. -36 graus é duas vezes mais frio do que o freezer (-18 graus), e provavelmente três vezes mais frio do que o congelador de uma geladeira comum (que eu acho que fica em amenos -12 graus);
. -36 foi a temperatura de hoje de madrugada aqui em Calgary. Quando eu saí de casa estava por volta de -23 graus;
. O trânsito nestes dias fica uma nhaca e até o trem fica mais lento - fora as emergências médicas, porque tem um povo que não se veste direito;
. Hoje, por exemplo, entrou uma mulher com roupa que serviria para uma temperatura de, digamos, até cinco graus negativos. Com -30 e um atraso de 15 minutos no trem, a mulher entrou no meu vagão vermelha, tremendo sem nem conseguir manter a coordenação motora;
. O pessoal que mora mais para o sul da cidade disse que o trem teve que parar duas vezes por conta de alguma emergência médica;
. No site do trânsito tem um aviso dizendo "galera, se vista adequadamente para a temperatura, não conte com a sorte para o trem chegar, porque pode demorar";
. Nem no meu trabalho o pessoal se veste 100%. Um dos Chineses (o sem noção de espaço-tempo, que na verdade não tem noção alguma de nada), chegou no trabalho com a cara vermelha porque saiu de casa sem gorro e sem cachecol (e sem luvas);
. Um colega de trabalho foi me dar uma carona até o trem, mas na hora de ligar o carro quem disse que o coitado respondia? O cara tinha um "booster", uma espécie de bateria extra que você liga na bateria do seu carro (popularmente conhecido no Brasil pelo nome de um acessório para bebês)...
... Mas o carro nem ligou. O cara disse "shit" ou xingou no idioma dele (cujo nome eu não sei mas é a língua da Índia), e eu disse "hey, let me try"...
... Deu uma bombeada no acelerador, virei a chave e o carro ligou...
... E ele me perguntou "o que você fez", no que eu expliquei que eu bombeei o acelerador uma vez, no que ele diz "bom saber estes truques"....
... Truque?! Você é da Índia e precisa saber de truque para ligar o carro? Olha só:
. De qualquer jeito, o carro ligou. E eu expliquei que eu já tive um carro com carburador e que existem alguns "segredos" para ligar o mesmo em dias "frios" no Brasil (nunca, mas nunca, mas nunca mais mesmo eu vou dizer "frio" e Brasil sem colocar aspas na palavra "frio");
. E eu me senti o sabe tudo dos carros. Hoje eu ainda salvei o carro do animal do Curtis que, na fila do Drive Thru, foi jogar algo no lixo, mas esqueceu de desengatar o carro - na hora em que ele tirou o pé da embreagem, o carro começou a andar. Ainda bem que eu posso contar com meus super reflexos, pois no mesmo instante eu puxei o freio de mão e o carro morreu (e parou);
. Na verdade minha coordenação motora que não é boa, mas os meus reflexos geralmente são bons; Sou mongo, mas sou um mongo rápido;
. Dia 5 de Fevereiro vou para a Espanha - Barcelona, para ser mais exato. Volto dia 17. Nestes dias, provavelmente o blog ficará meio largado; Vou tentar atualizar de lá, vamos ver se eu consigo contar as minhas aventuras;
. ESPANHA!!! Quem diria? Para ser melhor só se eu fosse com a Soraya e o Arthur - mas a gente vai junto um dia. De qualquer jeito, vou para trabalhar;
. ESPANHA!!! Vão ser três vôos para ir e outros três para voltar - se eu chegar lá mais feliz do que triste é porque eu gosto MESMO de voar de avião;
. Aliás, vou passar por Nova Iorque. Mas vou passar mesmo. Só escala; Dá para dizer que eu já passei por lá, não é mentira, é só uma meia-verdade - eu já atravessei a Golden Gate Bridge, mas ver a coitada, eu não vi;
. Na viagem para São Francisco eu praticamente não tive tempo livre - mas o passeio de ônibus da Golden Gate Bridge até o centro financeiro da cidade, onde eu estava hospedado, valeu as horas trabalhadas;
. Aliás, eu não vou bem para trabalhar, trabalhar... Meu trabalho é passear nas feiras e ver o que a gente pode usar - coletar o maior número de informações possíveis, ver seminários, participar, e de vez em quando filmar alguma coisa - afinal, no meu crachá está escrito "Camera Operator";
. Está passando Indiana Jones no DVD. No dia 22 de Maio sai o novo, Indiana Jone e a caveira de cristal, eu acho;
. Preciso ir pegar minhas garrafinhas de água que estão do lado de fora da casa. Coloquei lá há 40 minutos. Será que elas congelaram?
E por hoje é só pessoal!
Bom dia, boa tarde, boa noite.
Fui!
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Hábitos, manias e gostos
Eu tenho alguns hábitos na vida. Eu gosto de ver filmes, eu gosto do Discovery Channel, eu gosto do Dirty Jobs, eu já não vejo mais a mesma graça no Mythbusters, eu gosto de ver Mighty Machines com o Arthur, mesmo sendo um programa infantil. Eu gosto muito do How It's Made, e acho que estes são os programas que eu costumo ver na TV Canadense. A gente gostou muito também do Canada's Worst Driver, o Lost volta nesta semana e a gente vai saber o que acontece com aquele povo.
Aqui eu adquiri algumas manias novas. Eu gosto de ficar passando a mão nos vidros dos carros congelados. Nestes dias muitos frios, o vidro do ônibus congela do lado de dentro e eu gosto de ficar raspando o gelo com o cartão do banco (isto também é importante para eu poder enxergar o número da ruas e não perder o ponto). Quando as ruas estão cheias de neve (o que é o caso já tem uns dois meses), o menino não anda mais pela calçada, mas sim pela grama das pessoas na rua. Ele adora pisar na neve com a sua bota de neve que, afinal, deve ter algum motivo para ter o nome que tem. Eu gosto muito de ver a rua antes de dormir (a partir da sala), com a casa toda apagada, quando dá para ver como fica claro do lado de fora.
Eu não gosto muito de limpar a neve, mas tem que virar um hábito porque as pessoas tem que poder andar em paz em frente à sua casa. Faz parte. Eu tenho o hábito de tomar um banho quente e depois mudar a ducha para o frio, mas aqui é meio complicado fazer isso porque a água fria sai a míseros dois graus.
No trabalho eu gosto de tomar um café pela manhã e beber vários copos de água durante o dia. Eu sou a única pessoa que escova os dentes após o almoço aqui e, heresia total, ainda faço um bochecho com Listerine. Manias estranhas deste povo Sul-Americano. Durante o dia eu ouço música clássica quando eu preciso expandir a mente, Pearl Jam quando eu preciso me concentrar, Alice In Chains quando eu quero pensar nas vississitudes da vida, Rage Against The Machine quando o prazo está acabando, Zé Ramalho quando eu preciso lembrar do Brasil, Beatles quando eu ouço falar de Beatles, e poraí vai.
Eu gosto de ficar vendo o vapor que sai da respiração quando a temperatura está para baixo de -20 graus. Não importa se você soprar, se o ar sai pelo nariz ou pela boca, vai aparecer vapor. Eu também acho bonito o rio que cruza a cidade soltando um monte de vapor quando a temperatura é de -35 graus, parece uma piscina quente, mas na verdade ele está quase congelando.
E eu gosto de trabalhar, que é o que eu vou fazer agora!
Fui!
Aqui eu adquiri algumas manias novas. Eu gosto de ficar passando a mão nos vidros dos carros congelados. Nestes dias muitos frios, o vidro do ônibus congela do lado de dentro e eu gosto de ficar raspando o gelo com o cartão do banco (isto também é importante para eu poder enxergar o número da ruas e não perder o ponto). Quando as ruas estão cheias de neve (o que é o caso já tem uns dois meses), o menino não anda mais pela calçada, mas sim pela grama das pessoas na rua. Ele adora pisar na neve com a sua bota de neve que, afinal, deve ter algum motivo para ter o nome que tem. Eu gosto muito de ver a rua antes de dormir (a partir da sala), com a casa toda apagada, quando dá para ver como fica claro do lado de fora.
Eu não gosto muito de limpar a neve, mas tem que virar um hábito porque as pessoas tem que poder andar em paz em frente à sua casa. Faz parte. Eu tenho o hábito de tomar um banho quente e depois mudar a ducha para o frio, mas aqui é meio complicado fazer isso porque a água fria sai a míseros dois graus.
No trabalho eu gosto de tomar um café pela manhã e beber vários copos de água durante o dia. Eu sou a única pessoa que escova os dentes após o almoço aqui e, heresia total, ainda faço um bochecho com Listerine. Manias estranhas deste povo Sul-Americano. Durante o dia eu ouço música clássica quando eu preciso expandir a mente, Pearl Jam quando eu preciso me concentrar, Alice In Chains quando eu quero pensar nas vississitudes da vida, Rage Against The Machine quando o prazo está acabando, Zé Ramalho quando eu preciso lembrar do Brasil, Beatles quando eu ouço falar de Beatles, e poraí vai.
Eu gosto de ficar vendo o vapor que sai da respiração quando a temperatura está para baixo de -20 graus. Não importa se você soprar, se o ar sai pelo nariz ou pela boca, vai aparecer vapor. Eu também acho bonito o rio que cruza a cidade soltando um monte de vapor quando a temperatura é de -35 graus, parece uma piscina quente, mas na verdade ele está quase congelando.
E eu gosto de trabalhar, que é o que eu vou fazer agora!
Fui!
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Quando a gente tem que dar o dia como encerrado
Tem uns dias no trabalho que você simplesmente dá como vencido. Hoje eu consegui resolver uma meia dúzia de problemas, mas no geral o placar final foi Dia 1 X Ravi 0. Veja bem:
. Acordei atrasado e com preguiça;
. Fui tomar banho e me assustei com a quantidade de roupas que eu estava levando para o banheiro - tinha roupa pruns três de mim;
. Dez minutos me vestindo, estava pronto (e com calor);
. Na hora em que eu abri a porta de casa os meus pelos do nariz congelaram (no mesmo instante);
. Fui levar o lixo e um dos sacos arrebentou no caminho, deixando um rastro de caixas de papelão atrás de mim;
. Levei o lixo e fui até o ponto - estava tudo bem escorregadio hoje, mas eu não caí;
. O ônibus chegou - e até tinha janelinha;
. Cheguei no centro e todos os trens estavam atrasados;
. Dez minutos congelantes depois (amenizados porque eu estava em cima da saída de ar de um prédio), e o trem chega;
. Venho até o trabalho, mas a calçada está intransitável porque toda a neve que caiu na rua foi jogada para a calçada;
. Chego no trabalho - quatro calças pesam e agora eu estou com mais calor do que frio;
. Vou almoçar, a menina erra no prato e me dá mais comida do que deveria vir no "pouca renda" que eu comprei, ponto para mim;
. Sono, sono, sono depois do almoço;
. Vou comprar um café à tarde no Tim Hortons e a tronha esquece de por açúcar;
. Tenho que ouvir de um Chinês que não sabe a diferença entre uma HashTable e um ArrayList que "você trabalhou com Java por todo este tempo e nunca ouviu falar disso? Não acredito!!!";
. Aliás, a minha birra com Chinês está tão grande que, quando eu vejo algum filme em que Chinês é maltratado (tipo faroeste), eu paro, vejo e fico comendo pipoquinha;
. Não, não tenho preconceito contra Chinês, eu só não gosto dos caras que trabalham comigo;
. O escritório esquenta à tarde, me dá dor de cabeça e minhas quatro calças me fazer suar;
. Agora eu vou para casa. Mas acabei de ver que vai estar -38 graus amanhã cedo. Pelo menos, não vai estar ventando;
. Hoje, é claro, é uma Segunda-feira;
. Talvez tenham rolados outros acontecimentos, para o bem ou para o mal, mas agora eu já nem me lembro mais. Só sei que neve é bonita, mas que hoje ela está escorregadia, isto está!
Fui!!!
