Dois mil...
... e onze.
Eu vou para casa logo. É hora de ir para casa depois de um dia longo de trabalho. Felizmente, foi o único dia de trabalho desta semana. Estavam no trabalho eu, um outro desenvolvedor, o cara de IT, a secretária, e uma moça que faz a contabilidade da empresa para substituir a moça que foi demitida, que por sua vez substitui uma outra que ocupou o cargo temporariamente (e que também se demitiu, mas porque foi embora para outra cidade), que por sua vez substitui uma outra moça que esta sim, se demitiu porque estava estressada.
José falou de João que citou Mário que copiou Manoel.
Ontem começou a nevar. Quando você não fica olhando a previsão do tempo 2 vezes por dia, uma neve até surpreende. A temperatura despencou. Agora está fazendo -17 graus. Puta que pariu, -17 é frio. Ontem acho que a temperatura estava negativa, mas estava logo ali, quase zero grau. Agora não, esfriou mesmo - o carro fica manhoso, o frio aperta, o pneu não dá mais tanta tração, e a garrafinha de água não pode ficar no carro para o dia seguinte.
Mas, vamos lá. 2010 está acabando. Mais uns dois ou três e dias e vapt, acabou. Sai 2010, entra 2011. O ano de 2010 foi intenso. Em primeiro lugar, a Hannah veio para aumentar a família. Agora somos 4. A Hannah nasceu pequeninha mas agora está gordinha, bochechuda, rosada e gosta de um colo. O Arthur teve um ou dois dias de ciumeira mas agora já virou um belo de um irmãozão. Eu e a Soraya estamos felizes da vida com a molecada que temos em casa. Eu e o Arthur temos o nosso dia da semana para fazermos um passeio em família (ir na piscina pública), de vez em quando vamos fazer um ou outro programinha só dos meninos (ir no cinema, etc...), mas a Hannah ainda não conhece a maioria dos nossos amigos de Calgary já que ela ainda está muito novinha.
A Hannah chegou, fomos para Seattle em Julho, em Janeiro teve o casório do Kb.Lo no Brasil, em Fevereiro voltamos, fomos até Revelstoke para passear e vimos mais de metro de neve em Rogers Pass, eu tentei nada no Pacífico mas morri de medo de ficar congelado e não fui, vimos um vulcão, vimos o marzão, eu virei mecânico de carros, aconteceu um monte de coisa, o Rapha veio nos visitar e foi com a gente conhecer os United States, o Tutú começou mal na escola mas depois melhorou, a Soraya cresceu, cresceu e de repente a população mundial foi de X para X + 1, a gente mudou (de novo), e eu miraculosamente passei o ano INTEIRO no mesmo emprego. Sensacional. Ninguém vai me demitir hoje, então acho que posso afirmar com 100% de certeza - foi a primeira vez que eu passei o ano inteiro no mesmo emprego depois que eu vim para o Canadá! No meu imposto de renda do ano que vem, vou usar só um T-4.
Agora, 2011. Poucas metas para 2011, mas as que temos são ambiciosas. Mas estas eu vou guardar para a gente.
Mas em 2011:
. 33 anos de vida, 10 de casado, 13 junto com a Sô (coincidência, o nosso aniversário de casamento é dia 13 de Janeiro), 9 tendo um filho (o Arthur vai fazer 9 anos em Outubro);
. 4 anos de Canadá;
. 15 anos sendo um motorista;
. 15 anos fazendo programas profissionalmente (programa de computador, diga-se bem);
. A Hannah vai fazer um ano em 2011;
. A Soraya também vai fazer 33.
Bom... Hora de ir para casa.
Fui!
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Arthur, Hannah, Soraya:
Soraya com a Hannah fazendo careta:
Molecadinha no brinquedo da Hannah:
Só a Hannah:
Hoje fomos para Cochrane e o céu estava de apocalipse:
A gente hoje foi até Cochrane tomar um sorvete (tem até referência na placa da cidade), e o céu estava de filme. Estava nevando nas montanhas, o céu parecia que ia desabar e ainda por cima tinha um pouco de sol. Sensacional.
Amanhã eu trabalho, o meu único dia de trabalho nesta semana.
Fui!
From Drop Box |
Soraya com a Hannah fazendo careta:
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Molecadinha no brinquedo da Hannah:
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Só a Hannah:
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Hoje fomos para Cochrane e o céu estava de apocalipse:
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A gente hoje foi até Cochrane tomar um sorvete (tem até referência na placa da cidade), e o céu estava de filme. Estava nevando nas montanhas, o céu parecia que ia desabar e ainda por cima tinha um pouco de sol. Sensacional.
Amanhã eu trabalho, o meu único dia de trabalho nesta semana.
Fui!
domingo, 26 de dezembro de 2010
sábado, 25 de dezembro de 2010
Então é Natal...
A gente tirou várias fotos do Natal e do dia seguinte! A Hannah dormiu no presentinho dela mas ela ainda prefere a cadeirinha rock'n'roll que balança mais que navio em tempestade. O Arthur se divertiu com os seus brinquedos, e ainda bem que a bateria do helicóptero só dura 5 minutos entre uma carregada e outra. Eu a Sô (mais eu do que ela) estamos curtindo o nosso brinquedinho novo (dela), finalmente uma reflex moderna (a gente tem uma Pentax de filme da década de 70), e eu já estou usando a carteira nova.
É isso aí. A Hannah está bem calminha hoje, o Arthur está bem pilhado e eu tenho mais uns dias antes de voltar a trabalhar.
Fui!
From Dec 25, 2010 |
From Dec 25, 2010 |
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From Dec 25, 2010 |
A gente tirou várias fotos do Natal e do dia seguinte! A Hannah dormiu no presentinho dela mas ela ainda prefere a cadeirinha rock'n'roll que balança mais que navio em tempestade. O Arthur se divertiu com os seus brinquedos, e ainda bem que a bateria do helicóptero só dura 5 minutos entre uma carregada e outra. Eu a Sô (mais eu do que ela) estamos curtindo o nosso brinquedinho novo (dela), finalmente uma reflex moderna (a gente tem uma Pentax de filme da década de 70), e eu já estou usando a carteira nova.
É isso aí. A Hannah está bem calminha hoje, o Arthur está bem pilhado e eu tenho mais uns dias antes de voltar a trabalhar.
Fui!
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Feliz Natal!
Amigos!
Feliz Natal!
Que todos os brinquedinhos que você pediu ao Papai Noel estejam embaixo da árvore pela manhã!
Que a ceia de Natal não te dê indigestão!
Que todo o vinho e a cidra barata não te deixem com uma dor de cabeça daquelas - bem na hora em que as crianças acordam animadas e barulhentas no dia seguinte!
Que a árvore de Natal fique inteira e, caso você esteja no Brasil, que a fantasia de Papai Noel não te faça desmaiar de calor!
Mas, sério agora.
Tudo de bom para você e para os seus. Que o seu Natal seja repleto de pequenas alegrias e que a felicidade seja grande. Que 2011 seja melhor que 2010, e (falando daqui agora), que o inverno não seja tão rigoroso assim.
Amigos daqui, Feliz Natal à vocês todos! Eu ligarei-vos hoje à noite!
Amigos de lá, Feliz Natal à vocês todos! Eu vou ligar tarde da noite ou só amanhã já que o fuso horário agora é brincadeira, e eu estou escrevendo-os do meu local de trabalho.
Feliz Natal!
Tudo de bom!
Fui!
Feliz Natal!
Que todos os brinquedinhos que você pediu ao Papai Noel estejam embaixo da árvore pela manhã!
Que a ceia de Natal não te dê indigestão!
Que todo o vinho e a cidra barata não te deixem com uma dor de cabeça daquelas - bem na hora em que as crianças acordam animadas e barulhentas no dia seguinte!
Que a árvore de Natal fique inteira e, caso você esteja no Brasil, que a fantasia de Papai Noel não te faça desmaiar de calor!
Mas, sério agora.
Tudo de bom para você e para os seus. Que o seu Natal seja repleto de pequenas alegrias e que a felicidade seja grande. Que 2011 seja melhor que 2010, e (falando daqui agora), que o inverno não seja tão rigoroso assim.
Amigos daqui, Feliz Natal à vocês todos! Eu ligarei-vos hoje à noite!
Amigos de lá, Feliz Natal à vocês todos! Eu vou ligar tarde da noite ou só amanhã já que o fuso horário agora é brincadeira, e eu estou escrevendo-os do meu local de trabalho.
Feliz Natal!
Tudo de bom!
Fui!
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Hoje vai ter um total eclipse of the moon
Nada de especial, exceto que a lua vai ficar bem vermelha hoje à 1:15 da manhã em Calgary. Eu vou tentar ver.
Será que eu acordo o pequeno para ele ver também? Eu acho que ele vai dar de ombros, mas eu vou ver se eu acordo ele de qualquer jeito.
http://www.mreclipse.com/Special/LEprimer.html
Será que eu acordo o pequeno para ele ver também? Eu acho que ele vai dar de ombros, mas eu vou ver se eu acordo ele de qualquer jeito.
http://www.mreclipse.com/Special/LEprimer.html
domingo, 19 de dezembro de 2010
O ciclo das estações em uma latitude distante
Eu cheguei aqui em Junho de 2007, mais precisamente 5 de Junho de 2007, um dia de uma semana marcada pela chuva que inundou algumas partes da cidade. Eu fiquei um mês morando em um hotel, e depois em Julho a Soraya e o Arthur chegaram. Quando a Soraya chegou o clima estava quente e abafado. A gente foi no Heritage Park algumas vezes, andamos e brincamos nos playgrounds da vizinhança, conhecemos o Prince Island, e sofremos para ir no supermercado sem carro. No dia do Stampede tivemos que esperar uma hora por um táxi, não foi agradável.
Depois, pouco a pouco, começou a esfriar. As folhas foram vagarosamente mudando de cor e depois começaram a cair, e eu conferia a previsão do tempo dia após dia esperando a temperatura ficar negativa. Mal sabia eu que de fato a temperatura ia ficar negativa por um longo e tenebroso inverno.
Inverno.
O inverno é um fato da vida. É inevitável. Quando a Terra foi formada bilhões de anos atrás alguma coisa ficou fora do eixo e, voilá, fizeram-se as estações do ano. Aqui os dias são longos e quentes no verão, e curtos e frios no inverno. No verão o sol nasce antes da gente acordar e se põe um pouco antes da gente ir dormir. No inverno acordamos com o sol ainda por nascer e eu saio do trabalho para vir para casa tendo as estrelas como companhia, seja a saída feita às cinco, cinco e meia ou seis da tarde.
O inverno é o yang do verão. Mas, seguindo a filosofia Chinesa, um completa o outro. O verão aqui só é o que é porque o inverno é o seu oposto. O que eu percebi depois de 3 anos é que você não só se acostuma com as estações, mas você espera a mudança. Neste ano eu não estou achando o inverno ruim. Eu agora gosto da idéia de ter as estações do ano bem separadas. Me lembra da música Cio da Terra, não sei porque. Uma vez eu vi um filme em que alguém falava que sentia falta das estações (I mess the seasons) e eu achei que a mulher era uma esnobe, mas agora eu não acho mais isso.
No meu trabalho as pessoas que são daqui gostam do inverno. Faz parte da vida. O inverno é:
. Curtir os dias mais curtos e dormir mais à noite;
. Andar na rua com os calçados fazendo barulho na neve compactada pelo tempo;
. Perceber o silêncio do dia em que a neve cai (a cidade fica literalmente brilhante, com um áurea no céu, e silenciosa - a neve reflete toda a luz e abafa todo o barulho);
. A rotina de ligar o carro de manhã e sentir como se o carro fosse uma ser vivo que está sendo torturado nos 3 segundos que o óleo demora para chegar em todas as partes do motor;
. Ficar com o rosto gelado e vestir camadas e camadas de roupa antes de sair de casa.
Eu meio que gosto do frio. Eu vou sentir falta das estações do ano e de esperar a neve em um dia mais frio quando voltarmos para o Brasil.
O inverno faz a Primavera ser mágica e o verão ser sensacional e cheio de vida. Este último Outono foi especialmente bonito, as árvores ficaram com um tom de vermelho que ainda não tínhamos visto.
Fui!
Depois, pouco a pouco, começou a esfriar. As folhas foram vagarosamente mudando de cor e depois começaram a cair, e eu conferia a previsão do tempo dia após dia esperando a temperatura ficar negativa. Mal sabia eu que de fato a temperatura ia ficar negativa por um longo e tenebroso inverno.
Inverno.
O inverno é um fato da vida. É inevitável. Quando a Terra foi formada bilhões de anos atrás alguma coisa ficou fora do eixo e, voilá, fizeram-se as estações do ano. Aqui os dias são longos e quentes no verão, e curtos e frios no inverno. No verão o sol nasce antes da gente acordar e se põe um pouco antes da gente ir dormir. No inverno acordamos com o sol ainda por nascer e eu saio do trabalho para vir para casa tendo as estrelas como companhia, seja a saída feita às cinco, cinco e meia ou seis da tarde.
O inverno é o yang do verão. Mas, seguindo a filosofia Chinesa, um completa o outro. O verão aqui só é o que é porque o inverno é o seu oposto. O que eu percebi depois de 3 anos é que você não só se acostuma com as estações, mas você espera a mudança. Neste ano eu não estou achando o inverno ruim. Eu agora gosto da idéia de ter as estações do ano bem separadas. Me lembra da música Cio da Terra, não sei porque. Uma vez eu vi um filme em que alguém falava que sentia falta das estações (I mess the seasons) e eu achei que a mulher era uma esnobe, mas agora eu não acho mais isso.
No meu trabalho as pessoas que são daqui gostam do inverno. Faz parte da vida. O inverno é:
. Curtir os dias mais curtos e dormir mais à noite;
. Andar na rua com os calçados fazendo barulho na neve compactada pelo tempo;
. Perceber o silêncio do dia em que a neve cai (a cidade fica literalmente brilhante, com um áurea no céu, e silenciosa - a neve reflete toda a luz e abafa todo o barulho);
. A rotina de ligar o carro de manhã e sentir como se o carro fosse uma ser vivo que está sendo torturado nos 3 segundos que o óleo demora para chegar em todas as partes do motor;
. Ficar com o rosto gelado e vestir camadas e camadas de roupa antes de sair de casa.
Eu meio que gosto do frio. Eu vou sentir falta das estações do ano e de esperar a neve em um dia mais frio quando voltarmos para o Brasil.
O inverno faz a Primavera ser mágica e o verão ser sensacional e cheio de vida. Este último Outono foi especialmente bonito, as árvores ficaram com um tom de vermelho que ainda não tínhamos visto.
Fui!
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
O dia das novidades
Hoje me aconteceram duas coisas que não tinham acontecido no Canadá.
Pela manhã, quando eu fui levar o Arthur na escola, eu saí de casa com o cabelo molhado (depois do banho matinal), e como eu saí correndo não deu tempo do pouco cabelo que restou secar. Cheguei na escola, larguei o Arthur, voltei para o carro, encostei no encosto e senti o cabelo duro. Por um segundo eu pensei que eu não tivesse enxaguado o cabelo, mas quando eu me dei conta, era o cabelo que tinha congelado.
Estava frio hoje, a propósito. Acho que uns -16 de manhã. Frio o suficiente para congelar o cabelo, mas se tivesse mais frio eu ia estar usando um gorro (eu estava sem gorro hoje), e aí o efeito especial de hoje não ia ter ocorrido. Depois de mais uns minutos quando o meu carro já não era mais frio como um navio quebra-gelo, o meu cabelo tinha voltado ao normal.
A outra coisa foi uma sorte danada. Aqui no trabalho eles fazem um sorteio mensal para os funcionários que ganham "pinguins". Funciona assim - toda vez que você faz alguma coisa que as pessoas acham legal, você recebe um pinguim. Todo o mês, eles pegam as pessoas que mais ganharam pinguins e fazem um sorteio de um vale presente de 500 dólares. Depois, a cada trimestre, eles fazem outro sorteio com todo mundo e desta vez é um vale presente de 1000 dólares. Não sei porque cargas d'água, eu ganhei três vezes hoje no sorteio atrasado dos últimos três meses. A gente vai pegar mais de metade do valor como vale do Wal-Mart para poder fazer compras de graça por um tempo, e o resto a gente vai usar para engordar o Natal ou para guardar para eventuais coisas que a gente precise/ queira comprar.
Como o bônus de Natal ainda não chegou, esta foi uma sorte danada.
Agora preciso voltar a trabalhar para ir embora no "horário".
See you!
Fui!
Pela manhã, quando eu fui levar o Arthur na escola, eu saí de casa com o cabelo molhado (depois do banho matinal), e como eu saí correndo não deu tempo do pouco cabelo que restou secar. Cheguei na escola, larguei o Arthur, voltei para o carro, encostei no encosto e senti o cabelo duro. Por um segundo eu pensei que eu não tivesse enxaguado o cabelo, mas quando eu me dei conta, era o cabelo que tinha congelado.
