sexta-feira, 26 de novembro de 2010

As novas

Quando eu era criança eu corria pela rua com o tronco para frente:



A minha lógica é que correndo assim eu gastava menos energia e ia mais rápido, sem me cansar. A minha memória é mais imaginativa do que eu e na minha cabeça eu voava e só encostava no chão a cada dois metros. É claro que não era assim e a minha cabeçona aí em cima não é um exagero.

Eu sou cabeçudo. Não cabeça dura, mas cabeçudo. Eu acho que eu devo ter caído várias vezes na minha infância devido ao centro de gravidade alterado.

Uma coisa que me deixava apavorado era descer ladeira correndo e perder o controle na descida e descambar a descer à toda velocidade apavorado achando que a morte vai chegar a qualquer momento. Perto da casa que eu morava em Caraguá tem um mini-morro que a gente chama de morro da pedra. Este "morro da pedra" tem uns paredões e umas duas vezes eu acho que eu pensei "fudeu".

Teve algumas outras ocasiões em que eu achei que eu não fosse ver o sol nascer de novo. Eu quase me afoguei duas vezes (uma quando eu era criança em uma cachoeira, e outra quando a Soraya já estava grávida do Arthur mas a gente não sabia ainda, em Florianópolis). Eu tomei dezenas de choques elétricos, mas um me desconjuntou tanto que os meus nervos ficaram malucos por uma boa meia hora. E eu fiquei com medo de tomada por um tempão, eu não queria dormir perto de tomada nem ligar nada na energia.

Na verdade eu ainda tenho medo de ligar coisa na tomada. Eu sempre viro o rosto para o outro lado na hora "H". Isto é um reflexo aprendido no meu primeiro emprego depois de ver um monitor explodir.

A Hannah pegou um resfriado, mas ela está melhorando um pouquinho a cada dia. A cada dia que passa ela também fica mais alerta e parece ficar mais ciente do mundo à sua volta. O Arthur adora a irmãzinha e os ciúmes dele melhoraram bastante. Esta fase ainda é complicada, mas já tendo passado por tudo uma vez facilita as coisas. A Hannah nasceu numa época bem fria, mas a gente tem se virado. Pelo menos agora esquentou e a temperatura hoje é de refrescantes 5 graus.

Eu tenho trabalho a fazer. Mas eu optei por guardar meia hora para o blog.

Nevou. Bastante. Neve é um negócio branco que gruda no chão e que deixa o ato de dirigir bem mais interessante, já que a neve também é lisa. É uma pena que o meu carro não tenha freio de mão (não dá para dar cavalos de pau), nem tração traseira (não dá para sair de lado), mas dá para virar na esquina a 30 graus e corrigir o carro no braço. É bom saber fazer estas coisas para quando isto acontecer sem você querer, e estas coisas acontecem.

Agora que esquentou a meleca marrom que eles jogam na estrada começou a grudar no carro. O carro fica tão sujo, mas tão sujo, que a gente lava ele sabendo que a caca vai voltar no dia seguinte, só para termos a certeza que a camada de qualquer que seja aquele gosma não fique grossa o suficiente para ser permanente.

PS: A cidade está bonita branquinha.

Acho que eu vou embora...


... é Sexta-feira!

Freeeeeeeeeeeeeeedom!!!

Fui!!!

PS: Eu estou morrendo de sono. Feliz, mas cansado. O Arthur está tão grande, daqui a pouco ele está batendo no meu ombro. E ele está pesado. A Hannah é tão leve comparada ao Arthur que eu tenho que tomar cuidado para não jogar ela no teto.

Fui!

3 comentários:

César, Valéria, Lara e Anaclara disse...

Seu anjo da guarda e pra la de forte, hein?

E a vida segue...

Soraya Wallau disse...

Cara, eu chorei de dar risada e os meus pontos quase viraram um sorriso.
Bjinhos

Carlos ( KK ) disse...

Oi Ravi... Assim que as coisas estiverem mais calmas por aí, vamos marcar para conhecer a nova herdeira da fortuna dos Wallau.

Abraços