domingo, 30 de setembro de 2007
Bumba (estava com o nome errado, Buckmaster)
E por hoje é só. Depois eu escrevo mais.
Fui!!!
(e não nevou...)
sábado, 29 de setembro de 2007
Ser pobre é (versão Canadá)
Eu sempre gostei daqueles textos intitulados "ser pobre é...". Na verdade o texto não é sobre ser pobre, mas sim sobre fazer coisas supostamente de pobre. Whatever. Acho que a definição melhor é quando a "coisa" é uma gambiarra ou é diversão com algo tosco, como competição para ver quem arrota mais alto. Algumas das coisas do Brasil com o qual eu me identifico:
. Colocar Bombril na antena para melhorar a recepção (eu fazia isso quando eu era criança);
. Limpar ouvido com a pontinha da tampinha da caneta Bic;
. Ficar juntando sabonete para fazer uma meleca usável depois;
. Fazer sair até a última gota de pasta de dente do tubo;
. Pegar garrafa Pet de Coca Cola (dois litros) para guardar água na geladeira;
Existe uma lista imensa... Eu acho que eu já fiz uns setenta por cento de qualquer uma destas listas, inclusive aproveitar a unha crescida do mindinho para tirar limpar o ouvido (UMA ou DUAS vezes na minha VIDA inteira). Hmmm... Acho que eu devo ter perdido alguns leitores do blog agora :-). Aliás, falando em amigos, vou mandar mais uns cartões postais hoje. Coisa de pobre é escrever e ficar com a mão (as duas mãos, na verdade) todas sujas de tinta.
E agora, estava eu na sala, vendo o canal de desenhos do Arthur e apreciando duas cadeiras de bar giratórias (sensacionais) que alguém de mudança deixou no "canto da reciclagem" (um lugar do lado do lixo, mas não dentro dele, onde você deixa as coisas que não são lixo, mas não quer mais), quando um barulho surge no banheiro. O Arthur, tomando banho, resolve soltar um peidinho e fica morrendo de rir com o barulho (e com as bolhas). Me deu uma luz, vou fazer uma lista de coisas "pobres" do Canadá. Vamos lá:
. Entrar com uma transferência estourada no ônibus (tipo, passou 40 minutos do tempo que você tinha) e ficar torcendo para o motorista não ligar;
. Pegar móveis usados que ninguém quer mais. Eu acho que senti vergonha disso nos dois primeiros minutos depois da sapateira. Depois que eu vi que a mesma está em BOM estado e que aqui isto é SUPER comum, achei super legal. A Soraya que é a exploradora. Vergonha de pegar, eu acho que sempre vou ter :-). Pois bem, hoje alguém mudou e deixou um tapete, duas cadeiras de bar (das boas), uma mesa de bar e dois banquinhos ao relento. Coitado deles. A Soraya pegou as cadeiras de bar... Na hora que eu sentei eu achei que a mesma estava mole, mas ela gira!!! Sensacional... Bom, estava secando o moleque quando eu vejo alguém entrando no prédio carregando um banquinho!!! Gente, é impressionante. O povo aqui é muito menos fresco do que no Brasil. Tem rede de lojas de roupas e eletrônicos usados. Muito legal;
. Hmmm... Que mais? Esperar o filme não ser mais lançamento para poder ficar sete dias? Colocar pilha no congelador, este eu nunca fiz (aqui, esta até que funciona, por uns cinco minutos)... Caramba, não lembro de mais nada. Vai ver que é porque aqui é primeiro mundo ou então porque a lista de coisas pobres do Brasil já cobre tudo!
. Ahan!!! Lembrei de mais uma. Ser pobre é pegar o lugar no trem onde dá para encostar a cabeça e ficar torcendo para o mesmo demorar um pouquinho mais paga chegar no trabalho, só para poder prolongar a soneca. Eu faço isso TODO dia, no trem E no ônibus.
Fui!
. Colocar Bombril na antena para melhorar a recepção (eu fazia isso quando eu era criança);
. Limpar ouvido com a pontinha da tampinha da caneta Bic;
. Ficar juntando sabonete para fazer uma meleca usável depois;
. Fazer sair até a última gota de pasta de dente do tubo;
. Pegar garrafa Pet de Coca Cola (dois litros) para guardar água na geladeira;
Existe uma lista imensa... Eu acho que eu já fiz uns setenta por cento de qualquer uma destas listas, inclusive aproveitar a unha crescida do mindinho para tirar limpar o ouvido (UMA ou DUAS vezes na minha VIDA inteira). Hmmm... Acho que eu devo ter perdido alguns leitores do blog agora :-). Aliás, falando em amigos, vou mandar mais uns cartões postais hoje. Coisa de pobre é escrever e ficar com a mão (as duas mãos, na verdade) todas sujas de tinta.
E agora, estava eu na sala, vendo o canal de desenhos do Arthur e apreciando duas cadeiras de bar giratórias (sensacionais) que alguém de mudança deixou no "canto da reciclagem" (um lugar do lado do lixo, mas não dentro dele, onde você deixa as coisas que não são lixo, mas não quer mais), quando um barulho surge no banheiro. O Arthur, tomando banho, resolve soltar um peidinho e fica morrendo de rir com o barulho (e com as bolhas). Me deu uma luz, vou fazer uma lista de coisas "pobres" do Canadá. Vamos lá:
. Entrar com uma transferência estourada no ônibus (tipo, passou 40 minutos do tempo que você tinha) e ficar torcendo para o motorista não ligar;
. Pegar móveis usados que ninguém quer mais. Eu acho que senti vergonha disso nos dois primeiros minutos depois da sapateira. Depois que eu vi que a mesma está em BOM estado e que aqui isto é SUPER comum, achei super legal. A Soraya que é a exploradora. Vergonha de pegar, eu acho que sempre vou ter :-). Pois bem, hoje alguém mudou e deixou um tapete, duas cadeiras de bar (das boas), uma mesa de bar e dois banquinhos ao relento. Coitado deles. A Soraya pegou as cadeiras de bar... Na hora que eu sentei eu achei que a mesma estava mole, mas ela gira!!! Sensacional... Bom, estava secando o moleque quando eu vejo alguém entrando no prédio carregando um banquinho!!! Gente, é impressionante. O povo aqui é muito menos fresco do que no Brasil. Tem rede de lojas de roupas e eletrônicos usados. Muito legal;
. Hmmm... Que mais? Esperar o filme não ser mais lançamento para poder ficar sete dias? Colocar pilha no congelador, este eu nunca fiz (aqui, esta até que funciona, por uns cinco minutos)... Caramba, não lembro de mais nada. Vai ver que é porque aqui é primeiro mundo ou então porque a lista de coisas pobres do Brasil já cobre tudo!
. Ahan!!! Lembrei de mais uma. Ser pobre é pegar o lugar no trem onde dá para encostar a cabeça e ficar torcendo para o mesmo demorar um pouquinho mais paga chegar no trabalho, só para poder prolongar a soneca. Eu faço isso TODO dia, no trem E no ônibus.
Fui!
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
From Friday Evening to Saturday Afternoon we expect less than 1mm of rain.
Maldito tempo, não podia ouvir a previsão?
Adicionando...
Vou ter que esperar mais para ver a neve. Previsão do tempo em Calgary é algo totalmente não confiável porque as montanhas ficam muito perto daqui, e eu não sei se elas são um portal dimensional para outros climas, só sei que o mesmo é altamente instável.
Assim sendo, só sei que parece que hoje não neva. Talves chova. Mas estamos em Calgary, a 50 quilometros das Montanhas Rochosas, perto do Círculo Polar Ártico, sujeita ao Chinook, então, VAI SABER...
Adicionando...
Vou ter que esperar mais para ver a neve. Previsão do tempo em Calgary é algo totalmente não confiável porque as montanhas ficam muito perto daqui, e eu não sei se elas são um portal dimensional para outros climas, só sei que o mesmo é altamente instável.
Assim sendo, só sei que parece que hoje não neva. Talves chova. Mas estamos em Calgary, a 50 quilometros das Montanhas Rochosas, perto do Círculo Polar Ártico, sujeita ao Chinook, então, VAI SABER...
E hoje, será que neva de novo?
Dizem que hoje à noite teremos DOIS centímetros de neve. Para mim qualquer coisa é MUITA neve, nem que seja duas da manhã vou me encapotar inteiro e ficar que nem um bobo do lado de fora de casa tentando comer a neve que cai.
Em homenagem à neve, coloco aqui um texto que circula na Internet há longa data:
Pennsylvania - Isto é que é vida
Agosto 12
Hoje me mudei para minha nova casa no estado da Pennsylvania. Que paz! Tudo aqui é tão bonito. As montanhas são tão majestosas. Quase que não posso esperar para vê-las cobertas de neve. Que bom haver deixado para trás o calor, a umidade, o tráfego, a violência, as enchentes, a poluição e aqueles brasileiros mal-educados de São Paulo. Isto sim que é vida!
Outubro 14
Pennsylvania é o lugar mais bonito que já vi em minha vida. As folhas passaram por todos os tons de cor entre o vermelho e o laranja. Que bom ter as quatro estações. Saímos a passear pelos bosques e pela primeira vez vi um cervo. São tão ágeis, tão elegantes, é um dos animais mais vistosos que jamais vi. Isto deve ser o paraíso. Espero que neve logo. Isto sim é que é vida!
Novembro 11
Logo começará a temporada de caça aos cervos. Não posso imaginar como alguém pode matar uma dessas criaturas de Deus. Já chegou o inverno. Espero que neve logo. Isto sim é que é vida!
Dezembro 2
Ontem à noite nevou. Despertei e encontrei tudo coberto de uma camada branca. Parece um cartão postal... uma foto. Saí a tirar a neve dos degraus e a passar a pá na entrada. Rolei nela e logo tive uma batalha de bolas de neve com os vizinhos (eu ganhei) e quando a niveladora de neve passou, tive que voltar a passar a pá. Que bonita a neve. Parecem bolas de algodão espalhadas por todos os lados. Que lugar tão bonito! Pennsylvania sim é que é vida!
Dezembro 12
Ontem à noite voltou a nevar. Que encanto. A niveladora voltou a sujar a entrada, mas bom... que vamos fazer, de todas maneiras. Isto sim é que é vida!
Dezembro 19
Ontem à noite nevou outra vez. Não pude limpar a entrada por completo porque antes que acabasse, já havia passado a niveladora, assim hoje não pude ir ao trabalho. Estou um pouco cansado de passar a pá nessa neve. Droga de niveladora! Mas, que vida!
Dezembro 22
Ontem à noite voltou a cair neve... Tenho as mãos cheias de calos por causa da pá. Creio que a niveladora me vigia desde a esquina e espera que eu acabe de tirar a neve com a pá para passar. Vá pra puta que pariu!
Dezembro 25
Feliz Natal branco, mas branco de verdade, porque está cheio de merda branca. Viado! Se pego o filho da puta que dirige esta niveladora, te juro que o mato. Não entendo porque não usam mais sal nas ruas para que se derreta mais rápido este gelo de merda.
Dezembro 27
Ontem à noite ainda caiu mais dessa merda branca. Já são três dias direto que não saio. Nada mais faço senão passar a pá na neve depois que passa a bosta da niveladora. Não posso ir a lugar algum. O carro está enterrado debaixo de uma montanha de merda branca. O noticiário disse que esta noite vai cair umas 10 polegadas a mais de neve. Não posso acreditar!
Dezembro 28
O idiota do noticiário se equivocou outra vez. Não foram 10 polegadas de neve... caíram 34 polegadas mais dessa merda! Vai tomar no cu! Seguindo assim, a neve não se derreterá nem no verão. Agora resulta que a niveladora quebrou perto daqui e o filho da puta do motorista veio me pedir uma pá. Que descarado ! Disse-lhe que já tinha quebrado 6 pás limpando a merda que ele me havia deixado diariamente. Assim, quebrei a pá na cabeça daquele imbecil. Que bosta. Que saco, Que caralho!
Janeiro 4
Ao fim hoje pude sair de casa. Fui buscar comida e um cervo de merda se meteu diante do carro e o atropelei. Caralho! O conserto do carro vai me sair uns três mil dólares. Estes animais de merda deviam ser envenenados. Oxalá os caçadores tivessem acabado com eles o ano passado. A temporada de caça deveria durar o ano inteiro.
Março 15
Escorreguei no gelo que ainda há nesta puta cidade e quebrei uma perna. Ontem à noite sonhei estar sob uma palmeira.
Maio 3
Quando me tiraram o gesso, levei o carro ao mecânico. Ele disse que o assoalho estava todo enferrujado por baixo por culpa do sal de merda que jogaram na ruas. Será que esses cornos não têm outra forma de derreter o gelo?
Maio 10
Mudei-me outra vez para São Paulo. Isto sim que é vida! Que delicia! Calor, umidade, tráfego, violência, enchente, poluição e falta de educação. A verdade é que qualquer um que imagine morar nessa Pennsylvania de merda tão solitária e fria é um retardado... ou viado, ou deve estar louco! Isto sim é que é vida!!!
Em homenagem à neve, coloco aqui um texto que circula na Internet há longa data:
Pennsylvania - Isto é que é vida
Agosto 12
Hoje me mudei para minha nova casa no estado da Pennsylvania. Que paz! Tudo aqui é tão bonito. As montanhas são tão majestosas. Quase que não posso esperar para vê-las cobertas de neve. Que bom haver deixado para trás o calor, a umidade, o tráfego, a violência, as enchentes, a poluição e aqueles brasileiros mal-educados de São Paulo. Isto sim que é vida!
Outubro 14
Pennsylvania é o lugar mais bonito que já vi em minha vida. As folhas passaram por todos os tons de cor entre o vermelho e o laranja. Que bom ter as quatro estações. Saímos a passear pelos bosques e pela primeira vez vi um cervo. São tão ágeis, tão elegantes, é um dos animais mais vistosos que jamais vi. Isto deve ser o paraíso. Espero que neve logo. Isto sim é que é vida!
Novembro 11
Logo começará a temporada de caça aos cervos. Não posso imaginar como alguém pode matar uma dessas criaturas de Deus. Já chegou o inverno. Espero que neve logo. Isto sim é que é vida!
Dezembro 2
Ontem à noite nevou. Despertei e encontrei tudo coberto de uma camada branca. Parece um cartão postal... uma foto. Saí a tirar a neve dos degraus e a passar a pá na entrada. Rolei nela e logo tive uma batalha de bolas de neve com os vizinhos (eu ganhei) e quando a niveladora de neve passou, tive que voltar a passar a pá. Que bonita a neve. Parecem bolas de algodão espalhadas por todos os lados. Que lugar tão bonito! Pennsylvania sim é que é vida!
Dezembro 12
Ontem à noite voltou a nevar. Que encanto. A niveladora voltou a sujar a entrada, mas bom... que vamos fazer, de todas maneiras. Isto sim é que é vida!
Dezembro 19
Ontem à noite nevou outra vez. Não pude limpar a entrada por completo porque antes que acabasse, já havia passado a niveladora, assim hoje não pude ir ao trabalho. Estou um pouco cansado de passar a pá nessa neve. Droga de niveladora! Mas, que vida!
Dezembro 22
Ontem à noite voltou a cair neve... Tenho as mãos cheias de calos por causa da pá. Creio que a niveladora me vigia desde a esquina e espera que eu acabe de tirar a neve com a pá para passar. Vá pra puta que pariu!
Dezembro 25
Feliz Natal branco, mas branco de verdade, porque está cheio de merda branca. Viado! Se pego o filho da puta que dirige esta niveladora, te juro que o mato. Não entendo porque não usam mais sal nas ruas para que se derreta mais rápido este gelo de merda.
