Fui para o Canadá agora em Setembro, passei dezessete noites por lá, eu lembro bem porque o cara do hotel falou "uau, você vai ser nosso hóspede por um tempo". Fui à trabalho, eu ainda trabalho para a mesma empresa Canadense de antes, e acho que estou indo para o terceiro ou quarto ano de trabalho consecutivo para eles, o que é bom depois de mudar de emprego duas vezes em dois anos.
Fui pelos Estados Unidos. Primeiro, Washington, DC, depois Houston, Texas, depois Calgary. Em Houston eu comprei uma miniatura de ônibus espacial para o Arthur, e a passagem pelos Estados Unidos foi tranquila. Pela primeira vez eu consegui dormir bem no avião, eu coloquei uns plugues de ouvido que eu comprei para usar com a furadeira, e a sensação que eu tive no avião foi de que alguém desligou os motores. Acho que é por causa do barulho que eu nunca conseguia dormir.
Chegando em Calgary eles me deram um pouco de trabalho porque 17 dias é muito tempo para uma viagem de negócios - e é um pouco demais mesmo. Eu conversei com a minha chefe e eles me disseram que eles não me chamaram antes para ir ao Canadá porque eles estava com medo de fazer pressão em mim, mas eu disse que eu gosto de viajar, e que se o período da viagem for menos (uma semana), e a frequência, maior (umas duas vezes por ano), fica mais fácil para a Soraya administrar os assuntos da casa sozinha. Vamos ver.
Antes de eu ir para o Canadá a única viagem de "negócios" que eu fiz foi ir de mini-van até São Paulo fazer um curso de eu nem lembro mais o quê. Bom, antes de eu ir para o Canadá eu só tinha feito viagem de avião quando eu era bem pequeno e nem tinha idéia do que era voar. Agora eu sei que o mundo é pequeno... De noite você sai de um canto do globo, de manhã você está em outro.
Calgary está igual! Não mudou nada em um ano! Foi bom rever os amigos que a gente deixou para trás. Consegui ver quase todo mundo, mas faltaram umas visitinhas que eu vou ver que fazer da próxima vez que eu for à Calgary. Fui até as montanhas com o Octávio & família, e pude mostrar para eles o que tem no final da trilha do Moraine Lake - indo por baixo, beirando o lago, sem subir a montanha, tem uma corredeira e do lado da corredeira, as árvores meio que "suspendem" o solo, e dá para ver água correndo por dentro dos buracos - um efeito muito louco.
Depois de morar 4 anos em Calgary, não estava com muito pique de ir muito longe a não ser para ir até as montanhas. Eu queria mais é rever os amigos, ir comer comida vietnamita, e levar um monte de tralha para casa.
Mas foi bom rever a cidade. Em Agosto, final do verão, friozinho à noite mas um solzinho gostoso de dia, vem aquele cheiro de eucalipto quando chove... As ruas de Calgary estavam lindas com o verde que ainda marcava presença. É uma realidade diferente da do Brasil, e ter a oportunidade de visitar Calgary é um privilégio que eu quero extender à minha família assim que for possível. É bom matar a saudade de um lugar onde você viveu por tanto tempo. O Arthur foi alfabetizado aqui, a Hannah é Canadense.
Acho que meio que me desacostumei a escrever depois de tanto tempo.
Na volta, passei o dia em Chicago. O avião chegou lá de manhã e o vôo para ir embora era só à noite. Duas coisas que me atrapalharam - eu não consegui dormir à noite, já que eu tinha que acordar às três da manhã e eu fiquei com medo de perder a hora - e não tinha armário para deixar mala no aeroporto de Chicago (por causa do 11 de Setembro), então tive que levar a mala de rodinha para cima e para baixo, e a mala de mão estava bem pesada. Mas eu consegui ir ver o tal do Cloud Gate, e olha, o feijãozinho prateado gigante é muito louco. O pouco que eu vi de Chicago foi muito legal. A cidade é muito bonita, o lago Michigan é imenso, os prédios são sensacionais e é fácil de se locomover. Pena que aparentemente só tem um orelhão no centro da cidade, na biblioteca pública, onde também tem free wi-fi e de onde eu pude acessar à Internet.
Dia seguinte voltei, cheio de tralha para entregar para todo mundo. Foi bom viajar, foi melhor voltar.
Vou ver se arrumo mais sobre o que escrever aqui - trabalhando de casa, com a Soraya levando as crianças na escola por causa da loja, fico meio sem ver muito do mundo. O que dá para dizer é que eu pratico continuamente o meu Inglês, ficando em média de uma à duas horas no telefone todos os dias falando com os brothers from another country.
Fui!
PS: As fotos estão aí:
Google+ 2012-09-12