terça-feira, 25 de março de 2008

Bobagens

Vou falar de um monte de coisa e de nada ao mesmo tempo...

> Hoje eu peguei um caminho diferente para ir até o trabalho. Meio revoltado por motivos alheios à minha vontade, resolvi dormir até mais tarde, mexer no computador de manhã, ir devolver os filmes, e por fim ir pegar um ônibus diferente, o 72, que passa ao lado de um campo de golfe, o Shaganappi, depois na Universidade de Calgary, no Alberta Children Hospital, depois por um monte de nada, até que eu chego no meu ponto de ônibus, desço, vejo que estou só 45 minutos atrasado e ainda resolvo passar no Tim Hortons para comprar um café e uma bagel com cream cheese. Eu ainda tentei desvirar a borda do copo de café para ver se ganhava um carro, mas para variar nunca ganho nada. Cheguei no trabalho depois das dez, recebi um "good afternoon", que foi prontamente respondido com um grunhido que disse algo como "bood", e comecei meu dia;
(fim dos links em cada palavra - dá muito trabalho)

> Falando em dia, meia hora depois de eu chegar, um dos meus queridos colegas de trabalho veio correndo me dizer que uma das arquiteturas que eu tinha escolhido (para fazer a integração entre a autenticação dos usuários) não era boa porque era "coupled" e não fazia o code ficar "beautiful" (ele disse isso umas cinco vezes). Não adiantou eu argumentar que a arquitetura era "duca", igual à que o Google usava, que todo mundo tinha aprovado, que funcionava, blá, blá, blá, o que importava é que era ruim porque era "coupled" (acho que ele não sabe o que a palavra quer dizer), que o code não era "beautiful", e que quebrava tudo de "bom" que o sistema tinha. Logo ele que não sabe dos conceitos mais básicos de programação. Ninguém merece. A discussão terminou com um "faz melhor" meu para ele;

> Tem uma expressão aqui que é "you talk the talk, but you walk the walk?", que seria algo como "você fala um monte, mas e fazer, faz?", que foi mais ou menos o que eu quis dizer quando eu falei "faz melhor, mané";

> À tarde eu fui conversar com o big boss e ele me disse que queria colocar mais um programador júnior sobre meu comando. A idéia dele é que eu tirasse um dia por semana para orientar o coitado, na esperança de que desta maneira ele adquirisse experiência profissional. Faz-me rir. Se fosse assim, seria fácil. A minha sorte é que o outro chefe estava por lá e disse que isso também era besteira, e que não adiantaria contratar mais um júnior, que isso só ia me sobrecarregar mais, etc, etc, etc (se eu deixar de revistar alguma coisa antes de colocar em produção, pára tudo - o que aconteceu quando eu saí de férias). Depois finalmente eu disse que um dos meus subordinados "não dava mais não" e fui embora, deixando a batata quente por lá;

. Eu já colaborei na demissão de umas duas ou três pessoas na minha carreira profissional. "Ravi, tem jeito?", no que eu costumo dizer "olha, aqui não dá mais não, mais atrapalha do que ajuda". Tá ruim? É melhor demitir do que puxar todo mundo para baixo. Eu tinha uma chefe que preferia demitir caras bons a caras ruins porque esses iam poder arrumar emprego mais rápido. Coitado do último cara bom que ficar por lá;

Vou parar de falar de coisas do trabalho que é meio chato. Tenho um filme para ver, Fargo, que acho que vou começar a ver agora, 11:17 da noite. Amanhã meu dia vai ser MUITO produtivo. Vou nessa. Preciso pensar numa mentira para publicar aqui. Espero que seja algo como "não ganhei na loteria", "não tive aumento" ou algo do tipo. Ahaha, como sou engraçado.

Vou dormir meus amigos. Quer dizer, vou ver o filme.

Fui!!!

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