A lavandeira onde eu trabalho
Os Russos que trabalhavam aqui na empresa já se foram. Era o casal Rússia. A minha sala, antes com 11 pessoas, agora tem 4. Um está procurando emprego, o outro vai sair em Setembro quando voltarem as aulas na faculdade, e eu só estou esperando a carta do Papai Noel pelo correio. Só resta um. Parece nome de jogo. A gente brincou e disse que ele pode usar qualquer computador que ele quiser (ou todos ao mesmo tempo), ou então ele pode fazer uma barricada com as mesas ou fazer um labirinto na nossa sala vazia.
A carta de demissão do casal Rússia era fechada por um "we will not see you", e o velhinho pirata (ele estava com uma bandana em um dos olhos) ficou meio sem saber o que fazer. Ele realmente achava que o Russo estava trabalhando com construção civil (um desenvolvedor?!), e que a Russa ia voltar de férias. Ele até tirou sarro dizendo que o Russo não ia durar duas semanas levantando paredes. Ó coitado. A gente acha que é uma coisa psicológica. Ele é meio velhinho já, e se acha tanto o dono da razão que na cabeça dele está todo mundo feliz de trabalhar para um ser tão superior. Sei lá, deve ser algo assim. Segundo um dos colegas de trabalho, talvez agora ele saiba que ele fez uma bela de uma cagada. Tomara que ele consiga fazer mais pagamentos atrasados até chegar a minha hora. E vai ser um baque também, porque como eu estou aqui com uma permissão de trabalho, na cabeça dele eu sou "eterno". Tipo diamante. Tô fora. Minha validade já expirou, estou que nem pão velho, criando mofo verde pelas bordas.
O carro do vizinho
Estou cuidando da casa do vizinho. Ele me disse para usar o carro se a gente precisasse. Ontem a gente foi no mercado, e eu mandei um SMS dizendo que eu ia usar o carro para não precisar de um táxi depois. De consciência limpa (a resposta, um "go for it", só veio depois que a gente voltou do mercado), fui na garagem dele para escolher qual carro usar. Ou era uma van imensa (nova), ou era um Ford Fusion (novo). Fui no menor, o Ford Fusion. Não sei como o cara consegue deixar um carro tão limpinho com duas crianças na casa, mas o fato é o que o carro estava impecável. Eu dirigi na ponta dos dedos. O bom nem é voltar da SuperStore de carro (a única diferença para um táxi são os dez dólares e o fato de não ter que esperar), o bom é ir e não precisar andar os 1000 metros que separam a loja do ponto de ônibus.
O único problema que eu achei que eu fosse ter era na hora de estacionar o carro, já que o manobrista do meu vizinho entra de ré na garagem. E para saber a distância exata da parede em um carro com espelhos que tem a mensagem "objects in this mirror are closer than they appear" (objetos neste espelho estão mais próximos do que parece) que você nunca dirigiu antes? Pois é. Engato a ré e começa um beep-beep. Vou chegando mais perto da parede e o beep-beep fica mais rápido. Se deixar de ser beep-beep e virar um apito, é hora de parar. Sensacional, embora eu tivesse me sentindo em um andador para bebês. Nem precisou chegar no apito, eu regulei a frente pela van imensa e deu tudo certo. Óbvio que eu conferi se o pára-choque do carro não estava no caminho da porta da garagem, tem uma propaganda da Canadian Tire em que a porta da garagem decapita o pára-choque do carro e eu não queria passar pelo mesmo problema.
Na casa do vizinho tem uma gata de 13 anos. Meio temperamental. Quando está fora de casa, quer entrar. Quando está dentro, quer sair. Ontem, depois de voltar do mercado, ela resolveu dar uma saída, esfregas as costas no concreto por uns dez minutos e depois voltar. Voltar não, eu tive que carregar ela para dentro porque ela queria mais é dormir vendo as estrelas.
O peixe
A gente tem um peixe beta. Vermelho. E eu esqueci o nome dele. Não que ele vá ligar, mas é bom saber.
Superstore
A Superstore está com umas promoções boas. A Soraya comprou um cinto por 94 centavos e tem roupas bem baratas também, assim como um DVD player de 19 dólares. Pelo menos a do Signal Hill. Vale a pena.
Fim dos curtas...
Fui!
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