ADIÇÃO DA NOITE:
. A Soraya estava me contando do carteiro que soltava vapor por todos os lugares. Coitado dele - ele deve ter odiado a temperatura de hoje (e o vento);
. Só reforçando a frase de cima, se você for Chinês e vier em casa eu não vou te fazer congelar do lado de fora nem te atropelar na rua - eu não sou assim - só tenho birra mesmo é com um que trabalha comigo - infelizmente, mais para mim do que para ele, eu sou meio que o chefe (believe me, nada pior do que ser "chefe" de gente muito incompetente - e que se acha extremamente competente, ainda por cima);
. Mudou a previsão para amanhã - vai ser -37 ao invés de -38. Agora vou de camiseta.
Fui!!!
. Acordei atrasado e com preguiça;
. Fui tomar banho e me assustei com a quantidade de roupas que eu estava levando para o banheiro - tinha roupa pruns três de mim;
. Dez minutos me vestindo, estava pronto (e com calor);
. Na hora em que eu abri a porta de casa os meus pelos do nariz congelaram (no mesmo instante);
. Fui levar o lixo e um dos sacos arrebentou no caminho, deixando um rastro de caixas de papelão atrás de mim;
. Levei o lixo e fui até o ponto - estava tudo bem escorregadio hoje, mas eu não caí;
. O ônibus chegou - e até tinha janelinha;
. Cheguei no centro e todos os trens estavam atrasados;
. Dez minutos congelantes depois (amenizados porque eu estava em cima da saída de ar de um prédio), e o trem chega;
. Venho até o trabalho, mas a calçada está intransitável porque toda a neve que caiu na rua foi jogada para a calçada;
. Chego no trabalho - quatro calças pesam e agora eu estou com mais calor do que frio;
. Vou almoçar, a menina erra no prato e me dá mais comida do que deveria vir no "pouca renda" que eu comprei, ponto para mim;
. Sono, sono, sono depois do almoço;
. Vou comprar um café à tarde no Tim Hortons e a tronha esquece de por açúcar;
. Tenho que ouvir de um Chinês que não sabe a diferença entre uma HashTable e um ArrayList que "você trabalhou com Java por todo este tempo e nunca ouviu falar disso? Não acredito!!!";
. Aliás, a minha birra com Chinês está tão grande que, quando eu vejo algum filme em que Chinês é maltratado (tipo faroeste), eu paro, vejo e fico comendo pipoquinha;
. Não, não tenho preconceito contra Chinês, eu só não gosto dos caras que trabalham comigo;
. O escritório esquenta à tarde, me dá dor de cabeça e minhas quatro calças me fazer suar;
. Agora eu vou para casa. Mas acabei de ver que vai estar -38 graus amanhã cedo. Pelo menos, não vai estar ventando;
. Hoje, é claro, é uma Segunda-feira;
. Talvez tenham rolados outros acontecimentos, para o bem ou para o mal, mas agora eu já nem me lembro mais. Só sei que neve é bonita, mas que hoje ela está escorregadia, isto está!
Fui!!!
ADIÇÃO DA NOITE:
. A Soraya estava me contando do carteiro que soltava vapor por todos os lugares. Coitado dele - ele deve ter odiado a temperatura de hoje (e o vento);
. Só reforçando a frase de cima, se você for Chinês e vier em casa eu não vou te fazer congelar do lado de fora nem te atropelar na rua - eu não sou assim - só tenho birra mesmo é com um que trabalha comigo - infelizmente, mais para mim do que para ele, eu sou meio que o chefe (believe me, nada pior do que ser "chefe" de gente muito incompetente - e que se acha extremamente competente, ainda por cima);
. Mudou a previsão para amanhã - vai ser -37 ao invés de -38. Agora vou de camiseta.
Fui!!!
domingo, 27 de janeiro de 2008
Neve ou areia?
Eu imagino que metade dos três leitores deste blog nunca viu neve na vida. A neve, que nada mais é do que água congelada, pode parecer areia em alguns momentos ou flocos de algodão-doce em outros. Em alguns momentos, como nas fotos abaixo, ela vira uma cobertura branca para as árvores:
e...
Hoje a temperatura era de -25 graus quando eu voltei do supermercado. Associado à um vento de 40 km/h, a sensação térmica é de -35 graus. A neve que fica "correndo" sobre a rua por causa do vento, lembra bem a areia que a gente vê voando sobre a rua, em um dia de ventania na praia. Até falei isso para o taxista que me trouxe até em casa, que concordou com meio grunhido. Em resumo, em alguns momentos as ruas cheias de neve parecem mais umas "dunas de asfalto".
Eu fiz um vídeo da neve que caiu hoje, me deu uma vontade de ignorar que a comida estava acabando em casa e ignorar o supermercado:
E há um alerta de "tempo extremo" para Calgary:
"
Wind chill warning for: City of Calgary
EXTREME WIND CHILLS TONIGHT AND MONDAY. THIS IS A WARNING THAT EXTREME WIND CHILL CONDITIONS ARE IMMINENT OR OCCURRING IN THESE REGIONS. MONITOR WEATHER CONDITIONS..LISTEN FOR UPDATED STATEMENTS.
...THESE WEATHER CONDITIONS ARE LIKELY TO INCLUDE NORTH TO NORTHWEST WINDS OF 40 GUSTING TO 60 KM/H, 5-10 CENTIMETRES OF SNOW, VISIBILITIES BELOW 1 KILOMETRE FOR PROLONGED PERIODS OF TIME AND WIND CHILLS IN THE MINUS 30 TO MINUS 40 RANGE
...THE VERY COLD TEMPERATURES COMBINED WITH THE WIND WILL PRODUCE EXTREME WIND CHILL VALUES BELOW MINUS 40 TONIGHT INTO MONDAY MORNING. HIGH RISK OF FROSTBITE. EXPOSED SKIN CAN FREEZE IN 5 TO 10 MINUTES OR SOONER DEPENDING ON WIND SPEED.
"
Vai ser bonito amanhã eu indo trabalhar. Vou levar vinte minutos só para colocar as dez camadas de vestimenta que eu obrigatoriamente vou usar. E eu acho que por hoje é só. Se eu estiver vivo amanhã, escrevo-lhes mais.
Abraços. Ah, sim, e as fotos do Telus:
E não podia esquecer o fato de que neste final de semana a gente conversou com os nossos amigos do Brasil (Raphael no Sábado, Fabrício, Kb.Lo, Sabrina e Cinara), e foi maior legal. Saudades!!!
Fui!!!
e...
Hoje a temperatura era de -25 graus quando eu voltei do supermercado. Associado à um vento de 40 km/h, a sensação térmica é de -35 graus. A neve que fica "correndo" sobre a rua por causa do vento, lembra bem a areia que a gente vê voando sobre a rua, em um dia de ventania na praia. Até falei isso para o taxista que me trouxe até em casa, que concordou com meio grunhido. Em resumo, em alguns momentos as ruas cheias de neve parecem mais umas "dunas de asfalto".
Eu fiz um vídeo da neve que caiu hoje, me deu uma vontade de ignorar que a comida estava acabando em casa e ignorar o supermercado:
E há um alerta de "tempo extremo" para Calgary:
"
Wind chill warning for: City of Calgary
EXTREME WIND CHILLS TONIGHT AND MONDAY. THIS IS A WARNING THAT EXTREME WIND CHILL CONDITIONS ARE IMMINENT OR OCCURRING IN THESE REGIONS. MONITOR WEATHER CONDITIONS..LISTEN FOR UPDATED STATEMENTS.
...THESE WEATHER CONDITIONS ARE LIKELY TO INCLUDE NORTH TO NORTHWEST WINDS OF 40 GUSTING TO 60 KM/H, 5-10 CENTIMETRES OF SNOW, VISIBILITIES BELOW 1 KILOMETRE FOR PROLONGED PERIODS OF TIME AND WIND CHILLS IN THE MINUS 30 TO MINUS 40 RANGE
...THE VERY COLD TEMPERATURES COMBINED WITH THE WIND WILL PRODUCE EXTREME WIND CHILL VALUES BELOW MINUS 40 TONIGHT INTO MONDAY MORNING. HIGH RISK OF FROSTBITE. EXPOSED SKIN CAN FREEZE IN 5 TO 10 MINUTES OR SOONER DEPENDING ON WIND SPEED.
"
Vai ser bonito amanhã eu indo trabalhar. Vou levar vinte minutos só para colocar as dez camadas de vestimenta que eu obrigatoriamente vou usar. E eu acho que por hoje é só. Se eu estiver vivo amanhã, escrevo-lhes mais.
Abraços. Ah, sim, e as fotos do Telus:
E não podia esquecer o fato de que neste final de semana a gente conversou com os nossos amigos do Brasil (Raphael no Sábado, Fabrício, Kb.Lo, Sabrina e Cinara), e foi maior legal. Saudades!!!
Fui!!!
Vídeozinho da casa...
Como prometido:
Esta semana parece que vai ser "a" semana do frio. Temperaturas de -28 graus (ou até menos) com ventos de 50km/h. Inclusive hoje está -15 graus, mas com a sensação térmica é de -28 graus. E eu preciso ir fazer compras. Estou frito. Quer dizer, frito é modo de dizer, estou mesmo é o oposto de frito, sejá lá o que for (não frito?).
Aqui em Calgary luva é uma coisa que não se perde. O Arthur já deixou a dele cair na rua 3 vezes, e ao passar lá algumas horas depois (ou mesmo no dia seguinte), a mesma ainda estava por lá. Aconteceu a mesma coisa comigo ontem. Perdi minha luva (uma mão só) e, quando a gente voltou para casa, umas seis horas depois, lá estava a coitada no meio da calçada - pelo menos ela ainda estava limpa, embora momentaneamente inútil (quem vai querer colocar uma luva que está tão frio quanto o ar em volta dela?).
Fui!
Esta semana parece que vai ser "a" semana do frio. Temperaturas de -28 graus (ou até menos) com ventos de 50km/h. Inclusive hoje está -15 graus, mas com a sensação térmica é de -28 graus. E eu preciso ir fazer compras. Estou frito. Quer dizer, frito é modo de dizer, estou mesmo é o oposto de frito, sejá lá o que for (não frito?).
Aqui em Calgary luva é uma coisa que não se perde. O Arthur já deixou a dele cair na rua 3 vezes, e ao passar lá algumas horas depois (ou mesmo no dia seguinte), a mesma ainda estava por lá. Aconteceu a mesma coisa comigo ontem. Perdi minha luva (uma mão só) e, quando a gente voltou para casa, umas seis horas depois, lá estava a coitada no meio da calçada - pelo menos ela ainda estava limpa, embora momentaneamente inútil (quem vai querer colocar uma luva que está tão frio quanto o ar em volta dela?).
Fui!
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
Babiloniando
Meu trabalho é uma babilônia. Tem um cidadão de Belarus (que a gente chama de Russo pois era URSS até uns anos atrás, e ninguém conhece Belarus), dois Chineses, um Indiano, um Brasileiro, um filho de Ucranianos, uma Russa da gema, e provavelmente mais algumas nacionalidades que eu nem sei enumerar. Meu trem é uma farra. Nunca ouvi tanto idioma na vida. Eu acho que nem na Índia tem tanto Indiano quanto tem aqui, e deve ter uma máfia dos motoristas de Táxi, já que 90% são Paquistaneses.
O Tim Hortons, cadeia de cafeterias que é bem forte no Canadá, é operado em todas as lojas por Indianos (pelo menos é a impressão que eu tenho), e em todas as lojas as comidas e bebidas são uma delícia, mas o atendimento é ruim de doer. No Wal Mart quem manda são os Chineses e outros povos Asiáticos. O atendimento não é tão ruim mas praticamente não existe, a loja parece que fica largada às moscas. O Wal Mart tem preços muito bons mas é um dos lugares que eu mais evito aqui. O Safe Way é mais equilibrado, acho que eles devem pagar um salário maior e por isso exigem um nível de Inglês melhor, e não é a toa que você paga mais pelos produtos de lá. No Natal, eu fui com o pessoal em uma Future Shop para ver preços de notebooks (não para mim, mas um amigo meu estava comprando um para a sua mulher), e a gente foi cercado por uns 15 Indianos (Hindús seria mais adequado?) que queriam empurrar até a mãe junto com o Notebook. Demos o fora daquele mar de turbantes e fomos em outra Future Shop, onde eles não estavam tão sedentos pela comissão de Natal.
