quinta-feira, 11 de setembro de 2008

O bumba

A pedidos, vou maneirar nos maneirismos!

:-)

Eu achava que eu falava "a gente" demais, mas nunca reparei no "mesmo". Mas é mesmo, eu mesmo acho que eu falo a palavra mesmo demais!

:-P

Elaine, você ia ficar pasma com o que eu falo de "So...." em Inglês. É "então" pra lá, "então" pra cá, é uma beleza. É uma palavrinha tão curta que eu fico tentado a colocar antes de cada frase!

...

Hoje eu fui trabalhar de ônibus. Ontem eu fui dormir bem cedo, um pouco depois das dez, e eu tive energia para levantar às sete e meia da manhã. Saí de casa, passei um pouco de frio esperando o ônibus e para minha surpresa ele estava vazio (estranho usar "ele" ao invés de mesmo). O outro ônibus, que vai do centro da cidade até o meu trabalho (carinhosamente chamado de "hell bus", já que ele vai do Bowness até o Forest Lawn, bairros que estão na lista dos piores da cidade) estava bem vazio também. Este ônibus é o número 1, que eu carinhosamente chamo de ônibus dos "doidinhos" já que ele provavelmente passa perto de algum centro de apoio às pessoas com necessidades especiais. Eu nunca vi tantas pessoas adultas com síndrome de Down - e com tal grau de independência - e, sinceramente, isto é uma coisa para se aplaudir o Canadá de pé!

Neste ônibus tinha um homem no ônibus que aparentava ter uns 40 anos e que tinha síndrome de Down. Se não fosse pelas características físicas da doença, sem exageros, seria difícil distinguir ele de uma pessoa "normal", a não ser pelo fato de que os portadores de síndrome de Down são mais simpáticos e abertos à conversar do que a maioria das pessoas. Eu não sou um profundo conhecedor da doença, mas olhando aquele homem seguro de si, bem vestido e conversando com todo mundo, eu só pude mesmo pensar em toda a estrutura de apoio que ele deve ter tido desde criança, na escola, com a família, com uma sociedade mais esclarecida e mais tolerante.

Outra coisa boa de ir de ônibus hoje foi poder ver de fato a rua e tudo à sua volta (sem precisar ficar prestando atenção no carro da frente), ainda mais porque hoje o dia estava especialmente bonito. A única coisa ruim é que realmente demora mais, eu gastei quase uma hora indo para o trabalho. Mas faz parte - amanhã, se bobear, eu repito a dose.

Respondendo uns comentários:

Juliano:

Arrumar um survival job que pague até uns 15 dólares por hora é bem fácil. Dá para viver uma vida razoável com 15 dólares por hora? Se você viver sozinho, talvez. Se você vier com família, é muito pouco, a sua esposa vai ter que trabalhar também (considerando que ela ganhe também um salário similar) para vocês poderem alugar um apartamento ou uma casa de dois quartos e poderem viver uma vida razoalvemente confortável.

Agora, conseguir trabalhar como advogado aqui é bem difícil. Na verdade, está mais para o impossível. A Cecília, do Pinguiland, é advogada mas vai ter que começar do zero para poder exercer a profissão no Canadá. Toda a educação obtida no Brasil é inútil aqui já que as leis são diferentes.

Dá para alugar um apê de dois quartos por uns 1000, 1200 dólares e uma casa por uns 1300, 1400 dólares.

Ana:

Tem umas cenas que são mesmo pesadas no "Green Mile". Na verdade, são algumas :-). Mas que o filme é bom mesmo, isso ele é, né?

...

Bom, isso aí. Estou escrevendo deitado no sofá e minha mão está começando a doer, esta não é uma posiçào muito boa para ficar escrevendo no computador.

Fui!

Um comentário:

Elaine Bittencourt disse...

hey, nao maneira nos maneirismos nao.

Eu acho que uso o "so" muito tb, mas na escrita. E o "anyway', tambem na escrita.

No falar nao sei, teria que prestar mais atencao.

No Brasil, muitos milenios atras, quando eu fui fazer cursinho p/ voltar p/ faculdade de novo, tinha um professor apelidado de "ne'zinho". hehehehehe

Agora, nao sei ai' aonde vc mora, mas aqui, as meninas de 19, 20 e poucos, tem uma mania irritante de a cada duas palavras colocarem a "like" no meio, muitas vezes sem o menor sentido. Tem umas duas ou tres mocas na minha sala que sao assim. De vez em quando eu e uma amiga comecamos a contar. Olha, serio, enjoa. E no fim ninguem faz a minima ideia do que elas falam. Like, you know.

=)