E hoje morreu o tiozinho da barba:
Eu até que gostava da propaganda do OxiClean...
http://www.cnn.com/2009/SHOWBIZ/TV/06/28/mays.death/index.html
Sobre ele:
http://en.wikipedia.org/wiki/Billy_Mays
domingo, 28 de junho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Escrevendo de verdade
Ontem foi um dia de vento em Calgary. Ventou como não venta do pedaço de Brasil que eu vento. Ventou de ouvir os barulhos nas folhas das árvores lá de longe. Ventou tanto, mas tanto, que o barulho do trator na construção do caminho de casa para o trabalho vinha em ondas. Ventou tanto que até o pessoal que mora aqui falou que ventou mesmo.
Ontem eu fui buscar a bicicleta da secretária aqui do trabalho com a Soraya e o moleque. Eu perguntei de uma bicicleta para vender, ela disse que tinha uma que não usava mais e que eu podia ficar com a bicicleta se eu quisesse. Três semanas depois fui lá eu resgatar a magrelinha do seu ócio, mas no fim das contas era uma bela de uma bicicleta que estava só largada em um canto, com pó por todos os cantos. Falei com alguém com quem eles (ela e o marido) dividiam a casa (coisa bem comum aqui, mesmo para casais), e fomos embora. Mas toda esta história foi só uma desculpa para contar outra coisa.
Mas que bairro bonito este que eu fui ontem! É perto de casa, se chama Strathcona, e eu acho que eu nunca prestei muita atenção de fato na geografia do lugar. Tudo muito arborizado, ladeiras, algumas vistas, o barulho do vento nas folhas das árvores (este é aquele tipo de barulho bonito mas que incomoda - eu prefiro barulho de mar), algumas construções mais antigas, ruas e casas que não são pasteurizadas. Bem interessante, embora seja uma vizinhança cara (acho que mais cara do que onde eu moro).
Bom!
Falando em ruas e afins, ontem ou uns dois dias atrás eu fui almoçar com os "chefes" - o almoço foi bom, mas eu falei tanto do Brasil que depois eu fiquei pensando que eu devo ser uma companhia chata para almoços, eu sempre falo das "diferenças de Brasil e Canadá", ou "como é imigrar e o que é que a gente sente", mas são as pessoas que perguntam e eu tenho que responder, ora pois! Não me pergunte "como é que você está?" porque eu vou contar e não simplesmente abanar a cabeça!
Mas... como é imigrar? (ou simplesmente morar em outro lugar por dois anos, já que imigrar mesmo, eu não imigrei)
É... estranho.
Em relação ao Brasil, por exemplo, é como estar longe, vendo tudo acontecer do alto, sem poder participar de verdade. É como se...
...a roda continuasse a girar por lá mesmo sem a gente para empurrar.
...os nossos pais continuassem a envelhecer mesmo sem a gente lá para ver.
...as crianças continuassem a nascer sem a gente lá para tentar chutar se é menino ou menina.
...a cidade continuasse a crescer sem a gente lá para se queixar do barulho da construção.
A gente sabe que a vida continua, mas a gente não está lá para ver.
Eu vi uma foto recente das minhas irmãs (por parte de pai) e pensei "quando é que estas meninas espicharam deste jeito?". Um dia falei com a Tatá, priminha do Arthur, de quem eu me lembro falando "gugú-dadá", e ela já sabia falar frases completas, com direito a "tio Ravi" e tudo! Pode?
Acho que eu preciso falar mais com os meus amigos e com a minha família. Ando meio "home sick" já que faz um tempinho já que eu não paro para conversar ao telefone por meia hora. A última vítima foi o Kb.Lo, que estava "cochilando" à uma da manhã. Quer saber? Acho que vou ver o mar! Estava falando com a Soraya e com um outro amigo meu, meu carro já andou trezentos e vinte e cinco mil quilômetros, acho que ele aguenta mais uns dois mil!
Fui!