Estava frio hoje, a propósito. Acho que uns -16 de manhã. Frio o suficiente para congelar o cabelo, mas se tivesse mais frio eu ia estar usando um gorro (eu estava sem gorro hoje), e aí o efeito especial de hoje não ia ter ocorrido. Depois de mais uns minutos quando o meu carro já não era mais frio como um navio quebra-gelo, o meu cabelo tinha voltado ao normal.
A outra coisa foi uma sorte danada. Aqui no trabalho eles fazem um sorteio mensal para os funcionários que ganham "pinguins". Funciona assim - toda vez que você faz alguma coisa que as pessoas acham legal, você recebe um pinguim. Todo o mês, eles pegam as pessoas que mais ganharam pinguins e fazem um sorteio de um vale presente de 500 dólares. Depois, a cada trimestre, eles fazem outro sorteio com todo mundo e desta vez é um vale presente de 1000 dólares. Não sei porque cargas d'água, eu ganhei três vezes hoje no sorteio atrasado dos últimos três meses. A gente vai pegar mais de metade do valor como vale do Wal-Mart para poder fazer compras de graça por um tempo, e o resto a gente vai usar para engordar o Natal ou para guardar para eventuais coisas que a gente precise/ queira comprar.
Como o bônus de Natal ainda não chegou, esta foi uma sorte danada.
Agora preciso voltar a trabalhar para ir embora no "horário".
See you!
Fui!
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Mais novas
A Hannah já deu uma crescida:
E também uma engordada. Sábado passado a gente pesou a Hannah e ela já pesa um quilo a mais do que ela pesava quando ela nasceu, ou quase um quilo e meio mais do que quando a enfermeira pesou ela em casa. O Arthur está ansioso pelo Natal, e a gente anda cansado com a rotina. A Soraya está só o pó. Eu vou levando, tudo depende do tipo de trabalho que eu estou fazendo. Se é programação eu vou que é uma beleza, se é alguma outra coisa o ritmo diminiu...
É engraçado que nesta época a gente realmente se fecha no casulo. A gente provavelmente vai esperar a Hannah completar dois meses antes de começar a chamar as pessoas para irem em casa ou começar a ir na casa das pessoas, só para ela já ter um pouquinho mais de resistência. Eu fico aflito achando que os meus amigos não vão mais gostar de mim, mas eu tenho esta preocupação com todos os meus amigos, os daqui e os do Brasil também. Será que é um pouco de insegurança? Será que eu sou indeciso? Será?
Será? Hoje eu estava ouvindo Chico Buarque a caminho do trabalho. Me deu vontade de ouvir depois que tocou Buena Vista Social Club no rádio. Sensacional. Mas eu não ouvi a música que tem "O que será que será?".
Bom.
Infelizmente.
Eu preciso ir trabalhar.
Eu vou escrever mais no blog. Preciso deixar de só consumir a Internet e voltar a produzir.
Fui!
E também uma engordada. Sábado passado a gente pesou a Hannah e ela já pesa um quilo a mais do que ela pesava quando ela nasceu, ou quase um quilo e meio mais do que quando a enfermeira pesou ela em casa. O Arthur está ansioso pelo Natal, e a gente anda cansado com a rotina. A Soraya está só o pó. Eu vou levando, tudo depende do tipo de trabalho que eu estou fazendo. Se é programação eu vou que é uma beleza, se é alguma outra coisa o ritmo diminiu...
É engraçado que nesta época a gente realmente se fecha no casulo. A gente provavelmente vai esperar a Hannah completar dois meses antes de começar a chamar as pessoas para irem em casa ou começar a ir na casa das pessoas, só para ela já ter um pouquinho mais de resistência. Eu fico aflito achando que os meus amigos não vão mais gostar de mim, mas eu tenho esta preocupação com todos os meus amigos, os daqui e os do Brasil também. Será que é um pouco de insegurança? Será que eu sou indeciso? Será?
Será? Hoje eu estava ouvindo Chico Buarque a caminho do trabalho. Me deu vontade de ouvir depois que tocou Buena Vista Social Club no rádio. Sensacional. Mas eu não ouvi a música que tem "O que será que será?".
Bom.
Infelizmente.
Eu preciso ir trabalhar.
Eu vou escrever mais no blog. Preciso deixar de só consumir a Internet e voltar a produzir.
Fui!
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
As novas
Quando eu era criança eu corria pela rua com o tronco para frente:
A minha lógica é que correndo assim eu gastava menos energia e ia mais rápido, sem me cansar. A minha memória é mais imaginativa do que eu e na minha cabeça eu voava e só encostava no chão a cada dois metros. É claro que não era assim e a minha cabeçona aí em cima não é um exagero.
Eu sou cabeçudo. Não cabeça dura, mas cabeçudo. Eu acho que eu devo ter caído várias vezes na minha infância devido ao centro de gravidade alterado.
Uma coisa que me deixava apavorado era descer ladeira correndo e perder o controle na descida e descambar a descer à toda velocidade apavorado achando que a morte vai chegar a qualquer momento. Perto da casa que eu morava em Caraguá tem um mini-morro que a gente chama de morro da pedra. Este "morro da pedra" tem uns paredões e umas duas vezes eu acho que eu pensei "fudeu".
Teve algumas outras ocasiões em que eu achei que eu não fosse ver o sol nascer de novo. Eu quase me afoguei duas vezes (uma quando eu era criança em uma cachoeira, e outra quando a Soraya já estava grávida do Arthur mas a gente não sabia ainda, em Florianópolis). Eu tomei dezenas de choques elétricos, mas um me desconjuntou tanto que os meus nervos ficaram malucos por uma boa meia hora. E eu fiquei com medo de tomada por um tempão, eu não queria dormir perto de tomada nem ligar nada na energia.
Na verdade eu ainda tenho medo de ligar coisa na tomada. Eu sempre viro o rosto para o outro lado na hora "H". Isto é um reflexo aprendido no meu primeiro emprego depois de ver um monitor explodir.
A Hannah pegou um resfriado, mas ela está melhorando um pouquinho a cada dia. A cada dia que passa ela também fica mais alerta e parece ficar mais ciente do mundo à sua volta. O Arthur adora a irmãzinha e os ciúmes dele melhoraram bastante. Esta fase ainda é complicada, mas já tendo passado por tudo uma vez facilita as coisas. A Hannah nasceu numa época bem fria, mas a gente tem se virado. Pelo menos agora esquentou e a temperatura hoje é de refrescantes 5 graus.
Eu tenho trabalho a fazer. Mas eu optei por guardar meia hora para o blog.
Nevou. Bastante. Neve é um negócio branco que gruda no chão e que deixa o ato de dirigir bem mais interessante, já que a neve também é lisa. É uma pena que o meu carro não tenha freio de mão (não dá para dar cavalos de pau), nem tração traseira (não dá para sair de lado), mas dá para virar na esquina a 30 graus e corrigir o carro no braço. É bom saber fazer estas coisas para quando isto acontecer sem você querer, e estas coisas acontecem.
Agora que esquentou a meleca marrom que eles jogam na estrada começou a grudar no carro. O carro fica tão sujo, mas tão sujo, que a gente lava ele sabendo que a caca vai voltar no dia seguinte, só para termos a certeza que a camada de qualquer que seja aquele gosma não fique grossa o suficiente para ser permanente.
PS: A cidade está bonita branquinha.
Acho que eu vou embora...
... é Sexta-feira!
Freeeeeeeeeeeeeeedom!!!
Fui!!!
PS: Eu estou morrendo de sono. Feliz, mas cansado. O Arthur está tão grande, daqui a pouco ele está batendo no meu ombro. E ele está pesado. A Hannah é tão leve comparada ao Arthur que eu tenho que tomar cuidado para não jogar ela no teto.
Fui!
A minha lógica é que correndo assim eu gastava menos energia e ia mais rápido, sem me cansar. A minha memória é mais imaginativa do que eu e na minha cabeça eu voava e só encostava no chão a cada dois metros. É claro que não era assim e a minha cabeçona aí em cima não é um exagero.
Eu sou cabeçudo. Não cabeça dura, mas cabeçudo. Eu acho que eu devo ter caído várias vezes na minha infância devido ao centro de gravidade alterado.
Uma coisa que me deixava apavorado era descer ladeira correndo e perder o controle na descida e descambar a descer à toda velocidade apavorado achando que a morte vai chegar a qualquer momento. Perto da casa que eu morava em Caraguá tem um mini-morro que a gente chama de morro da pedra. Este "morro da pedra" tem uns paredões e umas duas vezes eu acho que eu pensei "fudeu".
Teve algumas outras ocasiões em que eu achei que eu não fosse ver o sol nascer de novo. Eu quase me afoguei duas vezes (uma quando eu era criança em uma cachoeira, e outra quando a Soraya já estava grávida do Arthur mas a gente não sabia ainda, em Florianópolis). Eu tomei dezenas de choques elétricos, mas um me desconjuntou tanto que os meus nervos ficaram malucos por uma boa meia hora. E eu fiquei com medo de tomada por um tempão, eu não queria dormir perto de tomada nem ligar nada na energia.
Na verdade eu ainda tenho medo de ligar coisa na tomada. Eu sempre viro o rosto para o outro lado na hora "H". Isto é um reflexo aprendido no meu primeiro emprego depois de ver um monitor explodir.
A Hannah pegou um resfriado, mas ela está melhorando um pouquinho a cada dia. A cada dia que passa ela também fica mais alerta e parece ficar mais ciente do mundo à sua volta. O Arthur adora a irmãzinha e os ciúmes dele melhoraram bastante. Esta fase ainda é complicada, mas já tendo passado por tudo uma vez facilita as coisas. A Hannah nasceu numa época bem fria, mas a gente tem se virado. Pelo menos agora esquentou e a temperatura hoje é de refrescantes 5 graus.
Eu tenho trabalho a fazer. Mas eu optei por guardar meia hora para o blog.
Nevou. Bastante. Neve é um negócio branco que gruda no chão e que deixa o ato de dirigir bem mais interessante, já que a neve também é lisa. É uma pena que o meu carro não tenha freio de mão (não dá para dar cavalos de pau), nem tração traseira (não dá para sair de lado), mas dá para virar na esquina a 30 graus e corrigir o carro no braço. É bom saber fazer estas coisas para quando isto acontecer sem você querer, e estas coisas acontecem.
Agora que esquentou a meleca marrom que eles jogam na estrada começou a grudar no carro. O carro fica tão sujo, mas tão sujo, que a gente lava ele sabendo que a caca vai voltar no dia seguinte, só para termos a certeza que a camada de qualquer que seja aquele gosma não fique grossa o suficiente para ser permanente.
PS: A cidade está bonita branquinha.
Acho que eu vou embora...
... é Sexta-feira!
Freeeeeeeeeeeeeeedom!!!
Fui!!!
PS: Eu estou morrendo de sono. Feliz, mas cansado. O Arthur está tão grande, daqui a pouco ele está batendo no meu ombro. E ele está pesado. A Hannah é tão leve comparada ao Arthur que eu tenho que tomar cuidado para não jogar ela no teto.
Fui!
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Novas!
Família!
Amigos e amigas!
Aqui vos fala este novo pai que abandou o seu blog. A Soraya colocou mais fotos da Hannah no Picasa dela:
http://picasaweb.google.com/sorayacw/AHannahChegou08112010
A Hannah está super bem, bem menos amarelinha do que quando chegou em casa, mamando que nem uma bezerrinha. O Arthur deu uma enciumada no começo mas agora ele já está bem, feliz com a irmã, e fazendo a parte dele mais ou menos direitinho. A gente foi na piscina ontem, apesar do frio, e ele se divertiu! Quando eu cheguei em casa eu fiquei babando um pouquinho na nossa filhinha, ela estava acordada e olhando tudo a sua volta, agora ela parece bem mais alerta do que antes.
E hoje seria o dia oficial da Hannah nascer!
Ah é, aqui esfriou e nevou, acho que tem uns bons 40 cm acumulados no jardim em frente de casa e a temperatura agora é de -15 graus. Eu preciso trocar o motor de ignição do carro, agora eu tenho o kit festinha completo e só preciso dedicar uma meia horinha (até parece que vai ser tão rápido assim) para a tarefa. O trânsito está uma loucura já que sair do semáforo em uma pista de gelo não é fácil, você acelera muito e o carro não sai do lugar, você acelera pouco e sai do lugar devagar... Perto de casa tem uma ladeira, eu estava acelerando, o carro patinando e indo para trás ao invés de ir para frente. Eu tive que largar o acelerador, descer até um lugar com um pouco mais de tração, acelerar devagar, pegar uma certa velocidade e aí consegui terminar de subir a ladeira.
Foto da janela do escritório:
Fui!
PS 1: Ontem quando eu fui sair do trabalho o carro não ligava - eu já esperava isso, o motor de ignição está com defeito, e ontem estava bem frio. Tentei ligar o carro por uns cinco minutos, girei a chave de ignição fingindo que ia fazer outra coisa para enganar o carro, mas nada funcionou. Abri o capô, peguei o negócio de limpar neve do vidro como quem pega um taco de beisebol, e tirei o couro da parte de baixo do motor do carro, mirando no motor de ignição. Dei umas porradas na parte de cima do motor também e um belo de um chute no pára-choque, um daqueles de filme, o que quebrou todo o gelo que estava grudado na frente do carro. Entrei no carro, virei a chave, e o motor ligou de primeira.
Meu carro é mulher de malandro.
A teoria mais científica é que a porrada no pára-choque e a pancadaria no motor de ignição provavelmente soltaram o que fosse que estivesse preso.
Amigos e amigas!
Aqui vos fala este novo pai que abandou o seu blog. A Soraya colocou mais fotos da Hannah no Picasa dela:
http://picasaweb.google.com/sorayacw/AHannahChegou08112010
A Hannah está super bem, bem menos amarelinha do que quando chegou em casa, mamando que nem uma bezerrinha. O Arthur deu uma enciumada no começo mas agora ele já está bem, feliz com a irmã, e fazendo a parte dele mais ou menos direitinho. A gente foi na piscina ontem, apesar do frio, e ele se divertiu! Quando eu cheguei em casa eu fiquei babando um pouquinho na nossa filhinha, ela estava acordada e olhando tudo a sua volta, agora ela parece bem mais alerta do que antes.
E hoje seria o dia oficial da Hannah nascer!
Ah é, aqui esfriou e nevou, acho que tem uns bons 40 cm acumulados no jardim em frente de casa e a temperatura agora é de -15 graus. Eu preciso trocar o motor de ignição do carro, agora eu tenho o kit festinha completo e só preciso dedicar uma meia horinha (até parece que vai ser tão rápido assim) para a tarefa. O trânsito está uma loucura já que sair do semáforo em uma pista de gelo não é fácil, você acelera muito e o carro não sai do lugar, você acelera pouco e sai do lugar devagar... Perto de casa tem uma ladeira, eu estava acelerando, o carro patinando e indo para trás ao invés de ir para frente. Eu tive que largar o acelerador, descer até um lugar com um pouco mais de tração, acelerar devagar, pegar uma certa velocidade e aí consegui terminar de subir a ladeira.
Foto da janela do escritório:
Fui!
PS 1: Ontem quando eu fui sair do trabalho o carro não ligava - eu já esperava isso, o motor de ignição está com defeito, e ontem estava bem frio. Tentei ligar o carro por uns cinco minutos, girei a chave de ignição fingindo que ia fazer outra coisa para enganar o carro, mas nada funcionou. Abri o capô, peguei o negócio de limpar neve do vidro como quem pega um taco de beisebol, e tirei o couro da parte de baixo do motor do carro, mirando no motor de ignição. Dei umas porradas na parte de cima do motor também e um belo de um chute no pára-choque, um daqueles de filme, o que quebrou todo o gelo que estava grudado na frente do carro. Entrei no carro, virei a chave, e o motor ligou de primeira.
Meu carro é mulher de malandro.
A teoria mais científica é que a porrada no pára-choque e a pancadaria no motor de ignição provavelmente soltaram o que fosse que estivesse preso.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Hannah!
A Hannah chegou!!! Pesando 2.85 kilos e 47 centímetros:
O parto foi tranquilo e o hospital é uma maravilha!
A cesárea ocorreu como programado, a bebê é lindinha e o nível de açúcar dela está ótimo. Eu deixei a Soraya no hospital e vim para casa com o pequeno, amanhã depois da escola eu vou voltar com ele até o hospital.
Está tudo bem, amigos, famílias e ilustres estranhos!
Fui!
O parto foi tranquilo e o hospital é uma maravilha!
A cesárea ocorreu como programado, a bebê é lindinha e o nível de açúcar dela está ótimo. Eu deixei a Soraya no hospital e vim para casa com o pequeno, amanhã depois da escola eu vou voltar com ele até o hospital.