Dezembro 27
Ontem à noite ainda caiu mais dessa merda branca. Já são três dias direto que não saio. Nada mais faço senão passar a pá na neve depois que passa a bosta da niveladora. Não posso ir a lugar algum. O carro está enterrado debaixo de uma montanha de merda branca. O noticiário disse que esta noite vai cair umas 10 polegadas a mais de neve. Não posso acreditar!
Dezembro 28
O idiota do noticiário se equivocou outra vez. Não foram 10 polegadas de neve... caíram 34 polegadas mais dessa merda! Vai tomar no cu! Seguindo assim, a neve não se derreterá nem no verão. Agora resulta que a niveladora quebrou perto daqui e o filho da puta do motorista veio me pedir uma pá. Que descarado ! Disse-lhe que já tinha quebrado 6 pás limpando a merda que ele me havia deixado diariamente. Assim, quebrei a pá na cabeça daquele imbecil. Que bosta. Que saco, Que caralho!
Janeiro 4
Ao fim hoje pude sair de casa. Fui buscar comida e um cervo de merda se meteu diante do carro e o atropelei. Caralho! O conserto do carro vai me sair uns três mil dólares. Estes animais de merda deviam ser envenenados. Oxalá os caçadores tivessem acabado com eles o ano passado. A temporada de caça deveria durar o ano inteiro.
Março 15
Escorreguei no gelo que ainda há nesta puta cidade e quebrei uma perna. Ontem à noite sonhei estar sob uma palmeira.
Maio 3
Quando me tiraram o gesso, levei o carro ao mecânico. Ele disse que o assoalho estava todo enferrujado por baixo por culpa do sal de merda que jogaram na ruas. Será que esses cornos não têm outra forma de derreter o gelo?
Maio 10
Mudei-me outra vez para São Paulo. Isto sim que é vida! Que delicia! Calor, umidade, tráfego, violência, enchente, poluição e falta de educação. A verdade é que qualquer um que imagine morar nessa Pennsylvania de merda tão solitária e fria é um retardado... ou viado, ou deve estar louco! Isto sim é que é vida!!!
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
O Google está fazendo nove anos hoje
Eu acho que conheci o Google lá pelo ano 2000, quando ainda estava na COSIPA. Na época eu ainda estava acostumado a usar o Altavista, que era muito popular antes do Google aparecer na área. Quem me mostrou o Google foi um colega da COSIPA, o Eduardo Godinho, dizendo "este aqui é muito melhor, só tem a caixinha de busca, já traz o que você quer e pronto".
Eu de cara achei estranho, não sei quanto tempo eu demorei para começar a usar, acho que levou um ou dois anos para "mudar" a minha cabeça e também para perceber que os resultados trazidos pelo mesmo ainda eram muito superiores aos dos demais mecanismos de busca existentes na época.
Eu usava o Hotmail até alguns anos atrás. Mas então eu fiquei muito tempo sem acessar o mesmo e a conta foi desativada. Usei o E-Mail do UOL mas achava uma bosta. Até que uma amiga minha, a Regina, me mandou um convite para o Google Mail. Foda. Os caras "são foda". Minha esposa não gosta muito do GMail, mas ele virou meu único software de E-Mail. Pode puxar E-Mails de servidores POP, pode mandar E-Mails com remetentes diferentes, está disponível em qualquer lugar, e funciona. Funciona que é uma beleza.
E a Google Toolbar? E os Bookmarks (favoritos)? Quem costuma usar os favoritos do Internet Explorer ou do Firefox sabe que é um saco quando você troca de computador e esquece de exportar/ importar tudo. Lá, não, fica tudo em um servidor centralizado, se você estiver conectado à sua conta, todos os seus favoritos estarão disponíveis.
Fora as outras coisas que "viraram" Google (compradas por ele):
. Blogger;
. Google Groups - eu não lembro o nome do serviço antigo - estes "grupos" são para discussão de diversos temas na Internet, os famosos newsgroups - o que é muito popular para tirar dúvidas relacionadas à area de TI;
. Google Earth (sem palavras);
. O "Office" do Google;
. E mais algumas...
Eu não sei como seria o mundo hoje em dia sem Internet. E acho que, se o Google não tivesse aparecido, talvez o mundo para quem vive da Internet (como eu) fosse um pouco diferente. Esta é a minha página do "Google Accounts":
Nãrd, como a minha esposa diz...
Fui!!!
Coisas que fazem mais sentido aqui...
Roupa de Papai Noel:
Aqui faz sentido colocarem esta vestimenta toda no coitado do velhinho - dá dó quando você vê um papai noel com aquela roupa em pleno verão no meio da 25 de Março. Aliás tem um presente que o Arthur jura que foi o Papai Noel que deu para ele. Mas é só um também, o resto fui EU que dei, e não o Papai Noel, tudo bem que o MELHOR presente foi o dele. Danado, fica com a fama mas quem tem o trabalho são os pais.
Lembrei de um cara que vende algodão-doce na praia vestido de Teletubby. O coitado parece que pegou sarna, porque de pêlo mesmo que é bom só sobraram uns restos mortais.
Estações do ano:
Eu tenho um amigo no Brasil que tem um outro amigo que teve um filho, e comprou um daqueles livros que mostram a evolução do bebê. Para quem não tem filhos ou nunca viu um destes livros, algumas informações vem no seguinte formato (com CERTEZA está tudo ERRADO, é só para exemplificar):
. 3 semanas: vira a cabeça - acompanha um objeto em movimento;
. 6 semanas: vira o corpo;
...
. 30 semanas: assobia o Hino Brasileiro.
Pois bem, este amigo do meu amigo não acreditava no livro. Achava que não ia rolar, que era tudo invenção, cê tá doido, o moleque não vai fazer estas coisas, etc... Só sei que no fim da história, ele perguntou para o amigo alguns meses depois como o filho estava indo, e se o livro estava certo ou não. Ele só disse "cara, não é possível, o moleque LEU aquele livro".
É a mesma coisa aqui. Parece que alguém aperta um botão que diz "Ok, agora é Outono, vamos lá, folhas: amarelem e caiam fora, esquilos: comam e corram, frio: vá chegando". Em Vancouver, pelo que falam, o botão só contém "Ok, chuva: faça a festa, folhas: amarelem e vão embora". Impressionante. Onde eu morava a diferença era que uma época do ano era um pouco mais quente e chovia mais. No resto era um pouco mais frio e chovia menos. Aqui as estações são realmente mais definidas.
Eu ia escrever mais, mas agora eu preciso trabalhar.
Ah, sim, minha mãe conseguiu o visto!!! Agora ela pode vir visitar a gente e conhecer um pouco mais destas terras gélidas. Fui!
Aqui faz sentido colocarem esta vestimenta toda no coitado do velhinho - dá dó quando você vê um papai noel com aquela roupa em pleno verão no meio da 25 de Março. Aliás tem um presente que o Arthur jura que foi o Papai Noel que deu para ele. Mas é só um também, o resto fui EU que dei, e não o Papai Noel, tudo bem que o MELHOR presente foi o dele. Danado, fica com a fama mas quem tem o trabalho são os pais.
Lembrei de um cara que vende algodão-doce na praia vestido de Teletubby. O coitado parece que pegou sarna, porque de pêlo mesmo que é bom só sobraram uns restos mortais.
Estações do ano:
Eu tenho um amigo no Brasil que tem um outro amigo que teve um filho, e comprou um daqueles livros que mostram a evolução do bebê. Para quem não tem filhos ou nunca viu um destes livros, algumas informações vem no seguinte formato (com CERTEZA está tudo ERRADO, é só para exemplificar):
. 3 semanas: vira a cabeça - acompanha um objeto em movimento;
. 6 semanas: vira o corpo;
...
. 30 semanas: assobia o Hino Brasileiro.
Pois bem, este amigo do meu amigo não acreditava no livro. Achava que não ia rolar, que era tudo invenção, cê tá doido, o moleque não vai fazer estas coisas, etc... Só sei que no fim da história, ele perguntou para o amigo alguns meses depois como o filho estava indo, e se o livro estava certo ou não. Ele só disse "cara, não é possível, o moleque LEU aquele livro".
É a mesma coisa aqui. Parece que alguém aperta um botão que diz "Ok, agora é Outono, vamos lá, folhas: amarelem e caiam fora, esquilos: comam e corram, frio: vá chegando". Em Vancouver, pelo que falam, o botão só contém "Ok, chuva: faça a festa, folhas: amarelem e vão embora". Impressionante. Onde eu morava a diferença era que uma época do ano era um pouco mais quente e chovia mais. No resto era um pouco mais frio e chovia menos. Aqui as estações são realmente mais definidas.
Eu ia escrever mais, mas agora eu preciso trabalhar.
Ah, sim, minha mãe conseguiu o visto!!! Agora ela pode vir visitar a gente e conhecer um pouco mais destas terras gélidas. Fui!
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
E hoje...
Pela manhã eu fui no Consulado Americano. Peguei o ônibus número sete, que deveria ir até o consulado, estava em um sono gostoso embalado pelo ronco do motor do ônibus, quando o mesmo pára em um ponto distante umas três ou quatro quadras daonde eu deveria ir. É como se fosse uma parada "master", onde desce meio mundo e sobe outro. Eu torcendo para o ônibus ficar parado ali mais um pouco (para eu continuar meu sono), quando a motorista vira e me fala, "sir, this bus is out of service". Perdi os dois minutinhos adicionais, merda!
Vou camelando até o lugar que eu julgo ser o consulado, erro de quadra, mas acho o prédio. No térreo você fica em uma fila, uma mulher com cara de homem pergunta se você tem hora marcada (ela não tinha tanta cara de homem assim, mas fica melhor para efeitos dramáticos), te passa o detector de metais, me pergunta o que eu tenho de tão volumoso no bolso do casaco (meu gorro), e te manda para outra fila, a do elevador. O pessoal que estava atrás de mim veio sem hora marcada e foi despachado para casa.
Pega o elevador, vai para outra fila, tira o cinto, passa por um detector de metais, torce para não bipar, as suas coisas passam pelo Raio-X, tá tudo em cima (sensível o negócio, aparece até grampo de papel), ganha um número e espera em uma sala que parece sala de espera de hospital, até TV tem.
Na parede, dois tipos de posters:
. Venha conhecer o Estados Unidos!!! E dá-lhe propaganda de todos os estados, o Canyon, os quatro presidentes naquela pedra que eu não faço a menor idéia do nome;
. Mas não venha ilegalmente! Nem apresente visto ou passaporte falsos. Você vai preso e será permanentemente banido dos Estados Unidos.
Em resumo. Passei por cinco cabines diferentes, me perguntaram várias coisas: é casado, há quanto tempo está aqui, como conseguiu seu emprego, tem cartão da empresa (não tenho), tem holerith (a gente mal recebe o salário), tem crachá (eu perdi o meu, mas também era só uma chave eletrônica), se tem filhos, se eles estão aqui, blá blá blá. Acaba tudo e ele te entrega um papel, dizendo para voltar no dia seguinte... Mas não! Não acaba aqui. Tem uma maldita Taxa de Reciprocidade. Saio de lá, pego dinheiro, volto, pago os 63 dólares (60 US dollars), passo em um restaurante que tem uma lazanha horrorosa por sete dólares (e onde o patrão ensina Inglês aos seus empregados - vamos lá, tú vuen ti), pego o trem, venho para o trabalho morto por causa do resfriado.
Ê dia... Depois eu fui com um colega de trabalho comprar umas "drogas" (remédios) para o resfriado - depois de devidamente abastecido com a medicina Canadense, fomos à uma Tim Hortons comprar café para o povo. Lá tinha um cara sendo preso. Não sei o que rolou. Só sei que tinham seis policiais (três em um "camburão" e três de bicicletas), e também que o mané chutou a porta quando estava saindo e tomou um pito de um dos policiais. Acho que ele quebrou alguma coisa e foi preso. Vai saber.
Agora yo voy para mi hogar. Resfriado é dose, tudo cansa, tudo dói, o nariz fica imprestável, tosse, no meu caso sempre vem tudo junto. Amanhã pelo menos eu tenho que sair mais cedo para ir no consulado Americano, tenho certeza que não vai levar mais do meia hora por lá. Até lá, estou sem meu querido Passaporte :-(.
Fui!
Vou camelando até o lugar que eu julgo ser o consulado, erro de quadra, mas acho o prédio. No térreo você fica em uma fila, uma mulher com cara de homem pergunta se você tem hora marcada (ela não tinha tanta cara de homem assim, mas fica melhor para efeitos dramáticos), te passa o detector de metais, me pergunta o que eu tenho de tão volumoso no bolso do casaco (meu gorro), e te manda para outra fila, a do elevador. O pessoal que estava atrás de mim veio sem hora marcada e foi despachado para casa.
Pega o elevador, vai para outra fila, tira o cinto, passa por um detector de metais, torce para não bipar, as suas coisas passam pelo Raio-X, tá tudo em cima (sensível o negócio, aparece até grampo de papel), ganha um número e espera em uma sala que parece sala de espera de hospital, até TV tem.
Na parede, dois tipos de posters:
. Venha conhecer o Estados Unidos!!! E dá-lhe propaganda de todos os estados, o Canyon, os quatro presidentes naquela pedra que eu não faço a menor idéia do nome;
. Mas não venha ilegalmente! Nem apresente visto ou passaporte falsos. Você vai preso e será permanentemente banido dos Estados Unidos.
Em resumo. Passei por cinco cabines diferentes, me perguntaram várias coisas: é casado, há quanto tempo está aqui, como conseguiu seu emprego, tem cartão da empresa (não tenho), tem holerith (a gente mal recebe o salário), tem crachá (eu perdi o meu, mas também era só uma chave eletrônica), se tem filhos, se eles estão aqui, blá blá blá. Acaba tudo e ele te entrega um papel, dizendo para voltar no dia seguinte... Mas não! Não acaba aqui. Tem uma maldita Taxa de Reciprocidade. Saio de lá, pego dinheiro, volto, pago os 63 dólares (60 US dollars), passo em um restaurante que tem uma lazanha horrorosa por sete dólares (e onde o patrão ensina Inglês aos seus empregados - vamos lá, tú vuen ti), pego o trem, venho para o trabalho morto por causa do resfriado.
Ê dia... Depois eu fui com um colega de trabalho comprar umas "drogas" (remédios) para o resfriado - depois de devidamente abastecido com a medicina Canadense, fomos à uma Tim Hortons comprar café para o povo. Lá tinha um cara sendo preso. Não sei o que rolou. Só sei que tinham seis policiais (três em um "camburão" e três de bicicletas), e também que o mané chutou a porta quando estava saindo e tomou um pito de um dos policiais. Acho que ele quebrou alguma coisa e foi preso. Vai saber.
Agora yo voy para mi hogar. Resfriado é dose, tudo cansa, tudo dói, o nariz fica imprestável, tosse, no meu caso sempre vem tudo junto. Amanhã pelo menos eu tenho que sair mais cedo para ir no consulado Americano, tenho certeza que não vai levar mais do meia hora por lá. Até lá, estou sem meu querido Passaporte :-(.
Fui!
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Meu brimeiro resfriado
Estava me gabando de não ter ficado doente aqui ainda, mas alegria de bobre bura pouco. Debois dos brês graus negativos de ontem, aqui estou eu, resfriado. Eu vou embora daqui a pouco, mas antes tenho que pagar 21 dólares pelas fotos tamanho passaporte, porque...
... amanhã vou no consulado Americano pegar o visto B1/B2 (Business and Pleasure), ou melhor, tentar pegar o visto, porque nada garante que eu vá conseguir (embora nada também digue que eu não vá). Já imprimi tudo que é papel, paguei os cem Dólares Americanos requeridos (exatamente 102.50 Dólares Canadenses) e vou fazer uma macumba braba hoje para não pegar o bicho ruim do guichê quatro (é o que dizem).