Aqui existe aula de Inglês para falantes de Mandarim e Cantonês (leia-se 90% dos povos Asiáticos). Foi uma ótima idéia, já que eles desconhecem sílabas, alfabetos e a letra "R". Tem algumas horas que é difícil se comunicar com o Team China. Ainda bem que existe MSN nestas horas. Outra coisa engraçada dos Chineses é que eles cometem os erros mais toscos de grafia, acho que pelo fato de terem aprendido a ler hideogramas e não o alfabeto ocidental.
A gente andou pesquisando sobre fazer inglês na Universidade de Calgary, que tem um preço bem atrativo. A Soraya deve começar por Abril. Eu também pretendo ir lá dar uma reforçada no meu Inglês depois que ela completar um ou dois ciclos. Sempre é bom aprender. Aqui, mesmo com os duzentos e oitenta e nove idiomas falados na cidade, o idioma oficial ainda é o Inglês, of course. O joguinho preferido para passar o tempo no trem é tentar adivinhar qual idioma eles estão falando. Uma coisa em comum é o "alô" dado ao telefone, é quase o mesmo não importa daonde você seja.
Carros
Já falei que os carros aqui são feios, mas é mais um "choque", no fim você acaba se acostumando. O que me impressiona é que, com estes dias de neve, os carros ficam sujos como eu nunca vi no Brasil. É impressionante. Acho que a areia que eles jogam na estrada para dar mais tração "gruda" na lataria quando o carro anda sobre a neve, e fica uma sujeirada só. Os ônibus também. Estes dias eu estava andando no ônibus e achei que tivesse uma propaganda grudada na janela, mas era só sujeira. Impressionante. A rua também fica uma nhaca quando eles jogam sal + areia, fica uma sujeira feia que só. Somente ruas com pouco movimento, como a nossa, ficam branquinhas - o lado negativo é que a rua fica super-hiper-mega-escorregadia.
Aliás neve é uma beleza para grudar na sola do sapato. Suja a entrada da casa que é uma beleza. Será que é por isso que chamam de merda branca? Ao contrário da merda original, ela não cheira mal. Mas gruda que é uma beleza.
E amanhã vamos no Bob The Builder (Bob O Construtor) no já não inédito Telus World of Science, vamos ver qual vai ser a avaliação do pequeno. Se a gente sobreviver ao frio, eu coloco umas fotos aqui depois.
Fui!
O Tim Hortons, cadeia de cafeterias que é bem forte no Canadá, é operado em todas as lojas por Indianos (pelo menos é a impressão que eu tenho), e em todas as lojas as comidas e bebidas são uma delícia, mas o atendimento é ruim de doer. No Wal Mart quem manda são os Chineses e outros povos Asiáticos. O atendimento não é tão ruim mas praticamente não existe, a loja parece que fica largada às moscas. O Wal Mart tem preços muito bons mas é um dos lugares que eu mais evito aqui. O Safe Way é mais equilibrado, acho que eles devem pagar um salário maior e por isso exigem um nível de Inglês melhor, e não é a toa que você paga mais pelos produtos de lá. No Natal, eu fui com o pessoal em uma Future Shop para ver preços de notebooks (não para mim, mas um amigo meu estava comprando um para a sua mulher), e a gente foi cercado por uns 15 Indianos (Hindús seria mais adequado?) que queriam empurrar até a mãe junto com o Notebook. Demos o fora daquele mar de turbantes e fomos em outra Future Shop, onde eles não estavam tão sedentos pela comissão de Natal.
Aqui existe aula de Inglês para falantes de Mandarim e Cantonês (leia-se 90% dos povos Asiáticos). Foi uma ótima idéia, já que eles desconhecem sílabas, alfabetos e a letra "R". Tem algumas horas que é difícil se comunicar com o Team China. Ainda bem que existe MSN nestas horas. Outra coisa engraçada dos Chineses é que eles cometem os erros mais toscos de grafia, acho que pelo fato de terem aprendido a ler hideogramas e não o alfabeto ocidental.
A gente andou pesquisando sobre fazer inglês na Universidade de Calgary, que tem um preço bem atrativo. A Soraya deve começar por Abril. Eu também pretendo ir lá dar uma reforçada no meu Inglês depois que ela completar um ou dois ciclos. Sempre é bom aprender. Aqui, mesmo com os duzentos e oitenta e nove idiomas falados na cidade, o idioma oficial ainda é o Inglês, of course. O joguinho preferido para passar o tempo no trem é tentar adivinhar qual idioma eles estão falando. Uma coisa em comum é o "alô" dado ao telefone, é quase o mesmo não importa daonde você seja.
Carros
Já falei que os carros aqui são feios, mas é mais um "choque", no fim você acaba se acostumando. O que me impressiona é que, com estes dias de neve, os carros ficam sujos como eu nunca vi no Brasil. É impressionante. Acho que a areia que eles jogam na estrada para dar mais tração "gruda" na lataria quando o carro anda sobre a neve, e fica uma sujeirada só. Os ônibus também. Estes dias eu estava andando no ônibus e achei que tivesse uma propaganda grudada na janela, mas era só sujeira. Impressionante. A rua também fica uma nhaca quando eles jogam sal + areia, fica uma sujeira feia que só. Somente ruas com pouco movimento, como a nossa, ficam branquinhas - o lado negativo é que a rua fica super-hiper-mega-escorregadia.
Aliás neve é uma beleza para grudar na sola do sapato. Suja a entrada da casa que é uma beleza. Será que é por isso que chamam de merda branca? Ao contrário da merda original, ela não cheira mal. Mas gruda que é uma beleza.
E amanhã vamos no Bob The Builder (Bob O Construtor) no já não inédito Telus World of Science, vamos ver qual vai ser a avaliação do pequeno. Se a gente sobreviver ao frio, eu coloco umas fotos aqui depois.
Fui!
Olha, eu tento não falar do frio
Mas, PUTA MERDA, -45 graus, você tá de SACANAGEM?
Eu espero que eles considerem o wind chill no cálculo da temperatura. Senão eu vou ficar parecendo o boneco da Michelin de tanta roupa que eu vou usar:
A Soraya já me disse que no primeiro dia que fizer menos de -30 graus (complicado pensar menos que -30) ela não sai de casa. Se no dia seguinte não esquentar, ela vai por o nariz à prova (literalmente).
Já que eu estou em um dos meus dois assuntos recorrentes no blog (frio e ônibus, eu preciso arrumar outras coisas para fazer no Canadá), hoje caiu uma neve diferente. Parece que não nevou no chão, mas só nas árvores, que estavam todas branquinhas, branquinhas. Foi bonito de ver. Pena que eu não trouxe a máquina - mas se amanhã elas ainda estiverem iguais, fotos irei tirar.
Fui!
Eu espero que eles considerem o wind chill no cálculo da temperatura. Senão eu vou ficar parecendo o boneco da Michelin de tanta roupa que eu vou usar:
A Soraya já me disse que no primeiro dia que fizer menos de -30 graus (complicado pensar menos que -30) ela não sai de casa. Se no dia seguinte não esquentar, ela vai por o nariz à prova (literalmente).
Já que eu estou em um dos meus dois assuntos recorrentes no blog (frio e ônibus, eu preciso arrumar outras coisas para fazer no Canadá), hoje caiu uma neve diferente. Parece que não nevou no chão, mas só nas árvores, que estavam todas branquinhas, branquinhas. Foi bonito de ver. Pena que eu não trouxe a máquina - mas se amanhã elas ainda estiverem iguais, fotos irei tirar.
Fui!
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Nada como água quente na torneira!
Uma das melhores coisas do Canadá é que toda torneira tem água quente. E também tem água gelada - se você só abrir a água gelada, a torneira até fica "suada", como uma garrafa de cerveja gelada (vou ter que abrir uma). Aqui é assim. Um registro de água quente, um de água geladíssima. Abra os dois e vem água morna.
Alguns fatos sobre a água:
. Já falei sobre a água dura;
. Os canos de água ficam enterrados a 1.5m do chão. Nesta profundidade, a água nunca congela, mas fica na líquida temperatura de 2 ou 3 graus. Quase congelado, mas ainda não;
. No Brasil eu tinha costume de desligar o chuveiro no fim do banho (não a água, como seria óbvio, mas apenas a energia, para a água sair fria). Aqui eu faço isso também, mas nào posso colocar a água completamente no frio (no caso, para a direita, código universal - direita, água fria, esquerda, água quente), porque senão dói até meu rosto por causa daquela água vindo à agradáveis três graus;
. Um dia, estava eu indo almoçar com o pessoal do meu trabalho quando vejo ar saindo de um sistema de irrigação de jardins. Ora pois. Óbvio que eu perguntei, "que porra é essa?". A explicação é simples. Como os canos de irrigação não ficam à uma profundidade onde a água não congela mais, eles tem que tirar toda a água dos canos senão os canos estouram (já que o gelo ocupa mais espaço que a água);
. Água de torneira aqui é potável mas, igual no Brasil, o gosto não é lá estas coisas. A coisa boa é que a água da torneira sai gelada.
Nada como aquecimento em casa!
Pois é, nada se compara à sensação de ficar olhando a nevasca do lado de fora, com seus -20 graus, de bermuda e camiseta, a partir do aconchego e calor do seu lar.
Uma das melhores coisas do Canadá é que toda torneira tem água quente. E também tem água gelada - se você só abrir a água gelada, a torneira até fica "suada", como uma garrafa de cerveja gelada (vou ter que abrir uma). Aqui é assim. Um registro de água quente, um de água geladíssima. Abra os dois e vem água morna.
Alguns fatos sobre a água:
. Já falei sobre a água dura;
. Os canos de água ficam enterrados a 1.5m do chão. Nesta profundidade, a água nunca congela, mas fica na líquida temperatura de 2 ou 3 graus. Quase congelado, mas ainda não;
. No Brasil eu tinha costume de desligar o chuveiro no fim do banho (não a água, como seria óbvio, mas apenas a energia, para a água sair fria). Aqui eu faço isso também, mas nào posso colocar a água completamente no frio (no caso, para a direita, código universal - direita, água fria, esquerda, água quente), porque senão dói até meu rosto por causa daquela água vindo à agradáveis três graus;
. Um dia, estava eu indo almoçar com o pessoal do meu trabalho quando vejo ar saindo de um sistema de irrigação de jardins. Ora pois. Óbvio que eu perguntei, "que porra é essa?". A explicação é simples. Como os canos de irrigação não ficam à uma profundidade onde a água não congela mais, eles tem que tirar toda a água dos canos senão os canos estouram (já que o gelo ocupa mais espaço que a água);
. Água de torneira aqui é potável mas, igual no Brasil, o gosto não é lá estas coisas. A coisa boa é que a água da torneira sai gelada.
Nada como aquecimento em casa!
Pois é, nada se compara à sensação de ficar olhando a nevasca do lado de fora, com seus -20 graus, de bermuda e camiseta, a partir do aconchego e calor do seu lar.
TOC moral (e o frio...)
Ontem eu tentei publicar um post aqui no blog, mas a internet morreu e eu não consegui publicar o dito-cujo. Perdi um post que era interessante, não foi como o pessoal da marcha dos pinguins, que perdeu tudo :-(. Eu perguntei para a Soraya qual outro blog que ela gostava de ler e me disse que era esse, a marcha dos pinguins. No blog dela tem o link, fui lá, cliquei e pé, erro 404 (page not found). Tentei de novo e de novo (a definição da loucura é fazer a mesma coisa repetidas vezes esperando resultados diferentes), e nada. Uma pesquisa no google e descubro que eles apagaram a conta do google ao qual o blog foi associado e o blog foi embora junto. Pensei "puta merda, tenho que tomar cuidado se eu quiser apagar minha conta google qualquer dia", embora eu duvide que eu vá fazer isso, mas o amanhã ninguém sabe (a gente estar aqui é a maior prova disso).
Bom, o que eu queria dizer no meu finado post é que eu falei de novo para o povo do ônibus a minha frase preferida:
"CAN YOU MOVE MORE TO THE BACK, PLEASE?"
(barulho do povo indo para o fundo do ônibus - grunhidos, reclamações em inglês, crianças chorando, louça quebrando, etc...)