Está tudo bem, amigos, famílias e ilustres estranhos!
Fui!
terça-feira, 12 de outubro de 2010
He is the one who likes all our pretty songs
And he likes to sing along
And he likes to shoot his gun
But he knows not what it means
Knows not what it means
When I say yeeeah
Depois que eu fui para Seattle eu voltei a ouvir mais Nirvana. A banda era duca. O cara era um gênio. Resolvi ouvir/ assistir o show do Hollywood Rock. O show foi duca.
Às vezes eu penso que, em matéria de música, eu meio que vivo no passado. Acho que deve ser assim com a maioria das pessoas. A impressão que dá é que a maioria das bandas é creativa/ inovadora/ revoltada no começo da carreira, quando é tudo um bando de moleque com 20, 25 anos, e depois o fogo acaba, alguém morre, ou a criatividade vai embora.
Claro que existem exceções como o Pink Floyd, uma de minhas bandas favoritas. Mas das bandas de Seattle, da mesma época, este parece ser o destino comum.
Fui!
And he likes to sing along
And he likes to shoot his gun
But he knows not what it means
Knows not what it means
When I say yeeeah
Depois que eu fui para Seattle eu voltei a ouvir mais Nirvana. A banda era duca. O cara era um gênio. Resolvi ouvir/ assistir o show do Hollywood Rock. O show foi duca.
Às vezes eu penso que, em matéria de música, eu meio que vivo no passado. Acho que deve ser assim com a maioria das pessoas. A impressão que dá é que a maioria das bandas é creativa/ inovadora/ revoltada no começo da carreira, quando é tudo um bando de moleque com 20, 25 anos, e depois o fogo acaba, alguém morre, ou a criatividade vai embora.
Claro que existem exceções como o Pink Floyd, uma de minhas bandas favoritas. Mas das bandas de Seattle, da mesma época, este parece ser o destino comum.
Fui!
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Hoje tomamos um sustinho
Hoje eu fui no pré-natal com a Soraya, e a médica ficou um pouco preocupada porque a Soraya perdeu peso desde a última consulta, estamos com 34 semanas e o bebê está com tamanho de 32, e parecia que ela tinha perdido um pouco de líquido amniótico. Ela falou para a gente ir no hospital à noite ou no dia seguinte para investigar, mas a gente decidiu ir na mesma hora - a gente gosta de resolver as coisas na mesma hora. Fomos até o hospital, que tinha um grupo de 10 ou mais pacientes de cadeira de rodas, soro na veia, algumas máquinas bipando, do lado de fora, fumando.
Povo estranho.
Chegamos no lugar no hospital, conversamos com a recepcionista e, depois de ficar claro que o Arthur não ia poder ficar por lá, resolvemos eu ia vir até em casa pegar algumas coisas e voltar para lá. Quando eu voltei, uma hora e pouco depois, a Soraya ainda estava esperando. Eu fui para a recepção com o Arthur e eu fiquei vendo o Matrix, e a Soraya me liga dizendo que já tinha ido para o lugar da triagem e estava ouvindo o batimento do bebê, e a enfermeira já tinha até perguntado se o Arthur tinha com quem ficar caso fosse a hora do bebê nascer - a gente queria que a Hannah ficasse mais umas semaninhas por lá, obrigado.
No fim das contas, foi mais um susto - não tinha líquido vazando e o bebê está bem. Ainda não sabemos porque a medição deu o que deu, mas parece que tudo está sob controle. Quarta-feira vamos fazer um ultra-som por causa da diabetes, mas é só isso por agora.
Estou curioso para ver a Hannah no ultra-som. Desta vez eu vou!
Isso aí amigos!
Fui!!!
Povo estranho.
Chegamos no lugar no hospital, conversamos com a recepcionista e, depois de ficar claro que o Arthur não ia poder ficar por lá, resolvemos eu ia vir até em casa pegar algumas coisas e voltar para lá. Quando eu voltei, uma hora e pouco depois, a Soraya ainda estava esperando. Eu fui para a recepção com o Arthur e eu fiquei vendo o Matrix, e a Soraya me liga dizendo que já tinha ido para o lugar da triagem e estava ouvindo o batimento do bebê, e a enfermeira já tinha até perguntado se o Arthur tinha com quem ficar caso fosse a hora do bebê nascer - a gente queria que a Hannah ficasse mais umas semaninhas por lá, obrigado.
No fim das contas, foi mais um susto - não tinha líquido vazando e o bebê está bem. Ainda não sabemos porque a medição deu o que deu, mas parece que tudo está sob controle. Quarta-feira vamos fazer um ultra-som por causa da diabetes, mas é só isso por agora.
Estou curioso para ver a Hannah no ultra-som. Desta vez eu vou!
Isso aí amigos!
Fui!!!
Os comerciais de cá
A gente tende a achar que a propaganda Brasileira é a melhor do mundo - e em muitos casos realmente os nossos marqueteiros tupiniquins mandam bem - mas aqui também tem uns comerciais daqui que são acima da média.
Os comerciais do exército/ marinha/ aeronáutica (aqui acho que tudo é "Canadian Forces") são os melhores. Este é um dos meus preferidos (ouça com volume alto):
(se o vídeo não carregar direito aqui, é só clicar mais uma vez na área do vídeo depois que este começar a tocar para ir para o YouTube. O link é este: http://www.youtube.com/watch?v=p1tMYiOhEz4).
Este é outro:
(mas eu gosto mais do primeiro)
Este é um que a gente ficou surpreso quando viu - o "Old Spice" é um sabonete líquido que, depois fui eu descobrir, é fedorento que só (eu comprei um e a Soraya me fez tomar banho com outro sabonete depois). Mas o comercial ficou bem famoso por estas bandas:
Uma das sátiras...
Ground Control to Major Tom:
Fui!
Os comerciais do exército/ marinha/ aeronáutica (aqui acho que tudo é "Canadian Forces") são os melhores. Este é um dos meus preferidos (ouça com volume alto):
(se o vídeo não carregar direito aqui, é só clicar mais uma vez na área do vídeo depois que este começar a tocar para ir para o YouTube. O link é este: http://www.youtube.com/watch?v=p1tMYiOhEz4).
Este é outro:
(mas eu gosto mais do primeiro)
Este é um que a gente ficou surpreso quando viu - o "Old Spice" é um sabonete líquido que, depois fui eu descobrir, é fedorento que só (eu comprei um e a Soraya me fez tomar banho com outro sabonete depois). Mas o comercial ficou bem famoso por estas bandas:
Uma das sátiras...
Ground Control to Major Tom:
Fui!
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
A Terra do Nunca
Hoje eu fui na piscina pública daqui de Calgary (uma delas, na verdade - acho que Calgary tem mais de 10 piscinas públicas, mais um tanto privadas - mas onde dá para pagar ingresso do mesmo jeito). Fui levar o moleque para o nosso "boliche" de Quarta-feira.
A piscina hoje estava um espetáculo, eles acabaram de fazer a manutenção anual a água estava um brinco, as paredes todas limpinhas, estava tudo com cheirinho de novo. O Arthur adora quando as ondas começam (a cada 10 ou 15 minutos toca uma sirene e o mecanismo de funcionamento das ondas é acionado, e pronto, parece praia - sem areia, sem cocô de cachorro e sem possiblidade de pegar jacaré), e eu tento acompanhar ele na missão de não deixar as ondas passarem. A cada mais ou menos 5 minutos, um negócio que eu só consigo chamar de panela, mas uma panela gigantesca, com um metro e meio de altura e um de diâmetro, enche de água e um sino começa a tocar (quando a água está para transbordar) e então splaaaaaaaash, é água que não acaba mais quando a "panela" vira.
Sensacional. E o Arthur fica que nem um maluco quando o sino começa a tocar, e hoje eu vi que uma boa parte da molecada do lugar também fica maluca e a peregrinação toma conta do lugar. Basicamente, hoje o meu "estudo" mostra que:
. Pais e filhos gostam de ficar na piscina grandona, a que tem as ondas, já que ela vai ficando mais funda bem gradativamente, e o espaço é bom e agrada à todos;
. Casais ficam na sauna e quando as ondam começam, gostam de ir para a piscina grande e ficar pulando na água;
. Os marmanjos ficam pulando na corda que tem na piscina grande, e quando as ondam começam e a mesma é recolhida, vão para uma outra piscina onde dá para mergulhar de verdade;
. E tem os tobogãs, acho que tem uns dois grandes, que são bem legais. Na piscina que eu fui semana passada tinha um que fica para o lado de fora (e as paredes congelam no inverno, detalhe, e o tobogã continua funcionando), mas este tobogã tinha uma queda tão grande, mas tão grande, que eu achei radical demais.
E assim o povo se diverte. Eu acho muito legal este tipo de coisa para a molecada, é um ambiente saudável, as crianças se divertem, eu faço um pouco de exercício, é bem legal.
E a piscina de ondas é sensacional.
...
Acredite se quiser - eu fui convocado para ir à uma seleção de júri, não aquela em que você fica atrás de uma janela, mas o jurí mesmo, para um julgamento. Que chique - só que eu trabalho, a mulher está grávida, e hoje eu vi que é só para cidadão Canadense, coisa que eu acho que eu não sou, já que nem residente permamente eu me tornei.
Mas que foi engraçado receber a cartinha, foi. E você tem que dar uma desculpa para não ir e, se eles não aceitarem, você tem que aparecer na data e hora marcadas.
...
E por hoje é só...
Fui!
A piscina hoje estava um espetáculo, eles acabaram de fazer a manutenção anual a água estava um brinco, as paredes todas limpinhas, estava tudo com cheirinho de novo. O Arthur adora quando as ondas começam (a cada 10 ou 15 minutos toca uma sirene e o mecanismo de funcionamento das ondas é acionado, e pronto, parece praia - sem areia, sem cocô de cachorro e sem possiblidade de pegar jacaré), e eu tento acompanhar ele na missão de não deixar as ondas passarem. A cada mais ou menos 5 minutos, um negócio que eu só consigo chamar de panela, mas uma panela gigantesca, com um metro e meio de altura e um de diâmetro, enche de água e um sino começa a tocar (quando a água está para transbordar) e então splaaaaaaaash, é água que não acaba mais quando a "panela" vira.
Sensacional. E o Arthur fica que nem um maluco quando o sino começa a tocar, e hoje eu vi que uma boa parte da molecada do lugar também fica maluca e a peregrinação toma conta do lugar. Basicamente, hoje o meu "estudo" mostra que:
. Pais e filhos gostam de ficar na piscina grandona, a que tem as ondas, já que ela vai ficando mais funda bem gradativamente, e o espaço é bom e agrada à todos;
. Casais ficam na sauna e quando as ondam começam, gostam de ir para a piscina grande e ficar pulando na água;
. Os marmanjos ficam pulando na corda que tem na piscina grande, e quando as ondam começam e a mesma é recolhida, vão para uma outra piscina onde dá para mergulhar de verdade;
. E tem os tobogãs, acho que tem uns dois grandes, que são bem legais. Na piscina que eu fui semana passada tinha um que fica para o lado de fora (e as paredes congelam no inverno, detalhe, e o tobogã continua funcionando), mas este tobogã tinha uma queda tão grande, mas tão grande, que eu achei radical demais.
E assim o povo se diverte. Eu acho muito legal este tipo de coisa para a molecada, é um ambiente saudável, as crianças se divertem, eu faço um pouco de exercício, é bem legal.
E a piscina de ondas é sensacional.
...
Acredite se quiser - eu fui convocado para ir à uma seleção de júri, não aquela em que você fica atrás de uma janela, mas o jurí mesmo, para um julgamento. Que chique - só que eu trabalho, a mulher está grávida, e hoje eu vi que é só para cidadão Canadense, coisa que eu acho que eu não sou, já que nem residente permamente eu me tornei.
Mas que foi engraçado receber a cartinha, foi. E você tem que dar uma desculpa para não ir e, se eles não aceitarem, você tem que aparecer na data e hora marcadas.
...
E por hoje é só...
Fui!
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Uma série de curtas
Depois de ir para Seattle redescobri o Nirvana - comprei o primeiro CD pelo iTunes e finalmente consegui apreciar a letra das músicas. Antigamente eu só ouvia pelo barulho, e eu gostava de Lithium porque tinha escrito "I am so ugly..." e "because today I shaved my head", e eu me identificava com os dois, mesmo não me achando tão feio assim.
Esta semana no trabalho eu estou criando gráficos, fazendo apresentações, reuniões, e achando tudo um saco. Eu preciso voltar a fazer desenvolvimento, mas aparentemente para a empresa ganhar dinheiro é mais importante. Faz parte.
Comprei um óculos de sol novo depois que eu perdi uma lente do meu no supermercado. Eu saí do mercado, coloquei o óculos, e tive uma sensação estranha, de como se a realidade tivesse sido alterada, é como se eu estivesse enxergando só com um olho. É estranho. Tirei os óculos e percebi que tinha perdido metade dele. Comprei um óculos com lentes polarizadas. Tem uma explicação científica para o porque dele funcionar, mas o legal é que ele dá barato. O vidro dos carros ficam mais coloridos, a tela do GPS fica mais colorida, parece um negócio que vendiam lá em Caraguatatuba que você colocava em frente à TV preto e branco para deixar a imagem colorida, só que o efeito era mais parecido com um filme preto e branco colorizado por três bêbados daltônicos.
Aqui tudo é "pair" - "pair of pants", "pair of gloves", etc... Quando eu fui no Brasil pela última vez alguém me perguntou se eu queria mesmo duas calças quando eu disse "par de calças".
Fui!
Esta semana no trabalho eu estou criando gráficos, fazendo apresentações, reuniões, e achando tudo um saco. Eu preciso voltar a fazer desenvolvimento, mas aparentemente para a empresa ganhar dinheiro é mais importante. Faz parte.
Comprei um óculos de sol novo depois que eu perdi uma lente do meu no supermercado. Eu saí do mercado, coloquei o óculos, e tive uma sensação estranha, de como se a realidade tivesse sido alterada, é como se eu estivesse enxergando só com um olho. É estranho. Tirei os óculos e percebi que tinha perdido metade dele. Comprei um óculos com lentes polarizadas. Tem uma explicação científica para o porque dele funcionar, mas o legal é que ele dá barato. O vidro dos carros ficam mais coloridos, a tela do GPS fica mais colorida, parece um negócio que vendiam lá em Caraguatatuba que você colocava em frente à TV preto e branco para deixar a imagem colorida, só que o efeito era mais parecido com um filme preto e branco colorizado por três bêbados daltônicos.
Aqui tudo é "pair" - "pair of pants", "pair of gloves", etc... Quando eu fui no Brasil pela última vez alguém me perguntou se eu queria mesmo duas calças quando eu disse "par de calças".
Fui!
A nova rotina
Acabei de chegar no trabalho, exatamente 1 hora depois de sair de casa. Agora eu estou vindo trabalhar de ônibus e de trem, e embora o percurso seja mais demorado (principalmente por causa do ônibus, o trem é super rápido), pelo menos eu estou:
. Caminhando um pouco;
. Não me preocupando com o trânsito no caminho de casa para o trabalho e vice-versa.
A Soraya tem usado o carro para levar e buscar o Arthur na escola, até a gente bolar um plano "B". Por enquanto, é assim que a banda vai tocar.
Pegar o ônibus e o trem me lembra da época que eu comecei a escrever o blog, mas agora eu percebi que pouca coisa é novidade. Eu gosto de observar as pessoas, mas no meu horário só tem molecada. É legal para ver que realmente a molecada de hoje tudo parece meio emo, os caras usando calça jeans de menina e as meninas usando calça jeans de menino, todo, mas literalmente todo mundo no trem de fone de ouvido, metade com o jornalzinho na mão (eu preciso descobrir onde que fica a maldita caixa com os jornais, eu morro de inveja de quem pode ler no trem), a outra metade digitando no celular.
Infelizmente na linha sul o pessoal é mais civilizado no que na linha que vai para NE, e eu acho que eu não vou ter histórias adicionais para contar. Hoje eu descobri que é provavelmente a minha blusa que está com cheiro de comida (eu preciso ter certeza de que as roupas não estão na cozinha antes de fritar alguma coisa), descobri que realmente o ônibus depois do trem sai de 10 em 10 minutos em todo o minuto "7", vi da janela do trem que agora tem um supermercado 24 horas perto de casa (o Sobey's), e eu gostaria de saber porque tem uma High School do lado da base onde eu trabalho, ligeiramente no meio do nada.
Eu não sei.
Só sei que nada sei.
Eu estou feliz com a nova rotina. A outra rotina é mudar a alimentação de casa para dar apoio moral para a Soraya, já que ela foi diagonisticada com diabete gestacional.
Fui!
. Caminhando um pouco;
. Não me preocupando com o trânsito no caminho de casa para o trabalho e vice-versa.
A Soraya tem usado o carro para levar e buscar o Arthur na escola, até a gente bolar um plano "B". Por enquanto, é assim que a banda vai tocar.