Ontem eu fui buscar a bicicleta da secretária aqui do trabalho com a Soraya e o moleque. Eu perguntei de uma bicicleta para vender, ela disse que tinha uma que não usava mais e que eu podia ficar com a bicicleta se eu quisesse. Três semanas depois fui lá eu resgatar a magrelinha do seu ócio, mas no fim das contas era uma bela de uma bicicleta que estava só largada em um canto, com pó por todos os cantos. Falei com alguém com quem eles (ela e o marido) dividiam a casa (coisa bem comum aqui, mesmo para casais), e fomos embora. Mas toda esta história foi só uma desculpa para contar outra coisa.
Mas que bairro bonito este que eu fui ontem! É perto de casa, se chama Strathcona, e eu acho que eu nunca prestei muita atenção de fato na geografia do lugar. Tudo muito arborizado, ladeiras, algumas vistas, o barulho do vento nas folhas das árvores (este é aquele tipo de barulho bonito mas que incomoda - eu prefiro barulho de mar), algumas construções mais antigas, ruas e casas que não são pasteurizadas. Bem interessante, embora seja uma vizinhança cara (acho que mais cara do que onde eu moro).
Bom!
Falando em ruas e afins, ontem ou uns dois dias atrás eu fui almoçar com os "chefes" - o almoço foi bom, mas eu falei tanto do Brasil que depois eu fiquei pensando que eu devo ser uma companhia chata para almoços, eu sempre falo das "diferenças de Brasil e Canadá", ou "como é imigrar e o que é que a gente sente", mas são as pessoas que perguntam e eu tenho que responder, ora pois! Não me pergunte "como é que você está?" porque eu vou contar e não simplesmente abanar a cabeça!
Mas... como é imigrar? (ou simplesmente morar em outro lugar por dois anos, já que imigrar mesmo, eu não imigrei)
É... estranho.
Em relação ao Brasil, por exemplo, é como estar longe, vendo tudo acontecer do alto, sem poder participar de verdade. É como se...
...a roda continuasse a girar por lá mesmo sem a gente para empurrar.
...os nossos pais continuassem a envelhecer mesmo sem a gente lá para ver.
...as crianças continuassem a nascer sem a gente lá para tentar chutar se é menino ou menina.
...a cidade continuasse a crescer sem a gente lá para se queixar do barulho da construção.
A gente sabe que a vida continua, mas a gente não está lá para ver.
Eu vi uma foto recente das minhas irmãs (por parte de pai) e pensei "quando é que estas meninas espicharam deste jeito?". Um dia falei com a Tatá, priminha do Arthur, de quem eu me lembro falando "gugú-dadá", e ela já sabia falar frases completas, com direito a "tio Ravi" e tudo! Pode?
Acho que eu preciso falar mais com os meus amigos e com a minha família. Ando meio "home sick" já que faz um tempinho já que eu não paro para conversar ao telefone por meia hora. A última vítima foi o Kb.Lo, que estava "cochilando" à uma da manhã. Quer saber? Acho que vou ver o mar! Estava falando com a Soraya e com um outro amigo meu, meu carro já andou trezentos e vinte e cinco mil quilômetros, acho que ele aguenta mais uns dois mil!
Fui!
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Os últimos acontecimentos!
Nestes dias de trabalho no escritório, sol que se põe tarde e preparativos para receber a família, tem sobrado pouco tempo para escrever no blog. Mas vamos tentar contar um pouco do que tem rolado nos últimos dias.
O menino...
... finalmente decidiu tentar para valer andar sem rodinhas na sua bicicleta. Faz uns dias a gente foi na Canadia Tire e ele viu um "kit ciclista mirim" que tinha um espelho, uma buzina e uma corrente com cadeado. Eu disse que eu comprava, mas só se ele prometesse tirar as rodinha (que aqui se chamam "training wheels, mas que ele apelidou de "training lucky wheels"). Ele prometeu de bate-pronto - e eu pensei "quero só ver".
Na última Segunda-feira, depois de deixar a Soraya no curso de Inglês, fui com o Arthur no Prince Island para tentar a empreitada. Ele insistiu que não queria tirar as rodinhas, e eu falei que promessa era promessa, e ele me dizendo que "promessas podiam ser quebradas", e aí eu fiz um acordo - eu ia deixar ele andar 15 minutos com as rodinhas em frente ao shopping (tem uma área bem grande sem pedestres e sem carros), e depois eu ia tirar as rodinhas para ele tentar.