Ah! Demorou. Eu e minha TOC moral. O motorista disse "CAN YOU MOVE TO THE BACK, PLEASE", e o povo deu 3 passos. Não tive dúvida, quando o ônibus parou no próximo ponto e tinha a torcida do maracanã inteira para entrar, estufei o peito, pensei na bandeira do Brasil e mandei brasa, nada como "move to the back" para começar bem o dia. Capítulo do meu futuro livro:
"
Quinta-feira fria em Calgary. O cinza do céu só não é mais melancólico do que as ruas sujas de neve e o frio de -20 graus que faz do lado de fora do ônibus. Fora, pessoas apressadas e com pressa, andando em passos rápidos para chegar logo em algum lugar aquecido, seja onde for. Nos pontos, multidões à espera do próximo transporte. E, dentro do ônibus, passageiros que não se mexem, parados, estáticos perto da porta da frente. Ao chegar na próxima parada, o motorista abre a porta, e apenas dois passageiros conseguem embarcar. Sem pensar muito, ele diz:
- Vocês podem ir para trás, por favor?
O bando de bichos-preguiça que está no ônibus se olha assustado e decide que alguém tem que se mexer primeiro. Ninguém toma a frente, e o motorista, desta vez de pé, diz:
- Vocês podem ir para trás, por favor? Tem pessoas aqui fora esperando.
Nada. Os passageiros foram contagiados pela melancolia do lado de fora e se encontravam em um estado letárgico. Daqui eu não saio, daqui ninguém me tira. O motorista, então, tira seu gorro e brada em alto e bom tom:
- VOCÊS PODERIAM IR PARA O FUNDO DO ÔNIBUS? TEM GENTE AQUI FORA QUE ESTÁ COM A BUNDA CONGELANDO E QUE PRECISA ENTRAR DENTRO DO ÔNIBUS!!!
O que o motorista deve ter pensado é impublicável, mas desta vez os passageiros foram para o fundo.
Aleluia!
"
Eu sou um mala. Eu dou risadas maqueavélicas quando o motorista manda o povo ir para o fundo, e também quando:
. Algum motorista que anda no acostamento é multado (no Brasil);
. Flanelinha é preso (no Brasil);
. Talvez eu não seja tão ruim assim - não consegui lembrar do terceiro item da lista. Olha só, estou evoluindo.
Quando eu criança e morava lá em Caraguatatuba, tinha muito mosquito em casa. Muito. Uma vez meu pai fez uma pilha com os mosquitos mortos. Outro diz, de saco cheio do barulho, ele pegou um e ficou zunindo na orelha dele. Eu me senti vingado! Deve ser genético - mas quem nunca ficou ouvindo mosquito zunindo a noite inteira não sabe o que é. É como o Arthur que chuta um brinquedo longe quando o brinquedo não faz o que ele quer. "Ele não me respeita", ele grita. A gente diz que, se quebrar, ele não ganha um novo, mas "em off" eu falo para a Soraya que é genético, eu também levava para o lado pessoal quando um brinquedo não fazia o que lhe era ordenado. É que nem dizem, não bate no monitor que ele não tem culpa, tem que bater é no computador. Ou "software é o que você xinga" e "hardware é o que você chuta".
E vai esfriar:
Como será que é -31 graus? A Soraya me disse que não sai de casa por nada deste mundo. Eu estou curioso. Quero jogar um copo de água para o alto e ver se cai gelo (duvido). É mais frio do que qualquer freezer. Os pelinhos do nariz vão congelar de vez, quem sabe eles não quebram logo e eu me livro da incumbência de cortar os danados, tarefa de alto risco que eu venho postergando desde o dia que eu vim parar no mundo (não neste mundo, é no mundo mesmo).
De novo no front, não tem muita coisa. Ontem a gente viu de novo o último episódio do Lost, em preparação para a nova temporada que começa semana que vem. A Soraya fez o vídeo da casa e eu preciso colocar na internet. E o travesseiro novo que eu comprei é uma maravilha. Ah, sim, ainda não colocaram as persianas e ontem foi noite de lua cheia, embora seja bonito porque a noite fique super clara, parecia que tinham ligado um poste de luz bem na nossa janela.
Fui!
Bom, o que eu queria dizer no meu finado post é que eu falei de novo para o povo do ônibus a minha frase preferida:
"CAN YOU MOVE MORE TO THE BACK, PLEASE?"
(barulho do povo indo para o fundo do ônibus - grunhidos, reclamações em inglês, crianças chorando, louça quebrando, etc...)
Ah! Demorou. Eu e minha TOC moral. O motorista disse "CAN YOU MOVE TO THE BACK, PLEASE", e o povo deu 3 passos. Não tive dúvida, quando o ônibus parou no próximo ponto e tinha a torcida do maracanã inteira para entrar, estufei o peito, pensei na bandeira do Brasil e mandei brasa, nada como "move to the back" para começar bem o dia. Capítulo do meu futuro livro:
"
Quinta-feira fria em Calgary. O cinza do céu só não é mais melancólico do que as ruas sujas de neve e o frio de -20 graus que faz do lado de fora do ônibus. Fora, pessoas apressadas e com pressa, andando em passos rápidos para chegar logo em algum lugar aquecido, seja onde for. Nos pontos, multidões à espera do próximo transporte. E, dentro do ônibus, passageiros que não se mexem, parados, estáticos perto da porta da frente. Ao chegar na próxima parada, o motorista abre a porta, e apenas dois passageiros conseguem embarcar. Sem pensar muito, ele diz:
- Vocês podem ir para trás, por favor?
O bando de bichos-preguiça que está no ônibus se olha assustado e decide que alguém tem que se mexer primeiro. Ninguém toma a frente, e o motorista, desta vez de pé, diz:
- Vocês podem ir para trás, por favor? Tem pessoas aqui fora esperando.
Nada. Os passageiros foram contagiados pela melancolia do lado de fora e se encontravam em um estado letárgico. Daqui eu não saio, daqui ninguém me tira. O motorista, então, tira seu gorro e brada em alto e bom tom:
- VOCÊS PODERIAM IR PARA O FUNDO DO ÔNIBUS? TEM GENTE AQUI FORA QUE ESTÁ COM A BUNDA CONGELANDO E QUE PRECISA ENTRAR DENTRO DO ÔNIBUS!!!
O que o motorista deve ter pensado é impublicável, mas desta vez os passageiros foram para o fundo.
Aleluia!
"
Eu sou um mala. Eu dou risadas maqueavélicas quando o motorista manda o povo ir para o fundo, e também quando:
. Algum motorista que anda no acostamento é multado (no Brasil);
. Flanelinha é preso (no Brasil);
. Talvez eu não seja tão ruim assim - não consegui lembrar do terceiro item da lista. Olha só, estou evoluindo.
Quando eu criança e morava lá em Caraguatatuba, tinha muito mosquito em casa. Muito. Uma vez meu pai fez uma pilha com os mosquitos mortos. Outro diz, de saco cheio do barulho, ele pegou um e ficou zunindo na orelha dele. Eu me senti vingado! Deve ser genético - mas quem nunca ficou ouvindo mosquito zunindo a noite inteira não sabe o que é. É como o Arthur que chuta um brinquedo longe quando o brinquedo não faz o que ele quer. "Ele não me respeita", ele grita. A gente diz que, se quebrar, ele não ganha um novo, mas "em off" eu falo para a Soraya que é genético, eu também levava para o lado pessoal quando um brinquedo não fazia o que lhe era ordenado. É que nem dizem, não bate no monitor que ele não tem culpa, tem que bater é no computador. Ou "software é o que você xinga" e "hardware é o que você chuta".
E vai esfriar:
Como será que é -31 graus? A Soraya me disse que não sai de casa por nada deste mundo. Eu estou curioso. Quero jogar um copo de água para o alto e ver se cai gelo (duvido). É mais frio do que qualquer freezer. Os pelinhos do nariz vão congelar de vez, quem sabe eles não quebram logo e eu me livro da incumbência de cortar os danados, tarefa de alto risco que eu venho postergando desde o dia que eu vim parar no mundo (não neste mundo, é no mundo mesmo).
De novo no front, não tem muita coisa. Ontem a gente viu de novo o último episódio do Lost, em preparação para a nova temporada que começa semana que vem. A Soraya fez o vídeo da casa e eu preciso colocar na internet. E o travesseiro novo que eu comprei é uma maravilha. Ah, sim, ainda não colocaram as persianas e ontem foi noite de lua cheia, embora seja bonito porque a noite fique super clara, parecia que tinham ligado um poste de luz bem na nossa janela.
Fui!
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
E nevou (e agora tem fotos)
Este é o Arthur com sua vestimenta básica para temperaturas bem abaixo de zero, e também com o seu kit "bagunça na neve", o raspador de gelo e varredor de neve (é 2 x 1 mesmo), que está na mão esquerda dele, e a sua mala com rodinhas que ele usa para ficar fazendo "trilhos" na neve:
Carros brancos:
Arthur fazendo a sua bagunça em frente de casa:
De novo:
Provavelmente reclamando de alguma coisa OU fazendo apito de trem (a cara é a mesma - dada a situação, acho que era apito de trem):
Casinha sobre a neve caindo torrecialmente, ou vice-versa:
De longe:
A pergunta que não quer calar, onde termina a calçada e onde começa a rua?
Casas em construção do outro lado de rua:
Isso era para mostrar a profundidade da neve:
É, nevou:
(é assim mesmo - tudo branquinho - uma beleza - é bem bonito de noite)
Para fechar, mais uma foto dos carros branquinhos:
Hoje estava -4 graus na hora de voltar para casa. Bem melhor que os -20 que estavam quando eu fui trabalhar.
Fui!
Abraços!
Carros brancos:
Arthur fazendo a sua bagunça em frente de casa:
De novo:
Provavelmente reclamando de alguma coisa OU fazendo apito de trem (a cara é a mesma - dada a situação, acho que era apito de trem):
Casinha sobre a neve caindo torrecialmente, ou vice-versa:
De longe:
A pergunta que não quer calar, onde termina a calçada e onde começa a rua?
Casas em construção do outro lado de rua:
Isso era para mostrar a profundidade da neve:
É, nevou:
(é assim mesmo - tudo branquinho - uma beleza - é bem bonito de noite)
Para fechar, mais uma foto dos carros branquinhos:
Hoje estava -4 graus na hora de voltar para casa. Bem melhor que os -20 que estavam quando eu fui trabalhar.
Fui!
Abraços!
E nevou...
E decorou
Sábado fomos na Ikea comprar uma mesa de jantar, quatro cadeiras, um "criado-mudo" para a Soraya (na verdade uma mesinha de canto), uma escadinha-banquinho para podermos colocar o tênis sentados, e não se equilibrando com a mão na parede (aqui no Canadá, a entrada das casas tem um "espaço" com piso frio onde você tira os seus apetrechos de frio e os calçados sujos de neve - ter chulé aqui é fria). Compramos também uma cortininha para cobrir a área onde ficam os casacos nesta entrada da casa, e também um lustre mais moderno (de papel) para a sala, já que faz tempo que a gente queria dar cabo daquele troço baianoso dourado que tinha na sala. A Ikea (eu já falei sobre ela) é fantástica. Quatro dólares pelo lustre, quarenta pela mesa de jantar, vinte por cada cadeira, e poraí vai. Hoje me perguntaram se a minha casa era inteira da Ikea, eu parei para pensar por uns dois segundos e respondi dizendo que TODOS os móveis de casa são de lá. É barato, é fácil de levar para casa e agora, com a parafusadeira, ficou mais legal de montar. E, segundo o Arthur, eu sou o próprio Bob the Builder (site oficial, já que não tem nenhuma foto do Bob na Wikipedia).
Falando do lustre dourado horroroso, tem muita coisa de bom gosto poraqui, bonitas, complexas ou espartanas, brancas ou coloridas, mas tem umas que são "o must". Por exemplo, o que leva um cidadão a colocar um espelho fumê no elevador? Ou o nosso aposentado lustre dourado com seis lâmpadas que, todas juntas, iluminam menos que uma vela? Aliás, como tem tanta gente que vive no escuro? Com uma luz que não dá nem para ler direito? Iluminação é tudo, já diria o decorador baitola. Eu não sou decorador nem sou baitola, mas uma boa luz faz a diferença no conforto que você tem em casa. A gente, além de trocar a luminária dourada por um globo branco (acho que a Soraya deve por uma foto depois), também colocamos uma lâmpada decente lá dentro. Agora sim aquele interruptor serve para alguma coisa, e não só para fazer clique-clique.
