Ontem saí de casa no horário usual, que deveria ser perto de 7:30 da manhã mas que nunca é antes de perto das oito da manhã. Fui andando até o ponto de ônibus embaixo de um belo de um vento, e quando faltava uma quadra para o meu destino começaram a cair uns floquinhos de neve, os flurries.
Fiquei morgando no ponto uns cinco minutos e o ônibus chegou. Foi só o ônibus andar uma quadra e começou a nevar para valer - para valer mesmo, eu sei pelos comentários dos locais, quando eles dizem frases como "nossa", "é a primeira do ano", e poraí vai. A parte engraçada disso tudo é que o povo que entrava no ônibus estava branco, mas tão branco, que parecia que tinham estourado um saco de farinha e jogaram tudo nos coitados. Sem brincadeira. Neve gruda quando venta. Parece aquelas espumas que eles jogam para fazer isolamento acústico e térmico nos edifícios. Tudo bem que é fácil de tirar, ela derrete depois de uns cinco minutos no bumba e a roupa fica um pouco molhada, mas com 3 ou 4 camadas isto não é um problema.
Foi legal ver uma tempestade de neve. Durou pouco e a neve não se acumulou muito (uns dois ou três centímetros), mas ver a neve com o vento é um espetáculo e tanto, ainda mais para um expectador fácil como eu que ficava vinte minutos admirando a máquina de lavar do meu pai funcionando (ela tinha a tampa transparente - e eu ficava vendo a mesma meia passar várias vezes - algumas pessoas colecionam selos, eu fico vendo máquinas de lavar).
Hoje à noite nevou mais. Uns cinco centímetros, eu acho. Foi o suficiente para eu andar pela rua e não pela calçada, já que a neve sempre fica mais compactada na rua. Eu até resolvi sair de casa mais cedo para chegar no trabalho antes das nove horas. Ledo engano. Cheguei na estação de trem e tinha mais neguinho do que no expresso Osasco em São Paulo. Cara, que coisa. Pensei, "what the fuck"? Pois é. Todos os trens, atrasados 25 minutos, por causa da neve ou por outro motivo. Estava tudo bem escorregadio hoje.
Pelo menos o Arthur adora. Hoje à tarde, pelo que a Soraya me disse, ele ficou brincando do lado de fora. Ele adora. E quando a neve acaba de cair ela é bem fofinha, que nem agora.
Óde à neve! Ainda não é merda branca!
E só paro de falar de neve quando parar de nevar.
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