Quando chegou a hora ele protestou um poouco pouco, mas com um pouco de insistência e um par de cotoloveiras ele tomou coragem. Eu fui correndo segurando no banquinho para dar equilíbrio, mas em pouco tempo ele se acertou e fomos andar no parque. O Tuiuiú foi bem, ele adorou andar na grama (com as rodinhas é bem difícil), ele demorou um pouco para aprender a sair sozinho, acertou o mesmo poste umas 4 vezes, mas no fim sobreviveu - e aprendeu - tanto que agora não quer mais saber das rodinhas.
Ontem a Soraya foi dar uma volta com ele na vizinhança, e ele pegou mais confiança para sair sozinho (dar o impulso inicial), eles deram um super passeio, passaram por cima de passarela, foram até o mercado, sensacional. Hoje eu fui com ele em um parque que fica na beira do Bow River, na parte Oeste da cidade, que passa bem perto do trilho do trem, e é um parque que eu acho muito bonito, è foi onde acabou meu passeio de bicicleta há dois anos! Andamos por uns caminhos no meio do mato, a cidade nesta época fica bem bonita porque os dentes-de-leão já se soltaram e ficam voando no vento como se fossem flocos de neve.
O verão promete.
Depois fomos até a classe de Inglês da Soraya (hoje foi o último dia de aula), onde eu conversei um pouco com o professor dela e com um colega que eu acho que é do Sri-Lanka. O mais legal foi ouvir o professor dizer que eu não precisava fazer um curso de pronunciação! Acho que eu passo no IELTS!
...
Falando em bicicleta amanhão eu vou levar a minha em um lava-rápido e ver se eu consigo tirar aquela merda de óleo de silicone que eu resolvei jogar na corrente (eu vi CHAIN OIL e pensei "é esse!"). O negócio é voltar para o WD-40 mesmo. Esta merda de óleo ainda me pingou na roda e agora a bicicleta não freia mais. Hoje eu comprei os cabos de freio novos para a bicicleta da Soraya e agora é só arrumar.
Pois é amigos!
Por hoje é só.
Fui!
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Curtas
Hoje a gente viu Casablanca. Não sei se eu já tinha visto antes (eu acho que lembro de uma parte ou outra), mas hoje eu vi e entendi - e o filme é bom. Para quem não sabe, o filme se passa em Casablanca, que é a capital do Marrocos, no norte da África. Diálogo meu com o Mohammed, que é do Marrocos:
- Diz aí, de onde você é?
- Do Marrocos, no norte da África.
- Legal. Onde é que você morava lá?
- Perto de Casablanca?
- Casablanca?
- É, Casablanca.
- Nossa, mas é igual ao filme!
Imagine se eu falo que sou do Brasil e alguém me diz - "nossa, Brazil, igual ao filme!"
Santa ignorância.
...
Hoje eu fui até um cliente da nossa empresa. Não vou dizer "visitar um cliente" porque normalmente a gente (programadores) trabalha para quem paga mais e não consegue explicar a profissão direito, e isso só ia adicionar à confusão - coloque "programa" no meio e aí demora para conseguir explicar que nariz de porco não é tomada. Neste cliente, o nosso ponto de contato é uma das pessoas mais enrolada com quem eu já trabalhei - vamos chamá-lo de "S.". Ele é o tipo de cara que você diz "azul é legal" e ele repete "eu gosto de azul desde criancinha", só para cinco minutos você dizer que "azul é uma droga" para ouvir ele repetir "não sei como que alguém pode gostar de azul".
Pois é. Fui até o prédio onde a empresa fica, que tem até jardim com peixes e tartarugas do lado de dentro, fui recebido, fui até o escritório, e aí vem o chefe do S. chamar ele para uma reunião. Ele me leva até o lado de fora do escritório, onde tem o jardim, me dá 3 dólares e me diz "vai lá comprar um Muffin".
