canadá ter acabado, o que quer dizer que a gente tem um ano para dizer "eh, fudeu" e resolver voltar. Mas isso é só em último caso.

O importante é que nada está escrito em pedra. Hoje é Jaguariúna, amanhã pode ser outra cidade, outro estado, outro país. Mudar e viajar é parte da nossa natureza.

Okay... Agora, novas:

O Arthur está de óculos, todo chique, e agora a gente vai ter que desenbolsar um din-din para ele ir no dentista - é bom que o plano privado do trabalho custeie as visitas ao dentista, porque male, male, tudo que tem que ser feito vai custar 2000 dólares.

É, 2000 dólares. Um dente de leite que vai ser extraído, algumas obturações, dois dentes que vão ser selados, mais uma coisinha ou outra, e POW! Two grand. Dentista aqui é caro, sem plano privado ia ficar difícil. Mas ele precisa crescer com os dentes em ordem, e eu vou aproveitar e vou no dentista também.

A Hannah recuperou toda a magreza de quando nasceu, e hoje é um bebê que está na média de peso e altura (bem na média, o ponto vermelho dela ficou em cima da linha média para a sua idade). A cabeça está acima da média, e a gente sabe de quem ela herdou isso (eu).

Ela descobriu os seus pés e fica dando risada para mim quando eu chego em casa. Os seus olhos ainda estão azuis.

DICAS DE PAPAI:

Se você puder desembolsar mais para comprar um carrinho de bebê, faça-o, porque vale a pena. Eu usei os 500 dólares que eu ainda tinha para receber do sorteio que fizeram na empresa ano passado para comprar um carrinho da Quinny com pneus de verdade. É fácil de virar, é fácil de andar na neve, é fácil de colocar a cadeirinha no carro, é gigantesco mas é grande de uma maneira boa :-).

Outra coisa que nós compramos é um daqueles kits de esterilizar mamadeira no microondas. Maravilha. Agora as mamadeiras não ficam mais brancas como elas ficavam quando a gente colocava elas na panela para ferver. Aqui em Calgary a água é dura, ou seja, tem muito cálcio, e o cálcio se deposita em tudo, o sabonete não faz espuma no banho, tem que limpar o umidifiador toda hora, enfim, usando o trem que a gente colocar no microondas a mamadeira é esterilizada com o vapor de água, e como sabem os donos de distilarias, a parte sólida da água fica na panela quando você ferve alguma coisa.

Estamos bem, a Soraya está ansiosa, eu estou tranquilo que só, o Arthur está falante como de costume, e a Hannah gargalhando que só. Mais ou menos como é sempre.

Fui!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

As novas

Algumas novidades dos últimos dias...

. O nosso pequeno Arthur vai precisar usar óculos. A gente vem fazendo o exame anual desde que ele entrou na escola, e no último exame ficamos surpresos quando ele não conseguia ler as letrinhas direito. No fim das contas a visão dele é 13/20 (ele consegue ler a treze metros de distância o que uma pessoa com visão perfeita conseguiria ler a 20 metros de distância), ele tem um grau de miopia em um olho e .75 no outro. O óculos ficou pronto mas eu vou pegar só no fim do mês, porquê...
... eu gastei um carro e meio para arrumar o carro que eu comprei. Eu tive que comprar uma bateria (cem doletas) porque o carro não ligava, fui trocar e não funcionou, tive o carro rebocado até a Canadian Tire, e lá se foram mais 550 dólares para trocar a bateria, um fio que eu quebrei, e o motor de ignição. Ficou tudo bem bonitinho, mas... caramba... ainda tinha o pára-brisa (200 dólares), o escapamento (140 dólares) e, hoje, um pneu. Eu espero não gastar mais NADA no carro porque é muito dinheiro. Quando alguém me perguntar quanto o carro custou, eu vou dizer 1600 dólares e não 600;
. A Hannah está uma figurinha. Os olhinhos dela insistem em ficar azuis, ela está rindo que é uma beleza, e está a cada dia interagindo mais e mais com as coisas à sua volta - e ela ri que é uma beleza. Agora ela está no sofá vendo um filme com a gente e mexendo os braços para cima e para baixo. Ela já está na fase em que ela fica pedalando sem parar, o que dificulta a troca de fraldas...

O que mais? Eu estou tentando deixar o trabalho no trabalho, mas durante o tempo que eu estou por lá eu ando bem ocupado. Nestes dias, depois de um lobby conjunto dos desenvolvedores, conseguimos computadores novos. Com 24 GB de RAM, dois discos rígidos de 10000 RPM em RAID 0 (300 GB) total e um estúpido disco de dados de 2 TB, dois monitores e um processador i7 de 3.07 Ghz, ficou mais fácil de fazer as coisas, sem ter que esperar 30 segundos para o SQL Developer abrir ou 2 minutos para compilar a aplicação usando Maven. Agora tudo acontece em poucos segundos. Fora que eu prefiro Windows 7 ao invés de Windows XP. Tem hora que eu deixo o segundo monitor só mostrando as fotos enquanto eu trabalho no primeiro (monitor).

