A cidade está avermelhada nestes últimos tempos. Hoje um arco-íris enorme estava no céu. Os cowboys jogavam os seus chapéis para o alto cantando "It's Raining Man" em coro.
A parte dos cowboys e os chapéis voando é criatividade poética (ui!). Mas hoje de fato tinha um arco-íris enorme no céu (dois, na verdade), e o Argentino que trabalha a duas baias de distância veio saltitando tirar uma foto com a sua máquina digital.
A parte do saltitando é, digamos, exagerada. Mas ele de fato tirou uma foto do arco-íris. Pena que o cara é gente boa, não dá para falar mal do fato que ele é Argentino, é que nem xingar a mãe de alguém conhecendo de fato a mãe deste alguém.
No começo desta semana, com a saída do cara da Romênia, resolvemos dar uma ajeitada no layout do escritório. Alguém me perguntou se eu queria mudar de lugar e eu disse "nem a pau, Juvenal". Brincadeira. Mas me perguntaram se eu queria ir duas baias à "leste", ainda na janelinha, mas com um ângulo diferente e do lado da sala do diretor, e eu educamente sugeri uma mudança nas divisórias entre as baias. Ao invés daquela coisa opaca e sem graça, trocamos por maravilhosas divisórias translúcidas e sem graça (o exagero na frase aqui é proposital). Mas as divisórias novas são menos compridas (talvez mais curtas?), e o escritório ficou mais claro (agora está até meio ofuscante, na verdade), mas ficou BEM melhor.
E eu ainda estou na minha janelinha.
E eu descobri que é realmente deprimente trabalhar em um escritório sem janelas. Ninguém merece.
Hoje eu fui comer em um restaurante Filipino, sugestão de um dos colegas de trabalho - eles às vezes dão sugestões boas, como o bar em que eu fui ontem com o Octávio e a mulher dele, a Bia - o Kilkenny (aliás, não há nada como conhecer as pessoas ao vivo). Bom, voltando ao restaurante Filipino, como eu ia dizendo, às vezes eles não dão sugestões tão boas. Eles tem um esquema tipo buffet onde você escolhe duas opções (entre as oito existentes), eles completam com arroz e você vai feliz da vida comer. A mulher que atendia no buffet era bem simpática e nos explicou o que era cada coisa. E eu fui perguntar o que era aquele negócio que tinha cor de feijoada, consistência de feijoada, e parecia ter SABOR de feijoada (NHAM):
"What's that, please?"
"Pork with pork blood sauce" (Pedaços de porco com molho de sangue de porco)
O meu lado aventureiro chegou a contemplar a possibilidade por um tempo tão pequeno que não pode ser medido em nenhuma escala da ciência moderna. O meu lado prevenido pensou que "sangue de porco" não é a comida mais limpa que existe.
E lá fui eu com uma carne que tinha mais osso do que carne propriamente dita, e uma sardinha geneticamente modificada que tinha três vezes mais espinhos do que o normal.
Na saída do almoço, alguém pergunta "e aí, gostaram do restaurante?"
E o cara da Suécia respondeu "welllll, eu acho que eu consigo viver sem ele" (I think I can live without it)
Definição melhor, impossível.
Mas ainda há muita comida Asiática para tentar por estas bandas - os 5021 restaurantes Vietnamitas (não foi surpresa quando eu vi que aqui no bairro fica a sede da associação dos imigrantes Vietnamitas que odeiam aqueles ianques bastardos), os 120 restaurantes Filipinos, o 1/2 restaurante Português e os 15 árabes.
Divida estes números por 50 e talvez você tenha um número mais próximo da realidade. Mas que aqui tem MUITO resturante vietnamita, isto tem. É impressionante. Queria eu comer um prato vietnamita e ter a mesma satisfação que tenho ao comer um churrasco, uma pizza com catupiry (ou QUALQUER COISA com catupiry), bolo de ameixa com doce de leite e outras coisas Brasileiras.
Eu até acho comida Vietnamita boa, mas eu não sou muito fã de broto de feijão, e eles parecem IDOLATRAR broto de feijão.
Bom, preciso ir trabalhar. Estou gastando meu tempo precioso de trabalhador para escrever no blog!
Fui!
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