Pegar o ônibus e o trem me lembra da época que eu comecei a escrever o blog, mas agora eu percebi que pouca coisa é novidade. Eu gosto de observar as pessoas, mas no meu horário só tem molecada. É legal para ver que realmente a molecada de hoje tudo parece meio emo, os caras usando calça jeans de menina e as meninas usando calça jeans de menino, todo, mas literalmente todo mundo no trem de fone de ouvido, metade com o jornalzinho na mão (eu preciso descobrir onde que fica a maldita caixa com os jornais, eu morro de inveja de quem pode ler no trem), a outra metade digitando no celular.
Infelizmente na linha sul o pessoal é mais civilizado no que na linha que vai para NE, e eu acho que eu não vou ter histórias adicionais para contar. Hoje eu descobri que é provavelmente a minha blusa que está com cheiro de comida (eu preciso ter certeza de que as roupas não estão na cozinha antes de fritar alguma coisa), descobri que realmente o ônibus depois do trem sai de 10 em 10 minutos em todo o minuto "7", vi da janela do trem que agora tem um supermercado 24 horas perto de casa (o Sobey's), e eu gostaria de saber porque tem uma High School do lado da base onde eu trabalho, ligeiramente no meio do nada.
Eu não sei.
Só sei que nada sei.
Eu estou feliz com a nova rotina. A outra rotina é mudar a alimentação de casa para dar apoio moral para a Soraya, já que ela foi diagonisticada com diabete gestacional.
Fui!
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Hoje eu vim trabalhar de ônibus.
Foi bão. Eu fui de bike até a estação de trem (literalmente foram dois minutos de vento e de frio, sem precisar pedalar, pois até o trem é descida), depois eu peguei o trem, que ficou cheio de estudantes, depois desci a escada rolante esbarrando em estudantes, depois peguei o bumba também cheio de estudantes.
Ô povo que gosta de estudar longe de casa.
Fui!
Foi bão. Eu fui de bike até a estação de trem (literalmente foram dois minutos de vento e de frio, sem precisar pedalar, pois até o trem é descida), depois eu peguei o trem, que ficou cheio de estudantes, depois desci a escada rolante esbarrando em estudantes, depois peguei o bumba também cheio de estudantes.
Ô povo que gosta de estudar longe de casa.
Fui!
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
O apanhado das últimas semanas
A gente alugou uma daquelas máquinas de limpar o carpete - Rug Doctor. A Eliane emprestou uma máquina para a gente (Blissel), mas a maior diferença entre as duas máquinas é que a da Rug Doctor tem dois tanques de água, um para a água limpa e um para a água suja. A água limpa com o produto de limpeza é jogada no carpete, e logo depois é aspirada e jogada no tanque de água suja.
E olha, a água saiu suja.
Mas as manchas que a inquilina antiga nos deixou desapareceram, o carpete "sente" melhor no pé, e eu espero que o cheiro de gato dos armários também tenha ido embora. Eu gastei 70 dólares entre produtos de limpeza e o aluguel do equipamento, e vale a pena. Os dois pontos negativos são que a máquina é barulhenta e a água vai rápido de um tanque para o outro.
...
A gente montou o quarto da Hannah inteirinho, berço (compramos um novo, o que ganhamos tinha uma peça quebrada que segurava um lado do berço no outro, e eu não quis arriscar. Ficamos com o colchão. A gente arrumou a cadeira de 15 dólares, pintamos o trocador (e a Soraya terminou de arrumar a decoração), colocamos a tela de mosquito em cima do berço, compramos um monte de roupinha, banheira, almoçada de dar mamar, roupa extra de cama, mamadeira, eu acho que agora está quase tudo encaminhado.
A cama do Arthur que eu quebrei já foi arrumada. Cola madeira é uma coisa impressionante, onde a cola é aplicada fica tudo super firme. Eu coloquei a cola na madeira, martelei tudo para encaixar bem (a madeira quebrou no encaixe original entre um pedaço e outro), esperei 24 horas e remontei a cama, e não tive surpresas desde então. O Arthur também ganhou uma mesa nova, com uma gaveta e uma prateleira, na esperança de que o espaço dele fique menos atulhado - e na verdade tudo já está mais em ordem.
A gente precisa voltar no lixão para jogar fora o resto do berço antigo e para jogar fora a escrivaninha velha do Arthur, já que eu não tenho a menor esperança de doar aquela mesa para alguém que vá aceitá-la, de tão velha que ela está... Eu não tenho espaço para guardar coisas em casa, e eu prefiro me desfazer das coisas que ocupar o espaço da casa guardando tranqueira. Aqui é fácil doar as coisas, mas eu já percebi que as doações só são aceitas quando as coisas estão em bom estado.
Mas é isso aí. Eu ando bem ocupado nos últimos dias, por isso que eu ando sumido. A vida anda bem, o verão foi bom, o Arthur voltou para a escola, e estamos na espectativa pela nossa bebêzinha que vai chegar para esquentar o nosso inverno.
Fui!
E olha, a água saiu suja.
Mas as manchas que a inquilina antiga nos deixou desapareceram, o carpete "sente" melhor no pé, e eu espero que o cheiro de gato dos armários também tenha ido embora. Eu gastei 70 dólares entre produtos de limpeza e o aluguel do equipamento, e vale a pena. Os dois pontos negativos são que a máquina é barulhenta e a água vai rápido de um tanque para o outro.
...
A gente montou o quarto da Hannah inteirinho, berço (compramos um novo, o que ganhamos tinha uma peça quebrada que segurava um lado do berço no outro, e eu não quis arriscar. Ficamos com o colchão. A gente arrumou a cadeira de 15 dólares, pintamos o trocador (e a Soraya terminou de arrumar a decoração), colocamos a tela de mosquito em cima do berço, compramos um monte de roupinha, banheira, almoçada de dar mamar, roupa extra de cama, mamadeira, eu acho que agora está quase tudo encaminhado.
A cama do Arthur que eu quebrei já foi arrumada. Cola madeira é uma coisa impressionante, onde a cola é aplicada fica tudo super firme. Eu coloquei a cola na madeira, martelei tudo para encaixar bem (a madeira quebrou no encaixe original entre um pedaço e outro), esperei 24 horas e remontei a cama, e não tive surpresas desde então. O Arthur também ganhou uma mesa nova, com uma gaveta e uma prateleira, na esperança de que o espaço dele fique menos atulhado - e na verdade tudo já está mais em ordem.
A gente precisa voltar no lixão para jogar fora o resto do berço antigo e para jogar fora a escrivaninha velha do Arthur, já que eu não tenho a menor esperança de doar aquela mesa para alguém que vá aceitá-la, de tão velha que ela está... Eu não tenho espaço para guardar coisas em casa, e eu prefiro me desfazer das coisas que ocupar o espaço da casa guardando tranqueira. Aqui é fácil doar as coisas, mas eu já percebi que as doações só são aceitas quando as coisas estão em bom estado.
Mas é isso aí. Eu ando bem ocupado nos últimos dias, por isso que eu ando sumido. A vida anda bem, o verão foi bom, o Arthur voltou para a escola, e estamos na espectativa pela nossa bebêzinha que vai chegar para esquentar o nosso inverno.
Fui!
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Eu sempre tenho a sensação de que eu não disse tudo que eu tinha para dizer sobre alguma coisa...
... mas vamos lá!
O que eu mais gostei de Victoria foi a praia em que fomos para o Arthur brincar. Tinha cara de praia, cheiro de praia, calor de praia, criançada, cachorrinho e tudo mais:
View Larger Map
Na foto de satélite a praia está vazia, pela cor das árvores a foto foi tirada em algum dia de Outono, mas no dia em que nós fomos a praia estava cheia, e as folhas estavam verdes...
...
O que eu descobri nesta viagem é que:
. Cidades à beira-mar realmente tem cheiro de mar;
. E eu gosto do cheiro de mar...
Depois da minha tentativa naufragada de tomar um banho no Oceano Pacífico, percebi que o povo daqui só pode mesmo tomar banho de mar se for para o Caribé, México ou afins - acho que é por isso que tanta gente vai para lá... É engraçado pensar que a minha realidade com a idade do Arthur era ir na praia quase todo dia durante o verão, e aqui é ir para parques e afins (o que também é bem legal). Também pelo fato do mar ser tão longe daqui, e pela visão geral da "vida na praia" ser tão romantizada é que eu já tive que responder inúmeras vezes a pergunta "mas porque diacho você veio morar aqui no frio?".
Aí a gente tenta explicar qualidade de vida e toda esta papagaiada...
... mas dá uma saudade do verão.
...
Estou ouvindo Nirvana. Eu fui na cidade do Kurt Cobain:
O Rapha também:
Aberdeen. É por isso que na placa da cidade está escrito "Come As You Are".
PS: A cidade é feinha que dói...
O que eu mais gostei de Victoria foi a praia em que fomos para o Arthur brincar. Tinha cara de praia, cheiro de praia, calor de praia, criançada, cachorrinho e tudo mais:
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Na foto de satélite a praia está vazia, pela cor das árvores a foto foi tirada em algum dia de Outono, mas no dia em que nós fomos a praia estava cheia, e as folhas estavam verdes...
...
O que eu descobri nesta viagem é que:
. Cidades à beira-mar realmente tem cheiro de mar;
. E eu gosto do cheiro de mar...
Depois da minha tentativa naufragada de tomar um banho no Oceano Pacífico, percebi que o povo daqui só pode mesmo tomar banho de mar se for para o Caribé, México ou afins - acho que é por isso que tanta gente vai para lá... É engraçado pensar que a minha realidade com a idade do Arthur era ir na praia quase todo dia durante o verão, e aqui é ir para parques e afins (o que também é bem legal). Também pelo fato do mar ser tão longe daqui, e pela visão geral da "vida na praia" ser tão romantizada é que eu já tive que responder inúmeras vezes a pergunta "mas porque diacho você veio morar aqui no frio?".
Aí a gente tenta explicar qualidade de vida e toda esta papagaiada...
... mas dá uma saudade do verão.
...
Estou ouvindo Nirvana. Eu fui na cidade do Kurt Cobain:
From |
O Rapha também:
From Seattle! |
Aberdeen. É por isso que na placa da cidade está escrito "Come As You Are".
PS: A cidade é feinha que dói...
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Slow day at work
Então eu vou contar um pouco de como a viagem foi. Eu preciso escrever mais e colocar mais fotos na Internet (algumas fotos estão no meu Picasa), mas o que dá para dizer é que:
. A caranga não quebrou depois de 4000 km de estrada;
. Os Estados Unidos, pelo menos a região em que a gente passou, são duca;
. Seattle é sensacional e o Pike Market é show de bola;
. Portland é cheia de pontes e é menos turística do que Seattle, mas o OMSI é duca (Oregon Museum of Science and Industry);
. Falando de OMSI, o cinema que eles tem lá é sensacional. Vimos o filme sobre o Hubble e foi de encher os olhos. Ver o ônibus espacial decolando em uma tela gigantesca foi emocionante;
. O Cirque du Soleil é sensacional - melhor do que eu estava esperando;
. Ver o Mount Saint Helens foi ver a força da natureza em ação. A gente gastou umas 2, 3 horas da viagem em um desvio, mas valeu a pena;
. Andar na beira do mar entre Seattle e Portland foi bem legal, embora o trecho tenha sido mais curto do que eu tinha planejado originalmente (mas, mesmo assim, foi bastante tempo de estrada). O banho no Pacífico se resumiu apenas à água até a canela, já que o dia estava frio e o mar estava congelante. Conhecemos Ilwaco (onde eu "entrei" na água) e Seaside, mas todas as cidadezinhas da região são muito bonitas;
. Victoria é bem legal, mas eu gostei mais das outras cidades. O que mais valeu em Victoria foi passar um tempinho na praia e ver o Arthur brincar na areia;
. Fomos no Vancouver Aquarium de novo, foi bem legal, de novo. Lá vimos um filme em "4D" do Bob Esponja, sensacional;
. Na volta dirigimos pela Going To The Sun Road, uma estradinha danada de estreita no Glacier National Park, muito bonita, mas que é meio tensa para se dirigir.
Deu tudo certo - o que ia ser mais ou menos foi mesmo mais ou menos, como o Super 8 em Victoria ou o hotel de última hora que eu reservei em Spokane, teve muita coisa que surpreendeu, a gente conheceu um monte de lugares novos, como o Hard Rock ou a primeira Starbucks, o mercado público em Seattle e outros lugares (aliás, muito legal ver um lugar que você só vê em filme), eu vi um vulcão (o Arthur nem ligou) e fiquei embasbacado com as árvores derrubadas que nem palito de dente, as "crianças" (o Arthur e o Chuck) se deram bem durante a viagem, deu tudo bem certinho.
O que eu faria de novo:
. Dirigir pela praia (e parar em alguma cidade na praia);
. Ir até o Flathead Lake e passar uns dias por lá;
. Ficar uns dias em Seattle;
. Pegar a balsa entre Vancouver e Victoria...
... e mais um monte de outras coisas. Valeu a pena.
Umas fotinhos (tem mais no Picasa):
Kurt:
Come As You Are:
A Sô no Hard Rock Cafe:
A melhor Pizza que eu já comi acima do Equador:
Bambino's em Seattle
Arthur no parque da Space Needle:
Eu na praia:
Uma casa na estrada:
O vulcão:
Vou colocar mais fotos depois... Agora eu tenho que fingir que eu sei o que eu estou fazendo no trabalho...
. A caranga não quebrou depois de 4000 km de estrada;
. Os Estados Unidos, pelo menos a região em que a gente passou, são duca;
. Seattle é sensacional e o Pike Market é show de bola;
. Portland é cheia de pontes e é menos turística do que Seattle, mas o OMSI é duca (Oregon Museum of Science and Industry);
. Falando de OMSI, o cinema que eles tem lá é sensacional. Vimos o filme sobre o Hubble e foi de encher os olhos. Ver o ônibus espacial decolando em uma tela gigantesca foi emocionante;
. O Cirque du Soleil é sensacional - melhor do que eu estava esperando;
. Ver o Mount Saint Helens foi ver a força da natureza em ação. A gente gastou umas 2, 3 horas da viagem em um desvio, mas valeu a pena;
. Andar na beira do mar entre Seattle e Portland foi bem legal, embora o trecho tenha sido mais curto do que eu tinha planejado originalmente (mas, mesmo assim, foi bastante tempo de estrada). O banho no Pacífico se resumiu apenas à água até a canela, já que o dia estava frio e o mar estava congelante. Conhecemos Ilwaco (onde eu "entrei" na água) e Seaside, mas todas as cidadezinhas da região são muito bonitas;
. Victoria é bem legal, mas eu gostei mais das outras cidades. O que mais valeu em Victoria foi passar um tempinho na praia e ver o Arthur brincar na areia;
. Fomos no Vancouver Aquarium de novo, foi bem legal, de novo. Lá vimos um filme em "4D" do Bob Esponja, sensacional;
. Na volta dirigimos pela Going To The Sun Road, uma estradinha danada de estreita no Glacier National Park, muito bonita, mas que é meio tensa para se dirigir.
Deu tudo certo - o que ia ser mais ou menos foi mesmo mais ou menos, como o Super 8 em Victoria ou o hotel de última hora que eu reservei em Spokane, teve muita coisa que surpreendeu, a gente conheceu um monte de lugares novos, como o Hard Rock ou a primeira Starbucks, o mercado público em Seattle e outros lugares (aliás, muito legal ver um lugar que você só vê em filme), eu vi um vulcão (o Arthur nem ligou) e fiquei embasbacado com as árvores derrubadas que nem palito de dente, as "crianças" (o Arthur e o Chuck) se deram bem durante a viagem, deu tudo bem certinho.
O que eu faria de novo:
. Dirigir pela praia (e parar em alguma cidade na praia);
. Ir até o Flathead Lake e passar uns dias por lá;
. Ficar uns dias em Seattle;
. Pegar a balsa entre Vancouver e Victoria...
... e mais um monte de outras coisas. Valeu a pena.
Umas fotinhos (tem mais no Picasa):
Kurt:
From Seattle! |
Come As You Are:
From Seattle! |
A Sô no Hard Rock Cafe:
From Seattle! |
A melhor Pizza que eu já comi acima do Equador:
From Seattle! |
Bambino's em Seattle
Arthur no parque da Space Needle:
From Seattle! |
Eu na praia:
From From Seattle to Portland |
Uma casa na estrada:
From Mt Saint Helens (and the road to it) |
O vulcão:
From Mt Saint Helens (and the road to it) |
Vou colocar mais fotos depois... Agora eu tenho que fingir que eu sei o que eu estou fazendo no trabalho...