A minha vontade foi responder que "olha, eu acho que eu posso pagar pelo meu café da manhã", mas eu resolvi ser mais educado e emendei um "não se preocupe, eu já tomei café da manhã", devolvi as moedas e fui esperar por 15 minutos, que por fim se tornaram 45 minutos, quando ele apareceu chateado reclamando do tal do "jogo político", que depois eu fui saber que era as pessoas que ele deveria ajudar querendo tirar ele do jogo, já que o cidadão não resolve o problema de ninguém.
"Vai lá comprar um Muffin" - esta eu não vou esquecer.
No fim das contas foi tudo bem. A chefona, sobre a nossa competência eu tinha que convencer, ficou feliz com o que viu, a manhã passou rápido, eu voltei para o escritório e depois eu fui para a escola do Tutú, porque...
...
... hoje foi o dia do "Show and Tell", ou algo que o valha. Os pais vão na escola, os filhos abrem um sorriso de orelha a orelha (pena que a gente não estava com a máquina pronta na hora), e a gente aprende sobre o que eles fizeram durante o ano. Foi bem legal - pena que algumas crianças choraram porque os pais não puderam ir, deu uma dó. A gente tirou algumas fotinhos, depois vou por no blog.
...
Acho que por hoje é só. A caranga está indo bem, o GPS (eu comprei um GPS baratinho) é como a "visão além do alcance" (eu deixo ele de um jeito que dá para ver quase 1 km de mapa em volta daonde eu estou), o trabalho está evoluindo, eu comprei mais dois livros de programação, e por hoje é só!
Fui!
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Esta era a van azul!
sábado, 13 de junho de 2009
Banff Gondola
Bom, já temos mais um lugar para visitar quando a família (pai & companhia em Julho, mãe em Agosto) vier visitar.
Banff Gondola!
Sensacional... Fotos aí embaixo. No fim tem umas fotos do tremendão - onze anos depois das outras fotos que eu coloquei.
Fui!
Banff Gondola!
Sensacional... Fotos aí embaixo. No fim tem umas fotos do tremendão - onze anos depois das outras fotos que eu coloquei.
Fui!
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Curtas
Hoje depois que a Soraya foi no médico fomos em um parque na cidade, perto do nosso primeiro apartamento, onde o pessoal do meu último emprego tinha marcado de jogar vôlei "de praia" - tinha uma areia marrom lazarenta que ralou meu joelho quando eu fui tentar resgatar uma bola - e foi bem legal. Jogamos dois sets, perdemos os dois, mas não foi por muito. Eu fiz alguns pontos, resgatei algumas bolas, tentei fazer um ou dois ataques que acabaram na rede, acertei vários saques (fiz 5 pontos em sequência), tentei fazer o povo acertar a formação na hora de receber o saque adversário (éramos em seis, como em um jogo normal), mas a pessoa da rede teimava em tentar receber a bola - o que é errado já que você tem que saber onde jogar a bola na hora de receber.
Mas foi bom saber que eu ainda sei o básico do básico. Talvez eu volte lá semana que vem para jogar mais uma partida, ou quem sabe, duas. O Arthur e a Soraya ficaram brincando no parquinho - o programa "canse o menino" está agora em andamento, para ver se o pequeno sonâmbulo dorme a noite inteira - nos dias em que a gente "cansa" ele, o sono vem que é uma beleza.
...
Algumas coisas legais do tremendão (o nome da van vermelha):
. Ela não parece tão velha já que o modelo em questão ficou "no ar" por vários anos;
. Tem porta dos dois lados;
. O banco mais de trás corre para frente e as bicicletas couberam direitinho quando este banco fica rebatido;
. O ar condicionado funciona - mas tem um cheirinho estranho, que deve dar para tirar com um spray X vendido na Canadian Tire.
Agora é hora de pegar estrada (como se a viagem de volta de Tree Hills não valesse).
...