A casa está bonita agora. Uma das coisas que eu mais gostei no Canadá é que dá para comprar um forno de microondas por 40 dólares, uma cama por 150, um sofá por 500, uma mesa de jantar por 40 e um lustre por 4 dólares. Comparando com o Brasil, é muito em conta montar uma casa. Estava vendo o preço de uns móveis no Brasil só para comparar, é bem mais caro. Acho que se a gente voltar um dia eu vou é comprar tudo das casas Bahia mesmo para ficar baratinho. MDF por MDF, o resutlado final é o mesmo.
E nevou
E nevou, viu? Sábado de manhã, acordamos, um monte de neve na rua e mais um monte caindo do céu. Uma beleza. E continou nevando. O Arthur ficou brincando por um bom tempo do lado de fora, ele adora ficar andando com a sua mala de rodinhas por cima da neve para deixar uma "trilha", a gente teve até que brigar com ele para podermos ir logo para o ponto de ônibus (que a gente acabou perdendo). No ponto, ficamos mais de 25 minutos esperando o próximo bumba, neste meio tempo eu fique jogando bolas de neve no Arthur, vai saber porque ele adora ficar tomando neve na cabeça. A neve na minha luva derreteu e depois congelou de novo. Fique com gelo na luva. Crocante, mas frio. O bumba chegou e a gente colocou os apetrechos para "secar". E tudo branquinho cidade afora, realmente esta foi a maior neve que eu vi aqui em Calgary (tudo bem que este também é meu primeiro inverno).
E continou a nevar. Quando a gente voltou, tinha nevado mais uns 3 ou 4 centímetros. Domingueira o Arthur ficou brincando na neve por um tempão, até que ficou com frio e resolveu entrar (também, com -15 graus do lado de fora, dá-lhe roupa para manter o menino aquecido). É bonita esta tal de neve. É bonito ver ela caindo quando não há vento, parece um monte de algodão doce caindo do céu, já que ela vem devagarinho, devagarinho. E, à noite, a rua fica super clara porque está tudo branco, e tudo reflete a luz da lua ou da iluminação pública. Fica tudo com um tom "pastel", é bonito mesmo. Preciso tirar mais umas fotos hoje e colocar as de antes no blog também.
Isso aí. Só paro de falar de neve quando parar de nevar!
E a casa está bonita! Agora vai rolar o videozinho descritivo da casa.
Fui!
Sábado fomos na Ikea comprar uma mesa de jantar, quatro cadeiras, um "criado-mudo" para a Soraya (na verdade uma mesinha de canto), uma escadinha-banquinho para podermos colocar o tênis sentados, e não se equilibrando com a mão na parede (aqui no Canadá, a entrada das casas tem um "espaço" com piso frio onde você tira os seus apetrechos de frio e os calçados sujos de neve - ter chulé aqui é fria). Compramos também uma cortininha para cobrir a área onde ficam os casacos nesta entrada da casa, e também um lustre mais moderno (de papel) para a sala, já que faz tempo que a gente queria dar cabo daquele troço baianoso dourado que tinha na sala. A Ikea (eu já falei sobre ela) é fantástica. Quatro dólares pelo lustre, quarenta pela mesa de jantar, vinte por cada cadeira, e poraí vai. Hoje me perguntaram se a minha casa era inteira da Ikea, eu parei para pensar por uns dois segundos e respondi dizendo que TODOS os móveis de casa são de lá. É barato, é fácil de levar para casa e agora, com a parafusadeira, ficou mais legal de montar. E, segundo o Arthur, eu sou o próprio Bob the Builder (site oficial, já que não tem nenhuma foto do Bob na Wikipedia).
Falando do lustre dourado horroroso, tem muita coisa de bom gosto poraqui, bonitas, complexas ou espartanas, brancas ou coloridas, mas tem umas que são "o must". Por exemplo, o que leva um cidadão a colocar um espelho fumê no elevador? Ou o nosso aposentado lustre dourado com seis lâmpadas que, todas juntas, iluminam menos que uma vela? Aliás, como tem tanta gente que vive no escuro? Com uma luz que não dá nem para ler direito? Iluminação é tudo, já diria o decorador baitola. Eu não sou decorador nem sou baitola, mas uma boa luz faz a diferença no conforto que você tem em casa. A gente, além de trocar a luminária dourada por um globo branco (acho que a Soraya deve por uma foto depois), também colocamos uma lâmpada decente lá dentro. Agora sim aquele interruptor serve para alguma coisa, e não só para fazer clique-clique.
A casa está bonita agora. Uma das coisas que eu mais gostei no Canadá é que dá para comprar um forno de microondas por 40 dólares, uma cama por 150, um sofá por 500, uma mesa de jantar por 40 e um lustre por 4 dólares. Comparando com o Brasil, é muito em conta montar uma casa. Estava vendo o preço de uns móveis no Brasil só para comparar, é bem mais caro. Acho que se a gente voltar um dia eu vou é comprar tudo das casas Bahia mesmo para ficar baratinho. MDF por MDF, o resutlado final é o mesmo.
E nevou
E nevou, viu? Sábado de manhã, acordamos, um monte de neve na rua e mais um monte caindo do céu. Uma beleza. E continou nevando. O Arthur ficou brincando por um bom tempo do lado de fora, ele adora ficar andando com a sua mala de rodinhas por cima da neve para deixar uma "trilha", a gente teve até que brigar com ele para podermos ir logo para o ponto de ônibus (que a gente acabou perdendo). No ponto, ficamos mais de 25 minutos esperando o próximo bumba, neste meio tempo eu fique jogando bolas de neve no Arthur, vai saber porque ele adora ficar tomando neve na cabeça. A neve na minha luva derreteu e depois congelou de novo. Fique com gelo na luva. Crocante, mas frio. O bumba chegou e a gente colocou os apetrechos para "secar". E tudo branquinho cidade afora, realmente esta foi a maior neve que eu vi aqui em Calgary (tudo bem que este também é meu primeiro inverno).
E continou a nevar. Quando a gente voltou, tinha nevado mais uns 3 ou 4 centímetros. Domingueira o Arthur ficou brincando na neve por um tempão, até que ficou com frio e resolveu entrar (também, com -15 graus do lado de fora, dá-lhe roupa para manter o menino aquecido). É bonita esta tal de neve. É bonito ver ela caindo quando não há vento, parece um monte de algodão doce caindo do céu, já que ela vem devagarinho, devagarinho. E, à noite, a rua fica super clara porque está tudo branco, e tudo reflete a luz da lua ou da iluminação pública. Fica tudo com um tom "pastel", é bonito mesmo. Preciso tirar mais umas fotos hoje e colocar as de antes no blog também.
Isso aí. Só paro de falar de neve quando parar de nevar!
E a casa está bonita! Agora vai rolar o videozinho descritivo da casa.
Fui!
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
E nevou, viu?
Ontem saí de casa no horário usual, que deveria ser perto de 7:30 da manhã mas que nunca é antes de perto das oito da manhã. Fui andando até o ponto de ônibus embaixo de um belo de um vento, e quando faltava uma quadra para o meu destino começaram a cair uns floquinhos de neve, os flurries.
Fiquei morgando no ponto uns cinco minutos e o ônibus chegou. Foi só o ônibus andar uma quadra e começou a nevar para valer - para valer mesmo, eu sei pelos comentários dos locais, quando eles dizem frases como "nossa", "é a primeira do ano", e poraí vai. A parte engraçada disso tudo é que o povo que entrava no ônibus estava branco, mas tão branco, que parecia que tinham estourado um saco de farinha e jogaram tudo nos coitados. Sem brincadeira. Neve gruda quando venta. Parece aquelas espumas que eles jogam para fazer isolamento acústico e térmico nos edifícios. Tudo bem que é fácil de tirar, ela derrete depois de uns cinco minutos no bumba e a roupa fica um pouco molhada, mas com 3 ou 4 camadas isto não é um problema.
Foi legal ver uma tempestade de neve. Durou pouco e a neve não se acumulou muito (uns dois ou três centímetros), mas ver a neve com o vento é um espetáculo e tanto, ainda mais para um expectador fácil como eu que ficava vinte minutos admirando a máquina de lavar do meu pai funcionando (ela tinha a tampa transparente - e eu ficava vendo a mesma meia passar várias vezes - algumas pessoas colecionam selos, eu fico vendo máquinas de lavar).
Hoje à noite nevou mais. Uns cinco centímetros, eu acho. Foi o suficiente para eu andar pela rua e não pela calçada, já que a neve sempre fica mais compactada na rua. Eu até resolvi sair de casa mais cedo para chegar no trabalho antes das nove horas. Ledo engano. Cheguei na estação de trem e tinha mais neguinho do que no expresso Osasco em São Paulo. Cara, que coisa. Pensei, "what the fuck"? Pois é. Todos os trens, atrasados 25 minutos, por causa da neve ou por outro motivo. Estava tudo bem escorregadio hoje.
Pelo menos o Arthur adora. Hoje à tarde, pelo que a Soraya me disse, ele ficou brincando do lado de fora. Ele adora. E quando a neve acaba de cair ela é bem fofinha, que nem agora.
Óde à neve! Ainda não é merda branca!
E só paro de falar de neve quando parar de nevar.
Fiquei morgando no ponto uns cinco minutos e o ônibus chegou. Foi só o ônibus andar uma quadra e começou a nevar para valer - para valer mesmo, eu sei pelos comentários dos locais, quando eles dizem frases como "nossa", "é a primeira do ano", e poraí vai. A parte engraçada disso tudo é que o povo que entrava no ônibus estava branco, mas tão branco, que parecia que tinham estourado um saco de farinha e jogaram tudo nos coitados. Sem brincadeira. Neve gruda quando venta. Parece aquelas espumas que eles jogam para fazer isolamento acústico e térmico nos edifícios. Tudo bem que é fácil de tirar, ela derrete depois de uns cinco minutos no bumba e a roupa fica um pouco molhada, mas com 3 ou 4 camadas isto não é um problema.
Foi legal ver uma tempestade de neve. Durou pouco e a neve não se acumulou muito (uns dois ou três centímetros), mas ver a neve com o vento é um espetáculo e tanto, ainda mais para um expectador fácil como eu que ficava vinte minutos admirando a máquina de lavar do meu pai funcionando (ela tinha a tampa transparente - e eu ficava vendo a mesma meia passar várias vezes - algumas pessoas colecionam selos, eu fico vendo máquinas de lavar).
Hoje à noite nevou mais. Uns cinco centímetros, eu acho. Foi o suficiente para eu andar pela rua e não pela calçada, já que a neve sempre fica mais compactada na rua. Eu até resolvi sair de casa mais cedo para chegar no trabalho antes das nove horas. Ledo engano. Cheguei na estação de trem e tinha mais neguinho do que no expresso Osasco em São Paulo. Cara, que coisa. Pensei, "what the fuck"? Pois é. Todos os trens, atrasados 25 minutos, por causa da neve ou por outro motivo. Estava tudo bem escorregadio hoje.
Pelo menos o Arthur adora. Hoje à tarde, pelo que a Soraya me disse, ele ficou brincando do lado de fora. Ele adora. E quando a neve acaba de cair ela é bem fofinha, que nem agora.
Óde à neve! Ainda não é merda branca!
E só paro de falar de neve quando parar de nevar.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Feliz aniversário Soraya!!!
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
Curtas, parte 666
No supermercado
Nada expõe mais a intimidade de uma pessoa do que o carrinho do supermercado. Quando você olha aquele casal de gordinhos simpáticos com cinco pacotes de pão de hamburguer, dez pacotes de cookies, 20 refrigerantes e mais um monte de coisas boas, deliciosas e bem engordativas, você sabe que na vida a relação de causa-efeito é algo inexorável, é um fato, uma lei, e não uma suposição. Mas não vou agredir os gordinhos, afinal, eu também faço parte deste clube, que não é nada exclusivo.
E ontem, quando eu estava na fila do supermercado, sendo atendida pela caixa mais complicada que já caminhou sobre esta terra, vejo o casal da minha frente conversar em sua língua original (alguma língua árabe) sobre um produto que a mulher queria comprar. Conversa, conversa vem, e a mulher põe o produto na área de "não quero mais". Quando eu olho o produto, está escrito "luvas de massagem". Ri para mim mesmo pensando que a mulher queria fazer a passagem pelo mar vermelho e o marido só queria saber de Maomé (afinal eles são de algum país daquelas bandas), mas deixei para lá. A mulher asiática que estava atrás de mim (não vou dizer Chinesa porque descobri que existem duzentos biotipos diferentes na Ásia e o de olho puxado é uma parte enorme da população de lá - e daqui também) estava com um pacote de 10 quilos de arroz Tailandês. Daonde será que ela é? Se bem que a gente também comprou arroz Tailandês estes dias, depois de encontrar uns Brasileiros no mercado que nos disseram que aquele arroz é bem parecido com o Brasileiro (e é mesmo).
