- Diz aí, de onde você é?
- Do Marrocos, no norte da África.
- Legal. Onde é que você morava lá?
- Perto de Casablanca?
- Casablanca?
- É, Casablanca.
- Nossa, mas é igual ao filme!
Imagine se eu falo que sou do Brasil e alguém me diz - "nossa, Brazil, igual ao filme!"
Santa ignorância.
...
Hoje eu fui até um cliente da nossa empresa. Não vou dizer "visitar um cliente" porque normalmente a gente (programadores) trabalha para quem paga mais e não consegue explicar a profissão direito, e isso só ia adicionar à confusão - coloque "programa" no meio e aí demora para conseguir explicar que nariz de porco não é tomada. Neste cliente, o nosso ponto de contato é uma das pessoas mais enrolada com quem eu já trabalhei - vamos chamá-lo de "S.". Ele é o tipo de cara que você diz "azul é legal" e ele repete "eu gosto de azul desde criancinha", só para cinco minutos você dizer que "azul é uma droga" para ouvir ele repetir "não sei como que alguém pode gostar de azul".
Pois é. Fui até o prédio onde a empresa fica, que tem até jardim com peixes e tartarugas do lado de dentro, fui recebido, fui até o escritório, e aí vem o chefe do S. chamar ele para uma reunião. Ele me leva até o lado de fora do escritório, onde tem o jardim, me dá 3 dólares e me diz "vai lá comprar um Muffin".
A minha vontade foi responder que "olha, eu acho que eu posso pagar pelo meu café da manhã", mas eu resolvi ser mais educado e emendei um "não se preocupe, eu já tomei café da manhã", devolvi as moedas e fui esperar por 15 minutos, que por fim se tornaram 45 minutos, quando ele apareceu chateado reclamando do tal do "jogo político", que depois eu fui saber que era as pessoas que ele deveria ajudar querendo tirar ele do jogo, já que o cidadão não resolve o problema de ninguém.
"Vai lá comprar um Muffin" - esta eu não vou esquecer.
No fim das contas foi tudo bem. A chefona, sobre a nossa competência eu tinha que convencer, ficou feliz com o que viu, a manhã passou rápido, eu voltei para o escritório e depois eu fui para a escola do Tutú, porque...
...
... hoje foi o dia do "Show and Tell", ou algo que o valha. Os pais vão na escola, os filhos abrem um sorriso de orelha a orelha (pena que a gente não estava com a máquina pronta na hora), e a gente aprende sobre o que eles fizeram durante o ano. Foi bem legal - pena que algumas crianças choraram porque os pais não puderam ir, deu uma dó. A gente tirou algumas fotinhos, depois vou por no blog.
...
Acho que por hoje é só. A caranga está indo bem, o GPS (eu comprei um GPS baratinho) é como a "visão além do alcance" (eu deixo ele de um jeito que dá para ver quase 1 km de mapa em volta daonde eu estou), o trabalho está evoluindo, eu comprei mais dois livros de programação, e por hoje é só!
Fui!
4 comentários:
"Visão além do alcance" não sei pq lembrei na hora dos Thunthercats rsrsr ótimas fotos.
ah e se só curiosidade, qt foi o GPS?
Gostei do GPS baratinho rsrs.
É isso ai Ravi "vá comprar um muffin" como diriam na minha terra "e prá caba"rsrs, coisa ridícula desse cara, acho que ele não tinha o que te dizer. Te achou com cara de moleque.
Bjcas e até mais.
Eliane
ola ravi! como vai?
e como estava seu muffin??
e eu que pensava que gente casca grossa era so aqui em israel ... gostei da resposta que vc deu pra ele!
adorei ler a parte da escola ... deve ter sido muito legal, mas deu um no na garganta ler sobre as criancas "abandonadas" ... tadinhas! (os hormonios da gravidez me levam ao exagero as vezes ... risos ...).
e que bom que mesmo sem ter comecado seu dia sem o muffin vc foi bem sucedido na reuniao! parabens!
beijos!! paola
Parabéns por todas as conquistas que tem conseguido no Canadá. Adicionei o blog de vocês no nosso www.bc2010.blogspot.com
Sempre vou estar por aqui conferindo as novidades.
E a vida segue...
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