Coisas que eu aprendi no trabalho nos últimos dias:
. Hibernate Annotations;
. Que Hibernate Annotations não é uma bala de prata e que talvez eu tenha que ir com o bom e velho JDBC mesmo;
. Que ontem o cara das Arábias disse que tinha um negócio pronto sendo que ele não testou - e o troço explodiu na cara do cliente - e que hoje o Zé Buscapé (nem o Fabrício reclamava tanto) disse que não ia dar para resolver o problema porque o futuro Papai Noel faltou e só tinha o patriarca. Eu só sei que fiquei feliz que não sobrou para mim já que eu fiz o dever de casa, mas, olha, a chefa ficou brava;
. Que antívirus não presta para nada mesmo. Um dos clientes da gente disponibilizou um computador para fazermos conexão remota, e na hora de usar o bichinho descobrimos que ele era um feliz e contente criadouro de diversos vírus de computador - isso com o McAffe lá na barra de tarefas comendo metade dos recursos da máquina. Hoje eles limparam o computador mas eu preciso lembrar de não rodar nada que eles mandem para a gente;
. Que é bom quando não tem um prazo ABSURDAMENTE apertado e dá para atingir 90% de test coverage. E que é mais legal ainda quando dá para usar HSQLDB como base de dados para testes.
E nos últimos dias:
. Eu finalmente estou aprendendo a usar Java Generics direito - indo além do básico;
. Eu finalmente perdi o medo de usar hashes, equals e toda esta parafernália na hora de importar dados, montar tabelas e afins - e nesta jornada, meus programas diminuíram de tamanho, usam menos memória, rodam mais rápido e não reclamam da vida.
Na verdade eu aprendi muitas coisas nos últimos anos. É por isso que eu me considero tendo dez anos de experiência, e não um ano de experiência dez vezes seguidas, como é o caso com muitas pessoas. Infelizmente este aprendizado dos últimos anos se limita ao mundo Java (que não deixa de ser fascinante), mas eu sinto o trem passando na plataforma .NET.
Algumas coisas que eu absorvi depois de ler dois livros, Code Complete e Effective Java:
. Minha "capacidade de abstração" na hora de desenhar classes, métodos e soluções melhorou bastante;
. Eu aprendi o valor de classes imutáveis - e, por causa disso, como eu escrevi acima, aprendi a usar hashes, equals e afins para casar entidades de origens diferentes de forma eficiente, necessidade se o meu título é "integration specialist";
. Não só eu que acho que Java Desktop é mais ou menos mal desenhado;
. Pseudo-code é legal.
Acho que está bom de falar do meu trabalho. Eu realmente gosto do que eu faço e tem hora que dá vontade de falar um pouco mais da profissão - já que responder "operador de computadores" nem sempre define bem o que eu faço.
Aqui no Canadá tem uma coisa que é bem diferente para programadores, engenheiros de computação, desenvolvedores (o título que eu gosto mais) e afins - não há, como no Brasil, uma "obrigatoriedade" de ir para áreas de gerência depois de um tempo, nem aquela pergunta ridícula - "onde você se vê daqui a cinco anos?" - para o qual a melhor resposta é - "longe daqui, já que por causa "do vento" (lembra do filme Chocolate), eu não fico mais de três anos no mesmo lugar". Me parece comum aqui encontrar programadores (aham, desenvolvedores) de 40, 50 anos, que se mantém atualizados e que ainda contribuem de maneira eficiente para o ambiente de trabalho.
Não é vergonha não querer ser chefe.
...
Ainda no técniquês, nestes últimos dias eu comecei a usar mais o Google Chrome. Em casa, porque é mais rápido no meu notebook lazarento e, no trabalho, também porque é mais rápido. E também vou começar a ver qual é a que é do Bing, o Google da Microsoft.
Fui!
Mas foi bom saber que eu ainda sei o básico do básico. Talvez eu volte lá semana que vem para jogar mais uma partida, ou quem sabe, duas. O Arthur e a Soraya ficaram brincando no parquinho - o programa "canse o menino" está agora em andamento, para ver se o pequeno sonâmbulo dorme a noite inteira - nos dias em que a gente "cansa" ele, o sono vem que é uma beleza.
...
Algumas coisas legais do tremendão (o nome da van vermelha):
. Ela não parece tão velha já que o modelo em questão ficou "no ar" por vários anos;
. Tem porta dos dois lados;
. O banco mais de trás corre para frente e as bicicletas couberam direitinho quando este banco fica rebatido;
. O ar condicionado funciona - mas tem um cheirinho estranho, que deve dar para tirar com um spray X vendido na Canadian Tire.