E para escolher um caixa? É uma arte, e o cara do filme Anti-Herói Americano já sabia disso. Você tem que avaliar a velocidade do caixa, o tamanho da fila e o perfil dos seus ocupantes. Será que aquela velhinha vai querer falar sobre a vida com a mulher do caixa? Será que aquele engravatado vai implicar com o preço do feijão? São muitas variáveis, é uma ciência complicada. Ontem, a propósito, eu escolhi o caixa errado:
. A mulher do caixa conversava demais e demorava demais;
. O povo da minha frente era enrolado;
. Abriu um caixa do meu lado mas eu estava distraído fazendo mandinga para a fila andar mais rápido.
Brincadeira. Vocês vão achar que eu sou mala, até porque vou falar dos...
... Imóveis do busão
Impressionante como este povo tem preguiça de fazer as coisas por inteiro. Ao invés de dar dez passos e chegar no fundo do ônibus logo, dá cinco passos e fica olhando ansioso (ou ansiosa) para a porta para ver se entra mais gente. Isso depois do motorista dizer "MOVE TO THE BACK, PLEASE". Aí entra mais gente, o cidadão calcula quanto espaço tem que ceder e dá mais um passo pra trás. Vai logo para o fundo do ônibus! Parece que tem alergia, sei lá.
Agora o bonitão aqui mudou a estratégia. Se o fundo do ônibus estiver vazio e eu tiver que passar por até dez pessoas para chegar lá (mais que isso complica), vou me acotovelando e chego no fundão. Se estiver no meio do corredor falo "excuse me", se for quem está trancando o tráfego só olho feio. Cansei de falar "MOVE TO THE BACK" para este povo que não dá um passo para trás sem o motorista ordenar. Vou lá buscar meus quinze minutos de sono no fundão. Como vou perder esta complementação para o meu sono diário? No way...
Durmo, logo existo.
Fui! Preciso trabalhar...
Nada expõe mais a intimidade de uma pessoa do que o carrinho do supermercado. Quando você olha aquele casal de gordinhos simpáticos com cinco pacotes de pão de hamburguer, dez pacotes de cookies, 20 refrigerantes e mais um monte de coisas boas, deliciosas e bem engordativas, você sabe que na vida a relação de causa-efeito é algo inexorável, é um fato, uma lei, e não uma suposição. Mas não vou agredir os gordinhos, afinal, eu também faço parte deste clube, que não é nada exclusivo.
E ontem, quando eu estava na fila do supermercado, sendo atendida pela caixa mais complicada que já caminhou sobre esta terra, vejo o casal da minha frente conversar em sua língua original (alguma língua árabe) sobre um produto que a mulher queria comprar. Conversa, conversa vem, e a mulher põe o produto na área de "não quero mais". Quando eu olho o produto, está escrito "luvas de massagem". Ri para mim mesmo pensando que a mulher queria fazer a passagem pelo mar vermelho e o marido só queria saber de Maomé (afinal eles são de algum país daquelas bandas), mas deixei para lá. A mulher asiática que estava atrás de mim (não vou dizer Chinesa porque descobri que existem duzentos biotipos diferentes na Ásia e o de olho puxado é uma parte enorme da população de lá - e daqui também) estava com um pacote de 10 quilos de arroz Tailandês. Daonde será que ela é? Se bem que a gente também comprou arroz Tailandês estes dias, depois de encontrar uns Brasileiros no mercado que nos disseram que aquele arroz é bem parecido com o Brasileiro (e é mesmo).
E para escolher um caixa? É uma arte, e o cara do filme Anti-Herói Americano já sabia disso. Você tem que avaliar a velocidade do caixa, o tamanho da fila e o perfil dos seus ocupantes. Será que aquela velhinha vai querer falar sobre a vida com a mulher do caixa? Será que aquele engravatado vai implicar com o preço do feijão? São muitas variáveis, é uma ciência complicada. Ontem, a propósito, eu escolhi o caixa errado:
. A mulher do caixa conversava demais e demorava demais;
. O povo da minha frente era enrolado;
. Abriu um caixa do meu lado mas eu estava distraído fazendo mandinga para a fila andar mais rápido.
Brincadeira. Vocês vão achar que eu sou mala, até porque vou falar dos...
... Imóveis do busão
Impressionante como este povo tem preguiça de fazer as coisas por inteiro. Ao invés de dar dez passos e chegar no fundo do ônibus logo, dá cinco passos e fica olhando ansioso (ou ansiosa) para a porta para ver se entra mais gente. Isso depois do motorista dizer "MOVE TO THE BACK, PLEASE". Aí entra mais gente, o cidadão calcula quanto espaço tem que ceder e dá mais um passo pra trás. Vai logo para o fundo do ônibus! Parece que tem alergia, sei lá.
Agora o bonitão aqui mudou a estratégia. Se o fundo do ônibus estiver vazio e eu tiver que passar por até dez pessoas para chegar lá (mais que isso complica), vou me acotovelando e chego no fundão. Se estiver no meio do corredor falo "excuse me", se for quem está trancando o tráfego só olho feio. Cansei de falar "MOVE TO THE BACK" para este povo que não dá um passo para trás sem o motorista ordenar. Vou lá buscar meus quinze minutos de sono no fundão. Como vou perder esta complementação para o meu sono diário? No way...
Durmo, logo existo.
Fui! Preciso trabalhar...
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Filmes & Hockey
All Quiet on the Western Front
Este é um filme de 1930. Faz muito tempo. De vez em quando eu invento de ver uns filmes clássicos, bem antigos, para ver se é "aquilo tudo", e normalmente eu não acho que seja "tudo isso" porque não é o que estamos acostumados a ver, mesmo que o filme seja profundo e bem elaborado. Neste filme, por exemplo, o enquadramento é estranho e a interpretação é meio "teatral", que nem no filme mais tosco que eu já vi na vida (quer dizer, não vi, parei no meio), o colossalmente mal feito Feliz Ano Velho.
Mas o que importa é a mensagem do filme, e neste caso ela é bem dada. Em resumo, seria "professor aficionado por guerra convence jovens a ir lutar no front na primeira grande guerra. morre todo mundo. jovem fica decepcionado, volta depois de 4 anos e diz para o professor e alunos que tudo aquilo é mentira. jovem volta para guerra. jovem morre. fim.".
É bem mais que isso, claro, eu que quis zoar o barraco. Se fosse Náufrago, seria "gordinho apressado cai de avião e fica sozinho em ilha. depois de 3 anos sem sexo e só com uma bola de vôlei como companhia é resgatado por um navio enorme após passear com baleia mala. volta e seu amor se casou com seu dentista. vai atrás da outra usando uma correspondência velha como desculpa. fim."... E poraí vai.
Meu próximo filme velho será Nosferatu. O complicado é que o filme é mudo. Cara, haja paciência. Outro filme que eu aluguei foi o The Bridge, um documentário sobre as pessoas que se atiram da Golden Gate Bridge. Só curiosidade, eu queria saber melhor o que levou aquela ciclista a me perguntar se estava tudo bem comigo (só porque eu estava pendurando na ponte, tirando fotos do mar lá embaixo, às sete da manhã com uma névoa infernal?). Sou meio cinéfilo. Agora só falta comprar uma TV decente, uma que pelo menos tenha controle remoto, e que dê para mudar o canal, porque a minha é brincadeira.
Novas?
Minha mãe voltou para o Brasil. Ela deve estar chegando em casa enquanto eu vou escrevendo neste blog. Espero que ela tenha gostado da viagem, e esperamos ela no próximo verão (acho que vai acabar sendo o verão de 2009), para ela ver que as árvores daqui costumam ter folhas e que as pessoas ficam do lado de fora de suas casas e que, surpreendetemente, dá para se passar calor nesta terra. Bom retorno, mãe! Estou colocando as suas fotos na internet, alguma coisa já deve estar por lá.
E fomos também no famoso jogo de Hóckey. Da hora. O estádio é sensacional. As fotos que eu tirei estão aí embaixo:
E vou me despedindo. Não vou escrevinhar muito não que eu preciso trabalhar.
Fui!!!
Este é um filme de 1930. Faz muito tempo. De vez em quando eu invento de ver uns filmes clássicos, bem antigos, para ver se é "aquilo tudo", e normalmente eu não acho que seja "tudo isso" porque não é o que estamos acostumados a ver, mesmo que o filme seja profundo e bem elaborado. Neste filme, por exemplo, o enquadramento é estranho e a interpretação é meio "teatral", que nem no filme mais tosco que eu já vi na vida (quer dizer, não vi, parei no meio), o colossalmente mal feito Feliz Ano Velho.
Mas o que importa é a mensagem do filme, e neste caso ela é bem dada. Em resumo, seria "professor aficionado por guerra convence jovens a ir lutar no front na primeira grande guerra. morre todo mundo. jovem fica decepcionado, volta depois de 4 anos e diz para o professor e alunos que tudo aquilo é mentira. jovem volta para guerra. jovem morre. fim.".
É bem mais que isso, claro, eu que quis zoar o barraco. Se fosse Náufrago, seria "gordinho apressado cai de avião e fica sozinho em ilha. depois de 3 anos sem sexo e só com uma bola de vôlei como companhia é resgatado por um navio enorme após passear com baleia mala. volta e seu amor se casou com seu dentista. vai atrás da outra usando uma correspondência velha como desculpa. fim."... E poraí vai.
Meu próximo filme velho será Nosferatu. O complicado é que o filme é mudo. Cara, haja paciência. Outro filme que eu aluguei foi o The Bridge, um documentário sobre as pessoas que se atiram da Golden Gate Bridge. Só curiosidade, eu queria saber melhor o que levou aquela ciclista a me perguntar se estava tudo bem comigo (só porque eu estava pendurando na ponte, tirando fotos do mar lá embaixo, às sete da manhã com uma névoa infernal?). Sou meio cinéfilo. Agora só falta comprar uma TV decente, uma que pelo menos tenha controle remoto, e que dê para mudar o canal, porque a minha é brincadeira.
Novas?
Minha mãe voltou para o Brasil. Ela deve estar chegando em casa enquanto eu vou escrevendo neste blog. Espero que ela tenha gostado da viagem, e esperamos ela no próximo verão (acho que vai acabar sendo o verão de 2009), para ela ver que as árvores daqui costumam ter folhas e que as pessoas ficam do lado de fora de suas casas e que, surpreendetemente, dá para se passar calor nesta terra. Bom retorno, mãe! Estou colocando as suas fotos na internet, alguma coisa já deve estar por lá.
E fomos também no famoso jogo de Hóckey. Da hora. O estádio é sensacional. As fotos que eu tirei estão aí embaixo:
E vou me despedindo. Não vou escrevinhar muito não que eu preciso trabalhar.
Fui!!!
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Fotos do moleque
Hoje eu tirei um tempo para colocar umas fotos do menino. O Arthur nasceu no dia 23 de Outubro de 2002, há mais de cinco anos, e atualmente é um moleque que se acha gente grande do alto dos seus cinco anos, incrivelmente espero, vívido e com uma memória surpreendente, tendo o pai que tem. Atualmente já se comunica em seu Inglês Tupiniquim com seus coleguinhas de escola, entende e é entendido. Dá-lhe ESL (English as Second Language).
Eu, a Soraya, e o Arthur também, no seu último dia de gestação:
A gente esperou até o último instante para fazer o parto natural, mas como o menino não queria sair do aconchego da barriga da mãe (nem parece o menino que acorda sete da manhã todo dia, não importa se é Quinta-feira de sol ou Domingo de chuva). Como não ia de jeito nenhum, marcamos a cesárea para a Quarta-feira, dia 23, mas antes íamos tentar induzir o parto - acabou sendo cesárea mesmo. Neste dia, a gente foi até o shopping, passeamos, almoçamos, e quando deu a hora certa fomos para o hospital. Foi meio surreal, super tranquilo, só quando eu cheguei em casa que eu não sabia o que fazer com aquela amostra grátis de gente, mas a Soraya já sabia se virar.