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Coisas que eu sei hoje que eu não sabia que eu ia saber quando eu cheguei aqui
O Canadá é um país bem diferente do Brasil, em vários aspectos. As ruas são diferentes, principalmente em cidades espalhadas como Calgary - raramente você vê um poste de luz na sua janela da frente, a fiação ou é enterrada, ou passa pelo que eu chamo de "rua de serviço" - uma rua pequena, estreita, que passa entre as ruas principais, e onde ficam as garagens das casas, as lixeiras e os cestos azuis do lixo reciclável, e é por onde passam os caminhões de lixo (obviamente, já que as lixeiras estão lá), e onde a vizinhança costuma guardar a tranqueirada. Embora as casas não costumem ter cercas ou portões na frente, normalmente a parte de trás é fechada, embora raramente alguém coloque um cadeado na porta de cerca - e as cercas são geralmente baixas, normalmente um metro e meio.
Fica mais bonito assim, a bagunça da vida cotidiana fica escondida na parte de trás e a parte da frente fica bonita e organizada. Nem todos os bairros são assim - nas vizinhanças mais novas, a garagem fica na frente e as ruas de trás não existem. Não sei se eles fazem isso para economizar espaço, mas eu acho as vizinhanças mais antigas mais bonitas, mais pelo fato das casas não terem a garagem na parte da frente. A vantagem das casas com a garagem na parte de frente, por outro lado, é que o jardim atrás fica sempre bonito (já que não tem garagem ou espaço para juntar tralha), e a garagem fica integrada à casa, o que deve ser ótimo no inverno.
Bom, mas eu ainda não cheguei no assunto do título - coisas que eu sei hoje que eu não sabia que eu ia saber quando eu cheguei aqui.
Vamos lá:
Carro velho aqui não é necessariamente sinônimo de carro ruim - embora, é claro, um carro de 12 anos não é igual à um carro de dois meses.
E existe uma economia que gira em volta disso. Os manuais da Haynes, que eu sempre acho que vão me fazer virar um mecânico do dia para a noite, mas que só são uma leitura interessante. Um dia eu talvez abra o motor do carro e limpe os pistões e afins, mas... a coisa não é tão simples.
Uma coisa que me contaram à um tempo, mas da qual eu só fui usufruir agora, é um lugar chamado Pick-n-Pull. Basicamente, o lugar é um depósito de carros que não funcionam mais (o lugar é enorme), e onde você, armado com as suas próprias ferramentas, procura a peça desejada, tira do carro, leva para o caixa e paga. Eles tem até carrinho de pedreiro para ajudar a levar as coisas. As peças são bem baratas, embora se você precise de alguma coisa estofada, pode demorar para achar alguma coisa limpa. Semana passada eu fui lá para comprar o protetor de sol (aquele que fica no vidro, não sei se chama de tapa sol ou algo assim), foi cinco dólares, mais uma besteirinha que eu comprei para o Arthur - uma lâmpada da parte de dentro do carro que parece um olho biônico, tudo deu dez dólares.
Ontem a gente voltou lá para comprar um assento novo para o carro. A Caravan tem três fileiras de bancos, e a Soraya lembrou de ter visto uma (a do Kaka) em que a poltrona do meio reclinava, coisa que a nossa não faz. Lá fui eu tentar achar alguma assim, e olha que no fim das contas eu achei um negócio até melhor, uma poltrona que não só reclina, mas que tem um "assento escondido" (que você puxa, fica escondido no encosto), que revela um cinto de cinco pontos para crianças - o Arthur adorou. E foi só 25 dólares. Estava um pouco sujo, mas nada que os lenços umedecidos daqui não resolvam.
Nas últimas semanas eu gastei 250 dólares cuidando do carro. Arrumei dois pneus semi-novos para a parte da frente, dois pneus usados para a parte de trás (eu não ia comprar mas um dos pneus tinha arrebentado uma cinta de metal que tinha dentro e ficou todo torto, só para furar depois), troquei o motor de ignição, troquei os discos e pastilhas das rodas da frente, e, mais sensacional de tudo, aprendi como fazer os faróis do carro ficarem transparentes de novo:
O processo é banal - uma passada de lixa fina, uma passada de lixa extra-fina, e, de uma vez, sem repetir, passar de um lado para o outro (repetindo, só uma vez) um pano embebido em thinner - ou aguarrás. O segredo do pano (uma camiseta ou afim) é jogar o thinner em cima, e apertar até todo o excesso escorrer e não pingar mais. Nesta hora, deve-se cobrir a palma da mão e dos dedos com o pano, e passar rapidamente de um lado ao outro do farol - rápidamente = meio segundo por farol. Se demorar muito ou passar o pano mais de uma vez, o farol fica opaco de novo.
Sensacional.
O Canadá não os Estados Unidos.
E eles tem orgulho disso. Os Estados Unidos são o parceiro comercial mais importante do Canadá, mas também são simplesmente "os vizinhos de baixo". O Americano tem mais do que o Canadense - tem uma casa maior, um carro maior, mas também uma dívida maior.
Ter uma arma nos Estados Unidos é um direito, no Canadá, é um privilégio. Direito e privilégio são só duas palavras (right and privilege), mas o conceito grudou comigo depois que alguém me contou isso.
O Canadense me parece ser mais "ateu" do que o Americano. Aborto aqui e lá são legalizados, mas aqui a prostituição e o casamento gay aqui são legais, duas coisas que sempre batem de frente com religião.
Via de regra, o Canadense é educado e o Americano, nem tanto. Mas isso eu não sei de fato.
...
Hora de acabar de escrever e de começar a dormir. Terça-feira o Rapha (vulgo Chuck) chega aqui no Canadá para nos visitar. É bom receber o último integrante dos "quatro mosqueteiros" aqui em casa :-). Na Sexta-feira vamos para Vancouver, no Domingo para Victoria, na Segunda para Seattle, na Quarta para Portland, e na Sexta-feira começamos a voltar, dormindo no caminho (provavelmente em Spokane), e chegando em Calgary Sábado, no fim do dia.
Vai ser bom passar tanto tempo na estrada. Espero que a Van segure a bronca. Depois eu investir 20% do valor do carrinho, é melhor ela aguentar o tranco! Agora que o breque parou de apitar e eu troquei o donut, o carro está bem melhor - o donut é isso:
Um mini-pneu que você põe no lugar do pneu furado. O meu pneu furou Quinta-feira de manhã e eu tive que dirigir por 2 dias com isso na roda de trás - como o pneu é menor que os outros o carro fica uma droga de dirigir, pendendo para o lado onde o donut está, balançando que nem um barco, sem estabilidade, e com velocidade máxima de 75 km/h. Nunca mais.
Fui!
Fica mais bonito assim, a bagunça da vida cotidiana fica escondida na parte de trás e a parte da frente fica bonita e organizada. Nem todos os bairros são assim - nas vizinhanças mais novas, a garagem fica na frente e as ruas de trás não existem. Não sei se eles fazem isso para economizar espaço, mas eu acho as vizinhanças mais antigas mais bonitas, mais pelo fato das casas não terem a garagem na parte da frente. A vantagem das casas com a garagem na parte de frente, por outro lado, é que o jardim atrás fica sempre bonito (já que não tem garagem ou espaço para juntar tralha), e a garagem fica integrada à casa, o que deve ser ótimo no inverno.
Bom, mas eu ainda não cheguei no assunto do título - coisas que eu sei hoje que eu não sabia que eu ia saber quando eu cheguei aqui.
Vamos lá:
Carro velho aqui não é necessariamente sinônimo de carro ruim - embora, é claro, um carro de 12 anos não é igual à um carro de dois meses.
E existe uma economia que gira em volta disso. Os manuais da Haynes, que eu sempre acho que vão me fazer virar um mecânico do dia para a noite, mas que só são uma leitura interessante. Um dia eu talvez abra o motor do carro e limpe os pistões e afins, mas... a coisa não é tão simples.
Uma coisa que me contaram à um tempo, mas da qual eu só fui usufruir agora, é um lugar chamado Pick-n-Pull. Basicamente, o lugar é um depósito de carros que não funcionam mais (o lugar é enorme), e onde você, armado com as suas próprias ferramentas, procura a peça desejada, tira do carro, leva para o caixa e paga. Eles tem até carrinho de pedreiro para ajudar a levar as coisas. As peças são bem baratas, embora se você precise de alguma coisa estofada, pode demorar para achar alguma coisa limpa. Semana passada eu fui lá para comprar o protetor de sol (aquele que fica no vidro, não sei se chama de tapa sol ou algo assim), foi cinco dólares, mais uma besteirinha que eu comprei para o Arthur - uma lâmpada da parte de dentro do carro que parece um olho biônico, tudo deu dez dólares.
Ontem a gente voltou lá para comprar um assento novo para o carro. A Caravan tem três fileiras de bancos, e a Soraya lembrou de ter visto uma (a do Kaka) em que a poltrona do meio reclinava, coisa que a nossa não faz. Lá fui eu tentar achar alguma assim, e olha que no fim das contas eu achei um negócio até melhor, uma poltrona que não só reclina, mas que tem um "assento escondido" (que você puxa, fica escondido no encosto), que revela um cinto de cinco pontos para crianças - o Arthur adorou. E foi só 25 dólares. Estava um pouco sujo, mas nada que os lenços umedecidos daqui não resolvam.
Nas últimas semanas eu gastei 250 dólares cuidando do carro. Arrumei dois pneus semi-novos para a parte da frente, dois pneus usados para a parte de trás (eu não ia comprar mas um dos pneus tinha arrebentado uma cinta de metal que tinha dentro e ficou todo torto, só para furar depois), troquei o motor de ignição, troquei os discos e pastilhas das rodas da frente, e, mais sensacional de tudo, aprendi como fazer os faróis do carro ficarem transparentes de novo:
O processo é banal - uma passada de lixa fina, uma passada de lixa extra-fina, e, de uma vez, sem repetir, passar de um lado para o outro (repetindo, só uma vez) um pano embebido em thinner - ou aguarrás. O segredo do pano (uma camiseta ou afim) é jogar o thinner em cima, e apertar até todo o excesso escorrer e não pingar mais. Nesta hora, deve-se cobrir a palma da mão e dos dedos com o pano, e passar rapidamente de um lado ao outro do farol - rápidamente = meio segundo por farol. Se demorar muito ou passar o pano mais de uma vez, o farol fica opaco de novo.
Sensacional.
O Canadá não os Estados Unidos.
E eles tem orgulho disso. Os Estados Unidos são o parceiro comercial mais importante do Canadá, mas também são simplesmente "os vizinhos de baixo". O Americano tem mais do que o Canadense - tem uma casa maior, um carro maior, mas também uma dívida maior.
Ter uma arma nos Estados Unidos é um direito, no Canadá, é um privilégio. Direito e privilégio são só duas palavras (right and privilege), mas o conceito grudou comigo depois que alguém me contou isso.
O Canadense me parece ser mais "ateu" do que o Americano. Aborto aqui e lá são legalizados, mas aqui a prostituição e o casamento gay aqui são legais, duas coisas que sempre batem de frente com religião.
Via de regra, o Canadense é educado e o Americano, nem tanto. Mas isso eu não sei de fato.
...
Hora de acabar de escrever e de começar a dormir. Terça-feira o Rapha (vulgo Chuck) chega aqui no Canadá para nos visitar. É bom receber o último integrante dos "quatro mosqueteiros" aqui em casa :-). Na Sexta-feira vamos para Vancouver, no Domingo para Victoria, na Segunda para Seattle, na Quarta para Portland, e na Sexta-feira começamos a voltar, dormindo no caminho (provavelmente em Spokane), e chegando em Calgary Sábado, no fim do dia.
Vai ser bom passar tanto tempo na estrada. Espero que a Van segure a bronca. Depois eu investir 20% do valor do carrinho, é melhor ela aguentar o tranco! Agora que o breque parou de apitar e eu troquei o donut, o carro está bem melhor - o donut é isso:
Um mini-pneu que você põe no lugar do pneu furado. O meu pneu furou Quinta-feira de manhã e eu tive que dirigir por 2 dias com isso na roda de trás - como o pneu é menor que os outros o carro fica uma droga de dirigir, pendendo para o lado onde o donut está, balançando que nem um barco, sem estabilidade, e com velocidade máxima de 75 km/h. Nunca mais.
Fui!
domingo, 4 de julho de 2010
Apanhado dos últimos dias
Nota do editor: A minha nova meta é dois posts por mês, já que esta é uma meta que eu provavelmente conseguirei cumprir.
Mudamos.
Foi uma trabalheira danada. Aluguei um caminhão, fiz uma viagem com as caixas (em que eu carreguei e descarreguei o caminhão sozinho), fizemos outra viagem com os móveis (em que eu tive ajuda), e eu fiz mais umas três ou quatro viagens de carro para levar a muamba que sobrou. Tudo isso foi na Sexta-feira retrasada. No Sábado, eu fui até o lixão de Calgary (um deles) para jogar fora uns móveis velhos que ninguém queria. Fica em algum lugar perto da 130 AV e, eu acho, 59 ST SE. Eles pesam o caminhão na entrada, você vai até o lugar onde a mercadoria tem que ser descarregada, para o caminhão, empurra toda a tralha para fora (é uma sensação e tanto jogar uma mesa para fora de um caminhão), e na saída eles pesam o caminhão de novo - no meu caso, 110 kg = 12 dólares. O lugar é interessante, para dizer o mínimo - o que mais me impressionou foi a quantidade de pássaros que sobrevoavam o local. O pessoal (meu chefe) fala que um dos problemas de morar por perto é a quantidade de cocô de passarinho que você vai ter que encarar.
Mudamos.
A casa nova é sensacional. Eu estou muito feliz com a planta da casa. Acho que não é só fase de "encantamento" não. A casa á mais integrada, mesmo com a cozinha sendo mais separada da sala do que na casa antiga. A cozinha, aliás, tem lugar para guardar as coisas e é grande e confortável - eu acho que cozinha de condo sempre é pequena - condo é engraçado, eles fazem um lugar ondem podem dormir umas 15 pessoas, mas onde só duas ou três podem estar na cozinha ao mesmo tempo. A sala é maior, deu para fazer dois ambientes, e os quartos são bons, embora os "das crianças" seja menor que o nosso. Mas o Arthur vai ter o quartinho dele, e a Hannah, o quartinho dela. Eu gosto da vizinhança, ontem eu precisei ir de bicicleta até a Canadian Tire, é tudo bem pertinho, o trêm é aqui do lado, e não tem a Sarcee Trail e seu barulho constante - ou seja, dá para ficar do lado de fora numa boa.
Mudamos.
E, agora que é época de férias, os dêz quilômetros a mais para ir trabalhar viraram só dez minutos à mais. Vamos ver como vai ser depois.
Outras praias...
Na Sexta-feira, o motor de ignição do carro, que já vinha dando sinais de que ia quebrar de vez, quebrou. O carro não ligava. Virava a chave e tudo que vinha era um clique. Tentei, tentei, mudei o carro de lugar, rezei para o Deus dos ateus, bati no painel (funcionou uma vez), e nada. Sábado, tentei de novo, e o carro continuou não funcionando.
Resolvi que ia tirar o motor de ignição (FYI, carro automático não pega no tranco), mas estava com medo de levantar o carro no macaco e morrer esmagado (o carro nem freio de mão tem - ainda bem que tem o "park" do automático para estas horas), e resolvi ligar para a AMA e pedir uma carona até o lugar onde vende a peça que quebrou, mas a AMA me disse que, se eles não arrumassem o carro por lá (ou se eles não deixassem), eu ia ter que pagar pelo próximo guincho. Resolvi ligar para um mecânico, mas aparentemente os mecânicos também tem família, e eles preferem passar um tempo com os seus familiares no final de semana.
Compreensível.
Sem opções, decidi que ia ser eu mesmo que ia resolver o problema. Achei um toco de madeira no formato certo, enfiei ele embaixo da roda traseira (o carro estava em uma leva descida), tirei o carro do "park", e vi que o toquinho podia, de fato, me garantir uma relativa segurança. Levantei o carro no macaco, e comecei a tirar o que eu achava ser o motor de ignição - quando, na verdade, eu estava tirando 1/4 dele, e contaminando tudo com aquele óleo nojento que fica embaixo do carro. A primeira visita à Canadian Tire foi para comprar a solenóide, que segundo os especialistas, é o que costuma quebrar. Pois bem, fui lá, o sujeito me mostrou uma bobina com uns fiozinhos, e eu pensei "WTF?", e voltei para casa para pegar a peça que eu tinha tirado, e o atendente me mostrou o que é o motor de ignição. Descobri que eu tinha tirado a parte certa, mas infelizmente, só tirei parte da parte.
Voltei para casa e fiquei por uma hora tentando tirar o motor de ignição do carro, mas o infeliz do gorila que apertou aquele maldito parafuso fez um bom trabalho, e voltei na Canadian Tire para comprar uma chave que fosse longa o bastante para eu conseguir afrouxar o parafuso.
15 minutos de xingamento depois, consegui tirar a peça inteira - eu talvez conseguisse tirar toda a peça se eu entrasse de verdade embaixo do carro, mas eu tenho muito amor à pele para fazer isso com o equipamento precário que eu tinha.