Agora vou para casa mesmo. Pegar uma carona até o trem. Antes, uma curta. Estava eu voltando para o trabalho depois de pagar a taxa no banco quando me pára um carro daqueles modelos americanos "tiozinho que parou no tempo", para pedir informação. Quando o cidadão abre o vidro, é um cara com a cara pintada no estilo Kiss:
Ele queria saber onde ficava uma tal de Auto-Ladies, Auto-Land ou qualquer coisa do tipo. Eu não tinha a menor idéia de onde ficava e disse "Sorry", ele disse "No Problem, SIR", e foi embora.
Sem nexo. Como muitas coisas que acontecem nesta cidade doida.
Fui!!!
... amanhã vou no consulado Americano pegar o visto B1/B2 (Business and Pleasure), ou melhor, tentar pegar o visto, porque nada garante que eu vá conseguir (embora nada também digue que eu não vá). Já imprimi tudo que é papel, paguei os cem Dólares Americanos requeridos (exatamente 102.50 Dólares Canadenses) e vou fazer uma macumba braba hoje para não pegar o bicho ruim do guichê quatro (é o que dizem).
Agora vou para casa mesmo. Pegar uma carona até o trem. Antes, uma curta. Estava eu voltando para o trabalho depois de pagar a taxa no banco quando me pára um carro daqueles modelos americanos "tiozinho que parou no tempo", para pedir informação. Quando o cidadão abre o vidro, é um cara com a cara pintada no estilo Kiss:
Ele queria saber onde ficava uma tal de Auto-Ladies, Auto-Land ou qualquer coisa do tipo. Eu não tinha a menor idéia de onde ficava e disse "Sorry", ele disse "No Problem, SIR", e foi embora.
Sem nexo. Como muitas coisas que acontecem nesta cidade doida.
Fui!!!
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Blog novo da Soraya!!!
A Soraya agora é gente grande e já tem blog novo, agora é decente, quinem o meu, e não aquele Windows Live tosco!!!
Confiram aqui.
Confiram aqui.
Ice age
Hoje eu acordei às sete e quinze da manhã com o nariz meio estranho. Acho que eu vou precisar comprar o umidificador de ar logo, pois o ar aqui em Calgary já é seco e, com o aquecimento ligado, a situação só piora.
Tomei meu banhão matinal e fui checar a temperatura da cidade. -3.4 graus com Frost, o que, pela definição da Wikipedia, corresponde à uma geada. Acho que foi a primeira vez na minha vida que eu vi uma geada. Também foi a primeira vez na minha vida que eu acredito ter encarado uma temperatura negativa. Até então, a temperatura mais baixa foi exatamente zero (grau ou graus?), registrada por um termômetro público na cidade de Curitiba, às seis horas da manhã, depois de viajar por seis horas na Regis Bittencourt sobre chuva forte e um frio abominável (eu tinha que ligar o ar-condicionado a cada dez minutos para o vidro não embaçar). E eu ainda por cima dormi no fim da viagem (eu era o motorista), mas graças ao nosso governo o acostamento era em desnível e eu acordei quando o carro desceu para o mesmo. E também, graças ao fato de ser cinco e meia da manhã, quando eu percebi o que aconteceu não dei uma guinada para o meio da pista, mas sim voltei vagarosamente, o que é a reação recomendada para o caso.
Perdi o foco para variar... Voltando à hoje, me encapotei inteiro e saí de casa... Na hora não vi nenhum gelo no chão e pensei "que merda, perdi o gelo de novo", mas eis que eu vejo um carro com os vidros branquinhos, branquinhos. Gelo! Outro carro coberto de gelo. E outro. E logo percebo que TODOS os carros estão assim. Vejo também uma mulher raspando o pára-brisa para poder dirigir (lembrei da história do Kerry jogando água quente para derreter o gelo - estava tão frio que a água congelava de novo e a situação só piorava).
Pego o ônibus. Passo por um campo de futebol BRANCO, parecia que tinha nevado. Não sei porque estava mais branco do que o resto. Mas estava branquinho, branquinho. Todo mundo encapotado. Hoje eu percebi que o povo aqui passa frio também. No ponto tinha um pessoal bem encolhido, acho que eles não saíram tão agasalhados quanto o bonitão aqui. Eu, hein, acabei de sair de Santos, onde se coloca cachecol com quinze graus, eu é que não vou me arriscar com menos roupa do que eu acho necessário. Sempre saio com um pouco mais do que seria adequado, mas sempre fico quentinho :-).
Agora esquentou. Sete graus no almoço. Nunca imaginei que ia dizer isso, mas achei quentinho. Brincadeira. Achar sete graus uma temperatura agradável, só aqui mesmo. Ice Age está começando, daqui a quinze dias o gelo não vai mais derreter tão facilmente, e em vinte dias deve começar a nevar para valer.
Fui!
Tomei meu banhão matinal e fui checar a temperatura da cidade. -3.4 graus com Frost, o que, pela definição da Wikipedia, corresponde à uma geada. Acho que foi a primeira vez na minha vida que eu vi uma geada. Também foi a primeira vez na minha vida que eu acredito ter encarado uma temperatura negativa. Até então, a temperatura mais baixa foi exatamente zero (grau ou graus?), registrada por um termômetro público na cidade de Curitiba, às seis horas da manhã, depois de viajar por seis horas na Regis Bittencourt sobre chuva forte e um frio abominável (eu tinha que ligar o ar-condicionado a cada dez minutos para o vidro não embaçar). E eu ainda por cima dormi no fim da viagem (eu era o motorista), mas graças ao nosso governo o acostamento era em desnível e eu acordei quando o carro desceu para o mesmo. E também, graças ao fato de ser cinco e meia da manhã, quando eu percebi o que aconteceu não dei uma guinada para o meio da pista, mas sim voltei vagarosamente, o que é a reação recomendada para o caso.
Perdi o foco para variar... Voltando à hoje, me encapotei inteiro e saí de casa... Na hora não vi nenhum gelo no chão e pensei "que merda, perdi o gelo de novo", mas eis que eu vejo um carro com os vidros branquinhos, branquinhos. Gelo! Outro carro coberto de gelo. E outro. E logo percebo que TODOS os carros estão assim. Vejo também uma mulher raspando o pára-brisa para poder dirigir (lembrei da história do Kerry jogando água quente para derreter o gelo - estava tão frio que a água congelava de novo e a situação só piorava).
Pego o ônibus. Passo por um campo de futebol BRANCO, parecia que tinha nevado. Não sei porque estava mais branco do que o resto. Mas estava branquinho, branquinho. Todo mundo encapotado. Hoje eu percebi que o povo aqui passa frio também. No ponto tinha um pessoal bem encolhido, acho que eles não saíram tão agasalhados quanto o bonitão aqui. Eu, hein, acabei de sair de Santos, onde se coloca cachecol com quinze graus, eu é que não vou me arriscar com menos roupa do que eu acho necessário. Sempre saio com um pouco mais do que seria adequado, mas sempre fico quentinho :-).
Agora esquentou. Sete graus no almoço. Nunca imaginei que ia dizer isso, mas achei quentinho. Brincadeira. Achar sete graus uma temperatura agradável, só aqui mesmo. Ice Age está começando, daqui a quinze dias o gelo não vai mais derreter tão facilmente, e em vinte dias deve começar a nevar para valer.
Fui!
domingo, 23 de setembro de 2007
Kamikaze!
Olha o Arthur Kamikaze atacando:
Olha o Arthur Kamikaze tomando sorvete e o nosso porta-sapato:
Este esquilo aí embaixo é praticamente de estimação. Ele não tem medo do Arthur (ele fica da janela, do lado de fora, encarando o Arthur, que está do lado de dentro, a menos de uns 15 centímetros do danado). Olha o danado aí:
(parte 1, no galho, encarando)
(parte 2, escalando)
Na sexta-feira, eu acho, a Soraya conseguiu fazer o Arthur escrever o nome dele. Já é hora e a escolinha também está pedindo para a gente estimular a escrita dele. Olha aí embaixo:
(a letra dele está quase tão boa quanto a minha)
E chegou o Outono!!!
... e a vizinhança já está ficando meio amarela:
Bom. Vou tirar a roupa da secadora. As demais fotos estão aqui. Fui!!!
Olha o Arthur Kamikaze tomando sorvete e o nosso porta-sapato:
Este esquilo aí embaixo é praticamente de estimação. Ele não tem medo do Arthur (ele fica da janela, do lado de fora, encarando o Arthur, que está do lado de dentro, a menos de uns 15 centímetros do danado). Olha o danado aí:
(parte 1, no galho, encarando)
(parte 2, escalando)
Na sexta-feira, eu acho, a Soraya conseguiu fazer o Arthur escrever o nome dele. Já é hora e a escolinha também está pedindo para a gente estimular a escrita dele. Olha aí embaixo:
(a letra dele está quase tão boa quanto a minha)
E chegou o Outono!!!
... e a vizinhança já está ficando meio amarela:
Bom. Vou tirar a roupa da secadora. As demais fotos estão aqui. Fui!!!
Televisão, locadoras e cartões-postais
O esquema da nossa vídeo-locadora aqui no Canadá é alugar filmes que já não são mais lançamentos. Você pode alugar seis filmes por quinze dólares e só devolver depois de uma semana. A locação de um lançamento custa CAD 5,50 e você só pode ficar por dois dias (aluga Sexta-feira e devolve no Domingo). A gente escolheu a Rogers porque eles não precisavam de DOIS documentos de identificação com foto nem de TRÊS comprovantes de endereço, ao contrário da Blockbuster (Ok, se eu tivesse um cartão de crédito, não iria precisar apresentar tantos documentos).
É engraçado porque aqui os filmes costumam sair em DVD um ou dois meses antes do Brasil. A não ser que o filme seja Europeu, porque aí dá tudo na mesma. Whatever. A locadora aqui é importante pelos seguintes motivos:
. A programação da TV aqui é uma bosta. Dêem uma olhada aqui (esta é a grade para o meu plano e para o lugar onde eu moro). A coisa boa é que pelo menos amanhã volta Heroes, e a gente vai poder ver antes de todo mundo :-);
. O controle remoto da minha TV está desaparecido. A TV foi emprestada pelo pessoal do trabalho e veio sem este minúsculo (mas essencial) acessório. Pior de tudo é que, quando o cara da TV a cabo veio fazer a instalação da mesma, ele deixou um Controle Remoto Universal com a gente. O danado faz tudo que é possível com a TV, ou seja, controla volume, brilho, blá, blá, blá, mas não muda a p* do canal;
. Uma semana para ficar com os filmes é um prazo bem interessante;
. O filme normalmente vem legendado.
Ou seja, ver filmes no DVD é o esquema. Ainda mais que aqui não tem a Veja nem a Rolling Stone (eu vou assinar a Veja logo, logo).
E, ontem, ao sair da locadora, a gente passou em uma banca internacional e conseguimos achar os cartões postais que a gente tanto queria. Um bloco com doze cartões postais daqui de Calgary por um preço honesto. E eles também vendem os selos!!! Maravilha. Estamos mandando vários cartões hoje e vamos mandar mais alguns assim que a gente conseguir os endereços remanescentes. A gente tem mais umas coisas para mandar para o Brasil também, eu só preciso descobrir o preço para enviar revistas e itens maiores com baixa prioridade.
Agora na TV está passando o comercial de um banco daqui, o Ing Direct. O cara tem um belo de um sotaque Inglês. Quando ele está aqui em Calgary, a imagem mostra o cidadão em um elevador panorâmico subindo um prédio no centro da cidade (um prédio enorme, diga-se de passagem). Agora ele estava à beira-mar com um guarda-chuva. Nem precisa conhecer muito o Canadá para saber que ele está em Vancouver, onde nunca fica muito frio mas chove a maior parte do ano (mais do que em Santos).
Agora a gente vai encarar os seis graus aí do lado de fora e vamos até o 7-11 que tem aqui perto para colocar algumas correspondências no correio.
Fui!
Tchau, amigos!!!
É engraçado porque aqui os filmes costumam sair em DVD um ou dois meses antes do Brasil. A não ser que o filme seja Europeu, porque aí dá tudo na mesma. Whatever. A locadora aqui é importante pelos seguintes motivos:
. A programação da TV aqui é uma bosta. Dêem uma olhada aqui (esta é a grade para o meu plano e para o lugar onde eu moro). A coisa boa é que pelo menos amanhã volta Heroes, e a gente vai poder ver antes de todo mundo :-);
. O controle remoto da minha TV está desaparecido. A TV foi emprestada pelo pessoal do trabalho e veio sem este minúsculo (mas essencial) acessório. Pior de tudo é que, quando o cara da TV a cabo veio fazer a instalação da mesma, ele deixou um Controle Remoto Universal com a gente. O danado faz tudo que é possível com a TV, ou seja, controla volume, brilho, blá, blá, blá, mas não muda a p* do canal;
. Uma semana para ficar com os filmes é um prazo bem interessante;
. O filme normalmente vem legendado.
Ou seja, ver filmes no DVD é o esquema. Ainda mais que aqui não tem a Veja nem a Rolling Stone (eu vou assinar a Veja logo, logo).
E, ontem, ao sair da locadora, a gente passou em uma banca internacional e conseguimos achar os cartões postais que a gente tanto queria. Um bloco com doze cartões postais daqui de Calgary por um preço honesto. E eles também vendem os selos!!! Maravilha. Estamos mandando vários cartões hoje e vamos mandar mais alguns assim que a gente conseguir os endereços remanescentes. A gente tem mais umas coisas para mandar para o Brasil também, eu só preciso descobrir o preço para enviar revistas e itens maiores com baixa prioridade.
Agora na TV está passando o comercial de um banco daqui, o Ing Direct. O cara tem um belo de um sotaque Inglês. Quando ele está aqui em Calgary, a imagem mostra o cidadão em um elevador panorâmico subindo um prédio no centro da cidade (um prédio enorme, diga-se de passagem). Agora ele estava à beira-mar com um guarda-chuva. Nem precisa conhecer muito o Canadá para saber que ele está em Vancouver, onde nunca fica muito frio mas chove a maior parte do ano (mais do que em Santos).
Agora a gente vai encarar os seis graus aí do lado de fora e vamos até o 7-11 que tem aqui perto para colocar algumas correspondências no correio.
Fui!
Tchau, amigos!!!
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Mais um final de semana aqui na terrinha
Hoje é aniversário do meu Pai, vou ligar para ele quando chegar em casa.
E, por coincidência, meu pai faz Aniversário na virada Inverno/ Primavera no Hemisfério Sul e Verão/ Outono no Hemisfério Norte.
Pois é, o Verão está acabando. Na minha opinião, já acabou. Hoje de manhã o pessoal que vem de carro teve que raspar o gelo do pára-brisa do carro antes de sair de casa. Terça-feira nevou. Eu estou usando duas calças desde ontem porque na quarta-feira eu cheguei no trabalho com a perna "adormecida" por causa do frio.
O meu kit básico de combate ao frio agora inclui:
. Um gorro;
. Um cachecol (não é bem um cachecol. Sabe aqueles gorros que vão até o pescoço? Seria como se fosse só a parte do pescoço);
. Luvas, mas eu não uso muito e não vim com elas hoje;
. Duas calças. Uma de moletom por baixo e outra normal por cima;
. Uma camiseta, uma blusa de frio e um casaco por cima de tudo;
. Um tênis-bota.
O Arthur está indo encapotado para a escola também. De manhã é beeem frio aqui. Quero ver quando ficar frio para valer, de Janeiro a Fevereiro, quando a temperatura máxima média é abaixo de zero.