Avós e o Rebento:
O pequeno na sua "caminha":
(como uma boa parte da população Santista, o Arthur nasceu na Casa de Saúde)
E o pézinho dele:
(parece que a foto é de 1900 e alguma coisa, mas é que neste dia eu resolvi comprar um filme preto-e-branco para a máquina, para ver como é que é)
Eu e o pequeno na casa da minha mãe, em Caraguá:
(cara de assustado)
No seu carrinho favorito:
Infelizmente eu não sei quando esta foto foi tirada - mas com certeza ele tinha menos de um ano, é só ver a cara de bebê do menino.
Hein?
Em Paraty, já mais grandinho:
Em Paraty também:
(eu adoro esta foto)
Com o seu tico-tico envenenado no Canal 4:
Em Jaguariúna:
(esta foto não deve mais do que dois anos - na casa do "Tio Danilo")
Sequência da dança:
(em algum dos churrascos que a gente fez no prédio onde a família da Soraya morava até uns meses atrás)
Com o Papai Noel (é cara de desespero mesmo):
(e a gente que achava que Gramado era frio)
Com o Papai Noel, versão Canadá:
(desta vez ele já sabia quem era o bom velhinho)
Detalhe a roupa do Arthur - agora a gente sabe o que é frio. Aquela calça suja que ele está usando é a calça de neve, ela vai até o peito e fecha com um suspensório nos ombros - o moleque fica totalmente e absolutamente aquecido.
Há muitas fotos. O álbum é este aí:
(eu deveria manter este álbum mais atualizado, mas nem sempre dá tempo)
Ter uma criança em casa é bom demais. Parabéns, Regina e Herbinho pelo futuro rebento! Tem muita coisa que muda, mas no geral não fica a impressão da "vida que eu perdi", mas sim da "nova vida que eu ganhei". Não sei porque eu resolvi colocar estas fotos hoje, acho que eu simplesmente vi todas aquelas fotos perdidas no Picasa e pensei "é, vamos tentar mostrar como é que ele era quando era bebê".
Ah, sim, este era eu criança:
(qualquer semelhança não é mera coincidência)
Falando em fotos, depois eu ponho as fotos do jogo de Hockey sobre o gelo!
Eu, a Soraya, e o Arthur também, no seu último dia de gestação:
A gente esperou até o último instante para fazer o parto natural, mas como o menino não queria sair do aconchego da barriga da mãe (nem parece o menino que acorda sete da manhã todo dia, não importa se é Quinta-feira de sol ou Domingo de chuva). Como não ia de jeito nenhum, marcamos a cesárea para a Quarta-feira, dia 23, mas antes íamos tentar induzir o parto - acabou sendo cesárea mesmo. Neste dia, a gente foi até o shopping, passeamos, almoçamos, e quando deu a hora certa fomos para o hospital. Foi meio surreal, super tranquilo, só quando eu cheguei em casa que eu não sabia o que fazer com aquela amostra grátis de gente, mas a Soraya já sabia se virar.
Avós e o Rebento:
O pequeno na sua "caminha":
(como uma boa parte da população Santista, o Arthur nasceu na Casa de Saúde)
E o pézinho dele:
(parece que a foto é de 1900 e alguma coisa, mas é que neste dia eu resolvi comprar um filme preto-e-branco para a máquina, para ver como é que é)
Eu e o pequeno na casa da minha mãe, em Caraguá:
(cara de assustado)
No seu carrinho favorito:
Infelizmente eu não sei quando esta foto foi tirada - mas com certeza ele tinha menos de um ano, é só ver a cara de bebê do menino.
Hein?
Em Paraty, já mais grandinho:
Em Paraty também:
(eu adoro esta foto)
Com o seu tico-tico envenenado no Canal 4:
Em Jaguariúna:
(esta foto não deve mais do que dois anos - na casa do "Tio Danilo")
Sequência da dança:
(em algum dos churrascos que a gente fez no prédio onde a família da Soraya morava até uns meses atrás)
Com o Papai Noel (é cara de desespero mesmo):
(e a gente que achava que Gramado era frio)
Com o Papai Noel, versão Canadá:
(desta vez ele já sabia quem era o bom velhinho)
Detalhe a roupa do Arthur - agora a gente sabe o que é frio. Aquela calça suja que ele está usando é a calça de neve, ela vai até o peito e fecha com um suspensório nos ombros - o moleque fica totalmente e absolutamente aquecido.
Há muitas fotos. O álbum é este aí:
Álbum Arthur - Sempre Atualizado |
(eu deveria manter este álbum mais atualizado, mas nem sempre dá tempo)
Ter uma criança em casa é bom demais. Parabéns, Regina e Herbinho pelo futuro rebento! Tem muita coisa que muda, mas no geral não fica a impressão da "vida que eu perdi", mas sim da "nova vida que eu ganhei". Não sei porque eu resolvi colocar estas fotos hoje, acho que eu simplesmente vi todas aquelas fotos perdidas no Picasa e pensei "é, vamos tentar mostrar como é que ele era quando era bebê".
Ah, sim, este era eu criança:
(qualquer semelhança não é mera coincidência)
Falando em fotos, depois eu ponho as fotos do jogo de Hockey sobre o gelo!
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Nada de novo no front...
... exceto que Domingo a gente vai ver um jogo de hockey:
Calgary Hitmen X Edmonton Oil Kings (WTF, Oil Kings?).
Vamos ver como é que vai ser. Depois eu escrevo aqui para contar a história. De resto, tudo na mesma. Ontem fiz 30 anos, teve bolinho aqui e almoço for free, teve bolo em casa e presentí for free. Cerveja por conta da minha mãe e vinho por minha conta. O Arthur estava terrível, parecia que ele tinha tomado um café extra duplo, bebido uns três guaranás e tomado um choque de 300 volts. Normal, 5 anos é assim mesmo.
Bom, vou nessa. Depois escrevo mais. O sono tá complicado. Hoje de manhã, -13 graus, agora, 3 graus. Nada como sair de casa com frio e voltar com calor.
Fui!
Calgary Hitmen X Edmonton Oil Kings (WTF, Oil Kings?).
Vamos ver como é que vai ser. Depois eu escrevo aqui para contar a história. De resto, tudo na mesma. Ontem fiz 30 anos, teve bolinho aqui e almoço for free, teve bolo em casa e presentí for free. Cerveja por conta da minha mãe e vinho por minha conta. O Arthur estava terrível, parecia que ele tinha tomado um café extra duplo, bebido uns três guaranás e tomado um choque de 300 volts. Normal, 5 anos é assim mesmo.
Bom, vou nessa. Depois escrevo mais. O sono tá complicado. Hoje de manhã, -13 graus, agora, 3 graus. Nada como sair de casa com frio e voltar com calor.
Fui!
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Joãozinho 30
Trinta anos.
É, é bastante. Quando eu tinha dez anos eu imaginava como seria ter 30 anos. 2008? Imagina, o mundo vai acabar até lá :-) (coisas de quem tem dez anos e acredita que o capitalismo e o petróleo são os vilões do mundo).
Pois é, trintinha. Quer saber? Não é tão difícil assim! Vários dos meus amigos de longa data farão 30 em breve, não muda muita coisa não. Só mais um número.
Buááááá!!!
Brincadeira, deixa de frescura, moleque!
Fui!
Depois escrevo-lhes mais. Agora lhes escreverei do alto dos meus 30 anos.
Fui!!!
É, é bastante. Quando eu tinha dez anos eu imaginava como seria ter 30 anos. 2008? Imagina, o mundo vai acabar até lá :-) (coisas de quem tem dez anos e acredita que o capitalismo e o petróleo são os vilões do mundo).
Pois é, trintinha. Quer saber? Não é tão difícil assim! Vários dos meus amigos de longa data farão 30 em breve, não muda muita coisa não. Só mais um número.
Buááááá!!!
Brincadeira, deixa de frescura, moleque!
Fui!
Depois escrevo-lhes mais. Agora lhes escreverei do alto dos meus 30 anos.
Fui!!!
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Tempos modernos
Tempos Modernos
Marisa Monte, composição Lulu Santos
Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima do muro
de hipocrisia que insiste em nos rodear
Eu vejo a vida mais farta e clara
Repleta de toda a satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão
Eu quero crer no amor numa boa
E que isso valha prá qualquer pessoa
Que realizar a força que tem uma paixão
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade pra dizer mais sim do que não
Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
E não há tempo que volte amor
Vamos viver tudo o que há prá viver
Vamos nos permitir
Pois é.
Estava ouvindo esta música hoje aqui no trabalho - é, eu ouço Marisa Monte :-) - e sabe quando dá aquele negócio de pensar "caramba, esta música, agora, é para mim"? É que nem quando se está na merda e se ouve Alice in Chains (especialmente Down in a Hole), ou descer aos portões do inferno e ouvir uma mistura de Axé e alguma banda do naipe do Ásia de Águia (me desculpe família da Soraya, especialmente seu Manoel), ou ao estar dirigindo e querer chegar mais rápido, ouvir Rage Agains the Machine - cada ocasião tem sua música.
Acho que a nossa talvez seja essa, olha só:
Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima do muro
de hipocrisia que insiste em nos rodear
Adeus, Brasil, fuck you Lula e PT (me desculpem os petistas e os Lulistas, se ainda sobrou algum)!!!
Eu vejo a vida mais farta e clara
Repleta de toda a satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão
Plenamente satisfeito sendo um imigrante é algo difícil por causa da distância da família e dos amigos - mas eu diria que mesmo com a distância e saudade, estamos satisfeitos, com uma casinha gostosa, o Arthur adaptado e usando da tecnologia moderna para chegar aos nossos amigos e familiares distantes.
Eu quero crer no amor numa boa
E que isso valha prá qualquer pessoa
Que realizar a força que tem uma paixão
Amigos, nós continuaremos amigos! Paixão no sentido XX, XY, já tenho a minha lá em casa :-).
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade pra dizer mais sim do que não
Fineza é comigo mesmo. Nunca soltar pum (só para não dizer peidar) na frente de desconhecidos. Brincadeira. É um novo começo de era - quase um recomeço, pelo menos para a gente. E digam sim para vir visitar o Canadá. É mais perto do que parece.
Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Amanhã é meu aniversário. 30 anos, com um corpinho de 30 e poucos. O tempo voa!
E não há tempo que volte amor
Vamos viver tudo o que há prá viver
Vamos nos permitir
Com certeza. Só se vive uma vez.
Bueno! Cada música, sua ocasião! Preciso voltar para o trabalho porque a minha sonequinha de 15 minutos durou uma hora. Dá-lhe Arthur!
Fui!
Marisa Monte, composição Lulu Santos
Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima do muro
de hipocrisia que insiste em nos rodear
Eu vejo a vida mais farta e clara
Repleta de toda a satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão
Eu quero crer no amor numa boa
E que isso valha prá qualquer pessoa
Que realizar a força que tem uma paixão
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade pra dizer mais sim do que não
Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
E não há tempo que volte amor
Vamos viver tudo o que há prá viver
Vamos nos permitir
Pois é.
Estava ouvindo esta música hoje aqui no trabalho - é, eu ouço Marisa Monte :-) - e sabe quando dá aquele negócio de pensar "caramba, esta música, agora, é para mim"? É que nem quando se está na merda e se ouve Alice in Chains (especialmente Down in a Hole), ou descer aos portões do inferno e ouvir uma mistura de Axé e alguma banda do naipe do Ásia de Águia (me desculpe família da Soraya, especialmente seu Manoel), ou ao estar dirigindo e querer chegar mais rápido, ouvir Rage Agains the Machine - cada ocasião tem sua música.
Acho que a nossa talvez seja essa, olha só:
Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima do muro
de hipocrisia que insiste em nos rodear
Adeus, Brasil, fuck you Lula e PT (me desculpem os petistas e os Lulistas, se ainda sobrou algum)!!!
Eu vejo a vida mais farta e clara
Repleta de toda a satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão
Plenamente satisfeito sendo um imigrante é algo difícil por causa da distância da família e dos amigos - mas eu diria que mesmo com a distância e saudade, estamos satisfeitos, com uma casinha gostosa, o Arthur adaptado e usando da tecnologia moderna para chegar aos nossos amigos e familiares distantes.