O inverno estes dias resolveu mostrar a cara de novo. A gente ficou mimado. Agora o frio anda castigando...

Fui!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Bad U-Turn



U-Turn é, basicamente, dar meia volta na rua. Você está de um lado da rua, olha para os dois lados, e dá meia-volta.

Simples, não?

Pois é, mas não pode. Nem pensar. Ainda mais em zona escolar. Aí o bicho pega. Descobri hoje. Bem que eu achei estranho aquele carro de polícia colado na minha traseira, mas eu segui seguindo o meu caminho ansioso por aquele momento em que o motor do carro esquenta o suficiente para aquecer o ar que sai pelo painel. Até que a policial (era uma mulher) liga a árvore de Natal, ie. luzes de emergência, e aquilo meio que foi uma dica para eu parar o carro.

E eu parei o carro, esperei uns segundos, e ouço o toc-toc-toc no vidro. Eu pensei "bom, ou é a U-Turn, ou é porque eu bloqueei ela no cruzamento quando uns pirralhinhos vieram correndo para atravessar a rua.". Era a U-Turn. Não pode. Eu disse que não sabia (e eu não sabia mesmo, afinal se eu soubesse eu não ia fazer a U-turn a 15 metros de um carro de polícia). Ela me disse que eles estão educando os motoristas porque tem muita reclamação na rua onde fica a escola e eu pensei "bom, se tão educando, agora eu já sei, fim da história, só vou receber um aviso, ueba!".

Doce ilusão. Dez minutos depois de sair do meu carro levando minha licença temporária (AINDA BEM QUE EU ESTAVA COM O PASSAPORTE NO CARRO SENÃO AINDA SIM EU ESTAVA NA ROÇA), o documento do carro e o seguro do carro, ela volta com a multa. 115 dólares. Laiá laiá. Educação e punição já vem tudo em um pacote só aqui. Aparentemente Alberta é a única província daqui onde este tipo de U-turn é proibido. Conheci outras pessoas que foram paradas pelo mesmo motivo. Um amigo meu me disse que U-turn não dá para fazer nem em cruzamento, o que na verdade se traduz em - U-turn, nem pensar. Não dá para fazer na cidade. Ponto final.

Fez, policial viu, multa tomou.

E a policial ficou brava comigo quando eu perguntei se podia dar meia volta em outro lugar "SIR, YOU CAN'T DO U-TURNS AROUND HERE. JUST DRIVE AROUND THE BLOCK! YOU CAN'T BECAUSE IT IS UNSAFE!". Eu coloquei o rabo entre as pernas, pensei "porque é que eu não fiquei quieto?" e fui embora.

sábado, 15 de janeiro de 2011

The Core

Quando chegamos no Canadá, passamos um pouco mais de um ano sem carro. A vida aqui sem carro é complicada - os ônibus demoram no final de semana, esperar ônibus em um dia de neve é uma fria, e tem lugares da cidade onde literalmente não vale à pena ir - onde você chega de carro em 20 minutos mas demora 2 horas e meia para chegar em um Domingo, indo de ônibus.

Mas tem um lugar que é fácil de chegar - o centro da cidade. Os ônibus da região central da cidade sempre passam por lá, todos os trens passam por lá e, bem, o centro da cidade é no meio da cidade (acho que deve ser por isso que chamam de "centro"). Nós conhecemos o centro da cidade relativamente bem - entre 0 sendo alguém da roça e 10 um executivo que mora em uma cobertura na principal avenida da cidade e tem um apelido para toda tampa de bueiro na rua, eu diria que a nossa nota é um 7.

A gente anda de bicicleta em Prince Islands, a gente já foi na Calgary Tower algumas vezes, já fomos patinar no Olympic Plaza, já fomos no Glenbow Museum (é um museu, tipo, com coisa velha espalhada por tudo que é canto), já vimos peça infantil no Jack Singer concert hall, já vimos a réplica do avião pendurada em um saguão de um dos prédios, e eu morei no centro por um mês quando eu cheguei aqui.

Um dos lugares com os quais tínhamos uma relação de amor e ódio era o Devonian Gardens, que ficava em um shopping chamado The Core Shopping Centre. O jardim está fechado já tem uns dois anos enquanto eles reformam o shopping inteiro, o que é um saco...

... mas o shopping em si é outra coisa:


(http://www.coreshopping.ca/)

A gente foi hoje depois de ficar sem ir um tempo - quando fomos pela última vez tinha muita coisa em construção e a reforma ainda estava naquele estágio em que não dá para saber que bicho que vai sair dali. Hoje já estava tudo diferente - e aquele teto de vidro é sensacional. Foi muito bom tomar sol vindo de cima sem passar frio. A praça de alimentação fica no último andar e em todos os lados o que se vê é vidro e o lado de fora.

Se você precisar de uma folga em um dia de inverno, arrume um tempinho e vá neste lugar para passear e comer um lanche. Vale a pena.

Hoje também fomos no aniversário da Alice, filha da Marina e do Quico, e vimos todos os nossos amigos que não víamos já fazia um tempão. Hoje foi um dia muito bom, embora a gente esteja um caco agora.

Fui!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Parabéns para nós!