Com o motor de ignição em mãos, comecei o desmonte - mas, quando eu cheguei na pecinha que eu precisava abrir, me deparei com o trabalho do gorila monstruoso e não consegui girar um parafuso X. Vencido, mas não derrotado, resolvei jogar o "spray mágico de limpeza" (um spray que usa para limpar disco de freio) em tudo, inclusive dentro do motor, e deixei toda a sujeira preta escorrer. Repeti o procedimento em todas as partes, gastei meio rolo do papel toalha limpando tudo, montei o motor, e resolvi colocá-lo de volta no carro (vai que funcione).
Uma hora de xingamento depois, com a proteção do fio positiva quebrada e uma porca (do mesmo fio) mal encaixada, para os quais eu espero que dois metros de silver tape segurem a bronca, e o motor de ignição estava no lugar - a ordem certa é primeiro colocar o motor no lugar e então colocar os fios, mas para fazer isso tem que entrar embaixo do carro, e nem fudendo que eu ficar só com a parte de baixo do meu corpo de fora. Eu tenho fé na silver tape, e semana que vem eu vou levar o carro para arrumar o freio, e aí peço para o carinha dar uma revisada na minha gambiarra (e talvez colocar um fio novo).
Bom, peça no lugar, parafusos mega apertados, bateria reconectada, resolvei tentar ligar o carro, que alegremente respondeu aos meus pedidos e funcionou, redondinho. Desliguei e liguei de novo. Outra vez. E outra vez. E, desta vez, sem clique nem nada. Funcionou que é uma beleza.
Sensacional.
Quase fez valer a pena o dia inteiro gasto embaixo do carro, segurando uma peça de três quilos com a mão esquerda, enquanto tentando prender um parafuso com a direita, tudo isso xingando três gerações de fabricantes de automóveis.
A não ser que eu ache um jeito eficiente de levantar o carro, meus dias de mecânico acabam-se aqui. É muito trabalho. Eu tenho um novo respeito por esta profissão.
E, detalhe - meus dedos nunca vão ficar limpos de novo.
Fui!
Mudamos.
Foi uma trabalheira danada. Aluguei um caminhão, fiz uma viagem com as caixas (em que eu carreguei e descarreguei o caminhão sozinho), fizemos outra viagem com os móveis (em que eu tive ajuda), e eu fiz mais umas três ou quatro viagens de carro para levar a muamba que sobrou. Tudo isso foi na Sexta-feira retrasada. No Sábado, eu fui até o lixão de Calgary (um deles) para jogar fora uns móveis velhos que ninguém queria. Fica em algum lugar perto da 130 AV e, eu acho, 59 ST SE. Eles pesam o caminhão na entrada, você vai até o lugar onde a mercadoria tem que ser descarregada, para o caminhão, empurra toda a tralha para fora (é uma sensação e tanto jogar uma mesa para fora de um caminhão), e na saída eles pesam o caminhão de novo - no meu caso, 110 kg = 12 dólares. O lugar é interessante, para dizer o mínimo - o que mais me impressionou foi a quantidade de pássaros que sobrevoavam o local. O pessoal (meu chefe) fala que um dos problemas de morar por perto é a quantidade de cocô de passarinho que você vai ter que encarar.
Mudamos.
A casa nova é sensacional. Eu estou muito feliz com a planta da casa. Acho que não é só fase de "encantamento" não. A casa á mais integrada, mesmo com a cozinha sendo mais separada da sala do que na casa antiga. A cozinha, aliás, tem lugar para guardar as coisas e é grande e confortável - eu acho que cozinha de condo sempre é pequena - condo é engraçado, eles fazem um lugar ondem podem dormir umas 15 pessoas, mas onde só duas ou três podem estar na cozinha ao mesmo tempo. A sala é maior, deu para fazer dois ambientes, e os quartos são bons, embora os "das crianças" seja menor que o nosso. Mas o Arthur vai ter o quartinho dele, e a Hannah, o quartinho dela. Eu gosto da vizinhança, ontem eu precisei ir de bicicleta até a Canadian Tire, é tudo bem pertinho, o trêm é aqui do lado, e não tem a Sarcee Trail e seu barulho constante - ou seja, dá para ficar do lado de fora numa boa.
Mudamos.
E, agora que é época de férias, os dêz quilômetros a mais para ir trabalhar viraram só dez minutos à mais. Vamos ver como vai ser depois.
Outras praias...
Na Sexta-feira, o motor de ignição do carro, que já vinha dando sinais de que ia quebrar de vez, quebrou. O carro não ligava. Virava a chave e tudo que vinha era um clique. Tentei, tentei, mudei o carro de lugar, rezei para o Deus dos ateus, bati no painel (funcionou uma vez), e nada. Sábado, tentei de novo, e o carro continuou não funcionando.
Resolvi que ia tirar o motor de ignição (FYI, carro automático não pega no tranco), mas estava com medo de levantar o carro no macaco e morrer esmagado (o carro nem freio de mão tem - ainda bem que tem o "park" do automático para estas horas), e resolvi ligar para a AMA e pedir uma carona até o lugar onde vende a peça que quebrou, mas a AMA me disse que, se eles não arrumassem o carro por lá (ou se eles não deixassem), eu ia ter que pagar pelo próximo guincho. Resolvi ligar para um mecânico, mas aparentemente os mecânicos também tem família, e eles preferem passar um tempo com os seus familiares no final de semana.
Compreensível.
Sem opções, decidi que ia ser eu mesmo que ia resolver o problema. Achei um toco de madeira no formato certo, enfiei ele embaixo da roda traseira (o carro estava em uma leva descida), tirei o carro do "park", e vi que o toquinho podia, de fato, me garantir uma relativa segurança. Levantei o carro no macaco, e comecei a tirar o que eu achava ser o motor de ignição - quando, na verdade, eu estava tirando 1/4 dele, e contaminando tudo com aquele óleo nojento que fica embaixo do carro. A primeira visita à Canadian Tire foi para comprar a solenóide, que segundo os especialistas, é o que costuma quebrar. Pois bem, fui lá, o sujeito me mostrou uma bobina com uns fiozinhos, e eu pensei "WTF?", e voltei para casa para pegar a peça que eu tinha tirado, e o atendente me mostrou o que é o motor de ignição. Descobri que eu tinha tirado a parte certa, mas infelizmente, só tirei parte da parte.
Voltei para casa e fiquei por uma hora tentando tirar o motor de ignição do carro, mas o infeliz do gorila que apertou aquele maldito parafuso fez um bom trabalho, e voltei na Canadian Tire para comprar uma chave que fosse longa o bastante para eu conseguir afrouxar o parafuso.
15 minutos de xingamento depois, consegui tirar a peça inteira - eu talvez conseguisse tirar toda a peça se eu entrasse de verdade embaixo do carro, mas eu tenho muito amor à pele para fazer isso com o equipamento precário que eu tinha.
Com o motor de ignição em mãos, comecei o desmonte - mas, quando eu cheguei na pecinha que eu precisava abrir, me deparei com o trabalho do gorila monstruoso e não consegui girar um parafuso X. Vencido, mas não derrotado, resolvei jogar o "spray mágico de limpeza" (um spray que usa para limpar disco de freio) em tudo, inclusive dentro do motor, e deixei toda a sujeira preta escorrer. Repeti o procedimento em todas as partes, gastei meio rolo do papel toalha limpando tudo, montei o motor, e resolvi colocá-lo de volta no carro (vai que funcione).
Uma hora de xingamento depois, com a proteção do fio positiva quebrada e uma porca (do mesmo fio) mal encaixada, para os quais eu espero que dois metros de silver tape segurem a bronca, e o motor de ignição estava no lugar - a ordem certa é primeiro colocar o motor no lugar e então colocar os fios, mas para fazer isso tem que entrar embaixo do carro, e nem fudendo que eu ficar só com a parte de baixo do meu corpo de fora. Eu tenho fé na silver tape, e semana que vem eu vou levar o carro para arrumar o freio, e aí peço para o carinha dar uma revisada na minha gambiarra (e talvez colocar um fio novo).
Bom, peça no lugar, parafusos mega apertados, bateria reconectada, resolvei tentar ligar o carro, que alegremente respondeu aos meus pedidos e funcionou, redondinho. Desliguei e liguei de novo. Outra vez. E outra vez. E, desta vez, sem clique nem nada. Funcionou que é uma beleza.
Sensacional.
Quase fez valer a pena o dia inteiro gasto embaixo do carro, segurando uma peça de três quilos com a mão esquerda, enquanto tentando prender um parafuso com a direita, tudo isso xingando três gerações de fabricantes de automóveis.
A não ser que eu ache um jeito eficiente de levantar o carro, meus dias de mecânico acabam-se aqui. É muito trabalho. Eu tenho um novo respeito por esta profissão.
E, detalhe - meus dedos nunca vão ficar limpos de novo.
Fui!
sábado, 19 de junho de 2010
Hannah!
O Arthur estava certo, meu achômetro estava certo, a Soraya também achava, e no fim das contas, acertamos. É uma menina! A Soraya fez o ultra-som na Sexta-feira e confirmou o que o Arthur já dizia ser desde o começo - ele vai ter uma irmãzinha, a Hannah!
Saber se é menino ou menina dá outra dinâmica na gravidez - no começo, é algo bem abstrato - o exame e o risquinho no meio daquele bastãozinho de plástico. Aí vem o primeiro ultra-som, e você vê o bebezinho se mexendo, com vida, é uma felicidade só. E, no segundo ultra-som, vem a resposta para a pergunta mais famosa - azul ou rosa?
Aqui parece que as coisas demoram a se decidir e, quando a decisão vem, ela não vem sozinha - mudamos Sexta-feira da semana que vem, é uma menina, uau. Hoje eu montei todas as caixas que vamos usar, e eu já preciso agilizar o aluguel do caminhão para levar os 3 anos de vida Canadense.
...
Ontem, depois da Soraya fazer o ultra-som, fomos no cinema ver Toy Story 3. Eu saí do trabalho mais cedo (de vez em quando é bom, né?) e fomos ver o Andy, o Buzz, o Woody e o resto da turma. Sem exagerar, sensacional. A gente pode ser meio afetado porque vimos o Toy Story 1 e 2 umas 20 vezes (cada um), e ver o filme de novo é meio nostálgico. Deve ser como os super-fãs de Star Wars se sentiram quando o George Lucas fez uma continuação depois de sei lá quantos anos (e seja lá o que eles sentiram no começo do filme, eles saíram sem quando o filme acabou). Mas Toy Story 3 é diferente, o filme é bom, profundo, assustador, emocionante. E olha que eu não estou da falando do filme "A Liberdade é Azul", mas de um filme "infantil".
Sensacional. Recomendo.
...
Hoje eu fui comprar cerveja e, para poupar meu carro e os ouvidos de quem está na rua (todas as rodas do meu carro estão apitando), resolvi ir a pé. Eu vi um avião passando ao lado da lua e deixando o rastro nas nuvens, eu vi um cara com cara de Árabe andando de bicicleta e com um capacete preto inteiro que cobria o queixo, e só depois fui perceber que a queixeira era, na verdade, barba. Senti cheiro de churrasco e percebi que o meu chinelo faz barulho quando eu estava chegando em casa.
Ah, o verão...
Saber se é menino ou menina dá outra dinâmica na gravidez - no começo, é algo bem abstrato - o exame e o risquinho no meio daquele bastãozinho de plástico. Aí vem o primeiro ultra-som, e você vê o bebezinho se mexendo, com vida, é uma felicidade só. E, no segundo ultra-som, vem a resposta para a pergunta mais famosa - azul ou rosa?
Aqui parece que as coisas demoram a se decidir e, quando a decisão vem, ela não vem sozinha - mudamos Sexta-feira da semana que vem, é uma menina, uau. Hoje eu montei todas as caixas que vamos usar, e eu já preciso agilizar o aluguel do caminhão para levar os 3 anos de vida Canadense.
...
Ontem, depois da Soraya fazer o ultra-som, fomos no cinema ver Toy Story 3. Eu saí do trabalho mais cedo (de vez em quando é bom, né?) e fomos ver o Andy, o Buzz, o Woody e o resto da turma. Sem exagerar, sensacional. A gente pode ser meio afetado porque vimos o Toy Story 1 e 2 umas 20 vezes (cada um), e ver o filme de novo é meio nostálgico. Deve ser como os super-fãs de Star Wars se sentiram quando o George Lucas fez uma continuação depois de sei lá quantos anos (e seja lá o que eles sentiram no começo do filme, eles saíram sem quando o filme acabou). Mas Toy Story 3 é diferente, o filme é bom, profundo, assustador, emocionante. E olha que eu não estou da falando do filme "A Liberdade é Azul", mas de um filme "infantil".
Sensacional. Recomendo.
...
Hoje eu fui comprar cerveja e, para poupar meu carro e os ouvidos de quem está na rua (todas as rodas do meu carro estão apitando), resolvi ir a pé. Eu vi um avião passando ao lado da lua e deixando o rastro nas nuvens, eu vi um cara com cara de Árabe andando de bicicleta e com um capacete preto inteiro que cobria o queixo, e só depois fui perceber que a queixeira era, na verdade, barba. Senti cheiro de churrasco e percebi que o meu chinelo faz barulho quando eu estava chegando em casa.
Ah, o verão...
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Acabei o The Road
Foi difícil ler tudo, mas acabei. Chorei no final. Sensacional. Melhor que o filme.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Eu finalmente entendi o porque de eu não gostar muito de ler livros de ficção, mesmo gostando de ler livros técnicos, quadrinhos e revistas - eu tenho dificuldades em "montar" o que está acontecendo no livro na minha cabeça. Eu não consigo me desesperar ao ver alguém dizer "um céu cinza como a morte", mas se eu ver a imagem em um filme eu vou pensar "Uau!". Acho que é o meu lado direito do cérebro (ou seria o esquerdo?) ditando a maneira da minha mente funcionar.
Vou tentar terminar de ler o livro de ficção que eu comecei semana passada (The Road), vamos ver como é que vai.
...
Sabe como você sabe se uma lembrança é real ou se ela foi implantada na sua cabeça? Se você lembrar de lembrar da lembrança (ou de conversar sobre o fato), ela é real. Senão, a lembrança não é real. Pensei nisso depois de ver o filme "Dark City".
Fui!
Vou tentar terminar de ler o livro de ficção que eu comecei semana passada (The Road), vamos ver como é que vai.
...
Sabe como você sabe se uma lembrança é real ou se ela foi implantada na sua cabeça? Se você lembrar de lembrar da lembrança (ou de conversar sobre o fato), ela é real. Senão, a lembrança não é real. Pensei nisso depois de ver o filme "Dark City".
Fui!
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Rapaz, há quanto tempo!!!
De vez em quando eu vejo uns blogs em que o último post foi no ano passado, e eu penso "never"!
Jamais!
Mas quando eu vejo que a última coisa que eu escrevi foi já há um mês, eu me preocupo.
Eu vou tentar compensar contando tudo o que aconteceu e tudo o que acontecerá, e algumas trivias no meio do caminho.
...
Já faz umas semanas que nós estamos ensaiando ir em um lugar chamado Butterfield Acres, que fica no norte da cidade. É uma espécie de fazenda onde as crianças podem brincar com animais, andar em cima de pôneis, etc... É um ambiente ao qual eu tinha alguma exposição quando era criança, mas que o Arthur só vê quando vai em alguma excursão (é com ç ou com s?) com a escola. Íamos semana passada, mas choveu, nevou, um tempo dos infernos. Semana passada, o tempo estava bom, mas eu resolvi entrar no site só para verificar o horário de funcionamento, e eu vi que eles estavam fechados temporariamente porque houve um surto de alguma dor de barriga no povo - como o lugar é para as crianças, eles não queriam que nenhuma criança ficasse doente indo lá.
Eu falei para a Soraya que, cedo ou tarde, eu vou ter que levar o Arthur para fazer hiking ou ir pescar, ou acampar, ou fazer alguma coisa do tipo. Ele sempre tem estas idéias, e eu acho legal ele querer fazer este tipo de coisa, então eu vou levar ele para algumas aventuras neste verão.
...
A Soraya já escreveu no blog dela, mas a gente achou uma casa nova! Agora eu preciso ligar para o meu landlord atual e dizer para ele não se preocupar que eu vou desocupar o imóvel, ligar para a TV a cabo e arrumar a mudança, e planejar o dia-a-dia estando em um lugar um pouco mais afastado. Nós estamos bem felizes com o andar das coisas.
...
Em Julho, um amigo nosso do Brasil, o Rapha/ Chuck vem nos visitar. A vinda dele coincidiu com uma viagem até os Estados Unidos que a gente tinha planejado há uns meses, e vai ser bom para ele dar uma revigorada, fora a boa companhia. O Kb.Lo veio em 2008, o Fabrício em 2009 e o Chuck em 2010! É bom ter uns amigos com dinheiro e disposição para ir ver os amigos.