Eu quero crer no amor numa boa
E que isso valha prá qualquer pessoa
Que realizar a força que tem uma paixão
Amigos, nós continuaremos amigos! Paixão no sentido XX, XY, já tenho a minha lá em casa :-).
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade pra dizer mais sim do que não
Fineza é comigo mesmo. Nunca soltar pum (só para não dizer peidar) na frente de desconhecidos. Brincadeira. É um novo começo de era - quase um recomeço, pelo menos para a gente. E digam sim para vir visitar o Canadá. É mais perto do que parece.
Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Amanhã é meu aniversário. 30 anos, com um corpinho de 30 e poucos. O tempo voa!
E não há tempo que volte amor
Vamos viver tudo o que há prá viver
Vamos nos permitir
Com certeza. Só se vive uma vez.
Bueno! Cada música, sua ocasião! Preciso voltar para o trabalho porque a minha sonequinha de 15 minutos durou uma hora. Dá-lhe Arthur!
Fui!
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Dia de reis
A Soraya falou sobre isso aqui e as fotos estão aí:
Acabou a árvore de natal :-(... Snif... Mas no fim do ano tem mais!
Acabou a árvore de natal :-(... Snif... Mas no fim do ano tem mais!
domingo, 6 de janeiro de 2008
Ganhei dez dólares na loteria...
... e acabei de ver "Procurando Nemo". Só consigo pensar na frase:
- Continue a nadar; Continue a nadar; Continue a nadar.
:-)
I'll keep trying. Já foi um começo!
- Continue a nadar; Continue a nadar; Continue a nadar.
:-)
I'll keep trying. Já foi um começo!
Prince Island no inverno
Lembra do Prince Island? Aquele parque urbano que fica no centro da cidade, onde tem uma piscina em que o Arthur ficou brincando há uns meses atrás? Então, faz um tempo, eu publiquei um artigo aqui falando sobre como o parque estava mudando - e ontem fomos lá e deu para ver como o parque já mudou. Está tudo congelado, rio, piscina, riacho, creeks e tudo mais. Tinha só uns patinhos perdidos por lá, mas bem longe das áreas congeladas (acho que eles esqueceram de ir para o sul) - e também havia vários esquilinhos, mas não tanto como no dia em que eles estavam com o instinto assassino.
Agora olha como é que está a área da piscina:
E olha o rio:
Pois é. Estava frio, mas não muito frio, apenas agradáveis dois ou três graus, embora eu estivesse com a impressão de que estivesse mais, talvez por causa do vento. Tinha um casal Canadense com um moleque que estava com o rosto e as mãos tão vermelhas que eu quase mandei eles embora.
Bom, depois eu filosofo mais no blog. Hoje foi só uma narração do nosso passeio de ontem. Agora a bagunça na sala está muito grande e eu tenho um almoço por fazer. Tenho novidades para contar. Depois eu volto com mais tranquilidade e mais tempo.
Abraços à todos! Fui!!!
Agora olha como é que está a área da piscina:
E olha o rio:
Pois é. Estava frio, mas não muito frio, apenas agradáveis dois ou três graus, embora eu estivesse com a impressão de que estivesse mais, talvez por causa do vento. Tinha um casal Canadense com um moleque que estava com o rosto e as mãos tão vermelhas que eu quase mandei eles embora.
Bom, depois eu filosofo mais no blog. Hoje foi só uma narração do nosso passeio de ontem. Agora a bagunça na sala está muito grande e eu tenho um almoço por fazer. Tenho novidades para contar. Depois eu volto com mais tranquilidade e mais tempo.
Abraços à todos! Fui!!!
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
Ode à Janeiro!
Janeiro:
Coisas do Brasil que vamos sentir falta (snif, snif):
. Calor;
. Praia;
. Viagens;
. Férias escolares;
. Férias do trabalho;
. Baladas;
. Barzinho ao ar livre com os amigos;
Coisas boas que continuam acontecendo em Janeiro:
. Meu aniversário;
. Aniversário da minha esposa;
. Aniversário de casamento;
Coisas boas por um tempo mas que cansam (será?):
. Calor (se bem que, nesta altura do campeonato, seria bom de qualquer jeito).
Janeiro! Aqui deu uma esquentada. Estavam agradáveis sete graus ontem. Eu lembro que eu xingava bastante ter que trabalhar com 40 graus e um sol de deserto do lado de fora do escritório, ainda mais quando estava 50 graus DENTRO do escritório, mas era Janeiro!
Janeiro, o mês em que o mundo foi agraciado com a minha presença.
Janeiro, o mês em que eu nunca fui para a escola, nem na pior das minhas recuperações.
Janeiro, o mês em que rolavam as viagens de férias e em que era impossível achar um lugar para tomar uma cerveja depois das dez horas da noite - e mesmo assim a gente achava bom.
Pois é, Janeiro. E aqui, neve. Frio. Ninguém de férias. A vida continua. O mês bão aqui é Julho, verãozão, da hora. Janeiro, pfúúú, é que nem Junho para a gente, ninguém dá bola a não ser pela festa Junina. Tem parque que nem aberto está. Tem estrada que nem funcionando está! Os lagos não existem mais, virou tudo uma pista de patinação gigante... Frio!!! Neve!!! Mas temos umas vantagens:
. Casa quentinha;
. Lareira;
. Liquor Store;
. Aprender a patinar (tentar aprender, na verdade).
Eu sei que agora eu estou esperando é Julho chegar para o Arthur poder ir brincar de novo naquela piscina pública do centro da cidade, para eu passar calor nos trens e ônibus da cidade, para todos os parques estarem abertos e a gente finalmente poder ir ver alguns lagos na montanhas com água efetivamente (e não gelo). É, aqui é tudo invertido mesmo. Nem o céu é o mesmo! (só a Lua que a gente sempre vê igual).
Em um filme chamado "Máquina do Tempo", o protagonista viaja 800000 anos para o futuro, quando a lua já está há muito tempo destruída por conta de umas implosões realizadas muitos milhares de anos antes, em uma tentativa de tornar a lua uma colônia de férias. As implosões (à esquerda) tornaram a lua instável, e no futuro tudo o que sobrou foi uma lua partida ao meio com uma nuvem de detritos em volta.
Ao olhar para aquela lua, o protagonista do filme pensa em voz alta "You were right, Philby. I did go too far."... De vez em quando eu também penso que desta vez eu viajei para longe. Não longe demais, como o protagonista do filme, mas longe, em um lugar totalmente diferente na Terra. Quando eu vejo o sol a 20 graus no horizonte mesmo ao meio-dia, e quando eu olho as nuvens daqui e as acho totalmente diferentes do Brasil, eu sempre lembro desta cena e penso "nossa, eu estou longe". Às vezes tenho a impressão de que eu estou na borda do mundo e que se eu for um pouco mais para o norte eu vou para as "cataratas do infinito", ainda mais depois que minha mãe deu o Globo (mapa) para o Arthur e eu vi o quanto para cima o Canadá realmente é.
Eu deixei um monte de pequenas coisas pendentes no Brasil e eu pretendo ir em breve para acertar tudo. De vez em quando eu penso em como era a vida no Brasil e sinto saudade dos amigos e da família, mas eu também me lembro de como era a cidade de São Paulo - e como Calgary ganha disparado como uma cidade para a família - e continuo tomando a mesma decisão de ficar aqui - porque agora eu até poderia voltar para o Brasil, mas com certeza eu não voltaria a morar em São Paulo. Não dá não. Depois de morar a 12000 km de distância, qualquer lugar seria perto.
Isso aí amigos! Kb.Lo, estamos te esperando! Abraços à todos, feliz Janeiro e feliz 2008. E que todos tenham um dia a chance de conhecer a nossa casa e nosso quarto de visitas (e da bagunça). Pela primeira vez desde que a gente casou a gente está morando em uma casa - e sem muros. Isto com certeza já é alguma coisa!
Coisas do Brasil que vamos sentir falta (snif, snif):
. Calor;
. Praia;
. Viagens;
. Férias escolares;
. Férias do trabalho;
. Baladas;
. Barzinho ao ar livre com os amigos;
Coisas boas que continuam acontecendo em Janeiro:
. Meu aniversário;
. Aniversário da minha esposa;
. Aniversário de casamento;
Coisas boas por um tempo mas que cansam (será?):
. Calor (se bem que, nesta altura do campeonato, seria bom de qualquer jeito).
Janeiro! Aqui deu uma esquentada. Estavam agradáveis sete graus ontem. Eu lembro que eu xingava bastante ter que trabalhar com 40 graus e um sol de deserto do lado de fora do escritório, ainda mais quando estava 50 graus DENTRO do escritório, mas era Janeiro!
Janeiro, o mês em que o mundo foi agraciado com a minha presença.
Janeiro, o mês em que eu nunca fui para a escola, nem na pior das minhas recuperações.
Janeiro, o mês em que rolavam as viagens de férias e em que era impossível achar um lugar para tomar uma cerveja depois das dez horas da noite - e mesmo assim a gente achava bom.
Pois é, Janeiro. E aqui, neve. Frio. Ninguém de férias. A vida continua. O mês bão aqui é Julho, verãozão, da hora. Janeiro, pfúúú, é que nem Junho para a gente, ninguém dá bola a não ser pela festa Junina. Tem parque que nem aberto está. Tem estrada que nem funcionando está! Os lagos não existem mais, virou tudo uma pista de patinação gigante... Frio!!! Neve!!! Mas temos umas vantagens:
. Casa quentinha;
. Lareira;
. Liquor Store;
. Aprender a patinar (tentar aprender, na verdade).
Eu sei que agora eu estou esperando é Julho chegar para o Arthur poder ir brincar de novo naquela piscina pública do centro da cidade, para eu passar calor nos trens e ônibus da cidade, para todos os parques estarem abertos e a gente finalmente poder ir ver alguns lagos na montanhas com água efetivamente (e não gelo). É, aqui é tudo invertido mesmo. Nem o céu é o mesmo! (só a Lua que a gente sempre vê igual).
Em um filme chamado "Máquina do Tempo", o protagonista viaja 800000 anos para o futuro, quando a lua já está há muito tempo destruída por conta de umas implosões realizadas muitos milhares de anos antes, em uma tentativa de tornar a lua uma colônia de férias. As implosões (à esquerda) tornaram a lua instável, e no futuro tudo o que sobrou foi uma lua partida ao meio com uma nuvem de detritos em volta.
Ao olhar para aquela lua, o protagonista do filme pensa em voz alta "You were right, Philby. I did go too far."... De vez em quando eu também penso que desta vez eu viajei para longe. Não longe demais, como o protagonista do filme, mas longe, em um lugar totalmente diferente na Terra. Quando eu vejo o sol a 20 graus no horizonte mesmo ao meio-dia, e quando eu olho as nuvens daqui e as acho totalmente diferentes do Brasil, eu sempre lembro desta cena e penso "nossa, eu estou longe". Às vezes tenho a impressão de que eu estou na borda do mundo e que se eu for um pouco mais para o norte eu vou para as "cataratas do infinito", ainda mais depois que minha mãe deu o Globo (mapa) para o Arthur e eu vi o quanto para cima o Canadá realmente é.
Eu deixei um monte de pequenas coisas pendentes no Brasil e eu pretendo ir em breve para acertar tudo. De vez em quando eu penso em como era a vida no Brasil e sinto saudade dos amigos e da família, mas eu também me lembro de como era a cidade de São Paulo - e como Calgary ganha disparado como uma cidade para a família - e continuo tomando a mesma decisão de ficar aqui - porque agora eu até poderia voltar para o Brasil, mas com certeza eu não voltaria a morar em São Paulo. Não dá não. Depois de morar a 12000 km de distância, qualquer lugar seria perto.
Isso aí amigos! Kb.Lo, estamos te esperando! Abraços à todos, feliz Janeiro e feliz 2008. E que todos tenham um dia a chance de conhecer a nossa casa e nosso quarto de visitas (e da bagunça). Pela primeira vez desde que a gente casou a gente está morando em uma casa - e sem muros. Isto com certeza já é alguma coisa!
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
Fotos do ano novo
Não vai dar para escrever muito que o sono é mais forte, mas as fotos da festa de fim de ano estão aí:
Fui!
Fui!
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