Primeiro, a viagem. Saímos de Calgary para Montreal às sete da manhã, chegamos um pouco atrasados no aeroporto, mas nada demais. O vôo foi bem tranquilo, em um avião da Embraer (eu me achei o tal, fiquei procurando "Made In Brazil" em tudo que é canto mas infelizmente não tinha nada em lugar algum). Chegamos em Montreal em tempo, estava um tempo bem feio por lá, bastante neve, frio, turbulência antes da aterrisagem, uma nhaca geral. Uma vez lá, chego no departamento de imigração americana (no Canadá dá para fazer a entrada nos Estados Unidos antes da viagem - ainda em território Canadense) com umas dez malas. O cara me pergunta o que é tudo aquilo, eu digo que são equipamentos de filmagem, ele me pergunta se vale alguma coisa, eu digo que não, e fica tudo por isto mesmo. Mais outra viagem, mais outro atraso, tivemos que sobrevoar NY por meia hora até dar a hora de pousar. Chegamos e literalmente voamos até a área de embarque da Continental, que é a companhia aérea escolhida para fazer a viagem até a Espanha. O aeroporto é tão grande que você tem que pegar um trem (AirTrain) para ir de um terminal ao outro.
Suados e cansados, chegamos a tempo para o vôo em direção à Espanha. Além de estar com três poltronas só para mim (o avião estava 60% lotado, eu acho), eu ainda pude ver toda Nova Iorque de cima. Sensacional. Eu vi a parte da Ilha de Manhattan onde ficava o World Trade Center, logo depois o avião sobrevoou o Times Square, que eu reconheci porque é super iluminado, parece que pegaram um lâmpada 110 e ligaram no 220. E aí depois, só para fechar com chave de ouro, passamos por cima do Central Park, que eu sempre quis ver - não deu para ver muito do parque em sim porque já era de noite, mas as luzes eram todas muito bonitas. Foi uma vista e tanto. O Central Park é enorme, e a cidade de NY é muito bonita, vista pelo alto. Sou até obrigado a dizer que eu fiquei torcendo para a gente perder um vôo e passar um dia em NY, mas não rolou.
Chegamos a Barcelona no dia seguinte. Descemos no meio da pista, já que nem todo aeroporto de primeiro mundo tem aquele "troço" que se acopla ao avião. Com certeza esta foi uma experiência interessante. Saímos de lá e pegamos o trem em direção à Sitges, a cidadezinha onde a casa foi alugada. O trem foi uma experiência à parte. São todos enormes, e aqui trem é coisa séria - dá para ir para todo lugar com ele. No trajeto, vi algumas coisas que eu não via já fazia algum tempo, como cachorro na rua e roupa pendurada na janela (do lado de fora, bem estilo periferia). Outra coisa que eu não via fazia um tempo foi o marzão azul sem fronteira, que apareceu para a gente depois de um túnel. Dá-lhe mar. Dá-lhe Mediterrâneo. Depois que a gente chegou o povo bebum do meu trabalho foi logo emendar umas cervejas em um bar em frente à praia. E eu finalmente coloquei meus pés em outro oceano, só por uns 15 segundos que depois disso os dedos começaram a doer de tão fria que a água estava. Muito bonito o mar e a cidade em que a gente está (Sitges), parece uma "Paraty turbinada", pois é tudo bem antigo e tem muita coisa feita de pedra, mas a cidade é maior e tem mais infra-estrutura. Chegamos na casa, que é uma beleza, tem vista para o mar e mais uma meia dúzia de agrados, eu esperei dar um horário decente em Calgary (são oito horas de fuso), e liguei para a Soraya. A gente conversou por uns 15 minutos e depois eu me segurei acordado até sete da noite, quando tive que ir dormir (não queria dormir antes para forçar meu corpo a se acostumar com o novo fuso, oito horas é dureza). E hoje, fomos para Barcelona.
É engraçado o sentimento que deu quando eu fui hoje, quando eu fui na cidade. Parece um Brasil que deu certo. As pessoas se vestem como as Brasileiras, as mulheres são bonitas como as Brasileiras (o povo em geral é mais ajeitado do que o povo de Calgary), as ruas são irregulares como as ruas das cidades do Brasil (muito diferente de Calgary), os carros são praticamente os mesmos, mas as ruas são mais limpas e com certeza há menos pobreza e violência. É uma cidade muito mais pessoal do que Calgary, que pelo fato de ser muito organizada fica meio impessoal às vezes. A cidade tem algumas vistas que são muito bonitas, uma rua aqui e ali onde a luz parece "inundar" os prédios de cima para baixo, mas não é muito diferente de algumas cidades Brasileiras. Se o Brasil não tivesse os problemas que tem, poderia ser uma Espanha da vida, em minha humilde opinião. Eu talvez vá ver os pontos turísticos amanhã. Do que eu vi até agora, gostei muito. Eu já falei para a Soraya que a gente pode até tentar o projeto Espanha 2009-2010, se eu descobrir que o povo aqui mora em casas, e não só em apartamentos (aqui tem MUITO prédio, como em qualquer cidade média Brasileira).
Meio louco pensar que estou na Espanha na beira do Mediterrâneo. A minha empresa de vez em quando não paga o salário mas dá estas viagens de vez em quando. Me sinto meio subornado, mas whatever, vou conhecendo um pouqinho um mundo e tirando umas férias aqui e acolá. Pena que a Soraya e o Arthur não estejam aqui, mas eles também estão se virando bem em casa. Aliás, Sô, se você ler este post, vou ligar aí em casa mais tarde.
Ok, fui! Vou comer! Abraços...
Um comentário:
Tendo que chavear toda hora entre o Inglês e o Espanhol, o Português fica meia boca. Tem uns 10 ou 20 erros neste texto. Depois eu arrumo!
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