Falando no moleque, ele está uma figura. Continua adorando trens, está adorando a escola, aprendendo um pouquinho de Inglês todo dia, sempre que eu chego em casa vem correndo pelo corredor para me dar um abraço (como ele sempre fez em São Paulo e em Santos), e agora inventou de mexer no computador. Já está vendo jogos no Discovery Kids, Disney Channel e o canal de desenhos daqui, o Tree House. Eu nunca achei que isto fosse acontecer, mas a gente vai precisar ter dois computadores em casa logo, logo.
Sempre que a gente vê um carro na rua ele me diz "papai, compra aquele carro", e eu digo que não dá, por causa do dinheiro, e ele me diz que me dá as moedas do cofrinho dele. E ele também não quer carrinho, ele só fala isso quando vê aquelas Pickups enormes que o povo tem aqui.
A gente achou que o Arthur fosse sentir mais a mudança. Mas a verdade é que ele está gostando muito também. De vez em quando ele fala de alguém, mas ele nunca ficou triste por causa da distância, o que é ótimo. Ele sentiu mesmo foi quando eu fui embora do Brasil, na hora que a gente se abraçou ele nem se importou, acho que ele só foi se tocar mesmo quando eles estavam indo para Santos, dizendo para a Soraya que "meu melhor amigo foi embora, buáááá". Mas passou, agora estamos todos juntos. Eu também chorei que nem uma criança depois de 24 horas acordados, sozinho em um quarto do hotel em uma cidade estranha, na primeira vez que falei com ele, "papai, estou com saudades, quero ir para aí logo". O primeiro dia foi MUITO ruim. Depois melhorou MUITO, mas o primeiro dia é uma bosta.
Eu nem conseguia ligar a ducha na banheira. Buááá, que merda, estou aqui neste fim de mundo, chovendo pra cacete (uma das maiores chuvas que caiu nesta terra nos últimos anos aconteceu no dia em que eu coloquei meus pés aqui), a TV é uma droga e eu nem consigo tomar banho como eu quero.
Aí eu dormi e vi que o que eu precisava mesmo era dormir. É impressionante a importância de uma criança na vida da gente, ainda mais em uma família bem unida, como a nossa. É difícil ficar separado pelo tempo que a gente ficou, e eu nunca mais pretendo fazer isso e, se fizer, não vai ser por quatro semanas a fio, como aconteceu.
Bom, vou trabalhar. Hoje já fiz bastante coisas aqui. Vou fazer mais ainda.
Abraços, amigos! Fui!!!
E, por coincidência, meu pai faz Aniversário na virada Inverno/ Primavera no Hemisfério Sul e Verão/ Outono no Hemisfério Norte.
Pois é, o Verão está acabando. Na minha opinião, já acabou. Hoje de manhã o pessoal que vem de carro teve que raspar o gelo do pára-brisa do carro antes de sair de casa. Terça-feira nevou. Eu estou usando duas calças desde ontem porque na quarta-feira eu cheguei no trabalho com a perna "adormecida" por causa do frio.
O meu kit básico de combate ao frio agora inclui:
. Um gorro;
. Um cachecol (não é bem um cachecol. Sabe aqueles gorros que vão até o pescoço? Seria como se fosse só a parte do pescoço);
. Luvas, mas eu não uso muito e não vim com elas hoje;
. Duas calças. Uma de moletom por baixo e outra normal por cima;
. Uma camiseta, uma blusa de frio e um casaco por cima de tudo;
. Um tênis-bota.
O Arthur está indo encapotado para a escola também. De manhã é beeem frio aqui. Quero ver quando ficar frio para valer, de Janeiro a Fevereiro, quando a temperatura máxima média é abaixo de zero.
Falando no moleque, ele está uma figura. Continua adorando trens, está adorando a escola, aprendendo um pouquinho de Inglês todo dia, sempre que eu chego em casa vem correndo pelo corredor para me dar um abraço (como ele sempre fez em São Paulo e em Santos), e agora inventou de mexer no computador. Já está vendo jogos no Discovery Kids, Disney Channel e o canal de desenhos daqui, o Tree House. Eu nunca achei que isto fosse acontecer, mas a gente vai precisar ter dois computadores em casa logo, logo.
Sempre que a gente vê um carro na rua ele me diz "papai, compra aquele carro", e eu digo que não dá, por causa do dinheiro, e ele me diz que me dá as moedas do cofrinho dele. E ele também não quer carrinho, ele só fala isso quando vê aquelas Pickups enormes que o povo tem aqui.
A gente achou que o Arthur fosse sentir mais a mudança. Mas a verdade é que ele está gostando muito também. De vez em quando ele fala de alguém, mas ele nunca ficou triste por causa da distância, o que é ótimo. Ele sentiu mesmo foi quando eu fui embora do Brasil, na hora que a gente se abraçou ele nem se importou, acho que ele só foi se tocar mesmo quando eles estavam indo para Santos, dizendo para a Soraya que "meu melhor amigo foi embora, buáááá". Mas passou, agora estamos todos juntos. Eu também chorei que nem uma criança depois de 24 horas acordados, sozinho em um quarto do hotel em uma cidade estranha, na primeira vez que falei com ele, "papai, estou com saudades, quero ir para aí logo". O primeiro dia foi MUITO ruim. Depois melhorou MUITO, mas o primeiro dia é uma bosta.
Eu nem conseguia ligar a ducha na banheira. Buááá, que merda, estou aqui neste fim de mundo, chovendo pra cacete (uma das maiores chuvas que caiu nesta terra nos últimos anos aconteceu no dia em que eu coloquei meus pés aqui), a TV é uma droga e eu nem consigo tomar banho como eu quero.
Aí eu dormi e vi que o que eu precisava mesmo era dormir. É impressionante a importância de uma criança na vida da gente, ainda mais em uma família bem unida, como a nossa. É difícil ficar separado pelo tempo que a gente ficou, e eu nunca mais pretendo fazer isso e, se fizer, não vai ser por quatro semanas a fio, como aconteceu.
Bom, vou trabalhar. Hoje já fiz bastante coisas aqui. Vou fazer mais ainda.
Abraços, amigos! Fui!!!
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Meu trabalho
Minha "carreira profissional":
> Quando eu tinha uns oito anos de idade a gente foi morar em Barra do Turvo (eu não acredito que a Wikipedia tem um artigo sobre a cidade), pois meu pai estava trabalhando por lá. A cidade é pequena, na época tinha 2000 habitantes, e para uma criança da minha idade era uma beleza. Tudo bem que tinha UMA avenida pavimentada, UMA praça e uma meia dúzia de bares, mas com um rio perto de casa eu não tinha muito do que reclamar. Nunca tive tanto Bicho do Pé na minha vida. Pois bem. Eu gostava de ficar "ajudando" o pessoal de um boteco que ficava perto de casa em troca de uns doces e refrigerantes de graça. Não lembro o que aconteceu, se eu fui expulso de lá algum dia ou se eu só cansei de ir, mas foi a primeira vez que eu ganhei alguma coisa pelo meu trabalho;
> Em Caraguatatuba a gente costumava fazer Geladinho em casa, e eu ia vender na praia. Tudo bem que eu mais bebia do que vendia, mas também dava um trocadinho para comprar um Halls na banca da esquina;
. Quando eu tinha 13 anos eu virei Office-Boy do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caraguatatuba. Fiquei lá quatro meses. Ganhava meio Salário Mínimo. Gastava tudo em Halls e também com Caramelos, eu acho. Talvez eu tenha economizado um pouco para gastar com a bicicleta. Meu trabalho era, basicamente, ir no banco e também entregar a cobrança da mensalidade do Sindicato em lugares onde o ônibus não ia. O que eu lembro desta época: Bolacha Maria no escritório, Café sem vergonha e o banheiro mais nojento com o qual eu já tive que conviver. E, lógico, andar que nem um condenado;
> No final de 1997 eu fui trabalhar na Cosipa. Acho que na minha Carteira Profissional estava escrito "Assistente Técnico de Manutenção de Computadores", e era mais ou menos o que eu fazia. Ia na "área" (na fábrica mesmo, a gente ficava em um escritório separado), pegava um computador, levava para lavar o teclado (tecla a tecla), desmontava TUDO, lavava a carcaça do monitor, jogava ar na fonte e nas placas para tirar o pó, montava e levava de volta. Pouco a pouco consegui começar a fazer alguns sisteminhas para a automação industrial e quando eu saí de lá eu me considerava mais desenvolvedor do que técnico. Infelizmente, a minha carteira profissional nunca registraria tal mudança sem a conclusão do nível superior e eu tive que dizer adeus à Cosipa.
Coisas que eu lembro de lá:
. Comer que nem um peão de obra no refeitório industrial; Era bom, mas eu engordei na época;
. Da "área". Aquelas máquinas enormes que eu só tinha visto em documentários. O calor do aço derretido; O maldito cheiro de ácido em alguns lugares. E voltar para casa cheirando à óleo dependendo de onde eu passasse o dia;
. Do pessoal da empresa. Super gente boa. Indústria é todo mundo desencanado, pode não parecer, mas na minha opinião é um dos melhores lugares possíveis para se trabalhar;
> Saindo de lá fui para a Interchange. Foram seis meses entre o Céu e o Inferno. Foi o meu primeiro emprego em São Paulo, na Avenida Paulista, em uma empresa chique, acarpetada (só para você ver como era na Cosipa), com copinhos de água mineral na geladeira (olha só). Mas o trabalho em si era estressante. Eu era o último nível de suporte antes do desenvolvimento. Imagine você que teve a luz da sua casa cortada à 5 dias e está brigando com meio mundo para ter o seu problema resolvido. Você acaba com a raça de um coitado no suporte e este coitado chega sedendo de sangue para o último nível do suporte, ou seja, eu; Foram seis meses estressantes, pedi demissão e fui para a 7COMm;
> A 7COMm foi o meu primeiro emprego de verdade. Fiz coisas muito legais por lá, fiz amizades que duram até hoje, fui em vários lugares diferentes. Aqui meu trabalho foi "desenvolvimento de software", basicamente. Eu sei que eu tinha dado uma dica de que iria tentar explicar o que eu faço no dia-a-dia, talvez eu faça isso no final deste post, mas às vezes é meio complicado mesmo de explicar; Saí de lá porque me senti meio estagnado profissionalmente e fui para a Spring Wireless, mas só depois de três anos. Ou seja, a coisa deu realmente certo por lá. Eu era um cara respeitado pelo meu conhecimento e habilidade de resolver problemas, algo muito importante na nossa área;
> A Spring Wireless foi um capítulo à parte. Fui levado para lá por um grande amigo (como todos os grandes amigos, a gente se considera irmão), o Fabrício, e por lá fiz grandes amizades que duram até hoje. Profissionalmente e pessoalmente foi uma experiência extremamente positiva. Acho que nunca aprendi tanta coisa quanto eu aprendi por lá, era também extremamente respeitado pelos meus conhecimentos e habilidades para resolver as buchas que apareciam no meu colo, e podia dar palpites em como devia ser o desenvolvimento dos produtos que a gente fazia (na verdade era parte do meu trabalho). Saí de lá simplesmente porque queria vir para o Canadá. Na época que eu saí a nossa "relação" não andava às mil maravilhas, mas também estava longe de ser ruim. O bom é saber que as portas estão abertas e que se eu precisar voltar, é só pedir;
> Agora estou na GoLemur. Um capítulo à parte também. A pior parte do trabalho aqui é se sentir sem gerência (fora outras coisas que eu não vou comentar), mas o pessoal é super gente fina (foi uma boa introdução ao Canadá), o trabalho é desafiante (embora às vezes seja chato) e, como na Interchange, é o meu primeiro trabalho em um lugar novo.
E o que eu faço?
> Eu sou um Desenvolvedor Senior de softwares. A única coisa que todo mundo vai saber o que é, se eu falar, é que parte do meu trabalho envolve a criação e manutenção de WebSites na Internet. Normalmente, eu trabalho mais na parte de "trás" do que na parte "visual". Ou seja, eu conecto os pontinhos para permitir que todo aquele show aconteça;
> Acho que 98% de tudo o que eu fiz está acessível para nichos muito específicos. A GoLemur é uma empresa de mídia que tem o site aberto na Internet (aliás está feio, a gente vai dar uma revisada). Fiz muita coisa para bancos, como terceiro, e internamente para muitas empresas onde eu trabalhei;
> Se você é técnico, eu me considero Senior em C#, ASP.NET, Java, C++, programação Web em geral, SQL Server (Engine e TSQL), programação multi-camadas e multi-threading e em mais algumas coisas;
O engraçado deste Post é que eu não tinha a menor idéia do que eu ia escrever. Acho que eu só precisava escrever alguma coisa para retomar o trabalho, porque eu acabei de finalizar algo complicado e precisava dar uma relaxada na cabeça antes de matar o próximo leão. Sobre o trabalho, acho que quem se beneficia mais dele é você, e não a empresa para a qual você trabalha. Afinal, quem aprende coisas novas é você, a empresa fica com o resultado disso, mas quem pode fazer de novo é você.
Fui!
> Quando eu tinha uns oito anos de idade a gente foi morar em Barra do Turvo (eu não acredito que a Wikipedia tem um artigo sobre a cidade), pois meu pai estava trabalhando por lá. A cidade é pequena, na época tinha 2000 habitantes, e para uma criança da minha idade era uma beleza. Tudo bem que tinha UMA avenida pavimentada, UMA praça e uma meia dúzia de bares, mas com um rio perto de casa eu não tinha muito do que reclamar. Nunca tive tanto Bicho do Pé na minha vida. Pois bem. Eu gostava de ficar "ajudando" o pessoal de um boteco que ficava perto de casa em troca de uns doces e refrigerantes de graça. Não lembro o que aconteceu, se eu fui expulso de lá algum dia ou se eu só cansei de ir, mas foi a primeira vez que eu ganhei alguma coisa pelo meu trabalho;
> Em Caraguatatuba a gente costumava fazer Geladinho em casa, e eu ia vender na praia. Tudo bem que eu mais bebia do que vendia, mas também dava um trocadinho para comprar um Halls na banca da esquina;
. Quando eu tinha 13 anos eu virei Office-Boy do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caraguatatuba. Fiquei lá quatro meses. Ganhava meio Salário Mínimo. Gastava tudo em Halls e também com Caramelos, eu acho. Talvez eu tenha economizado um pouco para gastar com a bicicleta. Meu trabalho era, basicamente, ir no banco e também entregar a cobrança da mensalidade do Sindicato em lugares onde o ônibus não ia. O que eu lembro desta época: Bolacha Maria no escritório, Café sem vergonha e o banheiro mais nojento com o qual eu já tive que conviver. E, lógico, andar que nem um condenado;
> No final de 1997 eu fui trabalhar na Cosipa. Acho que na minha Carteira Profissional estava escrito "Assistente Técnico de Manutenção de Computadores", e era mais ou menos o que eu fazia. Ia na "área" (na fábrica mesmo, a gente ficava em um escritório separado), pegava um computador, levava para lavar o teclado (tecla a tecla), desmontava TUDO, lavava a carcaça do monitor, jogava ar na fonte e nas placas para tirar o pó, montava e levava de volta. Pouco a pouco consegui começar a fazer alguns sisteminhas para a automação industrial e quando eu saí de lá eu me considerava mais desenvolvedor do que técnico. Infelizmente, a minha carteira profissional nunca registraria tal mudança sem a conclusão do nível superior e eu tive que dizer adeus à Cosipa.