Agora é hora de pegar estrada (como se a viagem de volta de Tree Hills não valesse).
...
Coisas que eu aprendi no trabalho nos últimos dias:
. Hibernate Annotations;
. Que Hibernate Annotations não é uma bala de prata e que talvez eu tenha que ir com o bom e velho JDBC mesmo;
. Que ontem o cara das Arábias disse que tinha um negócio pronto sendo que ele não testou - e o troço explodiu na cara do cliente - e que hoje o Zé Buscapé (nem o Fabrício reclamava tanto) disse que não ia dar para resolver o problema porque o futuro Papai Noel faltou e só tinha o patriarca. Eu só sei que fiquei feliz que não sobrou para mim já que eu fiz o dever de casa, mas, olha, a chefa ficou brava;
. Que antívirus não presta para nada mesmo. Um dos clientes da gente disponibilizou um computador para fazermos conexão remota, e na hora de usar o bichinho descobrimos que ele era um feliz e contente criadouro de diversos vírus de computador - isso com o McAffe lá na barra de tarefas comendo metade dos recursos da máquina. Hoje eles limparam o computador mas eu preciso lembrar de não rodar nada que eles mandem para a gente;
. Que é bom quando não tem um prazo ABSURDAMENTE apertado e dá para atingir 90% de test coverage. E que é mais legal ainda quando dá para usar HSQLDB como base de dados para testes.
E nos últimos dias:
. Eu finalmente estou aprendendo a usar Java Generics direito - indo além do básico;
. Eu finalmente perdi o medo de usar hashes, equals e toda esta parafernália na hora de importar dados, montar tabelas e afins - e nesta jornada, meus programas diminuíram de tamanho, usam menos memória, rodam mais rápido e não reclamam da vida.
Na verdade eu aprendi muitas coisas nos últimos anos. É por isso que eu me considero tendo dez anos de experiência, e não um ano de experiência dez vezes seguidas, como é o caso com muitas pessoas. Infelizmente este aprendizado dos últimos anos se limita ao mundo Java (que não deixa de ser fascinante), mas eu sinto o trem passando na plataforma .NET.
Algumas coisas que eu absorvi depois de ler dois livros, Code Complete e Effective Java:
. Minha "capacidade de abstração" na hora de desenhar classes, métodos e soluções melhorou bastante;
. Eu aprendi o valor de classes imutáveis - e, por causa disso, como eu escrevi acima, aprendi a usar hashes, equals e afins para casar entidades de origens diferentes de forma eficiente, necessidade se o meu título é "integration specialist";
. Não só eu que acho que Java Desktop é mais ou menos mal desenhado;
. Pseudo-code é legal.
Acho que está bom de falar do meu trabalho. Eu realmente gosto do que eu faço e tem hora que dá vontade de falar um pouco mais da profissão - já que responder "operador de computadores" nem sempre define bem o que eu faço.
Aqui no Canadá tem uma coisa que é bem diferente para programadores, engenheiros de computação, desenvolvedores (o título que eu gosto mais) e afins - não há, como no Brasil, uma "obrigatoriedade" de ir para áreas de gerência depois de um tempo, nem aquela pergunta ridícula - "onde você se vê daqui a cinco anos?" - para o qual a melhor resposta é - "longe daqui, já que por causa "do vento" (lembra do filme Chocolate), eu não fico mais de três anos no mesmo lugar". Me parece comum aqui encontrar programadores (aham, desenvolvedores) de 40, 50 anos, que se mantém atualizados e que ainda contribuem de maneira eficiente para o ambiente de trabalho.
Não é vergonha não querer ser chefe.
...
Ainda no técniquês, nestes últimos dias eu comecei a usar mais o Google Chrome. Em casa, porque é mais rápido no meu notebook lazarento e, no trabalho, também porque é mais rápido. E também vou começar a ver qual é a que é do Bing, o Google da Microsoft.
Fui!
terça-feira, 9 de junho de 2009
A van vermelha
Pois é.
Acabou o reinado da Mystery Machine. A partir de ontem à noite, o nosso meio de transporte agora é uma Caravan quatro anos mais nova, 1998, com impressionantes 324000 kms no odômetro (mas com o motor e a transmissão que tem a metade disso), vermelha, com tanto pó que eu achei que merecia uma multa hoje depois de bater os tapetes no lava-rápido.
