sábado, 30 de junho de 2007

Textão do FDS sem nada para fazer, parte três

Sábado à noite.

Mais uma entrada retroativa para o blog. Estou escrevendo isso em uma noite de sábado, mas vocês só poderão ler este texto a partir de terça-feira, quando eu for trabalhar e puder publicar as coisas no blog :-)

Ontem eu escrevi um texto longo e bastante emocional sobre tudo que está acontecendo aqui no Canadá. Hoje eu fui até o orelhão (orelhão é foda, normalmente é uma cabine ou fica em algum lugar aberto, de orelhão mesmo, não tem nada - mas é meio piegas ficar falando "telefone público"), liguei para a Soraya e ela estava em um bar tomando uma cerveja com o Cunha, Cinara, Chuck e Alessandra. Que inveja. Queria estar eu lá dividindo uma mesa e falando alguma besteira junto com eles. Amigos, logo estaremos reunidos. Tudo bem que vai ser em clima de despedida, mas logo estaremos reunidos.

Pois bem. Hoje houveram alguns revezes. Achei que fosse ter mais grana no banco do que deveria ter, fiquei puto da vida, liguei para a Soraya, ela ficou puta da vida, mas aí eu me acalmei um pouco e fui para a casa da filha do dono para ver umas coisas usadas. Ela me disse que o que aconteceu comigo já aconteceu antes, que provavelmente alguém esqueceu de assinar alguma coisa, e que ela ia conversar com o irmão dela, e que ele ia falar com o dono (que é pai deles), para resolver meu problema. Segundo ela, eles estão gostando muito do meu trabalho (e eu também estou, está ficando legal para caramba), e que eles fariam de tudo para que as coisas dessem certo para mim.

Não sei se era conversa para boi dormir. Mas funcionou :-), lógico que umas duas cervejinhas ajudaram, mas deu uma boa acalmada nos ânimos. É outra coisa estar ao vivo para conversar com as pessoas. Uma coisa que me ajudou a esfriar a cabeça foi o fato deles terem arrumado o apartamento, me emprestado algumas coisas para eu poder viver por um tempo, pagaram mais de 2500 dólares para ter as chaves daqui, fora o trampo de procurar algo em tempo recorde. Acho que eles não fariam isso se o interesse deles fosse trapacear comigo. E eu acho que eles perceberam que a qualidade do meu trabalho é algo que vale o trabalho deles.

Ainda há o fator "torcida", "torcer" para que tudo dê certo, mas eu estou fazendo tudo que está ao meu alcance. E a cada dia que passa, a soma de certezas e incertezas acaba pendendo para as certezas, e não o contrário.

Pois bem de novo. Vamos falar de coisas leves.

Estava hoje lá no Garage Sales quando chega um casal com um filho de seis anos e uma filha de um ano e meio. Difícil descrever eles, mas ela é meio francesa e o cara é bem americano. Os dois são bem simpáticos. Ela gosta de música latina, e pediu para a gente entrar em contato depois que a Soraya chegar, para ir em algum clube para dançar. Só precisa ver se dá para levar criança :-). Eles tem um Toyota, de 20 anos, com algumas inscrições em Japonês, e que se dirige do lado direito (no Canadá é igual no Brasil, o motorista fica do lado esquerdo). Ela se chamada Lauren e o cara era Nathan. Eu falei para eles sobre a versão Brasileira dos seus nomes (Laura e Natanael, eu fiz questão de me certificar que Nathan era mesmo um nome bíblico). Ela (Lauren) parece gostar bastante da cultura e música latina, ela disse que conhece uns Brasileiros da comunidade Brasileira (não, é da Comunidade Paraguaia, dãã), e disse que o pessoal é muito legal, que vai nos apresentar depois. Se a gente vai encontrar este casal de novo um dia é outra história, mas foi legal conhecer um pessoal bem receptivo. Eles são um casal bem simpático.

E me deram um carona até a IKEA.

Chegando lá, comprei uma cama de casal, a cama do Arthur + colchão (não achei o colchão de casal), um jogo de cama para o Arthur, um para a gente, dois travesseiros, um abajur de mesa, um abajur grande com duas lâmpadas (uma para baixo, uma para cima), e gastei 750 dólares. Bem em conta. Ainda tenho que gastar mais um 1000 para ter algo decente, mas já é um começo e tanto. A loja é imensa. Aqui é bem "você faz tudo". Você vê no mostruário, anota no papel o que quer, vai até a seção certa, pega tudo do estoque, vai no caixa, paga e leva embora. Quer entrega? 59 dólares. Quer que monte para você? 15% do preço do produto. Mas funciona. As coisas são baratas. Paguei 20 dólares no abajur duplo, um bem decente, e 15 dólares no de mesa, bem decente também. Vou colocar as fotos aqui para vocês verem.

Na volta, peguei um táxi para poder levar algumas coisas. Cheguei no táxi, falei duas palavras e o cara me perguntou: "Italian"? E eu disse "No, Brazilian". Em resumo, o cara era da Polônia, e hoje o Brasil jogou com a Polônia no sub-20, aqui no Canadá, e o Brasil perdeu :-). Mega coincidência. O cara conhecia a Venezuela, sabia bastante coisa do Brasil e queria conhecer Curitiba, que tem a maior colônia Polonesa do mundo. Eu falei que era de Santos, e ele na hora emendou "Pelé!!!". Cara simpático. Lembra um pouco o tio Vaxunha, da Soraya. É meio aquele cara velho, meio careca, gordo, mas não muito (barriguinha de cerveja), com óculos Ray-Ban estilo aviador, com um bigodinho sem vergonha e o palito de dente no canto da boca. Figura. Mas era gente-fina.

Mundo pequeno.

Cheguei em casa, montei os abajures (aleluia, luz na sala), cozinhei, liguei para Soraya e...

... meus olhos estão fechando. Estou com sono. Mais uma entrada no blog, povo.

Abraços!!!

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