sexta-feira, 1 de agosto de 2008

O Escafandro e a Borboleta



Estes dias eu fui alugar uns filmes, e na busca por filmes mais "cabeça" acabei alugando que se chama O Escafandro e a Borboleta (The Diving Bell and the Butterfly). Eu olhei a capa, vi que era Francês (meio caminho para ser um filme "cabeça"), olhei a sinopse, achei interessante, e levei embora junto com Cloverfield (Bruxa de Blair mas com um monstro invencível), Stop-Loss e Cidade dos Homens.

E olha, não é que o filme é bom? É a história verídica de um editor da Elle, pai de três filhos, que nos seus 40 anos sofre um ataque cardíaco e desenvolve o que os médicos chamam de Locked In Syndrome. Em linguagem não leiga (que é a que eu entendo), é como se o cérebro fosse "desligado" do resto do corpo. A parte cognitiva (o pensamento) continua funcionando, mas o corpo fica totalmente desligado - basicamente, a pessoa consegue ver e ouvir o mundo à sua volta mas não consegue interagir com ele, como se o corpo fosse uma prisão.

O protagonista do filme, Jean-Dominique Bauby, consegue apenas piscar o olho esquerdo. No começo do filme as enfermeiras estabelecem um código para "Sim" e "Não" e fazem algumas perguntas básicas como "você está em tal lugar?", "você se lembra do que aconteceu?", e assim por diante. No decorrer do filme, o protagonista aprende a se comunicar com o "mundo" usando uma técnica que consiste na enfermeira ir ditando as letras do alfabeto, na ordem em que elas aparecem com mais frequência, até que a letra certa seja dita, quando ele pisca o olho. De piscada em piscada, as palavras são formadas.

É um filme bonito. E a técnica de piscar o olho funciona tão bem que no fim ele até escreveu um livro! Não é um filme triste, embora contenha algumas cenas tristes. É um filme que mostra bem como é a prisão que a vida do protagonista se forma e como, pouco-a-pouco, ele vai ser libertando desta prisão.

Fui!

PS - Trailer:
(tiraram o trailer - malas)

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