quarta-feira, 26 de setembro de 2007

E hoje...

Pela manhã eu fui no Consulado Americano. Peguei o ônibus número sete, que deveria ir até o consulado, estava em um sono gostoso embalado pelo ronco do motor do ônibus, quando o mesmo pára em um ponto distante umas três ou quatro quadras daonde eu deveria ir. É como se fosse uma parada "master", onde desce meio mundo e sobe outro. Eu torcendo para o ônibus ficar parado ali mais um pouco (para eu continuar meu sono), quando a motorista vira e me fala, "sir, this bus is out of service". Perdi os dois minutinhos adicionais, merda!

Vou camelando até o lugar que eu julgo ser o consulado, erro de quadra, mas acho o prédio. No térreo você fica em uma fila, uma mulher com cara de homem pergunta se você tem hora marcada (ela não tinha tanta cara de homem assim, mas fica melhor para efeitos dramáticos), te passa o detector de metais, me pergunta o que eu tenho de tão volumoso no bolso do casaco (meu gorro), e te manda para outra fila, a do elevador. O pessoal que estava atrás de mim veio sem hora marcada e foi despachado para casa.

Pega o elevador, vai para outra fila, tira o cinto, passa por um detector de metais, torce para não bipar, as suas coisas passam pelo Raio-X, tá tudo em cima (sensível o negócio, aparece até grampo de papel), ganha um número e espera em uma sala que parece sala de espera de hospital, até TV tem.

Na parede, dois tipos de posters:
. Venha conhecer o Estados Unidos!!! E dá-lhe propaganda de todos os estados, o Canyon, os quatro presidentes naquela pedra que eu não faço a menor idéia do nome;
. Mas não venha ilegalmente! Nem apresente visto ou passaporte falsos. Você vai preso e será permanentemente banido dos Estados Unidos.

Em resumo. Passei por cinco cabines diferentes, me perguntaram várias coisas: é casado, há quanto tempo está aqui, como conseguiu seu emprego, tem cartão da empresa (não tenho), tem holerith (a gente mal recebe o salário), tem crachá (eu perdi o meu, mas também era só uma chave eletrônica), se tem filhos, se eles estão aqui, blá blá blá. Acaba tudo e ele te entrega um papel, dizendo para voltar no dia seguinte... Mas não! Não acaba aqui. Tem uma maldita Taxa de Reciprocidade. Saio de lá, pego dinheiro, volto, pago os 63 dólares (60 US dollars), passo em um restaurante que tem uma lazanha horrorosa por sete dólares (e onde o patrão ensina Inglês aos seus empregados - vamos lá, tú vuen ti), pego o trem, venho para o trabalho morto por causa do resfriado.

Ê dia... Depois eu fui com um colega de trabalho comprar umas "drogas" (remédios) para o resfriado - depois de devidamente abastecido com a medicina Canadense, fomos à uma Tim Hortons comprar café para o povo. Lá tinha um cara sendo preso. Não sei o que rolou. Só sei que tinham seis policiais (três em um "camburão" e três de bicicletas), e também que o mané chutou a porta quando estava saindo e tomou um pito de um dos policiais. Acho que ele quebrou alguma coisa e foi preso. Vai saber.

Agora yo voy para mi hogar. Resfriado é dose, tudo cansa, tudo dói, o nariz fica imprestável, tosse, no meu caso sempre vem tudo junto. Amanhã pelo menos eu tenho que sair mais cedo para ir no consulado Americano, tenho certeza que não vai levar mais do meia hora por lá. Até lá, estou sem meu querido Passaporte :-(.

Fui!

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