...
A gente quer ir até Vancouver, Victoria, Seattle e Portland. Eu quero dirigir na rodovia 101 que margeia o Oceano Pacífico e ver o litoral de Oregon, que dizem que é lindo. O passeio vai rolar, o que vai mudar é o tamanho do passeio e dos dias dependendo da grana na hora.
...
E acho que por hoje é só.
Jamais!
Mas quando eu vejo que a última coisa que eu escrevi foi já há um mês, eu me preocupo.
Eu vou tentar compensar contando tudo o que aconteceu e tudo o que acontecerá, e algumas trivias no meio do caminho.
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Já faz umas semanas que nós estamos ensaiando ir em um lugar chamado Butterfield Acres, que fica no norte da cidade. É uma espécie de fazenda onde as crianças podem brincar com animais, andar em cima de pôneis, etc... É um ambiente ao qual eu tinha alguma exposição quando era criança, mas que o Arthur só vê quando vai em alguma excursão (é com ç ou com s?) com a escola. Íamos semana passada, mas choveu, nevou, um tempo dos infernos. Semana passada, o tempo estava bom, mas eu resolvi entrar no site só para verificar o horário de funcionamento, e eu vi que eles estavam fechados temporariamente porque houve um surto de alguma dor de barriga no povo - como o lugar é para as crianças, eles não queriam que nenhuma criança ficasse doente indo lá.
Eu falei para a Soraya que, cedo ou tarde, eu vou ter que levar o Arthur para fazer hiking ou ir pescar, ou acampar, ou fazer alguma coisa do tipo. Ele sempre tem estas idéias, e eu acho legal ele querer fazer este tipo de coisa, então eu vou levar ele para algumas aventuras neste verão.
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A Soraya já escreveu no blog dela, mas a gente achou uma casa nova! Agora eu preciso ligar para o meu landlord atual e dizer para ele não se preocupar que eu vou desocupar o imóvel, ligar para a TV a cabo e arrumar a mudança, e planejar o dia-a-dia estando em um lugar um pouco mais afastado. Nós estamos bem felizes com o andar das coisas.
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Em Julho, um amigo nosso do Brasil, o Rapha/ Chuck vem nos visitar. A vinda dele coincidiu com uma viagem até os Estados Unidos que a gente tinha planejado há uns meses, e vai ser bom para ele dar uma revigorada, fora a boa companhia. O Kb.Lo veio em 2008, o Fabrício em 2009 e o Chuck em 2010! É bom ter uns amigos com dinheiro e disposição para ir ver os amigos.
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A gente quer ir até Vancouver, Victoria, Seattle e Portland. Eu quero dirigir na rodovia 101 que margeia o Oceano Pacífico e ver o litoral de Oregon, que dizem que é lindo. O passeio vai rolar, o que vai mudar é o tamanho do passeio e dos dias dependendo da grana na hora.
...
E acho que por hoje é só.
terça-feira, 8 de junho de 2010
Funny time
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Lost, Finale
SPOILER ALERT!!!
Sério. Se você não viu o último episódio de Lost e ainda quer ver e preservar a surpresa, então não leia mais.
Mas, se você chegou até aqui, vamos lá.
Hoje, acabou a temporada de Lost. Foi o último episódio. Finito.
Na sexta temporada, dois universos paralelos foram mostrados - um em que a vida continuava na ilha, seguindo a linha original da série, e um universo paralelo em que a ilha aparentemente não existia.
O que o final da série mostrou é que todos no universo paralelo estavam já mortos. Charlie, o da banda de "You and all and everybody" foi o primeiro a perceber que uma outra vida, havia. Desmond foi "esclarecido" em seguida, e ele fez com que, no universo paralelo, todos se lembrassem de sua "vida" paralela.
Mas, a vida paralela não era uma "vida" paralela. A vida paralela foi a única vida. O universo paralelo foi, como o pai de Jack explicou, um mundo criado por quem estava no avião para que eles pudessem se encontrar depois da vida. Não existe o "agora", o que existe é aquele lugar (atemporal). Todo mundo morre um dia, e aquele universo paralelo era um mundo em que eles estavam se preparando para partir.
A ilha foi real. O Jack morreu na ilha. O Ben e o Hugo ficaram na ilha (o diálogo no final entre o Ben e o Hugo é bem claro neste ponto). A Kate, o Sawyer e os outros que estavam no avião voltaram e viveram as suas vidas no "mundo" real. O Bernard e a mulher dele provavelmente viveram na ilha até o fim dos seus dias. O Desmond provavelmente saiu da ilha em algum momento para viver a sua vida com a Penny. O monstro de fumaça virou história.
Eu li em algum lugar que a luz que o Jack "religou" no fim do episódio é a luz que entrou na igreja no fim do episódio. É aquela luz que todos procuram. A luz é como se fosse a origem e o fim da vida, como o olho de Jack abrindo e fechando no começo e o no fim da temporada. Se o Jack não tivesse recolocado a "rolha" e permitido que a luz voltasse a brilhar, este "farol das almas" ficaria apagado e, imagino eu, quando a porta da igreja fosse aberta no fim do episódio, ao invés de luz, haveria escuridão.
Quando Jacob disse que se o "monstro de fumaça" saísse da ilha a vida ia acabar em todos os lugares, eu acho que ele não quis dizer a vida "vida", mas que a luz em questão não ia mais existir. O "MIB" (Man in Black) não era nem vivo nem morto. A luz é que provavelmente o prendia na ilha. Sem a luz, ele era um homem. Talvez, sem a luz, não existisse a "vida após a morte" como mostrado no episódio. E vida após a morte é uma das teorias mais bem mostradas no Lost, principalmente com todos os personagens que podem ver e conversar com os mortos. O monstro de fumaça é a síntese do que é a falta da luz - algo desumano, frio, feio, monstruoso.
Em resumo:
. A ilha é real. Ela existe. A ilha mostrada no fundo do mar, no começo da sexta-temporada, é a ilha do universo paralelo, do mundo além vida. Ela está no fundo do mar, fora do alcance. Ela é real. A única coisa da ilha que pode ser vista no mundo paralelo é a luz;
. O monstro de fumaça é a síntese da falta da "luz"; Mas ele sabe que a única maneira dele sair da ilha é se a luz for destruída. O que ele não sabia, aparentemente, é que ele voltaria a ser um homem quando a luz se apagasse;
. Todos estão mortos no universo paralelo, mas todos viveram uma "vida" normal (quem não morreu na ilha). O Hugo disse para o Ben que ele foi um "grande segundo", e o Ben disse de volta que ele foi um "grande primeiro". A Kate disse que sentiu falta do Jack por um longo tempo, e aparentemente o Locke deste universo paralelo havia feito as pazes com o pai; Pai, aliás, que havia morrido na ilha também;
. O Jack morreu na ilha. O Sawyer, a Kate, o piloto, a loirinha que eu nunca me lembro o nome, o Chinês/ Japonês que fala com os mortos viveram para ver um outro dia.
Se eu gostei?
Gostei.
No fim das contas, o fim da temporada e da série foi mais sobre as pessoas do que sobre a ilha. Não interessa o porquê das coisas na ilha serem como são. A ilha é algo sobrenatural. Ela é a ligação entre o mundo dos mortos e o mundo dos vivos. Ela é um "relógio" da humanidade (e por isso, talvez, a viagem no tempo). Ela é como um ser virgem que pode ser moldado à vontade de quem é o seu "líder regente" (por isso Ben disse ao Hugo que, se ele quisesse mandar o Desmond embora, que ele não teria problemas ao tentar fazer isso).
O que importa é a jornada.
Eu nunca vi nenhuma série como Lost.
Quando o especial com todos os episódios sair, eu vou comprar - com certeza.
Fui!
Sério. Se você não viu o último episódio de Lost e ainda quer ver e preservar a surpresa, então não leia mais.
Mas, se você chegou até aqui, vamos lá.
Hoje, acabou a temporada de Lost. Foi o último episódio. Finito.
Na sexta temporada, dois universos paralelos foram mostrados - um em que a vida continuava na ilha, seguindo a linha original da série, e um universo paralelo em que a ilha aparentemente não existia.
O que o final da série mostrou é que todos no universo paralelo estavam já mortos. Charlie, o da banda de "You and all and everybody" foi o primeiro a perceber que uma outra vida, havia. Desmond foi "esclarecido" em seguida, e ele fez com que, no universo paralelo, todos se lembrassem de sua "vida" paralela.
Mas, a vida paralela não era uma "vida" paralela. A vida paralela foi a única vida. O universo paralelo foi, como o pai de Jack explicou, um mundo criado por quem estava no avião para que eles pudessem se encontrar depois da vida. Não existe o "agora", o que existe é aquele lugar (atemporal). Todo mundo morre um dia, e aquele universo paralelo era um mundo em que eles estavam se preparando para partir.
A ilha foi real. O Jack morreu na ilha. O Ben e o Hugo ficaram na ilha (o diálogo no final entre o Ben e o Hugo é bem claro neste ponto). A Kate, o Sawyer e os outros que estavam no avião voltaram e viveram as suas vidas no "mundo" real. O Bernard e a mulher dele provavelmente viveram na ilha até o fim dos seus dias. O Desmond provavelmente saiu da ilha em algum momento para viver a sua vida com a Penny. O monstro de fumaça virou história.
Eu li em algum lugar que a luz que o Jack "religou" no fim do episódio é a luz que entrou na igreja no fim do episódio. É aquela luz que todos procuram. A luz é como se fosse a origem e o fim da vida, como o olho de Jack abrindo e fechando no começo e o no fim da temporada. Se o Jack não tivesse recolocado a "rolha" e permitido que a luz voltasse a brilhar, este "farol das almas" ficaria apagado e, imagino eu, quando a porta da igreja fosse aberta no fim do episódio, ao invés de luz, haveria escuridão.
Quando Jacob disse que se o "monstro de fumaça" saísse da ilha a vida ia acabar em todos os lugares, eu acho que ele não quis dizer a vida "vida", mas que a luz em questão não ia mais existir. O "MIB" (Man in Black) não era nem vivo nem morto. A luz é que provavelmente o prendia na ilha. Sem a luz, ele era um homem. Talvez, sem a luz, não existisse a "vida após a morte" como mostrado no episódio. E vida após a morte é uma das teorias mais bem mostradas no Lost, principalmente com todos os personagens que podem ver e conversar com os mortos. O monstro de fumaça é a síntese do que é a falta da luz - algo desumano, frio, feio, monstruoso.
Em resumo:
. A ilha é real. Ela existe. A ilha mostrada no fundo do mar, no começo da sexta-temporada, é a ilha do universo paralelo, do mundo além vida. Ela está no fundo do mar, fora do alcance. Ela é real. A única coisa da ilha que pode ser vista no mundo paralelo é a luz;
. O monstro de fumaça é a síntese da falta da "luz"; Mas ele sabe que a única maneira dele sair da ilha é se a luz for destruída. O que ele não sabia, aparentemente, é que ele voltaria a ser um homem quando a luz se apagasse;
. Todos estão mortos no universo paralelo, mas todos viveram uma "vida" normal (quem não morreu na ilha). O Hugo disse para o Ben que ele foi um "grande segundo", e o Ben disse de volta que ele foi um "grande primeiro". A Kate disse que sentiu falta do Jack por um longo tempo, e aparentemente o Locke deste universo paralelo havia feito as pazes com o pai; Pai, aliás, que havia morrido na ilha também;
. O Jack morreu na ilha. O Sawyer, a Kate, o piloto, a loirinha que eu nunca me lembro o nome, o Chinês/ Japonês que fala com os mortos viveram para ver um outro dia.
Se eu gostei?
Gostei.
No fim das contas, o fim da temporada e da série foi mais sobre as pessoas do que sobre a ilha. Não interessa o porquê das coisas na ilha serem como são. A ilha é algo sobrenatural. Ela é a ligação entre o mundo dos mortos e o mundo dos vivos. Ela é um "relógio" da humanidade (e por isso, talvez, a viagem no tempo). Ela é como um ser virgem que pode ser moldado à vontade de quem é o seu "líder regente" (por isso Ben disse ao Hugo que, se ele quisesse mandar o Desmond embora, que ele não teria problemas ao tentar fazer isso).
O que importa é a jornada.
Eu nunca vi nenhuma série como Lost.
Quando o especial com todos os episódios sair, eu vou comprar - com certeza.
Fui!
terça-feira, 11 de maio de 2010
Você sabia que?
A música de abertura do MacGyver aqui NÃO É Tom Sawyer, do Rush?
Sinceramente, a nossa versão é melhor:
(depois no vídeo toca a música bunda, mas pelo que eu me lembre, eu só lembro de Tom Sayer)
Fui!
Sinceramente, a nossa versão é melhor:
(depois no vídeo toca a música bunda, mas pelo que eu me lembre, eu só lembro de Tom Sayer)
Fui!
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Eu adoro o Brasil.
Os amigos.
A comida.
As pessoas.
O clima.
As estradas de São Paulo e viajar à beira-mar.
Mas, porra, caralho, merda, eu odeio, ODEIO burocracia. De todas as comparações que eu faço entre Brasil e Canadá, quando eu faço, é que aqui no Canadá a burocracia é infinitamente menor.
Aqui, não tem reconhecimento de firma. Para que serve reconhecimento de firma, de qualquer jeito? A porra da minha assinatura nunca é reconhecida no cartório, mas serve para QUALQUER OUTRO LUGAR. Aqui não existe cópia autenticada. Aqui, um documento assinado pode ser digitalizado e mandado por E-Mail. É válido. É aceito. Funciona.
Sabe por quê? Porque, no Brasil, ninguém confia em ninguém. No Brasil, existem leis para proteger a gente da gente mesmo. No Brasil, tem cartório para ser sustentado. Mas, nada, nada supera a minha empresa que eu tive que deixar aberta há não sei quantos anos. Baixaram uma lei agora que para poderem enviar declaração no meu nome tem que ter uma merda de certificado digital. Tem que:
. Preencher uma merda de formulário;
. Assinar e reconhecer firma (vou ter que mandar a assinatura para a droga de cartório que nunca reconhece a minha firma);
. Tirar cópia autenticada do RG (vou ter que mandar o original do único documento Brasileiro que eu tenho além do passaporte para o Brasil).
Até aí, beleza. Mas a porcaria do site feito em ASP (ASP!!!) por um estagiário ganhando uma miséria em uma empresa que ganhou um concurso qualquer não funciona, e eu não consigo fazer a declaração para enviar o FedEx amanhã cedo.
...
Bom, notícia boa! A Soraya fez o ultra-som, é só um bebê (a gente achava que podia ser mais), e está tudo bem!
Durante o ultra-som, o bebê não parava de se mexer, e a gente acha que vai ser uma criancinha bem agitada! Ouvimos o coração, o bebê deu tchauzinho para o Arthur, foi bem legal.
A Soraya escreveu mais do que eu:
http://sorayacruzw.blogspot.com/2010/05/noticias-do-bebe.html
Os amigos.
A comida.
As pessoas.
O clima.
As estradas de São Paulo e viajar à beira-mar.
Mas, porra, caralho, merda, eu odeio, ODEIO burocracia. De todas as comparações que eu faço entre Brasil e Canadá, quando eu faço, é que aqui no Canadá a burocracia é infinitamente menor.
Aqui, não tem reconhecimento de firma. Para que serve reconhecimento de firma, de qualquer jeito? A porra da minha assinatura nunca é reconhecida no cartório, mas serve para QUALQUER OUTRO LUGAR. Aqui não existe cópia autenticada. Aqui, um documento assinado pode ser digitalizado e mandado por E-Mail. É válido. É aceito. Funciona.
Sabe por quê? Porque, no Brasil, ninguém confia em ninguém. No Brasil, existem leis para proteger a gente da gente mesmo. No Brasil, tem cartório para ser sustentado. Mas, nada, nada supera a minha empresa que eu tive que deixar aberta há não sei quantos anos. Baixaram uma lei agora que para poderem enviar declaração no meu nome tem que ter uma merda de certificado digital. Tem que:
. Preencher uma merda de formulário;
. Assinar e reconhecer firma (vou ter que mandar a assinatura para a droga de cartório que nunca reconhece a minha firma);
. Tirar cópia autenticada do RG (vou ter que mandar o original do único documento Brasileiro que eu tenho além do passaporte para o Brasil).
Até aí, beleza. Mas a porcaria do site feito em ASP (ASP!!!) por um estagiário ganhando uma miséria em uma empresa que ganhou um concurso qualquer não funciona, e eu não consigo fazer a declaração para enviar o FedEx amanhã cedo.
...
Bom, notícia boa! A Soraya fez o ultra-som, é só um bebê (a gente achava que podia ser mais), e está tudo bem!
