sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Mais um final de semana aqui na terrinha

Hoje é aniversário do meu Pai, vou ligar para ele quando chegar em casa.

E, por coincidência, meu pai faz Aniversário na virada Inverno/ Primavera no Hemisfério Sul e Verão/ Outono no Hemisfério Norte.

Pois é, o Verão está acabando. Na minha opinião, já acabou. Hoje de manhã o pessoal que vem de carro teve que raspar o gelo do pára-brisa do carro antes de sair de casa. Terça-feira nevou. Eu estou usando duas calças desde ontem porque na quarta-feira eu cheguei no trabalho com a perna "adormecida" por causa do frio.

O meu kit básico de combate ao frio agora inclui:
. Um gorro;
. Um cachecol (não é bem um cachecol. Sabe aqueles gorros que vão até o pescoço? Seria como se fosse só a parte do pescoço);
. Luvas, mas eu não uso muito e não vim com elas hoje;
. Duas calças. Uma de moletom por baixo e outra normal por cima;
. Uma camiseta, uma blusa de frio e um casaco por cima de tudo;
. Um tênis-bota.

O Arthur está indo encapotado para a escola também. De manhã é beeem frio aqui. Quero ver quando ficar frio para valer, de Janeiro a Fevereiro, quando a temperatura máxima média é abaixo de zero.

Falando no moleque, ele está uma figura. Continua adorando trens, está adorando a escola, aprendendo um pouquinho de Inglês todo dia, sempre que eu chego em casa vem correndo pelo corredor para me dar um abraço (como ele sempre fez em São Paulo e em Santos), e agora inventou de mexer no computador. Já está vendo jogos no Discovery Kids, Disney Channel e o canal de desenhos daqui, o Tree House. Eu nunca achei que isto fosse acontecer, mas a gente vai precisar ter dois computadores em casa logo, logo.

Sempre que a gente vê um carro na rua ele me diz "papai, compra aquele carro", e eu digo que não dá, por causa do dinheiro, e ele me diz que me dá as moedas do cofrinho dele. E ele também não quer carrinho, ele só fala isso quando vê aquelas Pickups enormes que o povo tem aqui.

A gente achou que o Arthur fosse sentir mais a mudança. Mas a verdade é que ele está gostando muito também. De vez em quando ele fala de alguém, mas ele nunca ficou triste por causa da distância, o que é ótimo. Ele sentiu mesmo foi quando eu fui embora do Brasil, na hora que a gente se abraçou ele nem se importou, acho que ele só foi se tocar mesmo quando eles estavam indo para Santos, dizendo para a Soraya que "meu melhor amigo foi embora, buáááá". Mas passou, agora estamos todos juntos. Eu também chorei que nem uma criança depois de 24 horas acordados, sozinho em um quarto do hotel em uma cidade estranha, na primeira vez que falei com ele, "papai, estou com saudades, quero ir para aí logo". O primeiro dia foi MUITO ruim. Depois melhorou MUITO, mas o primeiro dia é uma bosta.

Eu nem conseguia ligar a ducha na banheira. Buááá, que merda, estou aqui neste fim de mundo, chovendo pra cacete (uma das maiores chuvas que caiu nesta terra nos últimos anos aconteceu no dia em que eu coloquei meus pés aqui), a TV é uma droga e eu nem consigo tomar banho como eu quero.

Aí eu dormi e vi que o que eu precisava mesmo era dormir. É impressionante a importância de uma criança na vida da gente, ainda mais em uma família bem unida, como a nossa. É difícil ficar separado pelo tempo que a gente ficou, e eu nunca mais pretendo fazer isso e, se fizer, não vai ser por quatro semanas a fio, como aconteceu.

Bom, vou trabalhar. Hoje já fiz bastante coisas aqui. Vou fazer mais ainda.

Abraços, amigos! Fui!!!

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