Coisas que eu lembro de lá:
. Comer que nem um peão de obra no refeitório industrial; Era bom, mas eu engordei na época;
. Da "área". Aquelas máquinas enormes que eu só tinha visto em documentários. O calor do aço derretido; O maldito cheiro de ácido em alguns lugares. E voltar para casa cheirando à óleo dependendo de onde eu passasse o dia;
. Do pessoal da empresa. Super gente boa. Indústria é todo mundo desencanado, pode não parecer, mas na minha opinião é um dos melhores lugares possíveis para se trabalhar;
> Saindo de lá fui para a Interchange. Foram seis meses entre o Céu e o Inferno. Foi o meu primeiro emprego em São Paulo, na Avenida Paulista, em uma empresa chique, acarpetada (só para você ver como era na Cosipa), com copinhos de água mineral na geladeira (olha só). Mas o trabalho em si era estressante. Eu era o último nível de suporte antes do desenvolvimento. Imagine você que teve a luz da sua casa cortada à 5 dias e está brigando com meio mundo para ter o seu problema resolvido. Você acaba com a raça de um coitado no suporte e este coitado chega sedendo de sangue para o último nível do suporte, ou seja, eu; Foram seis meses estressantes, pedi demissão e fui para a 7COMm;
> A 7COMm foi o meu primeiro emprego de verdade. Fiz coisas muito legais por lá, fiz amizades que duram até hoje, fui em vários lugares diferentes. Aqui meu trabalho foi "desenvolvimento de software", basicamente. Eu sei que eu tinha dado uma dica de que iria tentar explicar o que eu faço no dia-a-dia, talvez eu faça isso no final deste post, mas às vezes é meio complicado mesmo de explicar; Saí de lá porque me senti meio estagnado profissionalmente e fui para a Spring Wireless, mas só depois de três anos. Ou seja, a coisa deu realmente certo por lá. Eu era um cara respeitado pelo meu conhecimento e habilidade de resolver problemas, algo muito importante na nossa área;
> A Spring Wireless foi um capítulo à parte. Fui levado para lá por um grande amigo (como todos os grandes amigos, a gente se considera irmão), o Fabrício, e por lá fiz grandes amizades que duram até hoje. Profissionalmente e pessoalmente foi uma experiência extremamente positiva. Acho que nunca aprendi tanta coisa quanto eu aprendi por lá, era também extremamente respeitado pelos meus conhecimentos e habilidades para resolver as buchas que apareciam no meu colo, e podia dar palpites em como devia ser o desenvolvimento dos produtos que a gente fazia (na verdade era parte do meu trabalho). Saí de lá simplesmente porque queria vir para o Canadá. Na época que eu saí a nossa "relação" não andava às mil maravilhas, mas também estava longe de ser ruim. O bom é saber que as portas estão abertas e que se eu precisar voltar, é só pedir;
> Agora estou na GoLemur. Um capítulo à parte também. A pior parte do trabalho aqui é se sentir sem gerência (fora outras coisas que eu não vou comentar), mas o pessoal é super gente fina (foi uma boa introdução ao Canadá), o trabalho é desafiante (embora às vezes seja chato) e, como na Interchange, é o meu primeiro trabalho em um lugar novo.
E o que eu faço?
> Eu sou um Desenvolvedor Senior de softwares. A única coisa que todo mundo vai saber o que é, se eu falar, é que parte do meu trabalho envolve a criação e manutenção de WebSites na Internet. Normalmente, eu trabalho mais na parte de "trás" do que na parte "visual". Ou seja, eu conecto os pontinhos para permitir que todo aquele show aconteça;
> Acho que 98% de tudo o que eu fiz está acessível para nichos muito específicos. A GoLemur é uma empresa de mídia que tem o site aberto na Internet (aliás está feio, a gente vai dar uma revisada). Fiz muita coisa para bancos, como terceiro, e internamente para muitas empresas onde eu trabalhei;
> Se você é técnico, eu me considero Senior em C#, ASP.NET, Java, C++, programação Web em geral, SQL Server (Engine e TSQL), programação multi-camadas e multi-threading e em mais algumas coisas;
O engraçado deste Post é que eu não tinha a menor idéia do que eu ia escrever. Acho que eu só precisava escrever alguma coisa para retomar o trabalho, porque eu acabei de finalizar algo complicado e precisava dar uma relaxada na cabeça antes de matar o próximo leão. Sobre o trabalho, acho que quem se beneficia mais dele é você, e não a empresa para a qual você trabalha. Afinal, quem aprende coisas novas é você, a empresa fica com o resultado disso, mas quem pode fazer de novo é você.
Fui!
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Neve!
Olha só o "painel do tempo" de hoje:
Pois é. Olha aí. Não é que a danada veio mesmo?
Estou saindo para almoçar e a Soraya me liga. Ravi, está nevando!!! E eu digo, show!!! e, é claro, tira uma foto!!! E ela me diz que a neve é muito pequena, mas eu digo, tenta, tira uma foto de fora, sei lá.
Pois bem, vou eu almoçar. A neve que está caindo agora é tipo aquela neve sem-vergonha que cai no sul às vezes. Fininha, pequeninha e derrete assim que chega no chão, porque a temperatura agora é de 2 ou 3 graus. Mas é neve!!! E quando a gente saiu do almoço, estava nevando mais forte, quase neve de verdade. Não vai durar muito, porque a temperatura não está abaixo de zero, mas eu já vi neve!!! Wooowoowoowowoolll! Uhúl!!! Ueba!!! Iaca iaca iaca!!! Quero ver se o Arthur vai curtir. É praticamente "amostra grátis" de neve, mas é branca e leve.
Bom. Hoje quando eu sair do trabalho vou comprar "underwear" para mim, para o Arthur e para a Soraya. Vai ser uma caminhada boa até o Shopis, ainda mais se estiver nevando. Vai ser melhor ainda quando eu tiver de gorro e com luvas.
Fui!
Detalhe: O verão só acaba SEXTA-FEIRA!!!
Pois é. Olha aí. Não é que a danada veio mesmo?
Estou saindo para almoçar e a Soraya me liga. Ravi, está nevando!!! E eu digo, show!!! e, é claro, tira uma foto!!! E ela me diz que a neve é muito pequena, mas eu digo, tenta, tira uma foto de fora, sei lá.
Pois bem, vou eu almoçar. A neve que está caindo agora é tipo aquela neve sem-vergonha que cai no sul às vezes. Fininha, pequeninha e derrete assim que chega no chão, porque a temperatura agora é de 2 ou 3 graus. Mas é neve!!! E quando a gente saiu do almoço, estava nevando mais forte, quase neve de verdade. Não vai durar muito, porque a temperatura não está abaixo de zero, mas eu já vi neve!!! Wooowoowoowowoolll! Uhúl!!! Ueba!!! Iaca iaca iaca!!! Quero ver se o Arthur vai curtir. É praticamente "amostra grátis" de neve, mas é branca e leve.
Bom. Hoje quando eu sair do trabalho vou comprar "underwear" para mim, para o Arthur e para a Soraya. Vai ser uma caminhada boa até o Shopis, ainda mais se estiver nevando. Vai ser melhor ainda quando eu tiver de gorro e com luvas.
Fui!
Detalhe: O verão só acaba SEXTA-FEIRA!!!
Neve?
A internet hoje está lenta. Danada de lenta.
Há alguns anos (alguns não, vários), eu fui na casa do Chuck, lá na Vila Cascatinha, provavelmente dar uma enrolada ou fazer algum trabalho, e ele me mostrou como era esta tal de "Internet".
Liga para um número de telefone, faz um monte de barulho, e conecta. Aí ele resolve abrir um E-Mail que um amigo dele enviou com umas fotos, eu acho... Bom, de qualquer jeito, era tão lento, mas tããão lento para mostrar as fotos, que dava quase para ver cada linha da imagem chegando.
A internet está assim aqui hoje. Voltamos no tempo. No tempo da linha discada e com conexão a meio kbit por segundo.
Mas... Não foi por isso que eu escrevi. Olha a temperatura de hoje:
E... Olha o que eu achei em outro site:
É amiguinhos, isso mesmo. Pode nevar hoje de manhã. Tudo bem que agora a temperatura não está negativa e a neve derreteria em minutos, mas vai haver uma "precipitação", que pode vir tanto na forma de água como na forma de neve, tudo depende da temperatura do céu naquele instante.
Aliás, hoje está frio. Preciso comprar uma calça de moletom ou segunda-pele para por embaixo da calça jeans, porque hoje a minha perna chegou aqui meio "dormente". Em cima, com blusas e casacos, tudo jóia.
Fui!
Há alguns anos (alguns não, vários), eu fui na casa do Chuck, lá na Vila Cascatinha, provavelmente dar uma enrolada ou fazer algum trabalho, e ele me mostrou como era esta tal de "Internet".
Liga para um número de telefone, faz um monte de barulho, e conecta. Aí ele resolve abrir um E-Mail que um amigo dele enviou com umas fotos, eu acho... Bom, de qualquer jeito, era tão lento, mas tããão lento para mostrar as fotos, que dava quase para ver cada linha da imagem chegando.
A internet está assim aqui hoje. Voltamos no tempo. No tempo da linha discada e com conexão a meio kbit por segundo.
Mas... Não foi por isso que eu escrevi. Olha a temperatura de hoje:
E... Olha o que eu achei em outro site:
É amiguinhos, isso mesmo. Pode nevar hoje de manhã. Tudo bem que agora a temperatura não está negativa e a neve derreteria em minutos, mas vai haver uma "precipitação", que pode vir tanto na forma de água como na forma de neve, tudo depende da temperatura do céu naquele instante.
Aliás, hoje está frio. Preciso comprar uma calça de moletom ou segunda-pele para por embaixo da calça jeans, porque hoje a minha perna chegou aqui meio "dormente". Em cima, com blusas e casacos, tudo jóia.
Fui!
terça-feira, 18 de setembro de 2007
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Curtas
Tirei esta foto em um dos primeiros dias com a máquina digital. É o rio no Prince Island's Park. Eu alterei a exposição da foto para fazer entrar menos luz (mais informações). O dia estava bem mais claro do que isso :-). Mas o porque disso?
Assim que ocorre o solstício de verão (em Junho no hemisfério norte e em Dezembro no hemisfério sul), os dias vão ficando progressivamente mais curtos, até o solstício de inverno, quando os dias vão ficando progressivamente mais longos, até que tudo acontece de novo, em um ciclo que vem se repetindo há bilhões de anos.
Pois bem.
Quando eu cheguei aqui, dava para ver o sol até umas dez e meia da noite. Agora ele dá o ar da graça até pouco depois das sete horas. E a cada dia ele vai se pondo alguns minutinhos mais cedo. No dia 21 de dezembro, o dia mais curto do ano, o danado vai nascer umas oito e meia da manhã e se por umas quatro e meia da tarde. Pior é para quem mora nos Territórios do Norte, onde são seis meses de dia e seis meses de noite. Para o trabalhador aqui, vai ser mais ou menos como pegar o fretado todo dia. Sai de casa à noite, volta à noite. Acho que como todo morador de país tropical nós somos mais propensos à Seasonal Affetive Disorder, ou a popular "depressão de inverno". Por isso, eu quero melhorar um pouco a iluminação da sala e dos quartos, deixando tudo mais "aconchegante", com luzes mais naturais, já que a gente vai passar bem mais tempo dentro da casa quando estiver -15 graus do lado de fora. Sem boiolice, mas é verdade: não importa se a cor da tinta é uma merda, se o sofá é feio (o nosso não é), se a casa é pequena ou grande, se o chão é preto ou branco, com a luz certa tudo se ajeita. Iluminação é tudo (atenção na entonação do "tudo", é uma entonação normal, como quando se diz "eu errei quase tudo", não com uma entonação tresloucada, como em "aquela perua é tuuudo").
E hoje... Aqui em Calgary, a previsão do tempo é algo importante. Não é a toa que na minha página inicial eu tenho sempre um painel com a previsão do tempo para Calgary (e também do Brasil, para matar a curiosidade). Ontem foi um dia de sol, com temperatura de 25 graus, uma beleza. A previsão para hoje era de chuva e de frio (2 graus). Um calor no fim de tarde. Caramba? Como assim, dois graus e chuva?! Eis que chega a noite. E o vento. E nesta hora você acha ótimo ter janelas duplas porque não se houve um barulhinho vindo do lado de fora. As viradas de tempo aqui sempre vem com um senhor vento. E é um vento frio, nada daquele Noroeste quente que tem no litoral. E ventou... E a gente dormiu... E o relógio tocou sete horas da manhã. Por uns segundos achei que o Arthur tivesse mexido na regulagem do danado, porque estava escuro... Fui na cozinha, e os relógios estavam com a mesma hora. É, era hora de acordar. Mas e a vontade? Veja bem:
. Segunda-feira: Eu odeio as segunda-feiras. Você não dorme o suficiente porque no Domingo a gente sempre dá uma esticada. É o começo da semana. Você tem cinco longos dias pela frente. Seu E-Mail está lotado de Spam;
. Opostos: Cama quentinha, frio do lado de fora;
. Escuro: Quem disse que você quer enfrentar um dia cinza do lado de fora?
Mas a vida segue. Levanto, tomo meu banhão, como um pedaço do primeiro doce decente que a gente conseguiu comprar no Canadá (um bolo danado de bom), faço a mamadeira do Arthur, acordo o moleque, e vou trabalhar. Até que bem encapotado o frio não incomoda. E hoje estava usando um casaco que tinha um gorro bem macio, ou seja, dormi que foi uma beleza no trem. Agora estou quentinho de novo, mas já é hora de ir embora. Vou comprar uma luva e um gorro para o moleque, passar na locadora porque um dos discos do DVD duplo da "Dama e o Vagabundo" ficou perdido em casa e só depois retornarei ao aconchego do meu lar :-)
Hoje eu vou ver se ponho no ar um videozinho que a gente fez no zoológico. Esqueci de fazer isso no final de semana.
Ah, lembrei de uma coisa. Cultura inútil, mas...
Você sabe como funciona a numeração das ruas (e, mais importante, dos números nas ruas) nos Estados Unidos e Canadá?
Não? Nem eu sabia, ninguém me disse, mas eu acabei deduzindo e confirmei hoje com os meus colegas de trabalho. Aqui todas as ruas são numeradas:
. 1 ST SW;
. 5 ST NW;
. 4 AV NE;
E poraí vai... Isto é fácil. Como eles fazem? Eles dividem a cidade em quatro quadrantes, NW, NE, SW, SE:
Isto é o mesmo para qualquer cidade nos Estados Unidos e Canadá. O ponto central é o "Marco Zero", ou a bolinha vermelha no esquema acima. A partir deste ponto zero, são numeradas as AVENIDAS - AV - (para o NORTE e para o SUL) e as RUAS - ST - para o LESTE e para o OESTE. A primeira AVENIDA a partir do ponto central será a 1, depois a 2, a 3, e poraí vai. A mesma coisa para as ruas, 1, 2, 3, 4, sempre a partir do ponto central. E aí, no nome da ST ou AV, se adiciona a sua região. Por exemplo, eu moro na 16 ST SW, ou seja, eu estou a 16 RUAS do ponto central da cidade, na região SW, ou seja, ao SUL (S) e ao OESTE (W). Funciona.
Mas o legal é que dá para descobrir também qual a AVENIDA que cruza com a sua rua, e isto você obtém com base no número de sua residência. Por exemplo, eu moro no 2620 16 ST SW. Os dois últimos números 2620 são de facto o número da sua casa, e os primeiros números (dois ou três) indicam qual é o CRUZAMENTO mais próximo, seja AVENIDA ou RUA. Se você mora em RUA, será uma AVENIDA, e vice-versa. No meu caso, o "26" indica que eu moro entre as avenidas 25 e 26. Sensacional. Nunca mais vou ter que olhar no Google Earth para descobrir onde é um endereço.
Então, assim sendo, só para concluir, fechando o assunto, acabando, finalizando, eu moro à 26 quadras para o SUL do ponto zero da cidade (avenidas), e 16 quadras à OESTE (ruas). Se alguém me passa um endereço como "15010 96 ST NE", eu sei que ele mora longe pra caralho.
Agora eu fui!!!
Zoo
Olá amigos.