As datas aqui em casa todas acontecem em Janeiro. Dia 10 é o meu aniversário, dia 17 é o da Soraya e dia 13 é o nosso aniversário de casamento! Hoje fazemos dez anos de casados!

Nós casamos no dia 13 de Janeiro de 2001 em Santos, e quem diria que estaríamos no Canadá dez anos depois com dois filhinhos?

Sô, te amo, eu sou muito feliz de compartilhar minha vida com você, e que nós ainda tenhamos muito "anniversaries" por vir!

Agora eu tenho que voltar para o trabalho :-(.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Canadá, um balanço

O Canadá para mim se resume à uma palavra - uma aventura.

A diferença maior entre viver aqui e viver no Brasil - aqui tudo é mais fácil - é mais fácil alugar casa, é mais fácil comprar carro, é mais fácil de ver filme, é mais fácil de planejar o orçamento doméstico, é mais fácil de arrumar escola boa para a criançada, é mais fácil usar o sistema público de saúde, é mais fácil de comprar TV's, Playstations, câmeras fotográficas, helicópteros de brinquedo que voem de verdade, móveis na Ikea, é mais fácil retornar alguma coisa que você comprou e não gostou.

O clima para mim é um detalhe. É frio, mas você se acostuma.

Algumas coisas fazem falta no começo - o arroz com feijão do boteco da esquina, a cerveja com os amigos, alguns canais de TV que a gente tem no Brasil, o calor, o futebol na TV que aqui é inexistente.

Depois de um tempo, você se acostuma com todas as coisas que fizeram falta no começo. A comida daqui passa a ser até que boa, a TV daqui fica melhor que a do Brasil, e Hockey até que é mais ou menos.

Mas aí vem a saudade de longo prazo - o fato de que a sua família e amigos continuam a viver no Brasil e você está longe. A saudade da família e dos amigos é o que pesa mais a longo prazo, e é o que no fim das contas determina se você vai continuar a viver no Canadá "para sempre" ou não. Quem está aqui à mais tempo conhece o sentimento, quem nunca ficou fora de casa por muito tempo não. A teoria da relatividade de Einsten diz que um astronauta viajando próximo à velocidade de luz sente o tempo passar muito mais devagar do que alguém na Terra (por exemplo). Dois dias do Astronauta seriam (um chute) cinco anos na Terra. Quando o Astronauta voltasse depois de dois dias, cinco anos de fatos e acontecimentos teriam passado sem ele. O Astronauta é um imigrante e a Terra são os amigos e a família que ficaram em casa.

Viver em um país de Primeiro Mundo realmente é bom? É e faz a gente querer mudar o Brasil e fazer tudo que é difícil lá ficar mais fácil. Mas viver uma vida mais fácil não é tudo que a gente precisa. Acho que este é o resumo da ópera.

Fui!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A nossa amada Van vermelha não está mais entre nós



... mas ela ainda viverá por anos a vir em outros carros. Porque da próxima vez que alguém precisar de um banco novo para o seu carro, a minha van encontrará no Pick'n'Pull.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

The little red van that...

... could not anymore.

Acho que a minha querida amada idolatrada van vermelha não vai mais ser o nosso veículo de andar para cima e para baixo. Ontem eu coloquei 3 litros de óleo no carro quando a luz acendeu, e hoje a luzinha acendeu de novo, e o barulho que vinha do motor era de fazer qualquer um que goste de carros chorar de soluçar. Um TEC TEC TEC que era assustador. Fora que agora os 3 litros de óleo estão poraí, sujando o meio ambiente. Daqui a pouco alguém vem me prender por crime ambiental.

A minha esperança, afinal esperança é a última que morre, é ir no Mr. Lube hoje depois de colocar os 2 litros de óleo que sobraram no garrafão e eles me dizerem "só tinha alguma coisa solta", embora eu ache que o que vai acontecer é que qualquer frase que eles disserem vai começar com "olha...".

E eu aqui procurando um segundo carro por menos de 500 dólares no Kijiji. Mal sabia eu que ia ser mais é primeiro carro.

Mas a van será lembrada, afinal:

. Ela foi para Vancouver e Jasper na lotação máxima;
. Ela foi para Waterton algumas vezes, foi até Drumheller e foi até as montanhas não sei quantas vezes;
. Ela viu o Pacífico, viu as estradas dos Estados Unidos, foi até Portland, passou pela cidade dos Goonies, e depois voltou;
. Ela desbravou uma estrada de caminhão de madeira na noite de Halloween, em que ficamos mais de 4 horas sem ver outro ser humano;
. Ela ajudou na mudança;
. Ela levava o Tutú na escola e ia buscar;
. Ela fazia a Hannah dormir.

Mas não faz mal. Eu diria que eu estendi os 1200 dólares (na verdade a minha van velha e mais 900 dólares) por um bom tempo. Eu fiz mais de 50000 km naquela van fácil, e ela por si só já estava batendo nos 360000 km. Se o motor tiver ido pro beleléu mesmo eu vou tentar vender a coitada por qualquer valor que paguem, se o motor ainda rodar a van ainda vai ter mais história para contar.

Fui!