Durante o ultra-som, o bebê não parava de se mexer, e a gente acha que vai ser uma criancinha bem agitada! Ouvimos o coração, o bebê deu tchauzinho para o Arthur, foi bem legal.
A Soraya escreveu mais do que eu:
http://sorayacruzw.blogspot.com/2010/05/noticias-do-bebe.html
sábado, 1 de maio de 2010
Todos lembramos onde estávamos e o que estávamos fazendo em uma data importante
Eu vi um filme sobre a rainha Victória, da Inglaterra, e depois de ver o filme e pesquisar sobre a personagem, sei lá porque cargas d'água fui ler sobre o JDF na Wikipedia.
E lá tinha um pedaço onde estava escrito:
"The event left a lasting impression on many people. It is said that everyone remembers where they were when they heard about the Kennedy assassination,[135] as with the Japanese attack on Pearl Harbor on December 7, 1941 before it, and the attacks waged on September 11, 2001 afterwards."
No dia 11 de Setembro de 2001, Terça-feira, eu estava esperando o horário do rodízio passar quando os aviões se chocaram contra as torres gêmeas. Eu só fui descobrir o que estava acontecendo quando, ao dirigir para o trabalho, ouvi o locutor narrar o que ele chamava de "acidente", quando "aparentemente" dois aviões se chocaram contra o WTC. Eu trabalhava no segundo andar de um prédio no Brooklyn, e ao chegar expliquei aos colegas o que tinha ouvido, mas ninguém acreditou. O que nos deu a certeza de que alguma coisa tinha acontecido foram as versões simplificadas dos sites de notícias e os boatos que voavam de boca em boca naquela manhã. Na hora do almoço, todos estavam de olhos grudados na TV - eu nunca vi, e acho que nunca verei, notícias ou imagens como aquelas no noticiário.
Eu lembro onde eu estava, o que eu fiz, com quem eu falei.
Acho que isto que é um "fato marcante".
E lá tinha um pedaço onde estava escrito:
"The event left a lasting impression on many people. It is said that everyone remembers where they were when they heard about the Kennedy assassination,[135] as with the Japanese attack on Pearl Harbor on December 7, 1941 before it, and the attacks waged on September 11, 2001 afterwards."
No dia 11 de Setembro de 2001, Terça-feira, eu estava esperando o horário do rodízio passar quando os aviões se chocaram contra as torres gêmeas. Eu só fui descobrir o que estava acontecendo quando, ao dirigir para o trabalho, ouvi o locutor narrar o que ele chamava de "acidente", quando "aparentemente" dois aviões se chocaram contra o WTC. Eu trabalhava no segundo andar de um prédio no Brooklyn, e ao chegar expliquei aos colegas o que tinha ouvido, mas ninguém acreditou. O que nos deu a certeza de que alguma coisa tinha acontecido foram as versões simplificadas dos sites de notícias e os boatos que voavam de boca em boca naquela manhã. Na hora do almoço, todos estavam de olhos grudados na TV - eu nunca vi, e acho que nunca verei, notícias ou imagens como aquelas no noticiário.
Eu lembro onde eu estava, o que eu fiz, com quem eu falei.
Acho que isto que é um "fato marcante".
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Aqui em casa não tem piscina, mas perto tem uma piscina pública.
Acho que amanhã eles vão reabrir a piscina. Para quem pensa que é demais, quando eu era criança eu peguei Hepatite (a mais leve de todas), e eu acho que eu contraí a amarelosa em uma piscina. Então é bom mesmo parar tudo, deixar a merda ir embora, e depois reabrir quando a situação estiver sobre controle.
Onde um bebê/ criança/ adulto cagão fez uma obra de arte e interditou a piscina por algumas horas. É. Foi a maior cagada. Ou, como eu disse para um cara que estava perto de mim na piscina de bebês (que ficou cheia de marmanjo), "literalmente, shit happens".
Merdas acontecem.
Mas a piscina pequena valeu, pelo menos eu cheguei em casa inteiro e sem a cabeça chacoalhando (a piscina maior, que é a que foi premiada, é uma piscina que tem ondas artificiais). Eu até nadei um pouco na piscina de gente grande.
Acho que amanhã eles vão reabrir a piscina. Para quem pensa que é demais, quando eu era criança eu peguei Hepatite (a mais leve de todas), e eu acho que eu contraí a amarelosa em uma piscina. Então é bom mesmo parar tudo, deixar a merda ir embora, e depois reabrir quando a situação estiver sobre controle.
...
Eu acho que eu vi muito filme de ação - toda vez que eu saio do trabalho e vou andando até o carro, eu acho que uma bomba vai explodir antes da hora e o carro vai sair voando pelos ares. Pode ser também que eu ache que o carro é tão velho que ele possa explodir sozinho.
...
O Arthur acabou de dormir do meu lado no sofá. A nossa próxima casa não terá escadas.
...
Hoje choveu em Calgary - anteontem eu reguei o arbusto que tem em frente de casa e ontem começaram a aparecer umas folhas. Eu espero que com a chuva de hoje a cidade amanheça verde amanhã. De todas as coisas que me fizeram querer tentar ir para Vancouver, o verde de lá foi uma das forças motrizes mais poderosas. Mas em Julho a gente está planejando uma viagem grande, e Vancouver será um dos destinos. Vamos ver se dá certo.
...
Está passando um programa no Discovery Channel sobre os tubarões no mundo e os povos que matam os tubarões para comer as suas barbatanas.
Eu fico pensando - se todo mundo comesse mais peixe e menos carne vermelha, porcos e galinhas, não ia ter peixe para todo mundo e aí sim que os Oceanos iam secar de vez. Eu acho errado a maneira como os tubarões são caçados e eu acho muito errado comer de uma espécie em risco de extinção ou mesmo apenas ameaçada (mas eu sou um carnívoro aficionado).
...
Fui!
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Hoje foi um dia inusitado
Primeiro, as novas - Vancouver não rola.
Pois é. Sem entrar em muitos detalhes mas já entrando, a gente não tem cliente em Vancouver nem em BC, eu preciso estar no escritório - aparentemente eu estar junto com os outros desenvolvedores é importante, etc...
Mas não faz mal.
Em Julho nós vamos até Vancouver para ir no Circo du Soleil, e se os meus planos derem certo e funcionarem, vamos até Seattle também. Se bobear, garota eu vou para Califórnia, mas San Fran acho que é muito longe. E vamos com a Van vermelha. Eu vou fazer cada centavo dos 900 dólares que eu dei a mais naquela vanzinha valerem a pena. Eu já andei fácil uns 20 mil quilômetros (eu acho, para falar a verdade eu chuto), 900/20000 = até agora eu paguei 4.5 centavos por quilômetro de carro que eu usei (of course, fora a gasolina e o óleo).
Se eu chegar a 90000 km rodados, vai ser 1 centavo por quilômetro rodado de carro. Pense bem, uma nova, que custa 30000 dólares, ia chegar a 1 dólar por KM só depois de 30000 km.
E hoje o meu chefe me disse que o barulho de "vento" que eu odeio tanto pode simplesmente ser a borracha da porta que secou. Eu vou pesquisar no Google para ver.
Bola para frente.
Ao invés de aprender a surfar, vou tentar esquiar.
...
Um causo:
Hoje eu perdi o meu telefone (mas já o recuperei). Fui na Best Buy devolver a câmera barata que a gente comprou e não gostou, depois fomos em uma sorveteria, e no caminho para comprar um brinquedinho que o Tutú guardou dinheiro para comprar, percebi que o celular não estava comigo.
E procura. E fuça. E eu lembrei de mexer nele na Best Buy para ver a avaliação de uma câmera, e alguma coisa me distrair. É. Eu perdi. Na Best Buy.
Compramos o brinquedinho do menino, parei no posto de gasolina mais tosco de Calgary onde teoricamente um Zé vem encher o tanque do carro (mas hoje o Zé não estava lá), desisti do posto tosco e fui em um posto decente, e fui até a Best Buy.
Nada. Não estava lá.
"Merda", eu pensei. Fui na sorveteria em que a Soraya foi matar o seu desejo de grávida.
Nada. Não estava lá.
"Puta Merda", eu pensei. Viemos para casa. Liguei o computador para conferir onde estava o celular no Google Latitude (o Google Latitude é um serviço em que a minha localização atual é enviada para uma central e disponibilizada para os meus amigos), mas antes que eu sequer entrasse no computador, resolvi ligar o celular mais uma vez. Só para desencargo de consciência, sabe como é - na prática eu já estava pensando "AINDA BEM QUE EU FIZ A PORRA DO SEGURO".
Ligo. Toca, toca...
ATENDE!!! Pensei "pfuuu, recuperei ele".
Um menino atende o telefone. Papo vai, papo vem, vem a mãe dele falar comigo e me explicar o ocorrido - o filho dele achou o celular na Best Buy e, sei lá porque cargas d'água, resolveu não levar o tremendão para o departamento de atendimento ao consumidor - ao contrário, ele resolveu levar o celular consigo mesmo.
Estranho. Mas eu acho que eles acordaram para a vida. Marcamos de nos encontrar no Mack's que fica perto da locadora, e desta vez eu liguei o Latitude no telefone da Soraya, e vi que eles realmente estavam por perto. Liguei, disse que eu era o cara com cara de mau na Van vermelha, e esperei.
E lá eles vieram, mãe e filho. Novinhos, os dois. A mãe tinha menos de 30 e o menino, menos de 15. Eles me devolveram o celular, pediram desculpas, agradeceram e foram embora. O telefone estava inteiro mas o menino me mudou os papéis de parede.
Eu acho que eles eram refugiados de algum lugar - eu acho que não tinha pai nenhum na história, e eu acho que o menino pegou o telefone de curiosidade e porque ele achou que era da Best Buy, estava solto (normalmente os telefones ficam presos na parede), ninguém ia sentir falta e pronto.
Mas... Tudo bem... Recebi meu telefone de volta...
Ele apagou os contatos até a letra "G" (adeus amigos cujo nomes começam com "A", "B" (Battalion Park School), "C" (Cecília, Cinara, etc...), "D" (Dan e outros), "E" (Emerald Associates, Eliane), "F" (Fabrício), ele retirou o meu link com o Facebook e todas as fotos que eu tinha para os meus contatos!!!, ele mudou meus panos de fundo...
Nada que meia hora não resolva. Mas sacanagem... Eu não fiquei bravo porque ele é um menino e eu acho que ele teve o bom senso de devolver o telefone quando ele viu que tinha dono, eles me devolveram sem alarde, mas eu fiquei meio chateado.
Mas faz parte.
Me lembra de quando eu perdi a minha carteira, e de quanto ela foi estranhamente devolvida.
Particularidades
Nesta viagem para Revelstoke a gente passou por um lugar chamado Rogers Pass, onde costuma nevar uns 10 metros por ano.
É.
Dez metros.
É quase seis de mim.
Eu vi umas estalactites que davam medo. Eu quebrei uma e outras quebraram, e o barulho do gelo caindo no chão parecia o de vidro se partindo.
Sensacional.
Eu nunca tinha visto nada igual.
O Tutú também não, e ele ficou todo faceiro.
Tem algumas outras coisas que eu vi nesta viagem que eu já tinha visto antes - cabrito montês, veados e esquilos. Eu vi os canos de uma represa hidrelétrica e achei bem louco, mas aí eu lembrei dos canos que sobem a serra do mar depois de Cubatão e pensei "nááá".
Depois desta viagem eu me toquei que eu talvez eu precise mesmo arrumar o pneu do carro que está assoviando, eu estou começando a achar que pode ter quebrado algum rolamento, e que o freio não seja o cúlprito.
Vamos ver se eu descubro o que é.
...
Em Julho vamos realizar um mini-sonho e vamos ver o Cirque du Soleil em Vancouver. Vamos de qualquer jeito, morando lá ou não. Amanhã eu vou saber o que o amanhã nos reserva. Independente da mudança para Vancouver rolar ou não, eu quero visitar aquela região de novo e quero ir até Seattle. Se a gente for para lá mesmo, o plano é ir até a Califórnia de carro e, quem sabe, São Francisco. Se bobear, vou com a Van mesmo - onde ela quebrar, eu a deixo.
...
Vou ver um pouco de How It's Made e depois tentar dormir.
Fui!
É.
Dez metros.
É quase seis de mim.
Eu vi umas estalactites que davam medo. Eu quebrei uma e outras quebraram, e o barulho do gelo caindo no chão parecia o de vidro se partindo.
Sensacional.
Eu nunca tinha visto nada igual.
O Tutú também não, e ele ficou todo faceiro.
Tem algumas outras coisas que eu vi nesta viagem que eu já tinha visto antes - cabrito montês, veados e esquilos. Eu vi os canos de uma represa hidrelétrica e achei bem louco, mas aí eu lembrei dos canos que sobem a serra do mar depois de Cubatão e pensei "nááá".
Depois desta viagem eu me toquei que eu talvez eu precise mesmo arrumar o pneu do carro que está assoviando, eu estou começando a achar que pode ter quebrado algum rolamento, e que o freio não seja o cúlprito.
Vamos ver se eu descubro o que é.
...
Em Julho vamos realizar um mini-sonho e vamos ver o Cirque du Soleil em Vancouver. Vamos de qualquer jeito, morando lá ou não. Amanhã eu vou saber o que o amanhã nos reserva. Independente da mudança para Vancouver rolar ou não, eu quero visitar aquela região de novo e quero ir até Seattle. Se a gente for para lá mesmo, o plano é ir até a Califórnia de carro e, quem sabe, São Francisco. Se bobear, vou com a Van mesmo - onde ela quebrar, eu a deixo.
...
Vou ver um pouco de How It's Made e depois tentar dormir.
Fui!
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Revelstoke!
Este final de semana nós decidimos esfriar a cabeça, esquecer de Vancouver e de outras preocupações do dia-a-dia, desencanar da casa e ir viajar. O destino:
Revelstoke!
Revelstoke é uma das cidades "amostras grátis" que existem nas montanhas rochosas. As outras amostras grátis que a gente viu no caminho são Field e Golden. Revelstoke, com 7000+ habitantes, ainda é maior do que Golden, com 3500+.
Na verdade Revelstoke não tinha nada demais - a única coisa que tem na cidade que a gente conhecia era o centrinho (a gente parou lá a caminho de Vancouver quando meu pai e família vieram nos visitar) e a Floresta Encantada, que fica um pouco mais a frente na estrada, mas que está fechada - eles só vão abrir no meio de Maio.
O hotel em que ficamos, Glacier House Resort, tinha uma vizinhança para lá de estranha:
. No caminho (8 km da estrada principal) tinha um lixão;
. Tem uma represa perto do hotel;
. No fundo tem umas torres de transmissão de energia...
Eu olhei para a Soraya, ela olhou para mim, e eu disse "vamos ver o quarto". E até que o quarto era legal, espaçoso, com vista para as montanhas. Não tinha frigobar, o que foi estranho... Mas valeu - embora eu ache que na próxima vez eu vá procurar outro hotel.
Em Revelstoke fomos no Railway Museum, bem legalzinho:
Mas o mais impressionante foi a neve que vimos na Rogers Pass:
O mais legal foram as estalactites de gelo, mas destas não deu para tirar foto, já que nem no lugar onde elas estavam a gente deveria (ou poderia) ter ido.
A Soraya tirou mais fotos com a máquina nova dela, depois ela posta aqui.
Fui!
Revelstoke!
Revelstoke é uma das cidades "amostras grátis" que existem nas montanhas rochosas. As outras amostras grátis que a gente viu no caminho são Field e Golden. Revelstoke, com 7000+ habitantes, ainda é maior do que Golden, com 3500+.
Na verdade Revelstoke não tinha nada demais - a única coisa que tem na cidade que a gente conhecia era o centrinho (a gente parou lá a caminho de Vancouver quando meu pai e família vieram nos visitar) e a Floresta Encantada, que fica um pouco mais a frente na estrada, mas que está fechada - eles só vão abrir no meio de Maio.
O hotel em que ficamos, Glacier House Resort, tinha uma vizinhança para lá de estranha:
. No caminho (8 km da estrada principal) tinha um lixão;
. Tem uma represa perto do hotel;
. No fundo tem umas torres de transmissão de energia...
Eu olhei para a Soraya, ela olhou para mim, e eu disse "vamos ver o quarto". E até que o quarto era legal, espaçoso, com vista para as montanhas. Não tinha frigobar, o que foi estranho... Mas valeu - embora eu ache que na próxima vez eu vá procurar outro hotel.
Em Revelstoke fomos no Railway Museum, bem legalzinho:
From Revelstoke |
Mas o mais impressionante foi a neve que vimos na Rogers Pass:
From Revelstoke |
From Revelstoke |
From Revelstoke |
From Revelstoke |
O mais legal foram as estalactites de gelo, mas destas não deu para tirar foto, já que nem no lugar onde elas estavam a gente deveria (ou poderia) ter ido.
A Soraya tirou mais fotos com a máquina nova dela, depois ela posta aqui.
Fui!
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