Fomos para o Zôo neste final de semana, no Sábado. Foi MUITO bom, o Arthur adorou, a Soraya também, mas não vai dar para escrever muito não porque eu tenho um monte de coisas para fazer no trabalho.
Mas o álbum de fotos está aí embaixo. Acho que metade das fotos é minha, metade é da Sô. Fui!!!
A propósito, este é o post de número 100 no blog!!!
Fomos para o Zôo neste final de semana, no Sábado. Foi MUITO bom, o Arthur adorou, a Soraya também, mas não vai dar para escrever muito não porque eu tenho um monte de coisas para fazer no trabalho.
Mas o álbum de fotos está aí embaixo. Acho que metade das fotos é minha, metade é da Sô. Fui!!!
Zoo 2007-Sep-1 |
A propósito, este é o post de número 100 no blog!!!
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
E hoje, sexta-feira, trabalhando?
Hoje ainda não trabalhei. O Chinês sem noção de espaço/ tempo que senta do meu lado colou (literalmente) do meu lado para perguntar algumas coisas em seu inglês enigmático. Digo que já vou escrever um E-Mail e continuo a ler o que eu estava lendo. O pessoal que trabalha comigo está jogando algum RPG com um baralho trazido pelo Mestre dos Magos, o Jon, o administrator de rede que sumiu com o disco do frisbee outro dia.
O Jon é uma figura enigmática. Gente boníssima. Acabou de fazer a segunda tatuagem, uma Tartagura estilizada, no seu braço direito. No esquerdo, tem um Dragão. Dirige um carro que vale uns mil dólares (que eu gostaria de comprar, por incrível que pareça), e gosta mesmo é dos Territórios no Norte, onde o inverno é FODA. Tá louco.
Agora, neste momento, o jogo de RPG acabou. Acho que eu também vou trabalhar depois que eu terminar de escrever este post.
Bom, estava falando do Chinês daqui que não tem noção de espaço/ tempo. Ele já "porrou" umas duas ou três portas de carros "paralelos" ao que ele estava, não ao
abrir a porta, mas ao sair, empurrando a porta. Come on!!! Tenha cuidado. Ele quase quebrou meu pé na mudança. Eu estava me preparando para puxar uma mesa, ele chegou e empurrou a mesa com tudo. Fiquei puto da vida. Disse "cara, você tem que avisar antes de empurrar qualquer coisa, você quase quebra meu pé". Acho que ele deve ter sido criado na roça. Como diz o povo daqui, ele não respeita o Personal Space (Wikipedia é uma coisa sensacional). Chega, encosta, eu ponho a cadeira pro lado, ele ainda chega mais perto, aí você volta um pouco, mais ou menos em um movimento de Futebol Americano para desviar alguém do seu caminho (ombrada), para ver se a pessoa se toca de que está muito perto, mas a pessoa não se toca. Como diz o meu pai, "sitocômetro" é importante. Do "guia de relacionamento pessoais para geeks":
Voltando à choração. É Irritante. Aí vem falar alguma coisa mas não consegue falar nada com "r" no meio direito, e simplesmente "pega" o mouse. Umas duas ou três vezes eu disse "you are not going to get my mouse". Ou então eu achei um bug e disse para ele "check it on your computer", ele vem invadindo minha mesa, pegando o teclado e o mouse e eu digo "cara, vai na sua mesa, o bug é o mesmo, no meu computador ou no seu". A frase depois seria "me deixa em paz", mas eu tento manter um mínimo de civilidade. Se você está carente, não é problema meu.
Meus amigos sabem que eu sou o cara menos fresco que já caminhou sobre a Terra. Mas, cara, "Personal Space" é realmente uma coisa importante. Todo mundo sabe que não tem coisa pior do que aquele cara pentelho que gosta de ficar encostando para conversar. É por isso que ninguém fica conversando quando se está apertado no elevador. Já é suficientemente ruim estar lá, conversar só piora a situação. Nestas ocasiões se segura a respiração para não se encostar em nada ou ninguém. Sai, chulé!!!
O cara Russo que trabalha comigo diz que isto é meio que um problema de cultura. Que seja, mas respeite a minha cultura. Na verdade, o que eu odeio mesmo é que alguém venha e invada o meu computador enquanto eu estou trabalhando. E principalmente que o faça de mão suja. Ah, não. Sai fora. Se eu quiser informações adicionais, vou pedir.
:-)
Mas eu estou me sentindo bem hoje. Na verdade, eu fico meio puto da vida com estas coisas e resolvo escrever aqui. Viver no Canadá é se acostumar com vinte culturas diferentes ao mesmo tempo. É legal, mas algumas culturas são mesmo estranhas.
Bom. Vou voltar para o trabalho. Acho que amanhã a gente tenta ir zôo de novo. Fui!
O Jon é uma figura enigmática. Gente boníssima. Acabou de fazer a segunda tatuagem, uma Tartagura estilizada, no seu braço direito. No esquerdo, tem um Dragão. Dirige um carro que vale uns mil dólares (que eu gostaria de comprar, por incrível que pareça), e gosta mesmo é dos Territórios no Norte, onde o inverno é FODA. Tá louco.
Agora, neste momento, o jogo de RPG acabou. Acho que eu também vou trabalhar depois que eu terminar de escrever este post.
Bom, estava falando do Chinês daqui que não tem noção de espaço/ tempo. Ele já "porrou" umas duas ou três portas de carros "paralelos" ao que ele estava, não ao
abrir a porta, mas ao sair, empurrando a porta. Come on!!! Tenha cuidado. Ele quase quebrou meu pé na mudança. Eu estava me preparando para puxar uma mesa, ele chegou e empurrou a mesa com tudo. Fiquei puto da vida. Disse "cara, você tem que avisar antes de empurrar qualquer coisa, você quase quebra meu pé". Acho que ele deve ter sido criado na roça. Como diz o povo daqui, ele não respeita o Personal Space (Wikipedia é uma coisa sensacional). Chega, encosta, eu ponho a cadeira pro lado, ele ainda chega mais perto, aí você volta um pouco, mais ou menos em um movimento de Futebol Americano para desviar alguém do seu caminho (ombrada), para ver se a pessoa se toca de que está muito perto, mas a pessoa não se toca. Como diz o meu pai, "sitocômetro" é importante. Do "guia de relacionamento pessoais para geeks":
Voltando à choração. É Irritante. Aí vem falar alguma coisa mas não consegue falar nada com "r" no meio direito, e simplesmente "pega" o mouse. Umas duas ou três vezes eu disse "you are not going to get my mouse". Ou então eu achei um bug e disse para ele "check it on your computer", ele vem invadindo minha mesa, pegando o teclado e o mouse e eu digo "cara, vai na sua mesa, o bug é o mesmo, no meu computador ou no seu". A frase depois seria "me deixa em paz", mas eu tento manter um mínimo de civilidade. Se você está carente, não é problema meu.
Meus amigos sabem que eu sou o cara menos fresco que já caminhou sobre a Terra. Mas, cara, "Personal Space" é realmente uma coisa importante. Todo mundo sabe que não tem coisa pior do que aquele cara pentelho que gosta de ficar encostando para conversar. É por isso que ninguém fica conversando quando se está apertado no elevador. Já é suficientemente ruim estar lá, conversar só piora a situação. Nestas ocasiões se segura a respiração para não se encostar em nada ou ninguém. Sai, chulé!!!
O cara Russo que trabalha comigo diz que isto é meio que um problema de cultura. Que seja, mas respeite a minha cultura. Na verdade, o que eu odeio mesmo é que alguém venha e invada o meu computador enquanto eu estou trabalhando. E principalmente que o faça de mão suja. Ah, não. Sai fora. Se eu quiser informações adicionais, vou pedir.
:-)
Mas eu estou me sentindo bem hoje. Na verdade, eu fico meio puto da vida com estas coisas e resolvo escrever aqui. Viver no Canadá é se acostumar com vinte culturas diferentes ao mesmo tempo. É legal, mas algumas culturas são mesmo estranhas.
Bom. Vou voltar para o trabalho. Acho que amanhã a gente tenta ir zôo de novo. Fui!
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Summer is almost over. Dia 21 vira o Outono...
Ainda bem que eu sou programador e não Web-Designer:
É, o danado do verão está acabando mesmo.
E vai ser no dia 21 de Setembro, aniversário do meu pai - aliás, pai, mandei teu beijo para o Arthur e ele te mandou outro. Perguntei, "o Vovô Geraldo, tá bom?", e ele disse "Tá bom, meu médico, o Vovô Geraldo". Dei risada, o Arthur faz umas associações muito engraçadas, não esperava que ele fosse dizer "meu médico", mas algo em relação ao "seu papai", como ele me diz, ou algo do tipo :-). Estes dias a gente estava vendo o DVD do Toy Store 2 e ele queria porque queria ver um tal de "filme das figurinhas". E a gente pensando, caramba, o que é isso? E procura, procura, vai em todas as opções, e no fim descobrimos que era o lugar onde você seleciona o capítulo para o filme começar, no qual cada capítulo tem uma pequena imagem.
Bom, perdi o foco, vamos lá. Como eu estava dizendo, o verão aqui está acabando. Hoje fez -1 grau à noite, talvez um pouco menos, mas estava bem frio quando eu saí de casa para vir para o trabalho, provavelmente menos de 2 graus (1 ou 2 graus). Eu saí de casa encapotado, com uma camiseta, uma camisa de flanela (do meu tamanho!!!) e o casaco flanelado que a Marília deu. O mendigo fedorento estava dormindo no prédio de novo e eu liguei para a administradora do prédio - acho que desta vez ela talvez tenha mesmo enterrado ele na floreira, ela ficou bem puta da vida. Bom, saí de casa, um puta de um frio aqui perto do trabalho, mão no bolso senão os dedos ficam doendo. Está ficando gelado mesmo. E a tendência é esfriar mais :-) Tamo na roça, nego.
Mas... Legal foi o que a Soraya me contou. Eles foram para a escola, aquele puta frio, o Arthur todo encapotado, gorro, luva, a Soraya idem, pegaram o bumba, quentinho, e na hora que chegaram na escola o parquinho estava... todo branco!!! Como à noite a temperatura ficou abaixo de zero, geou no parquinho. É mais ou menos como aquele gelo que fica na parte de cima do congelador. Acho que a Soraya também vai escrever isto no blog dela, mas eu achei tão legal, tinha que contar. Eu não estava lá, foi ela que me contou. Diz que o Arthur falou "Neve!!!" (não era, mas tudo bem), tirou a luva e foi lá correr no parquinho, passar o dedo no gelo, colocar na boca para ver qual é o gosto, corre, pula, e depois foi todo mundo para a aula. Agora já deve ter derretido. Imagino quando nevar de verdade e tiver TUDO branco, ele vai delirar.
Ante-ontem eu cortei o cabelo. Fui num shopis centis que tem aqui perto, rodei, rodei, rodei (eu estava com um colega de trabalho, o Jerry, que também foi no shopis, mas na Academia). Depois de percorrer todas as lojas do Shopping achei um barbeiro perto do lugar onde eu comecei a minha busca (lei de Murphy). 15 dólares. Pedi para o cara passar máquina dos lados e tesoura em cima. Ele balbuciou algo como "double layer", disse que assim era mais caro mas que não ia cobrar a mais. Eu disse "OK", e pensei, que estranho. Mas tudo bem. Tesoura que nada, em cima o cara usa máquina também, mas com um pente para regular o tamanho. Mas não ficou ruim não.
Estou indo embora, a gente conversa uns 2 minutos, e ele me pergunta de onde eu venho, e eu digo "Brasil (com S mesmo)". E ele lança um "Braziiil!!!". Pausa. Pela maneira como a pessoa reage à sua resposta, você pode deduzir o que ela conhece do Brasil:
. Brazíííl!!!: Futebol. Não tem erro. Uns lançam "Ronaldo", outros "Pelé", de vez em quando vem um "Maradona" (peloamor), e sempre que vão dar tchau eles dizem "Muchas Gracias ou Adiós". Nunca acertam;
. Hmmm, Brazil, yeah, I know Brazil: Tem algum conhecido que morou aqui ou que visitou o Brasil faz um tempo, normalmente no Nordeste. Ou então viajou para o Perú e acha que é tudo a mesma coisa;
. Brazil!, com um ar de saudosismo: Já visitou o Brasil, provavelmente o Nordeste;
. Brazil!, com ar de sabedoria: Conhece o Brasil, sabe que Buenos Aires é na Argentina, dá tchau direito e sabe que o mar que banha o nosso litoral é o Oceano Atlântico. Como aconteceu umas duas vezes, normalmente é algum imigrante de um país que tem muitos imigrantes no Brasil, como Italianos ou Poloneses;
. Brazil!, com um ar de "legal" (mas o legal caindo, na verdade a pessoa queria dizer "tô nem aí, nego"). Nunca viu, não sabe, não gosta e não está nem aí.
Mas o engraçado é que as pessoas conhecem bem o nosso país. Seja pela praia, pelo futebol, pelo Nordeste, pela imigração, pela Fórmula 1, ou pelo que for. Claro que ninguém fala dos nossos estadistas ou das nossas iniciativas políticas, melhor que não falem mesmo :-).
Vou trabalhar agora. Frio, frio, olha o friiiio! Nunca um dinheiro foi tão bem gasto quanto o dinheiro que a gente gastou comprando as roupas de frio.
Fui!!!
É, o danado do verão está acabando mesmo.
E vai ser no dia 21 de Setembro, aniversário do meu pai - aliás, pai, mandei teu beijo para o Arthur e ele te mandou outro. Perguntei, "o Vovô Geraldo, tá bom?", e ele disse "Tá bom, meu médico, o Vovô Geraldo". Dei risada, o Arthur faz umas associações muito engraçadas, não esperava que ele fosse dizer "meu médico", mas algo em relação ao "seu papai", como ele me diz, ou algo do tipo :-). Estes dias a gente estava vendo o DVD do Toy Store 2 e ele queria porque queria ver um tal de "filme das figurinhas". E a gente pensando, caramba, o que é isso? E procura, procura, vai em todas as opções, e no fim descobrimos que era o lugar onde você seleciona o capítulo para o filme começar, no qual cada capítulo tem uma pequena imagem.
Bom, perdi o foco, vamos lá. Como eu estava dizendo, o verão aqui está acabando. Hoje fez -1 grau à noite, talvez um pouco menos, mas estava bem frio quando eu saí de casa para vir para o trabalho, provavelmente menos de 2 graus (1 ou 2 graus). Eu saí de casa encapotado, com uma camiseta, uma camisa de flanela (do meu tamanho!!!) e o casaco flanelado que a Marília deu. O mendigo fedorento estava dormindo no prédio de novo e eu liguei para a administradora do prédio - acho que desta vez ela talvez tenha mesmo enterrado ele na floreira, ela ficou bem puta da vida. Bom, saí de casa, um puta de um frio aqui perto do trabalho, mão no bolso senão os dedos ficam doendo. Está ficando gelado mesmo. E a tendência é esfriar mais :-) Tamo na roça, nego.
Mas... Legal foi o que a Soraya me contou. Eles foram para a escola, aquele puta frio, o Arthur todo encapotado, gorro, luva, a Soraya idem, pegaram o bumba, quentinho, e na hora que chegaram na escola o parquinho estava... todo branco!!! Como à noite a temperatura ficou abaixo de zero, geou no parquinho. É mais ou menos como aquele gelo que fica na parte de cima do congelador. Acho que a Soraya também vai escrever isto no blog dela, mas eu achei tão legal, tinha que contar. Eu não estava lá, foi ela que me contou. Diz que o Arthur falou "Neve!!!" (não era, mas tudo bem), tirou a luva e foi lá correr no parquinho, passar o dedo no gelo, colocar na boca para ver qual é o gosto, corre, pula, e depois foi todo mundo para a aula. Agora já deve ter derretido. Imagino quando nevar de verdade e tiver TUDO branco, ele vai delirar.