A gente comprou com um tal de Rod, que já vendeu outros carros para outros Brasileiros - a idéia era ir ver o carro e aí decidir se a gente ia querer comprar ou não, mas já sabendo que a gente provavelmente ia levar a caranga já fui com o din-din no bolso. Depois de se perder e dirigir por 3 horas decidimos que, a não ser que o carro estivesse MUITO zoado, ia ser ele mesmo. Deixei a Mystery por lá, ela, coitadinha, com a transmissão pipocando só valia mesmo os 300 dólares que eu acordei com o Sr. Sujinho, dei a diferença e saí com a van vermelhinha.
Suja. Mas suja. Mas, olha, suja. Mas suave, sem chacoalhões quando o velocímetro chega nos 60 km/h, sem transmissão pipocando, sem barulhos estranhos, com o pedal do acelerador macio, com o espelho que não treme, com o rádio que, bem, é exatamente a mesma coisa. Um brinquedo em bom estado para os 1200 dólares que ele pediu. E eu só levei porque uma outra mulher que foi ver o carro não queria uma van vermelha. 1200 dólares e ainda fica querendo escolher a cor do carro!
E tem sete lugares! Yay!
Como eu disse aí em cima, hoje fomos lavar o carro. Muita terra vermelha depois, muitoa espuma no carpete depois, agora o carro está mais limpinho. A idéia é continuar aspirando o carro (em casa mesmo), até que a camada de pó desapareça - mas, olha, está dando gosto de ver. Como este carrinho anda macio, a gente está com mais confiança de pegar estrada.
E não vaza óleo! E o ar-condicionado funciona! E tem porta dos dois lados! Só não tem piloto automático, o que quer dizer que eu vou ter que dirigir o carro eu mesmo. Mas faz parte.
Estamos felizes com o carrinho novo. Se ele andar bem vamos ficar com ele por um tempinho, não só por uns meses como tínhamos pensado. Se continuar como está, vai ser um passeio tranquilo.
O modelo é igual à este:
Claro que 11 anos e oito voltas no mundo depois ela não é mais a formosura da foto acima, mas não fica muito longe não!
E de carro velho o mundo anda! Vantagem por vantagem, continuo sem dívida aqui por estas terras.
É isso aí. Esta van também veio com menos adesivos do que a Mystery Machine. No final de semana o esquema é tirar o resto de terra das juntas do carro, limpar o sistema de ventilação (que está mais ou menos limpo), aspirar, aspirar, aspirar, limpar os vidros por dentro, e ir deixando o carro mais leve.
Vamos ver se agora a gente põe mais o pé na estrada.
Fui!
Acabou o reinado da Mystery Machine. A partir de ontem à noite, o nosso meio de transporte agora é uma Caravan quatro anos mais nova, 1998, com impressionantes 324000 kms no odômetro (mas com o motor e a transmissão que tem a metade disso), vermelha, com tanto pó que eu achei que merecia uma multa hoje depois de bater os tapetes no lava-rápido.
A gente comprou com um tal de Rod, que já vendeu outros carros para outros Brasileiros - a idéia era ir ver o carro e aí decidir se a gente ia querer comprar ou não, mas já sabendo que a gente provavelmente ia levar a caranga já fui com o din-din no bolso. Depois de se perder e dirigir por 3 horas decidimos que, a não ser que o carro estivesse MUITO zoado, ia ser ele mesmo. Deixei a Mystery por lá, ela, coitadinha, com a transmissão pipocando só valia mesmo os 300 dólares que eu acordei com o Sr. Sujinho, dei a diferença e saí com a van vermelhinha.
Suja. Mas suja. Mas, olha, suja. Mas suave, sem chacoalhões quando o velocímetro chega nos 60 km/h, sem transmissão pipocando, sem barulhos estranhos, com o pedal do acelerador macio, com o espelho que não treme, com o rádio que, bem, é exatamente a mesma coisa. Um brinquedo em bom estado para os 1200 dólares que ele pediu. E eu só levei porque uma outra mulher que foi ver o carro não queria uma van vermelha. 1200 dólares e ainda fica querendo escolher a cor do carro!
