Bom, já vou adiantando, tiramos umas fotos mas o bonitão aqui não colocou na rede ainda. É só o notebook da Soraya que tem leitor de cartão, o meu tem que pegar aquele cabinho branco que, de uma hora para outra, se tornou obsoleto e incômodo quando comparado às novas tecnologias existentes neste mundo.
Fui filosófico agora.
Bom, Sábado, Soraya trabalhando, e eu bundando na frente da TV em casa, quando o Arthur resolve sair e ir bater na casa do vizinho (eu não achei que ele fosse mesmo, mas o danado tem iniciativa). Não tinha ninguém por lá e ele voltou para casa, meio chateado. Depois ele ficou brincando do lado de fora por mais um tempinho, já que foi um final de semana com temperaturas decentes para os padrões Calgaryanos (18 C).
Bom, lá pelas tantas chega a família que mora duas casas pra baixo da nossa, e o Arthur vai correndo brincar com o menino que mora por lá (acho que deve ter uns seis anos). O menino tem uma bicicleta e já anda sem as rodinhas (que aqui eles chamam de training wheels), o Arthur fica com cara de criança sem pirulito e a mãe do menino empresta para o Arthur a bicicleta que era da filha dela, mas que ficou pequena já que criança, sabe como é, costuma crescer se bem alimentada. Rosinha, mas o Arthur nem ligou, a gente viu aquele filme do Clint Eastwood onde ele diz:
"It takes a real man to bring in a lady in a pink Cadillac."
Eu sei que o Arthur ficou subindo e descendo a rua por uma meia hora com a bicicletinha rosa. Lá pelas tantas, a vizinha, tocada pela felicidade do menino, disse que a gente podia ficar com a bicicleta da filha dela até a gente comprar uma para o menino (o que devemos fazer esta semana). O Arthur ficou super feliz, mas depois inventou que tinha que ir até o mercado de bicicleta, o que não rola já que:
. É longe;
. Tem que atravessar uma avenida movimentada;
. A bicicleta ainda não era nossa;
. E o Arthur estava sem capacete (aqui tem que usar).
Mas vai explicar isso para uma criança? Chorou, chorou, bateu pé, tomou bronca, chorou mais, foi para o quarto e dormiu chorando. Deu até dó, coitado. Depois a Soraya chegou, a gente foi no mercado de carona com o Renato, o menino ficou bem mas ainda estava com os olhinhos inchados de tanto chorar. Nada que um McDonalds, um banho bem tomado, iogurte e cama às nove da noite não resolvam. Dia seguinte o Arthur acordou falando "bicicleta", a gente conseguiu segurar ele em casa até umas onze da manhã mas depois não teve mais jeito. Demos umas três voltas na quadra (e as quadras aqui são grandes), depois o Arthur fugiu e deu mais uma volta na quadra sozinho (no que caiu ao dar marcha-a-ré, mas sem maiores danos colaterais), e ainda me disse que entendeu "vai até o poste verde e aí dá a volta na quadra" quando eu na verdade disse "vai até o poste verde e dá meia-volta". Expliquei bem desta vez, embora eu ache que ele estivesse sendo meio malandro, e aí ele ficou dentro da área delimitada.
Bom, lá pelas tantas a Soraya foi fazer as suas coisas e lá pelas mais tantas o Renato passou em casa para a gente ir buscar a Soraya na casa da Luisa. Todo mundo brincou com a bicicleta do Arthur e depois, até eu andei de bicicleta na casa da Luisa. Foi a minha voltinha anual. A Soraya disse que eu não esqueço mais de tanto que eu andei de bicicleta quando eu morava em Santos (foi meu principal meio de transporte até os vinte anos - você sabe quando anda bastante de bicicleta quando conta quantos pneus e pastilhas de freio já teve que trocar).
É, foi um final de semana de atividades externas. O menino comeu bem, dormiu bem e o quarto dele não ficou bagunçado. Quer coisa melhor?
DE RESTO
Sem grandes novidades. Esperando o Tax Refund do Canadá, o Kb.Lo chega dia 24 de Maio, a Primavera começa a dar as caras (começam a nascer as folhinhas, timidamente, na árvore que fica no nossos jardim), diz que chove hoje, e neste final de semana estava mais quente aqui do que em São Paulo (hooorray).
Domingo eu consegui limpar decentemente o umidificador de ar, removendo todos os resíduos de sais minerais grudados no "esquentador" do mesmo. Fiquei orgulhoso do meu trabalho, espero que todos os arranhões naquela plaquinha de metal não produzam nenhum efeito colateral no futuro. Quando eu comprei o umidificador tinha um aviso dizendo "pouca manutenção, só precisa trocar um negocinho no fim da semana, mas sem filtros". Pois é, quem me dera ter um filtro agora. Eu preciso, semana sim, semana não (já que toda semana é um pouco demais):
. Encher o tanque do mesmo com uma mistura de água e cloro, para desinfetar;
. Tirar o "mineral absortion pad" e por outro;
. Colocar vinagre no "heating plate" (esquentador) e remover os depósitos de sais minerais;
. Colocar mais umas partes no cloro para garantir que todas as bactérias e afins morram, malditas;
. Lavar tudo;
. Montar tudo;
. Ligar o mesmo e deixar ele fazer seu trabalho já que o ar em casa fica mesmo seco, por causa do aquecimento.
Complicado. A Soraya disse que eu devo ser a única pessoa na terra que segue o que está escrito no manual de instruções, e eu disse que provavelmente meu pai também faz a mesma coisa :-). Quando eu era criança pequena lá em Caraguatatuba era eu mesmo que cuidava da minha bicicleta, desmontando, montando, tentando regular o maldito freio que nunca parava no lugar certo, engraxando, passando óleo, enchendo demais o pneu e estourando o coitado (lições de infância - para fazer a sua bicicleta andar rápido, deixe o pneu bem cheio - mas não a ponto de estourar - e a corrente lubrificada e regulada).
Acho que estes são os últimos acontecimentos. I have a feeling de que eu vou escrever mais aqui hoje, mas na vida só há duas coisas que são certas: a morte e os impostos.
Fui!
Um comentário:
Fala, Ravi. Fazia tempo que não visitava o seu blog :-P. Seguinte, pra remover os depósitos de cálcio e calcário, use uma solução bem concentrada de ácido acético (no vinagre tem, mas a concentração é baixa). Em geral, uma hora de molho é o suficiente, nem precisa esfregar.
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