Ante-ontem eu cortei o cabelo. Fui num shopis centis que tem aqui perto, rodei, rodei, rodei (eu estava com um colega de trabalho, o Jerry, que também foi no shopis, mas na Academia). Depois de percorrer todas as lojas do Shopping achei um barbeiro perto do lugar onde eu comecei a minha busca (lei de Murphy). 15 dólares. Pedi para o cara passar máquina dos lados e tesoura em cima. Ele balbuciou algo como "double layer", disse que assim era mais caro mas que não ia cobrar a mais. Eu disse "OK", e pensei, que estranho. Mas tudo bem. Tesoura que nada, em cima o cara usa máquina também, mas com um pente para regular o tamanho. Mas não ficou ruim não.
Estou indo embora, a gente conversa uns 2 minutos, e ele me pergunta de onde eu venho, e eu digo "Brasil (com S mesmo)". E ele lança um "Braziiil!!!". Pausa. Pela maneira como a pessoa reage à sua resposta, você pode deduzir o que ela conhece do Brasil:
. Brazíííl!!!: Futebol. Não tem erro. Uns lançam "Ronaldo", outros "Pelé", de vez em quando vem um "Maradona" (peloamor), e sempre que vão dar tchau eles dizem "Muchas Gracias ou Adiós". Nunca acertam;
. Hmmm, Brazil, yeah, I know Brazil: Tem algum conhecido que morou aqui ou que visitou o Brasil faz um tempo, normalmente no Nordeste. Ou então viajou para o Perú e acha que é tudo a mesma coisa;
. Brazil!, com um ar de saudosismo: Já visitou o Brasil, provavelmente o Nordeste;
. Brazil!, com ar de sabedoria: Conhece o Brasil, sabe que Buenos Aires é na Argentina, dá tchau direito e sabe que o mar que banha o nosso litoral é o Oceano Atlântico. Como aconteceu umas duas vezes, normalmente é algum imigrante de um país que tem muitos imigrantes no Brasil, como Italianos ou Poloneses;
. Brazil!, com um ar de "legal" (mas o legal caindo, na verdade a pessoa queria dizer "tô nem aí, nego"). Nunca viu, não sabe, não gosta e não está nem aí.
Mas o engraçado é que as pessoas conhecem bem o nosso país. Seja pela praia, pelo futebol, pelo Nordeste, pela imigração, pela Fórmula 1, ou pelo que for. Claro que ninguém fala dos nossos estadistas ou das nossas iniciativas políticas, melhor que não falem mesmo :-).
Vou trabalhar agora. Frio, frio, olha o friiiio! Nunca um dinheiro foi tão bem gasto quanto o dinheiro que a gente gastou comprando as roupas de frio.
Fui!!!
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Quem bate? É o frio...
Próximos dias aqui na terrinha (e aí na terrinha também):
Desbaratinado que hoje à noite (e nesta madrugada), segundo o Eugene (que levou a gente para as montanhas), a temperatura mínima pode ser até -5 graus em algumas regiões da cidade, mesmo com a previsão oficial sendo de -1 grau.
Ontem estava quente. Calor mesmo. Para os padrões daqui, é claro. Acho que estava uns 26 graus no fim de tarde, mas o trem e o ônibus sempre ficam meio quentes, já que eles são projetados para manter o calor - afinal, aqui faz mais frio do que calor.
Cheguei em casa, olhei de novo na Internet, e pensei: "caramba, está quente, parece tudo bem, não vai ficar frio amanhã". Eu acho que alguém ouviu meus pensamentos, porque uma hora depois começou a ventar, ventar, ventar. E papéis voavam na rua. E as árvores se inclinavam. E eu resolvi ligar o aquecimento porque eu pensei "é, vai esfriar mesmo". E esfriou. Hoje de manhã eu saí de casa encapotado, camiseta, camisa de flanela, casaco flanelado, calça jeans e segurei a bronca, não senti frio. Mas que estava gelado na rua, estava.
Que más?
Meu prédio tem um "hall" onde fica a correspondência e o interfone. Este "hall" tem uma porta de vidro para a rua que fica sempre fechada, mas que nunca fica trancada, porque nem fechadura tem. E do hall para o prédio mesmo tem uma porta que é trancada a chave, e todos os moradores tem a chave. Isto é comum aqui. Você entra por uma porta que não é trancada e, em um lugar quentinho, vai procurar a chave do prédio mesmo. A sacanagem é que ontem tinha um mendigo dormingo neste hall. E o que os outros mendigos não tinham de fedorento, este tinha. Puta que pariu.
Depois que a Soraya me disse que o Arthur quase passou mal quando saiu do prédio para ir para a escola, resolvi ligar para a mulher que cuida do prédio. Ela foi lá, acho que deu cabo do cara - eu vi uma terra meio revirada perto das flores no meu prédio :-), e depois, segundo a Soraya, houve um barulho de gente e de máquinas uma boa parte do dia, vindos do hall do prédio. Quando eu cheguei em casa o hall do prédio estava com cheiro de lavanda. Acho que eles tiveram que lavar o chão, não sei o que aconteceu, mas a coisa não foi boa não.
Bom, vou trabalhar. Hoje temos reuniões, mais reuniões, e depois vou para casa.
Fui!!!
Tchau, amigos!!!
Desbaratinado que hoje à noite (e nesta madrugada), segundo o Eugene (que levou a gente para as montanhas), a temperatura mínima pode ser até -5 graus em algumas regiões da cidade, mesmo com a previsão oficial sendo de -1 grau.
Ontem estava quente. Calor mesmo. Para os padrões daqui, é claro. Acho que estava uns 26 graus no fim de tarde, mas o trem e o ônibus sempre ficam meio quentes, já que eles são projetados para manter o calor - afinal, aqui faz mais frio do que calor.
Cheguei em casa, olhei de novo na Internet, e pensei: "caramba, está quente, parece tudo bem, não vai ficar frio amanhã". Eu acho que alguém ouviu meus pensamentos, porque uma hora depois começou a ventar, ventar, ventar. E papéis voavam na rua. E as árvores se inclinavam. E eu resolvi ligar o aquecimento porque eu pensei "é, vai esfriar mesmo". E esfriou. Hoje de manhã eu saí de casa encapotado, camiseta, camisa de flanela, casaco flanelado, calça jeans e segurei a bronca, não senti frio. Mas que estava gelado na rua, estava.
Que más?
Meu prédio tem um "hall" onde fica a correspondência e o interfone. Este "hall" tem uma porta de vidro para a rua que fica sempre fechada, mas que nunca fica trancada, porque nem fechadura tem. E do hall para o prédio mesmo tem uma porta que é trancada a chave, e todos os moradores tem a chave. Isto é comum aqui. Você entra por uma porta que não é trancada e, em um lugar quentinho, vai procurar a chave do prédio mesmo. A sacanagem é que ontem tinha um mendigo dormingo neste hall. E o que os outros mendigos não tinham de fedorento, este tinha. Puta que pariu.
Depois que a Soraya me disse que o Arthur quase passou mal quando saiu do prédio para ir para a escola, resolvi ligar para a mulher que cuida do prédio. Ela foi lá, acho que deu cabo do cara - eu vi uma terra meio revirada perto das flores no meu prédio :-), e depois, segundo a Soraya, houve um barulho de gente e de máquinas uma boa parte do dia, vindos do hall do prédio. Quando eu cheguei em casa o hall do prédio estava com cheiro de lavanda. Acho que eles tiveram que lavar o chão, não sei o que aconteceu, mas a coisa não foi boa não.
Bom, vou trabalhar. Hoje temos reuniões, mais reuniões, e depois vou para casa.
Fui!!!
Tchau, amigos!!!
domingo, 9 de setembro de 2007
Nove de Setembro, domingueira
Ontem fomos no zôológico da cidade e pegamos o único dia do ano em que o danado está fechado. Pior que a gente saiu de casa preparado, com a Wagon do Arthur (aquele carrinho de levar na rua em que cabe o moleque dentro), máquina fotográfica e casacos para segurar a onda porque lá é descampado e pode esfriar.
E não foi só a gente. Tinha uma galerinha que chegou lá, com carrinho de bebê a tiracolo, máquina e todo o kit festinha e que também ficou decepcionada porque não pode ver a girafa ou o macaco. Mas tudo bem. Faz parte. Eles avisaram na mídia :-(
Bueno. A gente resolviu ir no Shopis Centis pro Arthur brincar com o trem que tem na Chapters. Demos um rolê, eu tomei um café, compramos uns cartões para mandar para o Brasil, e depois fomos embora. Saímos pela porta da frente e...
Chuva!
Frio!
Esperamos uns dez minutos e veio uma menina com um abaixo assinado para a amiga dela ganhar 50000 dólares. Não entrei em maiores detalhes, mas achei a idéia interessante. Ganhar din-din na boa é sempre bom. Mas eu acho que deve ser uma gincana ou algo assim. É porque as aulas acabaram de voltar, então a idéia até faz sentido.
A chuva aliviou e a gente resolveu ir até o trem. Mas um minuto depois a chuva voltou e a gente teve que esperar em um lugar coberto. Frio. Bastante frio. Eu até que estava bem, mas o Arthur e a Soraya ficaram com bastante frio na mão. Devia estar uns 5 ou 6 graus enquanto estava chovendo, mas com a umidade e o vento parece até menos. Bom. Os dois se esquentaram, a chuva aliviou e viemos para a nossa velha casa.
À noite eu fui até a locadora devolver uns filmes e alugar uns outros. De noite. Ainda bem que eu me agasalhei bem. Estava frio. Bem frio. Eu comprei uma blusa de frio bem quente na Sexta-feira, e em conjunto com o casaco que a Marília deu ficou uma proteção danada de boa.
E aí, que mais?
Só isso. Só um relato. Estava frio ontem. Foi uma amostra de como serão os dias quentes do Inverno (vixe). A Soraya comprou um casaco que segura a onda mesmo nos dias extremamente frios. O Arthur tem uns casacos que seguram a onda até uns poucos graus abaixo de zero, eu acho. Mas a gente vai comprar uma roupa pró pra ele semana que vem ou até Outubro, pelo menos. E eu também quero comprar uma "segunda pele", que é uma roupa de Neoprene que você usa por baixo das outras roupas. Isto vai ser para quando estiver -30 graus e ventando do lado de fora.
A gente também viu botas para neve. Sensacional. Ela traz a temperatura mínima de trabalho (suportada). As que estavam lá aguentavam até trinta graus abaixo de zero. Ave.
Bom. Agora a gente vai comprar umas frutas e outras coisas para os lanches do Arthur durante a semana. E eu vou lavar a louça. Fui!!!
E não foi só a gente. Tinha uma galerinha que chegou lá, com carrinho de bebê a tiracolo, máquina e todo o kit festinha e que também ficou decepcionada porque não pode ver a girafa ou o macaco. Mas tudo bem. Faz parte. Eles avisaram na mídia :-(
Bueno. A gente resolviu ir no Shopis Centis pro Arthur brincar com o trem que tem na Chapters. Demos um rolê, eu tomei um café, compramos uns cartões para mandar para o Brasil, e depois fomos embora. Saímos pela porta da frente e...
Chuva!
Frio!
Esperamos uns dez minutos e veio uma menina com um abaixo assinado para a amiga dela ganhar 50000 dólares. Não entrei em maiores detalhes, mas achei a idéia interessante. Ganhar din-din na boa é sempre bom. Mas eu acho que deve ser uma gincana ou algo assim. É porque as aulas acabaram de voltar, então a idéia até faz sentido.
A chuva aliviou e a gente resolveu ir até o trem. Mas um minuto depois a chuva voltou e a gente teve que esperar em um lugar coberto. Frio. Bastante frio. Eu até que estava bem, mas o Arthur e a Soraya ficaram com bastante frio na mão. Devia estar uns 5 ou 6 graus enquanto estava chovendo, mas com a umidade e o vento parece até menos. Bom. Os dois se esquentaram, a chuva aliviou e viemos para a nossa velha casa.
À noite eu fui até a locadora devolver uns filmes e alugar uns outros. De noite. Ainda bem que eu me agasalhei bem. Estava frio. Bem frio. Eu comprei uma blusa de frio bem quente na Sexta-feira, e em conjunto com o casaco que a Marília deu ficou uma proteção danada de boa.
E aí, que mais?
Só isso. Só um relato. Estava frio ontem. Foi uma amostra de como serão os dias quentes do Inverno (vixe). A Soraya comprou um casaco que segura a onda mesmo nos dias extremamente frios. O Arthur tem uns casacos que seguram a onda até uns poucos graus abaixo de zero, eu acho. Mas a gente vai comprar uma roupa pró pra ele semana que vem ou até Outubro, pelo menos. E eu também quero comprar uma "segunda pele", que é uma roupa de Neoprene que você usa por baixo das outras roupas. Isto vai ser para quando estiver -30 graus e ventando do lado de fora.
A gente também viu botas para neve. Sensacional. Ela traz a temperatura mínima de trabalho (suportada). As que estavam lá aguentavam até trinta graus abaixo de zero. Ave.
Bom. Agora a gente vai comprar umas frutas e outras coisas para os lanches do Arthur durante a semana. E eu vou lavar a louça. Fui!!!
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Feriado aí hoje, que beleza, hein?
Sete de Setembro. Independência Brasileira.
Eu só sei que não sei de nada. E o Lulla lá?. Como diz o TSE, "O Brasil é tão bom quanto o seu voto". Diz que em Agosto houveram três tragédias nacionais. O Getúlio se matou, o Jânio renunciou e o Lula não fez nem uma coisa nem outra.
Eu leio sobre política na Internet todo dia. Também acompanho o que acontece no Brasil através da Folha On Line, G1 ou pelo site da Veja. Eu sempre leio o Blog do Reinaldo Azevedo, que critica as coisas de bom humor. Eu acho ele se gaba demais de sempre saber usar o Português mais correto de todo o mundo, mas não faz mal. O importante é o conteúdo.
O Brasil é independente do Oiapoque ao Chuí. Acho que o problema é a política, o jeitinho, a malandragem, tudo isto junto. Vejam o Rio de Janeiro como está. Terra de malandro. Não que São Paulo esteja muito melhor, mas não me parece a zona completa que o Rio é. Que o Rio é bonito, isto ele é, mas a minha má impressão não passa.
E falando da gente...
Aqui o feriado foi Segunda-Feira. Dia do trabalho Canadense. É comemorado sempre na primeira Segunda-feira de Setembro. Acho legal isso. Sempre é feriadão!!! Sensacional :-)
Hoje à tarde eu vou encontrar a Soraya na escola do Arthur. Quero conversar sobre semana que vem e também sobre outros assuntos. O Arthur está adorando a escola. Está pedindo para ir, sempre brinca muito por lá, as outras crianças são uns amores, a professora é uma senhora simpática, enfim, ele está indo muito bem. Uma coisa a menos da pilha. Semana que vem a escola começa para valer, como eu já disse antes. Quero saber se ele vai ter direito ao ônibus da escola. Dá um pouco de medo pensar nele indo sozinho no ônibus... Lógico que ele não vai dizer "Tchau, mãe", e ir embora de casa. A Soraya vai esperar junto com ele e vai esperar o ônibus na volta também. A gente sempre pensa, "será que ele se vira?", "não vai ter nenhum problema?", etc, etc... Mas todo mundo aqui faz isso. Se eles fazem, porque a gente também não poderia fazer igual?
Aliás, no livrinho da Auto-Escola tem instruções de como agir quando o ônibus está parado carregando ou descarregando os barrigudinhos. Se ele estiver com os sinais de Pare acesos, todo mundo tem que parar:
Haja lâmpada...