E tem sete lugares! Yay!
Como eu disse aí em cima, hoje fomos lavar o carro. Muita terra vermelha depois, muitoa espuma no carpete depois, agora o carro está mais limpinho. A idéia é continuar aspirando o carro (em casa mesmo), até que a camada de pó desapareça - mas, olha, está dando gosto de ver. Como este carrinho anda macio, a gente está com mais confiança de pegar estrada.
E não vaza óleo! E o ar-condicionado funciona! E tem porta dos dois lados! Só não tem piloto automático, o que quer dizer que eu vou ter que dirigir o carro eu mesmo. Mas faz parte.
Estamos felizes com o carrinho novo. Se ele andar bem vamos ficar com ele por um tempinho, não só por uns meses como tínhamos pensado. Se continuar como está, vai ser um passeio tranquilo.
O modelo é igual à este:
Claro que 11 anos e oito voltas no mundo depois ela não é mais a formosura da foto acima, mas não fica muito longe não!
E de carro velho o mundo anda! Vantagem por vantagem, continuo sem dívida aqui por estas terras.
É isso aí. Esta van também veio com menos adesivos do que a Mystery Machine. No final de semana o esquema é tirar o resto de terra das juntas do carro, limpar o sistema de ventilação (que está mais ou menos limpo), aspirar, aspirar, aspirar, limpar os vidros por dentro, e ir deixando o carro mais leve.
Vamos ver se agora a gente põe mais o pé na estrada.
Fui!
sábado, 6 de junho de 2009
quinta-feira, 4 de junho de 2009
E olha...
... eu fui trabalhar de bicicleta na Terça-feira. E olha, vou falar que aquela marcha mais levinha, aquela da coroa pequena e da catraca grande, aquela que você dá 2 ou 3 pedaladas a cada metro, aquela que sempre é acompanhada por um gordinho em cima da magrela, aquela, aquela me salvou o dia.
Porque se não fosse pela coroa pequena e pela catraca grande eu talvez até fosse, mas voltar, eu não voltava não! Até que foi tranquilo para ir, saí de casa 7:45, 7:50, cheguei no trabalho 8:15, uns 25 ou 30 minutos depois - como o trabalho fica a 6 KM de casa, acho que eu fui a uns 12 km/ hora. A ida foi realmente tranquila, principalmente porque eu acho que durante a ida eu vou para baixo, mas na volta, eu vou para cima, e aí o pudim desanda. O mais engraçado foi que na ida um pedaço da bicicleta ficou no caminho (um refletor na roda dianteira), e na volta, eu percebi que a roda da frente está um pouco torta e eu preciso fazer a tal da regulagem nos aros da roda (diz que gira e diz que dá para desempenar - ou empenar mais). Quando eu era criança e ia passar a tarde na bicicletaria do Artista (era o apelido da figura, lá em Caraguatatuba), para tentar aprender a arte do ofício, sempre ficava admirado quando aparecia uma roda para desempenar. Só faltava pegar o diapasão, bater na roda e ver qual é o barulho.
Diz que aqui vende o kit. Quero ver quanto é que custa...
Agora os dias de ir trabalhar de bike vão ter que ficar engavetados até a Soraya acabar o Inglês ou o Quiroprata - o bom é que nas Segundas e Quartas eu e o Arthur largamos a Soraya no curso e vamos passear no parque. O Arthur que não quer tirar as rodinhas da bicicleta e eu com a minha bicicleta verde.
Aliás, preciso desmontar a bicicleta inteira e lavar com água e sabão para tirar a camada de óleo que o animal aqui deixou na magrelinha no desespero de fazer a corrente rodar da catraquinha para a coroona. A roda de trás, eu nem consigo frear.
...
Que mais?
Nada demais... Fomos na Garage Sale, vimos algumas coisinhas interessantes, o Kijiji é legal, o trabalho está indo bem, talvez eu consiga fazer o pessoal implementar o tal do Agile Scrum, e é isso aí pessoal.
Fui!
Assinar:
Postagens (Atom)