E o mais legal é que é todo mundo MESMO. Mesmo que seja uma rua grande, de quatro faixas, quando ele liga as luzas e aciona as placas de pare que ele carrega, todo mundo tem que parar. Evita atropelamentos. Sensacional. Viu este aviso aí embaixo, é hora de parar:
A placa só é acionada quando os carros tem que parar.
Uma vez, não lembro se em Santos ou São Paulo, eu vi uma daquelas peruas escolares, destas que são uma Besta ou então uma Kombi, carregando um monte de crianças em uma Avenida como a Conselheiro Nébias (estreita e movimentada), com a porta aberta para o lado da rua!!! As crianças tinham que passar a centímetros dos carros para poder entrar na perua. Eu achei um absurdo. Acho que escola tem que ter mais responsabilidade. Quando você olha os procedimentos que tem que ter quando o ônibus escolar está por perto (ou mesmo quando se está próximo à parquinhos ou escola), pode parecer um pouco exagerado, mas a verdade é que eles devem salvar muitas vidas fazendo isso.
Algumas coisas aqui são realmente diferentes. Logo vão haver eleições municipais aqui, então tem umas propagandas, mas nada do que se vê no Brasil. Tudo é mais discreto. Pois bem. Cheguei em casa, umas duas semanas atrás, e resolvi fazer pipoca. Tinha acabado de fazer, sentei no sofá, e alguém bate na porta. Pensei, "WTF?" (What the Fuck?, ou Que porra é esta?). Abri e era um candidato à prefeitura e sua esposa. Expliquei que não podia votar, porque não era cidadão (snif), mas ele me deixou uns folhetos, achei bem louco.
Legal isso. Nunca nenhum prefeito foi em casa. Mas eu já fui em casa de prefeito (tudo bem que foi para jogar baralho, beber cerveja e respirar fumaça até altas horas quando o prefeito estava viajando), em Santos. A gente é amigo do David, e quando eu tinha acho que uns dezesseis ou dezessete anos o pai dele (o Capistrano) era prefeito. Grande Davizão. Lembro que o Arthur não queria mais largar a bateria de treinamento que ele tem :-)
Bom, isso aí. Agora preciso voltar para o trabalho.
Depois a gente se fala, era o que eu ia dizer. Mas é mais próprio dizer que depois eu encho mais linguiça aqui :-)
Fui amigos!!!
Até mais...
Eu só sei que não sei de nada. E o Lulla lá?. Como diz o TSE, "O Brasil é tão bom quanto o seu voto". Diz que em Agosto houveram três tragédias nacionais. O Getúlio se matou, o Jânio renunciou e o Lula não fez nem uma coisa nem outra.
Eu leio sobre política na Internet todo dia. Também acompanho o que acontece no Brasil através da Folha On Line, G1 ou pelo site da Veja. Eu sempre leio o Blog do Reinaldo Azevedo, que critica as coisas de bom humor. Eu acho ele se gaba demais de sempre saber usar o Português mais correto de todo o mundo, mas não faz mal. O importante é o conteúdo.
O Brasil é independente do Oiapoque ao Chuí. Acho que o problema é a política, o jeitinho, a malandragem, tudo isto junto. Vejam o Rio de Janeiro como está. Terra de malandro. Não que São Paulo esteja muito melhor, mas não me parece a zona completa que o Rio é. Que o Rio é bonito, isto ele é, mas a minha má impressão não passa.
E falando da gente...
Aqui o feriado foi Segunda-Feira. Dia do trabalho Canadense. É comemorado sempre na primeira Segunda-feira de Setembro. Acho legal isso. Sempre é feriadão!!! Sensacional :-)
Hoje à tarde eu vou encontrar a Soraya na escola do Arthur. Quero conversar sobre semana que vem e também sobre outros assuntos. O Arthur está adorando a escola. Está pedindo para ir, sempre brinca muito por lá, as outras crianças são uns amores, a professora é uma senhora simpática, enfim, ele está indo muito bem. Uma coisa a menos da pilha. Semana que vem a escola começa para valer, como eu já disse antes. Quero saber se ele vai ter direito ao ônibus da escola. Dá um pouco de medo pensar nele indo sozinho no ônibus... Lógico que ele não vai dizer "Tchau, mãe", e ir embora de casa. A Soraya vai esperar junto com ele e vai esperar o ônibus na volta também. A gente sempre pensa, "será que ele se vira?", "não vai ter nenhum problema?", etc, etc... Mas todo mundo aqui faz isso. Se eles fazem, porque a gente também não poderia fazer igual?
Aliás, no livrinho da Auto-Escola tem instruções de como agir quando o ônibus está parado carregando ou descarregando os barrigudinhos. Se ele estiver com os sinais de Pare acesos, todo mundo tem que parar:
Haja lâmpada...
E o mais legal é que é todo mundo MESMO. Mesmo que seja uma rua grande, de quatro faixas, quando ele liga as luzas e aciona as placas de pare que ele carrega, todo mundo tem que parar. Evita atropelamentos. Sensacional. Viu este aviso aí embaixo, é hora de parar:
A placa só é acionada quando os carros tem que parar.
Uma vez, não lembro se em Santos ou São Paulo, eu vi uma daquelas peruas escolares, destas que são uma Besta ou então uma Kombi, carregando um monte de crianças em uma Avenida como a Conselheiro Nébias (estreita e movimentada), com a porta aberta para o lado da rua!!! As crianças tinham que passar a centímetros dos carros para poder entrar na perua. Eu achei um absurdo. Acho que escola tem que ter mais responsabilidade. Quando você olha os procedimentos que tem que ter quando o ônibus escolar está por perto (ou mesmo quando se está próximo à parquinhos ou escola), pode parecer um pouco exagerado, mas a verdade é que eles devem salvar muitas vidas fazendo isso.
Algumas coisas aqui são realmente diferentes. Logo vão haver eleições municipais aqui, então tem umas propagandas, mas nada do que se vê no Brasil. Tudo é mais discreto. Pois bem. Cheguei em casa, umas duas semanas atrás, e resolvi fazer pipoca. Tinha acabado de fazer, sentei no sofá, e alguém bate na porta. Pensei, "WTF?" (What the Fuck?, ou Que porra é esta?). Abri e era um candidato à prefeitura e sua esposa. Expliquei que não podia votar, porque não era cidadão (snif), mas ele me deixou uns folhetos, achei bem louco.
Legal isso. Nunca nenhum prefeito foi em casa. Mas eu já fui em casa de prefeito (tudo bem que foi para jogar baralho, beber cerveja e respirar fumaça até altas horas quando o prefeito estava viajando), em Santos. A gente é amigo do David, e quando eu tinha acho que uns dezesseis ou dezessete anos o pai dele (o Capistrano) era prefeito. Grande Davizão. Lembro que o Arthur não queria mais largar a bateria de treinamento que ele tem :-)
Bom, isso aí. Agora preciso voltar para o trabalho.
Depois a gente se fala, era o que eu ia dizer. Mas é mais próprio dizer que depois eu encho mais linguiça aqui :-)
Fui amigos!!!
Até mais...
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Words
Words.
Palavras apenas, palavras pequenas. Palavras... ao vento...
Eu gosto muito de escrever. E eu descobri que fazer um blog era uma coisa legal. E ainda por cima há pessoas que lêem estas palavras ao vento que eu escrevo.
Bom. Às vezes eu escrevo algumas coisas aqui e repenso depois. Apago porque não acho que seja algo relevante. De vez em nunca eu publico alguma coisa saindo do trabalho só para apagar quando eu chego em casa.
A Soraya me vê escrevendo no blog e fica surpresa com a quantidade de palavras que eu apago quando estou escrevendo. Às vezes elimino parágrafos inteiros sem dó nem piedade. Faz parte.
Bom.
Parando de escrever sobre escrever, vou começar a escrever sobre o que merece ser escrito:
O Arthur adorou a escolinha. A gente estava bem aflito, o primeiro dia não foi dos melhores, mas no segundo as coisas já foram bem melhores. A escola já estava mais preparada para receber o Arthur, tinha uma fono para avaliar o nível de Inglês dele, a professora foi bem atenciosa, e ficamos bem mais tranquilos. O Arthur tem um amigo que vem com ele para casa (pega o mesmo ônibus), e ele também adorou todas as brincadeiras da escola (e também adorou brincar e interagir com outras crianças).
E que mais?
Hoje eu estou renovado. Foi bom o Arthur ter ido para a escola, deu uma boa sensação de "casa" para a gente. Era algo que a gente estava esperando fazia um bom tempo já. Neste final de semana a gente quer ir comprar mais umas roupas, algum joguinho para a família e passar um tempinho dentro de casa. A gente sempre tem duzentas coisas para fazer no Sábado e Domingo, e quando chega Segunda-feira, eu não aguento parar em pé.
Não me sinto mais temporário aqui. Cada dia que a gente passa aqui a gente vai montando a "casinha", com todo o significado psicológico da expressão (adaptação e todo o resto que se possa imaginar quando se faz uma mudança do porte da nossa), ou então com o significado literal mesmo, montando a casa arrumando e comprando tudo o que está faltando.
E no feriado da Segunda-feira?
Para variar, fomos no Heritage Park. Descobrimos a pior profissão do mundo, a desta menina aí:
O trabalho dela é cuidar dos porcos. Tem outra foto no álbum que mostra ela dentro da casinha onde os porcos comem. Para ver a foto, cliquem aqui. Se já era fedorendo do lado de fora, não quero nem imaginar como era dentro da casinha.
Tinha também os tiozinhos do velho oeste:
Eles fizeram umas apresentações de tiro mas a gente perdeu :-(
Este é o Arthur narrando o trem velho:
Este menino vai ser maquinista de trem quando crescer. Vou tentar jogar ele para o lado da engenharia (para projetar trens, vamos ver).
Olha a gente com ele:
Eu não consegui achar estes quadrinhos em português :-(
E a Soraya tirou uma foto do Arthur na escola:
Cada criança tem o seu ganchinho para pendurar seu casaco e mochila. Todo ganchinho traz o nome da criança. É importante para o inverno, quando as crianças vem totalmente encapotadas da rua.
E fui!!!
Palavras apenas, palavras pequenas. Palavras... ao vento...
Eu gosto muito de escrever. E eu descobri que fazer um blog era uma coisa legal. E ainda por cima há pessoas que lêem estas palavras ao vento que eu escrevo.
Bom. Às vezes eu escrevo algumas coisas aqui e repenso depois. Apago porque não acho que seja algo relevante. De vez em nunca eu publico alguma coisa saindo do trabalho só para apagar quando eu chego em casa.
A Soraya me vê escrevendo no blog e fica surpresa com a quantidade de palavras que eu apago quando estou escrevendo. Às vezes elimino parágrafos inteiros sem dó nem piedade. Faz parte.
Bom.
Parando de escrever sobre escrever, vou começar a escrever sobre o que merece ser escrito:
O Arthur adorou a escolinha. A gente estava bem aflito, o primeiro dia não foi dos melhores, mas no segundo as coisas já foram bem melhores. A escola já estava mais preparada para receber o Arthur, tinha uma fono para avaliar o nível de Inglês dele, a professora foi bem atenciosa, e ficamos bem mais tranquilos. O Arthur tem um amigo que vem com ele para casa (pega o mesmo ônibus), e ele também adorou todas as brincadeiras da escola (e também adorou brincar e interagir com outras crianças).
E que mais?
Hoje eu estou renovado. Foi bom o Arthur ter ido para a escola, deu uma boa sensação de "casa" para a gente. Era algo que a gente estava esperando fazia um bom tempo já. Neste final de semana a gente quer ir comprar mais umas roupas, algum joguinho para a família e passar um tempinho dentro de casa. A gente sempre tem duzentas coisas para fazer no Sábado e Domingo, e quando chega Segunda-feira, eu não aguento parar em pé.
Não me sinto mais temporário aqui. Cada dia que a gente passa aqui a gente vai montando a "casinha", com todo o significado psicológico da expressão (adaptação e todo o resto que se possa imaginar quando se faz uma mudança do porte da nossa), ou então com o significado literal mesmo, montando a casa arrumando e comprando tudo o que está faltando.
E no feriado da Segunda-feira?
Para variar, fomos no Heritage Park. Descobrimos a pior profissão do mundo, a desta menina aí:
O trabalho dela é cuidar dos porcos. Tem outra foto no álbum que mostra ela dentro da casinha onde os porcos comem. Para ver a foto, cliquem aqui. Se já era fedorendo do lado de fora, não quero nem imaginar como era dentro da casinha.
Tinha também os tiozinhos do velho oeste:
Eles fizeram umas apresentações de tiro mas a gente perdeu :-(
Este é o Arthur narrando o trem velho:
Este menino vai ser maquinista de trem quando crescer. Vou tentar jogar ele para o lado da engenharia (para projetar trens, vamos ver).
Olha a gente com ele:
Eu não consegui achar estes quadrinhos em português :-(
E a Soraya tirou uma foto do Arthur na escola:
Cada criança tem o seu ganchinho para pendurar seu casaco e mochila. Todo ganchinho traz o nome da criança. É importante para o inverno, quando as crianças vem totalmente encapotadas da rua.
E fui!!!
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Duas boas notícias
Hoje o Arthur está começando a escolinha. Uma semana de adaptação. Ele vai para a escola apenas das 1:15 até às 2:45, junto com a Soraya. Irá começar para valer apenas semana que vem. Eu estou mega-hiper-super ansioso para saber das novidades.
E também descobri que os preços das passagens aéreas Brasil-Canadá caíram quase 30% por causa do fim das férias. Uma passagem ida e volta custava 2100 Dólares Canadenses até uma semana atrás. Quase 3500 reais. Agora você consegue ir e voltar por 2597 reais, com todas as taxas já inclusas. Sensacional. Ainda é uma boa grana, se você parar para pensar, mas deu uma BOA barateada. Boa notícia, né, mãe, você vai pagar menos do que a gente tinha calculado :-)
E o motivo para isso é porque agora começaram as aulas, e a temporada de férias aqui is over.
A gente foi no Heritage Park de novo na Segunda-feira. Preciso colocar as fotos aqui :-)
Fui! Hora de trabalhar...
E também descobri que os preços das passagens aéreas Brasil-Canadá caíram quase 30% por causa do fim das férias. Uma passagem ida e volta custava 2100 Dólares Canadenses até uma semana atrás. Quase 3500 reais. Agora você consegue ir e voltar por 2597 reais, com todas as taxas já inclusas. Sensacional. Ainda é uma boa grana, se você parar para pensar, mas deu uma BOA barateada. Boa notícia, né, mãe, você vai pagar menos do que a gente tinha calculado :-)
E o motivo para isso é porque agora começaram as aulas, e a temporada de férias aqui is over.
A gente foi no Heritage Park de novo na Segunda-feira. Preciso colocar as fotos aqui :-)
Fui! Hora de trabalhar...
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
domingo, 2 de setembro de 2007
E as montanhas rochosas...
Amigos!
Neste Sábado um colega de trabalho (Eugene) me ligou chamando a gente para dar uma volta nas Montanhas Rochosas.
O Eugene e a Karina são este casal aí de baixo:
Ave, que sono. Vou terminar de escrever este post amanhà.
Em tempo, O Arthur adorou as montanhas. Adorou fazer trilha. Adorou viajar. A gente também, foi bom ver um pouco de estrada.
Vejam o álbum:
Neste Sábado um colega de trabalho (Eugene) me ligou chamando a gente para dar uma volta nas Montanhas Rochosas.
O Eugene e a Karina são este casal aí de baixo:
Ave, que sono. Vou terminar de escrever este post amanhà.
Em tempo, O Arthur adorou as montanhas. Adorou fazer trilha. Adorou viajar. A gente também, foi bom ver um pouco de estrada.
Vejam o álbum:
Canon 2007-Sep-1 |
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